Chronological
A rebelião de Israel
20 Em 14 de agosto,[a] durante o sétimo ano do exílio do rei Joaquim, alguns dos líderes de Israel vieram consultar o Senhor e, enquanto estavam sentados comigo, 2 recebi esta mensagem do Senhor: 3 “Filho do homem, diga aos líderes de Israel: ‘Assim diz o Senhor Soberano: Como ousam vir me consultar? Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Soberano, não lhes direi coisa alguma!’.
4 “Filho do homem, apresente acusações contra eles e condene-os. Faça-os ver como eram detestáveis os pecados de seus antepassados. 5 Transmita-lhes esta mensagem do Senhor Soberano: Quando escolhi Israel, quando me revelei aos descendentes de Jacó, no Egito, jurei solenemente que eu, o Senhor, seria o seu Deus. 6 Naquele dia, jurei que os tiraria do Egito e os levaria para uma terra que havia encontrado para eles, uma terra boa, que produz leite e mel com fartura, a mais linda de todas as terras. 7 Então lhes disse: ‘Cada um de vocês livre-se de suas imagens repugnantes pelas quais está obcecado. Não se contamine com os ídolos[b] do Egito, pois eu sou o Senhor, seu Deus’.
8 “Eles, porém, se rebelaram contra mim e não quiseram ouvir. Não se livraram das imagens repugnantes pelas quais estavam obcecados, nem abandonaram os ídolos do Egito. Então ameacei derramar minha fúria sobre eles para satisfazer minha ira enquanto ainda estavam no Egito. 9 Mas, por causa do meu nome, não o fiz. Não permiti que meu nome fosse desonrado entre as nações vizinhas diante das quais me revelei quando tirei os israelitas do Egito. 10 Portanto, eu os tirei do Egito e os levei para o deserto. 11 Ali lhes dei meus decretos e estatutos, para que encontrassem vida ao praticá-los. 12 Também lhes dei os sábados como sinal entre mim e eles, para lembrá-los de que eu sou o Senhor, que os separou para serem santos.
13 “O povo de Israel, no entanto, se rebelou contra mim e não quis obedecer a meus decretos no deserto. A obediência lhes teria dado vida, mas não seguiram meus estatutos. Além disso, profanaram meus sábados. Portanto, ameacei derramar minha fúria sobre eles e consumi-los inteiramente no deserto. 14 Mais uma vez, porém, me contive por causa do meu nome, para que não fosse desonrado diante das nações que tinham visto meu poder quando tirei Israel do Egito. 15 Contudo, fiz um juramento solene contra eles no deserto. Jurei que não os faria entrar na terra que lhes tinha dado, uma terra que produz leite e mel com fartura, a mais linda de todas as terras. 16 Pois rejeitaram meus estatutos, recusaram-se a seguir meus decretos e profanaram meus sábados, porque entregaram o coração a seus ídolos. 17 Apesar disso, tive compaixão deles e não os destruí no deserto.
18 “Então adverti seus filhos no deserto a não seguirem os passos e o estilo de vida de seus pais, que se contaminaram com seus ídolos. 19 Disse-lhes: ‘Eu sou o Senhor, seu Deus. Sigam meus decretos, obedeçam a meus estatutos 20 e guardem meus sábados como dias santos, pois são um sinal entre mim e vocês para lembrá-los de que eu sou o Senhor, seu Deus’.
21 “Seus filhos, porém, também se rebelaram contra mim. A obediência lhes teria dado vida, mas não guardaram meus decretos nem seguiram meus estatutos. Além disso, profanaram meus sábados. Portanto, mais uma vez, ameacei derramar minha fúria sobre eles no deserto para satisfazer minha ira. 22 No entanto, contive meu julgamento por causa do meu nome, para que não fosse desonrado diante das nações que tinham visto meu poder quando tirei Israel do Egito. 23 Contudo, fiz um juramento solene contra eles no deserto. Jurei que os espalharia entre todas as nações, 24 pois não obedeceram a meus estatutos. Desprezaram meus decretos, profanaram meus sábados e cobiçaram os ídolos de seus antepassados. 25 Eu os entreguei a decretos e estatutos inúteis, que não conduziriam à vida. 26 Deixei que se contaminassem[c] com suas ofertas idólatras e permiti que oferecessem seus primeiros filhos como sacrifícios a seus deuses, para que eu os devastasse e lhes mostrasse que somente eu sou o Senhor.”
