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Revised Common Lectionary (Semicontinuous)

Daily Bible readings that follow the church liturgical year, with sequential stories told across multiple weeks.
Duration: 1245 days
Portuguese New Testament: Easy-to-Read Version (VFL)
Version
Isaías 52:13-53:12

Exaltação e sofrimento do servo de Deus

13 O Senhor diz: “Vejam, o meu servo terá sucesso naquilo que irá fazer;
    e ele será exaltado a uma posição de muita honra.
14 Muitas pessoas ficaram espantadas por causa dele[a].
    Bateram tanto nele que elas mal podiam reconhecê-lo quando o viram.
Ele estava tão desfigurado
    que nem parecia ser uma pessoa.
15 Mas também é verdade que muitas nações ficarão maravilhadas por causa dele.
    Os reis olharão para ele e ficarão sem palavras.
Eles não irão ouvir a história sobre o meu servo,
    mas eles verão isso acontecendo!
Eles não irão ouvir essa história,
    mas eles a entenderão!”
53 Quem acreditou naquilo que ouvimos?
    Quem viu nele o grande poder do SENHOR?
Ele sempre esteve com Deus.
    Ele cresceu como um rebento,
    como uma raiz em terra seca.
Ele não tinha beleza ou majestade
    para atrair a nossa atenção;
não havia nada na sua aparência
    para que gostássemos dele.
Ele foi desprezado pelas pessoas, e até os seus amigos o abandonaram.
    Ele foi um homem que sofreu muita dor.
Nós o tratamos como se fosse alguém sem importância,
    como se fosse alguém que as pessoas evitam ou nem olham para ela.

Na verdade, foram os nossos sofrimentos que ele levou sobre si mesmo;
    ele sofreu as nossas dores.
Embora nós pensássemos que Deus o tinha castigado,
    ferido e humilhado pelo que ele tinha feito,
na realidade ele foi castigado por causa daquilo que nós tínhamos feito.
    Ele foi esmagado pelas nossas maldades.
Ele recebeu o castigo que nós merecíamos, e isso nos trouxe a paz.
    Nós fomos curados pelas suas feridas!
Todos nós andávamos perdidos como ovelhas;
    cada um seguia o seu próprio caminho.
Mas o SENHOR fez cair sobre ele
    o castigo que nós merecíamos.

Ele foi tratado cruelmente e torturado,
    mas ele não protestou.
Ele ficou calado
    como um cordeiro que é levado para o matadouro.
Ele era como uma ovelha que fica calada diante dos seus tosquiadores.
    Ele nunca abriu a sua boca para se defender.
Depois de ter sido preso e condenado injustamente,
    ele foi levado para ser morto sem que ninguém se importasse com isso!
Mas na realidade ele foi morto
    por causa dos pecados do seu[b] povo.
Ele nunca fez mal a ninguém.
    Ele nunca enganou ninguém.
Mas ele foi sepultado ao lado de criminosos.
    Ele foi enterrado com os ricos.

10 Mas o SENHOR quis que o seu humilde servo
    fosse esmagado e sofresse muito,
para que a sua vida fosse um sacrifício pelo nosso pecado.
    Por isso o seu servo verá os seus descendentes
e viverá por muito tempo.
    Ele será bem-sucedido fazendo a vontade do SENHOR.
11 Depois desse terrível sofrimento, ele verá a luz[c],
    e ficará satisfeito com o resultado daquilo que ele fez.
O Senhor diz: “O meu servo, que é justo, vai receber o castigo das maldades de muitos
    para que eles não sejam condenados.
12 Eu irei aceitá-los, e eles serão para ele como a sua herança.
    Eles serão a sua recompensa pela sua vitória.
Eu farei isso porque ele entregou voluntariamente a sua vida por eles
    e foi tratado como um criminoso
    ao levar sobre si o castigo de muitos.
Agora ele está diante de mim
    e defende aqueles que tinham se rebelado contra mim”.

Salmos 22

Salve-me da morte

Ao diretor do coro. Pela melodia “A corça da manhã”. Salmo de Davi.

Meu Deus, meu Deus,
    por que me abandonou?
Por que está tão longe de me salvar?
    Por que não ouve os meus lamentos?

