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Chronological

Read the Bible in the chronological order in which its stories and events occurred.
Duration: 365 days
Nova Versão Transformadora (NVT)
Version
Ezequiel 24-27

O sinal da panela de cozinhar

24 Em 15 de janeiro,[a] durante o nono ano do exílio do rei Joaquim, recebi esta mensagem do Senhor: “Filho do homem, registre esta data, pois hoje o rei da Babilônia começou a atacar Jerusalém. Depois, use uma ilustração para transmitir a esses rebeldes a seguinte mensagem do Senhor Soberano:

“Coloque uma panela no fogo
e ponha água dentro dela.
Encha-a com os pedaços mais seletos de carne:
a coxa, o quarto dianteiro
e os cortes mais macios.
Use somente as melhores ovelhas do rebanho
e amontoe lenha no fogo sob a panela.
Faça a água ferver
e cozinhe os ossos com a carne.

“Agora, assim diz o Senhor Soberano:
Que aflição espera Jerusalém,
cidade de assassinos!
Ela é a panela enferrujada,
cuja sujeira não se pode limpar.
Pegue a carne sem escolhê-la,
pois nenhum pedaço é melhor que o outro.
Porque o sangue que ela derramou
está espalhado sobre as pedras;
nem sequer foi derramado no chão,
onde o pó o cobriria.
Portanto, espalharei seu sangue numa pedra,
para que todos vejam,
uma expressão de minha ira
e de minha vingança contra ela.

“Assim diz o Senhor Soberano:
Que aflição espera Jerusalém,
cidade de assassinos;
eu mesmo amontoarei a lenha debaixo dela!
10 Sim, amontoe a lenha;
que ardam as chamas para fazer a panela ferver.
Cozinhe a carne com diversos temperos,
depois queime os ossos.
11 Agora, coloque a panela vazia sobre as brasas,
esquente-a até ficar incandescente
e queime a ferrugem e a sujeira.
12 Mas de nada adianta;
não se pode limpar a ferrugem,
nem mesmo com fogo.
13 Sua impureza é sua depravação;
tentei limpá-la,
mas você não quis.
Portanto, agora ficará em sua impureza,
até que eu tenha satisfeito minha fúria contra você.

14 “Eu, o Senhor, falei! Chegou a hora, e não me conterei. Não mudarei de ideia nem terei compaixão. Você será julgada de acordo com suas ações, diz o Senhor Soberano”.

A morte da esposa de Ezequiel

15 Recebi esta mensagem do Senhor: 16 “Filho do homem, com um só golpe tirarei de você seu tesouro mais precioso. Contudo, você não deve mostrar tristeza alguma com a morte dela. Não chore, não derrame lágrimas. 17 Sofra em silêncio, mas não lamente junto ao túmulo. Não descubra a cabeça nem tire as sandálias. Não siga os rituais de luto nem aceite comida de amigos que vierem consolá-lo”.

18 Pela manhã, anunciei essa mensagem ao povo e, à tarde, minha esposa morreu. No dia seguinte, fiz tudo que me havia sido ordenado. 19 Então o povo perguntou: “O que significa tudo isso? O que você quer nos dizer?”.

20 Eu respondi: “Recebi uma mensagem do Senhor 21 e fui instruído a transmiti-la ao povo de Israel. Assim diz o Senhor Soberano: ‘Profanarei meu templo, a fonte de sua segurança e seu orgulho, o lugar que lhes dá prazer ao coração. Seus filhos e filhas, que vocês deixaram para trás, serão mortos à espada. 22 Então vocês farão como Ezequiel. Não seguirão os rituais de luto nem se consolarão com comida trazida pelos amigos. 23 Sua cabeça permanecerá coberta, e não tirarão as sandálias. Não prantearão nem chorarão, mas definharão por causa de seus pecados. Lamentarão uns com os outros por todo o mal que fizeram. 24 Ezequiel lhes serve de exemplo; farão exatamente o que ele fez. E, quando esse dia chegar, saberão que eu sou o Senhor Soberano’”.

