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Read the Gospels in 40 Days

Read through the four Gospels--Matthew, Mark, Luke, and John--in 40 days.
Duration: 40 days
Portuguese New Testament: Easy-to-Read Version (VFL)
Version
Lucas 23-24

O governador Pilatos interroga Jesus

(Mt 27.1-2,11-14; Mc 15.1-5; Jo 18.28-38)

23 Então, todos se levantaram, levaram Jesus até Pilatos e começaram a acusá-lo, dizendo:

—Encontramos este homem enganando o nosso povo! Ele é contra o pagamento de impostos ao imperador e afirma ser o Cristo, ou seja um rei!

Pilatos lhe perguntou:

—Você é o rei do judeus?

Jesus respondeu:

—Você diz que eu o sou e eu não vou negá-lo.

Então Pilatos disse aos líderes dos sacerdotes e à multidão:

—Eu não encontro nenhum motivo para condenar este homem!

Mas eles insistiram, dizendo:

—Ele está causando desordem entre o povo por toda a Judeia com o seu ensino; ele começou na Galileia e agora chegou até aqui!

Ao ouvir isto, Pilatos perguntou se Jesus era da Galileia. Quando soube que Jesus era galileu, e que, portanto, estava sob a jurisdição de Herodes, Pilatos o mandou até ele, pois Herodes estava em Jerusalém naqueles dias.

Jesus e Herodes

Herodes ficou muito contente quando viu a Jesus, pois havia já muitos anos que queria vê-lo. Herodes tinha ouvido falar muito dele e esperava que fizesse algum milagre. Herodes fez muitas perguntas a Jesus, mas este não lhe respondeu nada. 10 Os líderes dos sacerdotes e os professores da lei também estavam presentes e o acusavam insistentemente. 11 Herodes e os seus soldados trataram Jesus com desprezo e zombaram dele. Depois, vestiram Jesus com uma capa luxuosa e o mandaram de volta a Pilatos. 12 Pilatos e Herodes, que antes eram inimigos, se tornaram amigos nesse dia.

Jesus é condenado

(Mt 27.15-26; Mc 15.6-15; Jo 18.39-19.16)

13 Pilatos reuniu os líderes dos sacerdotes, os líderes dos judeus e o povo, 14 e lhes disse:

—Vocês me trouxeram este homem, acusando-o de estar enganando o povo. Eu o interroguei diante de vocês e não encontrei nenhum motivo para as acusações que vocês têm contra ele.

15 Herodes também não encontrou nenhum motivo para acusá-lo, visto que o devolveu a nós. Como vocês veem, ele não fez nada que mereça a morte. 16 Eu vou mandar castigá-lo com chicotadas e depois vou soltá-lo. 17 [a] 18 Mas todos começaram a gritar ao mesmo tempo:

—Matem esse homem! Solte Barrabás para nós!

19 (Barrabás tinha sido preso por promover uma rebelião na cidade e também por assassinato.) 20 Pilatos queria libertar a Jesus e falou novamente com a multidão, 21 mas eles continuaram a gritar:

—Crucifique-o! Crucifique-o!

22 Pela terceira vez Pilatos lhes disse:

—Mas que crime este homem cometeu? Eu não encontro nele nenhum motivo para condená-lo à morte, portanto vou castigá-lo com chicotadas e depois vou soltá-lo.

23 Mas eles continuaram a gritar para que seu pedido fosse atendido: que Jesus fosse crucificado. Os gritos deles prevaleceram 24 e Pilatos decidiu fazer o que eles queriam. 25 Pilatos soltou o homem que tinha sido preso por arruaça e por assassinato (que era o que eles queriam). E lhes entregou Jesus para fazerem com ele o que queriam fazer.

Jesus é crucificado

(Mt 27.32-44; Mc 15.21-32; Jo 19.17-27)

26 Então os soldados levaram a Jesus. No caminho, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão, que vinha do campo. Eles o agarraram, puseram a cruz de Jesus sobre ele e o obrigaram a carregá-la, seguindo atrás de Jesus.

27 Uma grande multidão o seguia, incluindo algumas mulheres que lamentavam e choravam por ele. 28 Jesus se voltou e disse a elas:

—Não chorem por minha causa, filhas de Jerusalém! Chorem, sim, por vocês mesmas e por seus filhos, 29 pois vão chegar os dias em que as pessoas dirão: “Felizes das mulheres estéreis, das que nunca tiveram filhos e também das que nunca amamentaram”. 30 E dirão às montanhas: “Caiam sobre nós!” e aos montes: “Cubram a todos nós!”(A) 31 Pois, se as pessoas fazem estas coisas quando a árvore ainda está verde, o que acontecerá quando a árvore estiver seca?[b]

32 Dois outros homens, ambos criminosos, também estavam sendo levados com ele para serem mortos.

33 Quando chegaram a um lugar chamado “A Caveira”, crucificaram a Jesus e os dois criminosos, um à sua direita e outro à sua esquerda. 34 Então Jesus disse:

—Pai, perdoe-lhes, pois eles não sabem o que fazem.[c]

E os soldados sortearam as roupas de Jesus entre eles. 35 O povo permanecia ali, observando, e os líderes faziam pouco dele, dizendo:

—Já que ele salvou outros, que salve a si mesmo, se é que ele é mesmo o Cristo, o escolhido de Deus!