Meu Deus, eu chamo pelo Senhor de dia e de noite,
    mas o Senhor não me ouve, não me dá descanso.

O Senhor é santo,
    rodeado pelos louvores de Israel!
Os nossos antepassados confiaram no Senhor;
    confiaram e o Senhor os livrou.
Pediram ajuda ao Senhor
    e foram salvos;
    confiaram no Senhor e não ficaram desapontados.

Mas eu não sou homem,
    sou um verme,
    insultado e desprezado pelo povo.
Todos os que me veem me desprezam,
    zombam de mim e abanam a cabeça com desprezo.
Eles dizem:
    “Peça ao SENHOR que o salve!
Que o SENHOR o salve,
    já que o ama tanto”.

Mas foi o Senhor que me tirou do ventre da minha mãe,
    foi o Senhor que me fez sentir seguro no peito dela.
10 O Senhor tem sido o meu Deus desde o dia em que nasci;
    quando saí do ventre da minha mãe,
    foram os seus braços que me seguraram.

11 Por isso, não me deixe,
    porque o perigo está perto
    e não tenho ninguém que me ajude.
12 Os meus inimigos me rodeiam como touros,
    como touros fortes de Basã, prontos para me atacarem.
13 Rugem como leões,
    abrem a boca como leões famintos.

14 Me sinto fraco, como água derramada no chão.
    Os meus ossos estão deslocados.
O meu coração tornou-se como cera
    e se derrete dentro de mim.
15 A minha boca está seca como o pó,
    a minha língua fica grudada ao céu da minha boca.
    O Senhor me deixou no pó, à beira da morte.
16 Os maus me cercaram;
    eles se aproximam como se fossem cães.
    Eles prenderam as minhas mãos e os meus pés
    como se eu fosse um leão.[a]
17 Posso contar todos os meus ossos.
    Os meus inimigos não tiram os olhos de mim.
18 Repartem as minhas roupas entre eles
    e jogam dados para ver quem fica com a minha túnica.

19 SENHOR, não me deixe sozinho!
    O Senhor é a minha força,
    venha me ajudar depressa!
20 Salve-me da morte,
    salve a minha vida destes cães.
21 Salve-me da boca do leão, e dos chifres dos touros.
    E o Senhor ouviu a minha oração!

22 Contarei ao meu povo o que fez,
    no meio da assembleia cantarei os seus louvores.
23 Louvem o SENHOR, todos aqueles que o temem.
    Deem-lhe toda a glória, todos os descendentes de Jacó.
    Respeitem-no, todos os descendentes de Israel.
24 Porque ele nunca se esquece dos pobres que estão sofrendo.
    Nem se envergonha deles.
Quando o procuram, ele não se esconde
    e quando o chamam, ele responde.

25 O SENHOR é a razão porque canto louvores no meio da grande assembleia.
    No meio daqueles que o adoram
    cumprirei as promessas que lhe fiz.
26 Todos os pobres,
    venham comer até ficarem satisfeitos.[b]
Aqueles que buscam o SENHOR,
    irão adorá-lo e viverão para sempre.
27 Que todas as nações
    se lembrem do SENHOR e voltem para ele.
Que todas as nações
    se ajoelhem diante dele e o adorem.
28 Porque o SENHOR é rei,
    ele reina sobre todas as nações.
29 Todos os fortes da terra, adorem-no,
    ajoelhem-se diante dele, todos os que estão prestes a morrer
    e os que já não têm vida.
30 Os nossos filhos servirão ao Senhor
    e os que ainda não nasceram ouvirão falar dele.
31 Cada geração contará aos seus filhos
    tudo o que o Senhor fez.