25 Então o Senhor me disse: “Filho do homem, no dia em que eu tirar deles sua fortaleza — sua alegria e sua glória, o desejo de seu coração e seu tesouro mais precioso —, também tirarei deles seus filhos e filhas. 26 Nesse dia, um sobrevivente de Jerusalém virá ao seu encontro na Babilônia e lhe contará o que aconteceu. 27 Quando ele chegar, você recuperará sua voz para que possa falar com ele, e isso será um sinal para o povo. Então eles saberão que eu sou o Senhor”.

Mensagem para Amom

25 Então recebi esta mensagem do Senhor: “Filho do homem, volte o rosto para a terra de Amom e profetize contra seus habitantes. Transmita aos amonitas esta mensagem do Senhor Soberano: Ouçam a palavra do Senhor Soberano! Porque vocês se alegraram quando meu templo foi profanado, zombaram de Israel em sua desolação e riram de Judá quando ele foi enviado para o exílio, eu os entregarei aos nômades dos desertos do leste. Eles montarão acampamentos em seu meio e armarão tendas em sua terra. Colherão seus frutos e beberão o leite de seu gado. Transformarei a cidade de Rabá em pasto para camelos e todo o território dos amonitas em lugar de descanso para ovelhas. Então vocês saberão que eu sou o Senhor.

“Assim diz o Senhor Soberano: Porque bateram palmas, dançaram e pularam exultantes com a destruição do povo de Israel, levantarei minha mão contra vocês. Eu os entregarei como despojo a muitas nações. Eliminarei vocês dentre os povos e os destruirei completamente. Então vocês saberão que eu sou o Senhor.”

Mensagem para Moabe

“Assim diz o Senhor Soberano: Porque o povo de Moabe[b] disse que Judá é como todas as outras nações, abrirei seu lado leste e acabarei com as imponentes cidades de sua fronteira: Bete-Jesimote, Baal-Meom e Quiriataim. 10 Entregarei Moabe aos nômades dos desertos do leste, como entreguei Amom. Os amonitas não serão mais contados entre as nações. 11 Da mesma forma, trarei meu julgamento sobre os moabitas. Então eles saberão que eu sou o Senhor.”

Mensagem para Edom

12 “Assim diz o Senhor Soberano: O povo de Edom pecou grandemente quando se vingou do povo de Judá. 13 Portanto, assim diz o Senhor Soberano: Levantarei minha mão contra Edom. Exterminarei seus habitantes e seus animais com a espada. Transformarei a terra em deserto, desde Temã até Dedã. 14 Farei isso por meio de meu povo, Israel. Eles executarão minha vingança com terrível ira, e Edom saberá que essa vingança veio de mim. Eu, o Senhor Soberano, falei!”

Mensagem para a Filístia

15 “Assim diz o Senhor Soberano: Os habitantes da Filístia atacaram Judá por vingança amarga e ódio profundo. 16 Portanto, assim diz o Senhor Soberano: Levantarei minha mão contra os filisteus. Exterminarei os queretitas e destruirei completamente os habitantes do litoral. 17 Executarei vingança terrível contra eles para castigá-los por aquilo que fizeram. E, quando eu tiver me vingado, eles saberão que eu sou o Senhor”.

Mensagem para Tiro

26 Em 3 de fevereiro, no décimo segundo ano do exílio do rei Joaquim,[c] recebi esta mensagem do Senhor: “Filho do homem, Tiro se alegrou com a queda de Jerusalém e disse: ‘Ah! Aquela que era a porta para as mais prósperas rotas comerciais do leste foi quebrada, e agora é minha vez! Porque ela está desolada, eu ficarei rico!’.

“Portanto, assim diz o Senhor Soberano: Ó cidade de Tiro, sou seu inimigo e trarei muitas nações contra você, como ondas do mar que quebram em suas praias. Elas destruirão os muros de Tiro e derrubarão suas torres. Eu rasparei seu solo até torná-lo rocha bruta! Será apenas uma rocha no mar, um lugar para os pescadores estenderem suas redes, pois eu falei, diz o Senhor Soberano. Tiro se tornará presa de muitas nações, e seus povoados no continente serão destruídos pela espada. Então eles saberão que eu sou o Senhor.