36 Os soldados também se aproximaram e faziam pouco dele e lhe ofereceram vinagre de vinho. 37 E diziam:

—Salve a si mesmo se você é o Rei dos judeus!

38 Acima dele havia uma inscrição que dizia: Este é o rei dos judeus.

39 Um dos criminosos suspensos na cruz o insultava e dizia:

—Você não é o Cristo? Então salve a si mesmo e a nós!

40 Mas o outro repreendeu o primeiro e disse:

—Você não teme a Deus? Nós estamos debaixo da mesma condenação! 41 A nossa condenação é justa, pois merecemos este castigo por causa do que fizemos. Mas este homem não fez mal nenhum!

42 E depois, disse:

—Jesus, lembre-se de mim quando você entrar no seu reino.

43 E Jesus lhe respondeu:

—Digo-lhe a verdade: Hoje mesmo você estará comigo no Paraíso.

A morte de Jesus

(Mt 27.45-56; Mc 15.33-41; Jo 19.28-30)

44 Era mais ou menos meio-dia quando uma escuridão cobriu toda a terra até às três horas da tarde 45 e, durante esse período, o sol não brilhou. A cortina do templo se rasgou pelo meio 46 e Jesus exclamou em voz alta:

—Pai, em suas mãos eu entrego o meu espírito!(B)

E, depois de dizer isto, ele morreu.

47 Quando o oficial romano viu o que tinha acontecido, louvou a Deus e disse:

—Esse homem era realmente inocente.

48 Quando todas as pessoas que tinham se reunido para o espetáculo viram o que tinha acontecido, foram embora batendo no peito. 49 Todos aqueles que o conheciam ficaram de longe para observar estas coisas. As mulheres que tinham seguido a Jesus desde a Galileia também estavam com eles.

O enterro de Jesus

(Mt 27.57-61; Mc 15.42-47; Jo 19.38-42)

50 Havia um homem bom e justo chamado José. Ele era membro do Conselho Judeu, 51 mas não estava de acordo nem com a decisão deles nem com o que eles tinham feito. Ele era de uma cidade da Judeia chamada Arimateia e estava esperando pelo reino de Deus. 52 Esse homem foi até Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus. 53 Ele o tirou da cruz e o enrolou num lençol de linho. Depois ele o colocou num túmulo cavado numa rocha e que nunca tinha sido usado antes. 54 Tudo isso aconteceu na sexta-feira[d] e estava próximo o sábado. 55 As mulheres que tinham vindo com Jesus da Galileia acompanharam José e viram o túmulo e como o corpo tinha sido colocado ali. 56 Depois foram para casa e prepararam ervas aromáticas e perfumes para o corpo dele. No sábado elas descansaram, em obediência à lei.

A ressurreição de Jesus

(Mt 28.1-10; Mc 16.1-8; Jo 20.1-10)

24 No primeiro dia da semana, bem cedo, as mulheres foram para o túmulo e levaram os perfumes que tinham preparado. Elas viram que a pedra tinha sido mexida da entrada do túmulo para um outro lugar e entraram, porém não encontraram o corpo do Senhor Jesus. Enquanto elas estavam perplexas a esse respeito, apareceram dois homens, vestidos com roupas resplendentes, e se colocaram ao lado delas. Elas ficaram com muito medo e se ajoelharam, levando seus rostos até o chão. Então os dois homens lhes disseram:

—Por que vocês estão procurando entre os mortos alguém que está vivo? Ele não está mais aqui. Ele ressuscitou! Vocês não lembram do que ele disse quando ainda estava na Galileia: O Filho do Homem tem que ser entregue aos pecadores, ser crucificado e ressuscitar no terceiro dia?

Então elas se lembraram das palavras de Jesus. Depois voltaram do túmulo e contaram todas estas coisas aos onze e a todos os outros. 10 Elas eram: Maria Madalena, Joana e Maria, a mãe de Tiago. Elas e as outras mulheres que estavam com elas, estavam contando estas coisas aos apóstolos. 11 Mas eles acharam que o que elas estavam falando era tolice e não acreditaram nelas. 12 Pedro, porém, se levantou e correu para o túmulo. E, ao abaixar-se, não viu nada a não ser os lençóis de linho. Então ele foi embora imaginando o que podia ter acontecido.[e]

No caminho de Emaús

(Mc 16.12-13)

13 Naquele mesmo dia, dois dos discípulos[f] estavam indo para uma vila chamada Emaús, situada mais ou menos a onze quilômetros[g] de Jerusalém. 14 Eles estavam conversando a respeito das coisas que tinham acontecido. 15 Enquanto falavam e discutiam sobre o assunto, o próprio Jesus se aproximou e começou a andar com eles. 16 Eles, porém, foram impedidos de o reconhecer. 17 Jesus lhes perguntou:

—Sobre o que vocês discutiam pelo caminho?