Hebreus 10:16-25

16 “Esta é a aliança que eu farei com eles
    depois daqueles dias, diz o Senhor:
Porei as minhas leis nos seus corações,
    e as escreverei nas suas mentes”.(A)

17 E depois ele diz:

“Nunca mais me lembrarei
    dos seus pecados ou das suas maldades”.(B)

18 Assim, uma vez que todas estas coisas são perdoadas, não há mais necessidade de se oferecer sacrifício pelos pecados.

O privilégio de nos aproximarmos de Deus

19 Por isso, irmãos, nós temos completa liberdade para entrar no Lugar Santíssimo. E nós podemos fazer isto com toda a confiança, por causa do sangue de Jesus. 20 Nós podemos entrar através de um novo caminho, um caminho de vida, o qual Jesus nos abriu. E este caminho nos leva através da cortina, isto é, através do seu próprio corpo. 21 Nós temos um grande sacerdote que governa a família de Deus. 22 Portanto, vamos nos aproximar de Deus com coração sincero e com firmeza de fé. Nós podemos fazer isso porque nossos corações foram purificados, libertando-nos das nossas culpas, e também porque o nosso corpo foi lavado com água pura. 23 Vamos seguir firmes e sem vacilar na esperança da nossa fé, pois aquele que fez a promessa é fiel.

24 Vamos também considerar uns aos outros, a fim de nos encorajarmos a mostrar amor e a fazer o bem. 25 Não deixemos de nos reunir, como algumas pessoas estão fazendo. Ao contrário, vamos nos reunir e fortalecer uns aos outros, ainda mais agora que vocês estão vendo que o Dia se aproxima.

Hebreus 4:14-16

Jesus, o nosso Sumo Sacerdote

14 Nós temos a Jesus, o Filho de Deus, como o nosso Sumo Sacerdote, o qual entrou nos céus. Por isso devemos conservar firme a fé que temos. 15 O nosso Sumo Sacerdote não é alguém que não possa se compadecer de nossas fraquezas. Ao contrário, ele foi tentado de todas as maneiras, assim como nós também somos tentados, mas nunca pecou. 16 Por isso devemos nos aproximar com confiança do trono do nosso Pai, que é cheio de amor, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça para nos ajudar na hora em que precisarmos.

Hebreus 5:7-9

Durante sua vida aqui na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas com altos gritos e lágrimas a quem o podia livrar da morte. E Deus o ouviu porque Jesus era humilde e fazia o que Deus queria. Embora fosse Filho de Deus, ele aprendeu a ser obediente pelas coisas que sofreu. E, depois de ser aperfeiçoado, ele se tornou a fonte da salvação eterna para todos os que lhe obedecem.

João 18-19

Jesus é preso

(Mt 26.47-56; Mc 14.43-50; Lc 22.47-53)

18 Quando Jesus acabou de orar, atravessou o vale do Cedrom com os seus discípulos. Eles foram para o outro lado do vale, onde havia um jardim. (Judas, o traidor, conhecia aquele lugar, pois Jesus costumava ir ali com seus discípulos.) Então Judas foi para lá se encontrar com ele. Ele estava guiando alguns soldados romanos e um grupo de guardas do templo enviados pelos líderes dos sacerdotes e pelos fariseus. Eles estavam armados e levavam lanternas e tochas. Jesus sabia tudo o que ia lhe acontecer. Por isso, deu alguns passos à frente e perguntou:

—Quem vocês estão procurando?

Eles responderam:

—Jesus de Nazaré.

Jesus disse:

—Eu sou![a]

(Judas, o traidor, estava ali com eles.)

Quando Jesus lhes disse: “Eu sou”, eles se afastaram e caíram no chão. Então Jesus lhes perguntou outra vez:

—Quem vocês estão procurando?

E eles responderam:

—Jesus de Nazaré.

Jesus disse a eles:

—Já lhes disse que sou eu. Se vocês estão procurando por mim, então deixem estes homens irem embora.

Jesus falou isto para que acontecesse o que ele tinha dito antes: “Eu não perdi nenhum daqueles que você me deu”. 10 Simão Pedro trazia consigo uma espada. Ele a tirou e atacou o criado do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. (O criado se chamava Malco.) 11 Jesus disse a Pedro:

—Guarde a sua espada! Eu tenho que beber do cálice de sofrimento[b] que meu Pai me deu.

Jesus diante de Anás

(Mt 26.57-58; Mc 14.53-54; Lc 22.54)

12 Em seguida, os soldados romanos juntamente com o seu comandante e os guardas do templo prenderam a Jesus e o amarraram. 13 Então, levaram-no primeiro a Anás, sogro de Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano. 14 (Caifás foi aquele que disse aos judeus: “É melhor que um homem morra em lugar do povo”.)