“Assim diz o Senhor Soberano: Do norte trarei contra Tiro o rei da Babilônia, Nabucodonosor. Ele é rei de reis e virá com seus cavalos, seus carros de guerra e condutores, e com um grande exército. Primeiro ele destruirá os povoados no continente, e depois, para atacá-la, construirá um muro de cerco e uma rampa e levantará uma barreira de escudos contra você. Usará troncos para atacar seus muros e demolirá suas torres com marretas. 10 Os cascos dos cavalos dele encherão a cidade de poeira, e o barulho dos condutores e dos carros de guerra fará estremecer os muros quando passarem por suas portas quebradas. 11 Os cavaleiros pisotearão todas as ruas da cidade. Matarão seu povo à espada, e suas fortes colunas cairão.

12 “Saquearão todas as suas riquezas e mercadorias e derrubarão seus muros. Destruirão suas lindas casas e lançarão ao mar suas pedras, suas vigas de madeira e até mesmo seu pó. 13 Acabarei com a música de seus cânticos, e não se ouvirá mais o som da harpa no meio de seu povo. 14 Transformarei sua ilha em rocha bruta, um lugar para os pescadores estenderem suas redes. Você jamais será reconstruída, pois eu, o Senhor, falei. Sim, o Senhor Soberano falou!”

Os efeitos da destruição de Tiro

15 “Assim diz o Senhor Soberano à cidade de Tiro: Todo o litoral estremecerá com o estrondo de sua queda, enquanto os feridos gemem durante a matança. 16 Os governantes das cidades portuárias descerão de seus tronos e removerão seus mantos e suas belas roupas. Sentarão no chão, tremendo de pavor por causa de sua destruição. 17 Lamentarão por você e entoarão este cântico fúnebre:

“Ó famosa cidade da ilha,
que governava o mar,
como você foi destruída!
Seus habitantes, com poder naval,
espalhavam medo por todo o mundo.
18 Agora, as regiões litorâneas estremecem com sua queda;
as ilhas se apavoram diante de sua ruína.

19 “Assim diz o Senhor Soberano: Transformarei Tiro em ruínas desabitadas, como muitas outras. Eu a sepultarei debaixo das ondas terríveis, e grandes mares a engolirão. 20 Eu a enviarei à cova, para juntar-se àqueles que desceram até lá há muito tempo. Sua cidade permanecerá em ruínas, sepultada debaixo da terra, como aqueles que estão na cova, que entraram no mundo dos mortos. Você já não terá lugar na terra dos vivos. 21 Eu lhe darei um fim terrível, e você deixará de existir. Procurarão por você, mas nunca mais a encontrarão. Eu, o Senhor Soberano, falei!”.

O fim da glória de Tiro

27 Recebi esta mensagem do Senhor: “Filho do homem, entoe um cântico fúnebre para Tiro, essa cidade que é entrada para o mar, que estabelece relações comerciais com muitas nações. Transmita-lhe a seguinte mensagem do Senhor Soberano:

“Ó cidade de Tiro, você se gloriava:
‘Minha beleza é perfeita!’.
Estendeu seus limites para o mar;
seus construtores aperfeiçoaram sua beleza.
Você era como uma grande embarcação,
construída com os melhores ciprestes de Senir.[d]
Com um cedro do Líbano
fabricaram seu mastro.
Fizeram seus remos
com carvalhos de Basã.
Seu convés de pinho dos litorais de Chipre[e]
era decorado com marfim.
Suas velas eram de linho egípcio da melhor qualidade
e esvoaçavam sobre você como uma bandeira.
Seus toldos eram azuis e vermelhos,
coloridos com tinturas dos litorais de Elisá.
Seus remadores eram de Sidom e Arvade,
seus timoneiros, homens habilidosos de Tiro.
Antigos e sábios artesãos de Gebal
calafetaram a embarcação.
Navios de todas as nações vinham com mercadorias
para negociar com você.