Eles pararam e seus rostos estavam bem tristes. 18 Cléopas, um deles, lhe disse:

—Você deve ser a única pessoa viva em Jerusalém que não sabe o que aconteceu por lá nestes últimos dias!

19 E Jesus perguntou:

—Do que vocês estão falando?

Eles lhe disseram:

—É a respeito de Jesus de Nazaré, um profeta, poderoso em palavras e obras aos olhos de Deus e de todo o povo. 20 Os nossos líderes e os líderes dos sacerdotes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. 21 Nós tínhamos esperança de que ele iria ser o libertador de Israel! Além de tudo isso, já faz três dias que essas coisas aconteceram 22 e algumas mulheres do nosso grupo nos surpreenderam, pois elas foram ao túmulo hoje de manhã cedo 23 e não encontraram o corpo dele. Então elas voltaram e nos disseram que tinham tido uma visão, na qual anjos lhes tinham dito que ele estava vivo. 24 Então, alguns daqueles que estavam conosco também foram ao túmulo e o encontraram exatamente como as mulheres tinham dito, mas não viram a Jesus.

25 Então Jesus lhes disse:

—Vocês são tolos e demoram muito para acreditar em todas as coisas que os profetas disseram. 26 Por acaso não era necessário que o Messias sofresse essas coisas antes de entrar na sua glória?

27 Depois, Jesus explicou a eles tudo o que os profetas tinham dito a respeito dele em todas as Escrituras, começando por Moisés. 28 Eles estavam se aproximando da cidade para onde iam e Jesus fez como quem ia para mais longe. 29 Mas eles insistiram para que ele ficasse, dizendo:

—Fique conosco porque é quase noite e o dia já está acabando.

Então ele entrou e ficou com os dois discípulos. 30 Quando Jesus estava à mesa com eles, pegou o pão, deu graças e o repartiu entre eles. 31 Enquanto ele repartia o pão, os olhos deles se abriram e eles o reconheceram, mas Jesus desapareceu. 32 Então um disse ao outro:

—Não parecia que os nossos corações estavam queimando dentro do peito quando ele falava conosco durante o caminho, explicando as Escrituras?

33 E imediatamente eles se levantaram e voltaram para Jerusalém, onde encontraram os onze apóstolos reunidos com os outros. 34 Os apóstolos e os outros disseram:

—O Senhor ressuscitou de verdade! Ele apareceu a Simão!

35 Então os dois também contaram o que lhes tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido a Jesus quando ele partiu o pão.

Jesus aparece aos seus discípulos

(Mt 28.16-20; Mc 16.14-18; Jo 20.19-23; At 1.6-8)

36 Enquanto estavam falando sobre essas coisas, Jesus apareceu no meio dos discípulos e disse:

—A paz esteja com vocês!

37 Eles, porém, ficaram assustados e com muito medo e pensaram que estavam vendo um fantasma. 38 Mas ele lhes disse:

—Por que vocês estão perturbados? Por que há tantas dúvidas na cabeça de vocês? 39 Olhem para as minhas mãos e para os meus pés e vejam que sou eu mesmo! Toquem em mim e vejam; um fantasma não tem carne e ossos como vocês estão vendo que eu tenho!

40 Depois de dizer isto, Jesus lhes mostrou suas mãos e os seus pés. 41 Os discípulos estavam tão alegres que nem podiam acreditar, mas estavam também muito espantados. Então, Jesus lhes disse:

—Vocês têm alguma coisa para comer aqui?

42 Eles lhe deram um pedaço de peixe assado. 43 Ele o aceitou e o comeu diante deles 44 e lhes disse:

—Estas são exatamente as coisas sobre as quais eu lhes falei quando ainda estava com vocês. Tudo o que está escrito a meu respeito na lei de Moisés, nos livros dos profetas e nos Salmos tinha que acontecer. 45 Então ele abriu as mentes deles para que pudessem entender as Escrituras.

46 E lhes disse:

—As Escrituras dizem que o Cristo sofrerá e ressuscitará no terceiro dia 47 e que o arrependimento para o perdão dos pecados será proclamado em seu nome para todas as nações, começando em Jerusalém. 48 Vocês são testemunhas destas coisas 49 e eu lhes mandarei o que o meu Pai prometeu. Mas fiquem na cidade, até que aquele poder lá de cima venha sobre vocês.

Jesus é levado para o céu

(Mc 16.19-20; At 1.9-11)

50 Depois Jesus os levou até perto da região de Betânia. Ali ele levantou as mãos e os abençoou. 51 Enquanto os abençoava, Jesus os deixou e foi levado para o céu. 52 Então eles o adoraram e voltaram para Jerusalém cheios de alegria. 53 Eles estavam sempre no templo, adorando a Deus.

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