Julgamento e restauração
27 “Portanto, filho do homem, transmita ao povo de Israel esta mensagem do Senhor Soberano: Seus antepassados continuaram a blasfemar contra mim e a me trair, 28 pois, quando os trouxe à terra que lhes havia prometido, eles ofereceram sacrifícios onde quer que vissem montes altos e árvores verdejantes. Provocaram minha fúria ao oferecer sacrifícios a seus deuses. Levaram perfumes e incenso e apresentaram ofertas derramadas. 29 Disse-lhes: ‘Que lugar alto é este para onde vão?’. (Desde então, esse tipo de lugar é chamado de Bamá, ‘lugar alto’.)
30 “Portanto, transmita ao povo de Israel esta mensagem do Senhor Soberano: Vocês continuarão a se contaminar, como fizeram seus antepassados? Vão se prostituir adorando imagens repugnantes? 31 Pois, quando apresentam ofertas para elas e sacrificam seus filhos no fogo, continuam a se contaminar com ídolos até hoje. Acaso devo permitir que me consultem, ó povo de Israel? Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Soberano, não lhes direi coisa alguma.
32 “Vocês dizem: ‘Queremos ser como as nações ao redor, que servem a ídolos de madeira e de pedra’. Mas o que vocês planejam nunca acontecerá. 33 Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Soberano, eu os governarei com mão de ferro, com grande ira e poder tremendo. 34 E com grande ira estenderei minha mão forte e meu braço poderoso e os trarei de volta[d] das terras onde foram espalhados. 35 Eu os levarei ao deserto das nações e ali os julgarei face a face. 36 Ali os julgarei como julguei seus antepassados no deserto depois de tirá-los do Egito, diz o Senhor Soberano. 37 Eu os examinarei cuidadosamente[e] e os farei obedecer aos termos de minha aliança. 38 Tirarei de seu meio todos que se rebelam e se revoltam contra mim. Eu os farei sair das terras em que estão exilados, mas eles nunca entrarão na terra de Israel. Então vocês saberão que eu sou o Senhor.
39 “Quanto a vocês, povo de Israel, assim diz o Senhor Soberano: Continuem a adorar seus ídolos. Mais cedo ou mais tarde, porém, vocês me obedecerão e deixarão de desonrar meu santo nome com sua idolatria. 40 Pois em meu santo monte, o alto monte de Israel, diz o Senhor Soberano, todo o povo de Israel me adorará, e eu os aceitarei. Ali exigirei que tragam todas as suas ofertas, suas melhores dádivas e tudo que me consagrarem. 41 Quando eu os trouxer de volta do exílio, vocês serão para mim como uma oferta agradável. E, por meio de vocês, demonstrarei minha santidade diante de todas as nações. 42 Então, quando eu os tiver trazido de volta à terra que, com juramento solene, prometi a seus antepassados, saberão que eu sou o Senhor. 43 Vocês se lembrarão de todas as formas pelas quais se contaminaram e terão nojo de si mesmos por todo o mal que fizeram. 44 Saberão que eu sou o Senhor, ó povo de Israel, quando, por causa do meu nome, eu os tratar com compaixão, apesar de toda a sua perversidade. Eu, o Senhor Soberano, falei!”.
Julgamento contra o Neguebe
45 [f]Então recebi esta mensagem do Senhor: 46 “Filho do homem, volte o rosto para o sul[g] e pronuncie-se contra ele; profetize contra os matagais do Neguebe. 47 Diga ao bosque do sul: ‘Assim diz o Senhor Soberano: Ouça a palavra do Senhor! Eu o incendiarei, e todas as árvores, tanto as verdes como as secas, serão consumidas. As chamas ardentes não serão apagadas e queimarão tudo, desde o sul até o norte. 48 Todos verão que eu, o Senhor, acendi esse fogo, e ele não será apagado’”.
49 Então eu disse: “Ó Senhor Soberano, eles dizem a meu respeito: ‘Ele só fala por meio de parábolas!’”.
A espada de julgamento do Senhor
21 [h] Recebi esta mensagem do Senhor: 2 “Filho do homem, volte o rosto para Jerusalém e profetize contra Israel e seus santuários. 3 Diga-lhe: ‘Assim diz o Senhor: Sou seu inimigo, ó Israel, e estou prestes a tirar a espada da bainha para destruir seu povo, tanto os justos como os perversos. 4 Sim, eliminarei tanto os justos como os perversos! Empunharei minha espada contra todos na terra, desde o sul até o norte. 5 O mundo inteiro saberá que eu sou o Senhor. A espada está em minha mão, e ela não voltará à bainha’.