Pedro nega conhecer Jesus

(Mt 26.69-70; Mc 14.66-68; Lc 22.55-57)

15 Simão Pedro e outro discípulo seguiam atrás de Jesus. O outro discípulo conhecia o sumo sacerdote e, por isso, pôde entrar com Jesus no pátio da casa do sumo sacerdote. 16 Pedro, porém, teve que ficar do lado de fora, perto da porta. Então, o discípulo que era conhecido do sumo sacerdote foi falar com a servidora que tomava conta da porta, e ela deixou Pedro entrar. 17 Então, aquela que tomava conta da porta perguntou a Pedro:

—Você por acaso não é também um dos discípulos de Jesus?

Pedro respondeu:

—Não, eu não sou!

18 Estava frio e, por causa disso, os empregados e os guardas do templo tinham feito uma fogueira e se aqueciam de pé em volta dela. Pedro estava junto com eles.

O sumo sacerdote interroga a Jesus

(Mt 26.59-66; Mc 14.55-64; Lc 22.66-71)

19 O sumo sacerdote estava fazendo perguntas a Jesus a respeito de seus discípulos e do seu ensino. 20 Jesus respondeu a ele:

—Eu tenho falado publicamente para todas as pessoas. Eu sempre ensinei nas sinagogas e no templo, onde os judeus se reúnem, e nunca disse nada em segredo. 21 Por que você está me fazendo todas estas perguntas? Interrogue as pessoas que me ouviram. Elas sabem muito bem o que eu disse.

22 Quando Jesus falou isto, um dos guardas que estavam ali lhe deu uma bofetada, e disse:

—É assim que se responde ao sumo sacerdote?

23 Jesus disse a ele:

—Se eu falei alguma coisa errada, diga a todos em que eu errei. Mas, se eu falei o que é certo, por que você me bate?

24 Anás então mandou que Jesus fosse levado, ainda amarrado, a Caifás, o sumo sacerdote.

Pedro nega a Jesus outra vez

(Mt 26.71-75; Mc 14.69-72; Lc 22.58-62)

25 Simão Pedro ainda estava lá, aquecendo-se perto da fogueira. Então lhe perguntaram:

—Você não é um dos discípulos deste homem?

Pedro negou e disse:

—Não sou.

26 Um dos criados do sumo sacerdote, parente do homem de quem Pedro tinha cortado a orelha, perguntou:

—Não foi você que eu vi no jardim com ele?

27 E mais uma vez Pedro negou. Nesse momento um galo cantou.

Jesus é entregue ao governador Pilatos

(Mt 27.1-2,11-31; Mc 15.1-20; Lc 23.1-25)

28 Depois disto, levaram Jesus da casa de Caifás para o palácio do governador romano. Já era de manhã cedo. Os judeus, porém, não entraram no palácio, pois queriam continuar puros[c] para poderem comer o jantar da Páscoa. 29 Então, Pilatos foi até lá fora e perguntou a eles:

—De que é que vocês acusam este homem?

30 Eles responderam:

—Se ele não fosse um criminoso, nós não o teríamos trazido até o senhor.

31 Então Pilatos disse aos judeus:

—Por que vocês não o levam e não o julgam vocês mesmos, de acordo com a lei de vocês?

Eles responderam:

—Nossa lei não permite matar ninguém.

32 (Isto aconteceu para que se cumprisse o que Jesus tinha dito a respeito da maneira pela qual ele ia morrer.)[d]

33 Então Pilatos entrou novamente no palácio, chamou a Jesus, e perguntou-lhe:

—Você é o rei dos judeus?

34 Jesus disse:

—O senhor está fazendo esta pergunta por si mesmo, ou foram outros que lhe falaram de mim?

35 Pilatos respondeu:

—Você pensa que eu sou judeu? Pois eu não sou! Foi o seu povo e os líderes dos sacerdotes que trouxeram você até mim. O que foi que você fez?