10 “Homens das terras distantes da Pérsia, de Lídia e da Líbia[f] serviam em seu grande exército. Penduravam os escudos e os capacetes em seus muros e assim lhe davam muita honra. 11 Homens de Arvade e de Heleque montavam guarda no alto de seus muros, e em suas torres ficavam homens de Gamade. Os escudos deles, pendurados em seus muros, completavam sua beleza.

12 “Társis enviava negociantes para comprar sua grande variedade de mercadorias em troca de prata, ferro, estanho e chumbo, 13 e comerciantes da Grécia,[g] de Tubal e de Meseque traziam escravos e artigos de bronze para negociar com você.

14 “De Bete-Togarma vinham cavalos de montaria, cavalos para carros de guerra e mulas para serem negociados por suas mercadorias, 15 e comerciantes vinham de Dedã.[h] Você tinha o monopólio do mercado de várias regiões litorâneas, que lhe pagavam com presas de marfim e madeira de ébano.

16 “A Síria[i] enviava negociantes para comprar sua grande variedade de mercadorias, e em troca lhe dava turquesa, tinturas vermelhas, bordados, linho fino e joias de coral e de rubis. 17 Judá e Israel faziam comércio com você e pagavam com trigo de Minite, figos,[j] mel, azeite e bálsamo.

18 “Damasco enviava negociantes para comprar sua grande variedade de mercadorias, e em troca lhe dava vinho de Helbom e lã de Zaar. 19 Gregos de Uzal[k] vinham negociar suas mercadorias, e em troca traziam ferro trabalhado, cássia e cálamo perfumado.

20 “Dedã enviava negociantes para comercializar com você seus valiosos mantos para selas. 21 Os árabes e os príncipes de Quedar enviavam comerciantes para negociar com você e pagavam com cordeiros, carneiros e bodes. 22 Negociantes de Sabá e de Ramá lhe davam especiarias de todo tipo, joias e ouro em troca de suas mercadorias.

23 “Harã, Cane, Éden, Sabá, Assur e Quilmade também vinham com seus negociantes. 24 Traziam tecidos da melhor qualidade para comercializar: tecido azul, bordados e tapetes multicoloridos enrolados e amarrados com cordões. 25 Os navios de Társis eram suas caravanas marítimas. Os depósitos em sua ilha viviam abarrotados!”

A destruição de Tiro

26 “Mas veja! Seus remadores

a levaram para águas tempestuosas!
Um poderoso vento do leste
a despedaçou no coração do mar.
27 Tudo se perdeu:
riquezas e mercadorias,
marinheiros e pilotos,
construtores de navios, negociantes e guerreiros.
No dia de sua ruína,
todos a bordo afundam até as profundezas do mar.
28 Suas cidades no litoral tremem,
seus pilotos gritam de pavor.
29 Todos os remadores abandonam os navios,
os marinheiros e os pilotos ficam na praia.
30 Gritam por você
e choram amargamente.
Jogam pó sobre a cabeça
e rolam em cinzas.
31 Por sua causa raspam a cabeça
e se vestem de pano de saco.
Choram com amarga angústia
e profunda lamentação.
32 Enquanto lamentam e choram por você,
entoam este triste cântico fúnebre:
‘Acaso houve alguma cidade como Tiro,
que agora está em silêncio no fundo do mar?
33 As mercadorias que você negociava pelos mares
satisfaziam os desejos de muitas nações.
Reis nos confins da terra
se enriqueceram com seu comércio.
34 Agora você é um navio naufragado
e quebrado no fundo do mar.
Suas mercadorias e seus tripulantes
afundaram com você.
35 Todos que moram no litoral estão espantados
com seu terrível destino.
Os reis estão horrorizados
e olham com expressão perturbada.
36 Os comerciantes entre as nações
balançam a cabeça quando a veem,[l]
pois você chegou a um terrível fim
e não mais existirá’”.

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