6 “Filho do homem, comece a gemer! Comece a gemer diante do povo com amargura e coração quebrantado. 7 Quando lhe perguntarem por que você está gemendo, diga-lhes: ‘Estou gemendo por causa da notícia que recebi. Quando ela se realizar, até mesmo o coração mais valente se derreterá de medo; toda a força desaparecerá. Todo espírito se angustiará; joelhos fortes se tornarão frouxos como água. E o Senhor Soberano diz: Ela está vindo! Está a caminho!’”.
8 Em seguida, o Senhor me disse: 9 “Filho do homem, transmita ao povo esta mensagem do Senhor:
“Uma espada, uma espada
está sendo afiada e polida.
10 Está sendo afiada para a matança
e polida para faiscar como relâmpago.
Agora nos alegraremos com o cetro de meu filho,
o governante de Judá?
A espada despreza qualquer pedaço de madeira![i]
11 Sim, a espada está sendo afiada e polida,
preparada para as mãos do carrasco.
12 “Filho do homem, grite e lamente-se,
bata nas coxas em sinal de angústia,
pois a espada matará meu povo e seus líderes;
todos morrerão!
13 Ela porá todos eles à prova;
e o que acontecerá quando o cetro,
que a espada despreza, não mais existir?,[j]
diz o Senhor Soberano.
14 “Filho do homem, profetize para eles
e bata palmas.
Depois, pegue a espada e golpeie duas vezes,
ou mesmo três vezes,
para simbolizar a matança,
a grande matança que os ameaça de todos os lados.
15 Que o coração deles se derreta de terror,
pois a espada reluz em todas as portas.
Faísca como relâmpago
e está polida para a matança.
16 Ó espada, golpeie à direita,
golpeie à esquerda,
para onde se virar
e onde quiser.
17 Eu também baterei palmas
e satisfarei minha fúria.
Eu, o Senhor, falei!”.
Presságios para o rei da Babilônia
18 Recebi esta mensagem do Senhor: 19 “Filho do homem, desenhe um mapa e sobre ele trace dois caminhos para que a espada do rei da Babilônia os siga. Coloque um marco na estrada que sai da Babilônia, onde ela se divide em dois caminhos, 20 um para Amom e sua capital, Rabá, e outro para Judá e Jerusalém, a cidade fortificada. 21 O rei da Babilônia está na encruzilhada, sem saber se deve atacar Jerusalém ou Rabá. Ele chama seus adivinhos para que façam previsões, e eles lançam sortes com flechas sacudidas da aljava, consultam seus ídolos e examinam o fígado de animais sacrificados. 22 O presságio em sua mão direita indica ‘Jerusalém!’. Seus soldados atacarão as portas da cidade com troncos e darão gritos de guerra. Levantarão torres de cerco e construirão rampas contra os muros. 23 Os habitantes de Jerusalém pensarão que se trata de um presságio falso, por causa de seu acordo com os babilônios. Mas o rei da Babilônia os lembrará de sua rebeldia. Ele os atacará e os levará prisioneiros.
24 “Portanto, assim diz o Senhor Soberano: Repetidamente, vocês me lembram de seus pecados e sua rebeldia. Nem sequer tentam escondê-los! Em tudo que fazem, seus pecados ficam evidentes. Por isso, chegou a hora de seu castigo.
25 “Ó príncipe de Israel, corrupto e perverso, o dia do acerto de contas chegou! 26 Assim diz o Senhor Soberano:
“Tire sua coroa coberta de joias,
pois o antigo sistema está para mudar.
Os humildes serão exaltados,
e os orgulhosos, humilhados.
27 Destruição! Destruição!
Certamente destruirei o reino,
e não será restaurado até que venha
aquele que tem o direito de julgá-lo;
então o entregarei a ele.”
Mensagem para os amonitas
28 “Agora, filho do homem, profetize acerca dos amonitas e sua zombaria. Transmita-lhes esta mensagem do Senhor Soberano:
“Uma espada, uma espada
está pronta para a matança.
Está polida para destruir
e faísca como relâmpago.
29 Seus profetas lhes deram visões falsas,
seus adivinhos lhes contaram mentiras.
A espada cairá sobre o pescoço dos perversos,
para quem chegou o dia do juízo.
30 “Agora, ponham a espada de volta na bainha,
pois em sua própria terra,
no lugar onde nasceram,
eu os julgarei.
31 Derramarei minha fúria sobre vocês
e soprarei em vocês o fogo de minha ira.
Eu os entregarei a homens cruéis,
hábeis em destruir.
32 Vocês serão combustível para o fogo,
e seu sangue será derramado em sua própria terra.
Não haverá mais lembrança de vocês na história,
pois eu, o Senhor, falei!”.
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