36 Jesus respondeu:

—O meu reino não é deste mundo. Se ele fosse deste mundo, os meus servos lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. O meu reino não é deste mundo.

37 Pilatos disse:

—Então você é um Rei?

Jesus respondeu:

—O senhor está dizendo que eu sou Rei. Foi para falar sobre a verdade que eu nasci, e foi por causa disso que vim ao mundo. Todos os que estão do lado da verdade ouvem a minha voz.

38 Pilatos perguntou:

—O que é a verdade?

Depois de dizer isto, ele foi novamente para onde os judeus estavam e lhes disse:

—Eu não encontro nenhum motivo para condenar este homem. 39 Já que é um costume entre vocês que eu lhes solte um preso na época da Páscoa, vocês querem que eu solte o “Rei dos judeus”?

40 Então eles começaram a gritar, dizendo:

—Não, esse não. Solte Barrabás!

(Barrabás era um criminoso.)

Jesus é condenado à morte

19 Então Pilatos mandou que levassem a Jesus para ser açoitado. Os soldados fizeram uma coroa de espinhos e a puseram na cabeça de Jesus, e o vestiram com um manto de púrpura. Depois, chegavam perto dele e diziam:

—Viva o rei dos judeus!

E davam bofetadas nele.

E, mais uma vez, Pilatos saiu do palácio e disse aos judeus:

—Escutem, eu vou trazer Jesus aqui para fora. Eu quero que vocês saibam que não encontro nenhum motivo para condená-lo.

Então Jesus saiu do palácio usando a coroa de espinhos e vestido com o manto de púrpura. Pilatos disse aos judeus:

—Aqui está o homem! Quando os líderes dos sacerdotes e os guardas do templo viram a Jesus, começaram a gritar:

—Pregue-o na cruz! Pregue-o na cruz!

Então Pilatos respondeu:

—Vocês levem-no e preguem-no na cruz, pois eu não encontro nenhum crime nele.

Os judeus responderam:

—A nossa lei diz que ele deve morrer, pois ele afirma que é o Filho de Deus!

(Quando Pilatos ouviu isto, ficou com mais medo ainda.)

Pilatos entrou para o palácio outra vez e perguntou para Jesus:

—De onde você é?

Mas Jesus não respondeu nada.

10 Pilatos então disse:

—Você não quer responder? Você não sabe que tenho autoridade tanto para mandar soltá-lo como para mandar crucificá-lo?

11 Jesus respondeu:

—O senhor só tem autoridade sobre mim porque essa autoridade lhe foi dada por Deus. Por isso, aquele que me entregou ao senhor é mais culpado do que o senhor.

12 Depois de ouvir isto, Pilatos tentou encontrar um jeito de soltar a Jesus. Os judeus, porém, gritavam:

—Se o senhor soltar esse homem, o senhor não é amigo do Imperador! Qualquer um que diz ser rei é inimigo do Imperador!

13 Ao ouvir o que os judeus diziam, Pilatos levou a Jesus para fora, para um lugar chamado Calçada de Pedra (em aramaico chamava-se Gabatá), e ali se sentou no tribunal. 14 Era por volta de meio-dia da sexta-feira da semana da Páscoa. Pilatos disse aos judeus:

—Aqui está o Rei de vocês!

15 Os judeus gritavam:

—Fora com ele! Fora com ele! Pregue-o na cruz!

Pilatos perguntou-lhes:

—Vocês querem que eu pregue o seu Rei numa cruz?

Os líderes dos sacerdotes responderam:

—O único rei que temos é o Imperador.

16 Então Pilatos entregou Jesus para ser pregado na cruz e os soldados o levaram.

Jesus é crucificado

(Mt 27.32-44; Mc 15.21-32; Lc 23.26-39)

17 Carregando a sua própria cruz, Jesus se dirigiu para um lugar chamado Caveira (que em aramaico chamava-se Gólgota.) 18 Ali pregaram a Jesus na cruz. E também outros dois homens foram pregados cada um em sua cruz com ele, um de cada lado e Jesus no meio. 19 Pilatos também mandou escrever uma placa que dizia: Jesus de Nazaré, rei dos judeus, e mandou colocá-la na cruz. 20 Muitos judeus puderam ler a placa porque o lugar onde Jesus foi pregado na cruz ficava perto da cidade e porque ela estava escrita em aramaico, latim e grego. 21 Os líderes dos sacerdotes disseram a Pilatos:

—Por favor, não escreva: “rei dos judeus”, mas escreva: Este homem disse: “Eu sou rei dos judeus”.

22 Pilatos respondeu:

—Aquilo que eu escrevi, escrevi!

23 Depois de terem pregado a Jesus na cruz, os soldados pegaram as roupas dele e as dividiram em quatro partes, uma para cada um. Pegaram também sua túnica, mas ela era feita de uma só peça de pano, sem costura. 24 Então disseram uns aos outros:

—Não vamos rasgar a túnica! Vamos tirar a sorte para ver quem fica com ela.

Isso aconteceu para que se cumprisse o que dizem as Escrituras:

“Dividiram a minha roupa entre si,
    e tiraram a sorte pela minha túnica”.(A)

E os soldados assim o fizeram.

25 A mãe de Jesus estava perto da cruz junto com a irmã dela. Também lá estavam Maria, que era a mulher de Clopas, e Maria Madalena. 26 Quando Jesus viu que sua mãe e o discípulo que ele amava estavam ali, ele disse para sua mãe:

—Senhora, aí está o seu filho.

27 Depois disse ao discípulo:

—Aí está a sua mãe.

Daquele momento em diante, o discípulo a levou para morar em sua casa.

A morte de Jesus

(Mt 27.45-56; Mc 15.33-41; Lc 23.44-49)

28 Depois disto, Jesus percebeu que tudo já estava terminado. Mas, para que acontecesse o que dizem as Escrituras, ele disse:

—Tenho sede[e]!

29 Havia ali uma vasilha cheia de vinagre de vinho. Os soldados puseram uma esponja numa vara de hissopo, molharam-na no vinagre da vasilha e a levaram até a boca de Jesus. 30 Depois que Jesus provou o vinagre, disse:

—Está terminado! Então abaixou a cabeça e morreu.

31 Tudo isto aconteceu na sexta-feira. Os judeus não queriam que os corpos ficassem na cruz até o dia seguinte, pois era um sábado muito especial. Pediram então a Pilatos que mandasse quebrar as pernas dos homens e tirar os corpos de lá. 32 Quando os soldados chegaram, quebraram as pernas do homem que estava de um lado de Jesus. Depois quebraram as pernas do homem que estava do outro lado de Jesus. 33 Mas, quando chegaram perto de Jesus, viram que ele já estava morto e não quebraram as pernas dele. 34 Um dos soldados, porém, atravessou o lado de Jesus com uma lança, fazendo sair sangue e água. 35 (Quem viu isto acontecer deu testemunho e o seu testemunho é verdadeiro. Ele sabe que fala a verdade para que vocês possam ter fé.) 36 Foi assim para que se cumprisse o que dizem as Escrituras: “Nenhum dos seus ossos será quebrado”(B). 37 E também uma outra Escritura diz: “E eles olharão para aquele a quem traspassaram”(C).

O enterro de Jesus

(Mt 27.57-61; Mc 15.42-47; Lc 23.50-56)

38 Mais tarde, um homem de Arimateia chamado José pediu a Pilatos o corpo de Jesus. (José era um discípulo de Jesus, mas em segredo, porque tinha medo dos judeus.) Pilatos deu permissão a José e ele veio e levou o corpo de Jesus. 39 Nicodemos, aquele que tinha ido falar com Jesus à noite, também foi com José. Ele tinha levado um bálsamo feito de uma mistura de mirra e aloés que pesava uns trinta quilos[f]. 40 Os dois levaram o corpo de Jesus e o enrolaram em tiras de lençóis de linho perfumadas com o bálsamo. (Era assim que os judeus enterravam os mortos.) 41 Havia um jardim no lugar onde Jesus foi crucificado. Nesse jardim havia um túmulo novo, onde ninguém ainda tinha sido enterrado. 42 Puseram então o corpo de Jesus nesse túmulo, pois ficava perto e também porque os judeus estavam se preparando para o sábado.

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