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M’Cheyne Bible Reading Plan

The classic M'Cheyne plan--read the Old Testament, New Testament, and Psalms or Gospels every day.
Duration: 365 days
Portuguese New Testament: Easy-to-Read Version (VFL)
Version
Gênesis 37

José, o sonhador

37 Jacó ficou vivendo na terra de Canaã, a terra onde o seu pai também tinha morado. Esta é a história da família de Jacó.

José tinha dezessete anos e tomava conta dos rebanhos com os seus irmãos. Ajudava os filhos de Bila e de Zilpa, esposas do seu pai. E José contava ao seu pai todo o mal que os seus irmãos faziam. Israel gostava mais de José do que de qualquer outro filho por ter nascido quando ele já era velho. Por isso Israel fez para José uma túnica muito especial.[a] Quando os seus irmãos viram que o seu pai amava José mais do que a eles, começaram a odiá-lo e não o cumprimentavam.

José teve um sonho, e contou aos seus irmãos e eles passaram a odiá-lo ainda mais. José lhes disse:

—Ouçam o sonho que tive. Estavamos todos amarrando feixes de trigo no meio do campo. De repente o meu feixe se levantou e ficou de pé. E os feixes de vocês rodearam o meu e se curvaram diante dele.

Então os seus irmãos lhe disseram:

—Isso quer dizer que você vai ser o nosso rei? Que vai mandar em nós?

Assim os seus irmãos passaram a odiá-lo ainda mais, por causa dos seus sonhos e do jeito como ele os contava. Depois José teve outro sonho e também foi contá-lo aos seus irmãos. Disse-lhes:

—Ouçam, tive outro sonho: sonhei que o sol, a lua e onze estrelas se curvavam diante de mim.

10 Quando contou este sonho ao seu pai e aos seus irmãos, o seu pai o repreendeu e disse:

—Que tipo de sonho é esse? Será possível que eu, a sua mãe e os seus irmãos vamos nos prostrar diante de você?

11 Os seus irmãos ficaram com inveja dele, mas o seu pai ficou pensando muito neste assunto.

12 Um dia, os irmãos de José foram apascentar os rebanhos do seu pai na região de Siquém. 13 Então Israel disse a José:

—Os seus irmãos estão cuidando dos rebanhos em Siquém, quero que vá até eles.

José respondeu:

—Estou pronto para ir.

14 Então Israel disse a José:

—Vá ver se está tudo bem com os seus irmãos e com os rebanhos. Depois volte e me conte.

Então Jacó o enviou e ele foi, desde o vale de Hebrom até Siquém. 15 Um homem encontrou José perdido no campo, e lhe perguntou:

—O que você está procurando?

16 José respondeu:

—Estou procurando os meus irmãos. Diga-me, por favor, onde é que eles estão cuidando os rebanhos.

17 O homem disse:

—Eles já saíram daqui. Eu os ouvi dizer que iam para Dotã.

Então José foi procurar os seus irmãos e os encontrou em Dotã.

José é vendido como escravo

18 Os irmãos de José o viram quando ele ainda estava longe. Então, antes dele chegar, fizeram planos para matá-lo. 19 Diziam uns aos outros:

—Olhem, lá vem o sonhador! 20 Vamos matá-lo e atirar o seu corpo num poço seco, depois falemos que foi comido por um animal selvagem. Assim veremos o que vai acontecer com os seus sonhos.

21 Quando Rúben ouviu isto, tentou livrá-lo dos seus irmãos e disse:

—Não o matemos. 22 Não derramem sangue! Atirem-no naquele poço que está no deserto, mas não lhe façam mal.

Rúben disse isto porque queria salvar José e mandá-lo de volta ao seu pai.

23 Quando José chegou onde estavam os seus irmãos, eles arrancaram-lhe a sua túnica especial. 24 Logo o agarraram e o atiraram para dentro do poço. O poço estava vazio e sem nenhuma água.

25 Então os seus irmãos se sentaram para comer e viram um grupo de ismaelitas que vinha de Gileade. Os seus camelos traziam especiarias, bálsamo e mirra que levavam para o Egito. 26 Judá disse então aos seus irmãos:

—Que vamos ganhar se matarmos e escondermos o corpo do nosso irmão? 27 É melhor vendê-lo aos ismaelitas. Não lhe façamos nenhum mal, pois é nosso irmão e temos o mesmo sangue.

E todos os irmãos concordaram. 28 Quando os negociantes midianitas passaram por ali, eles tiraram José do poço e o venderam por vinte moedas de prata aos ismaelitas, os quais o levaram para o Egito.

29 Quando Rúben regressou ao poço e viu que José já não estava lá, rasgou a sua roupa em sinal de tristeza. 30 Depois voltou para junto dos seus irmãos e disse:

—O jovem já não está lá! Para onde é que vou agora?

31 Os irmãos então mataram um cabrito, pegaram a túnica de José e a mancharam com o sangue do cabrito. 32 Depois levaram aquela túnica ao seu pai e lhe disseram:

—Encontramos isso. Veja se é a túnica do seu filho.

33 Jacó reconheceu a túnica e disse:

—Sim, é a túnica do meu filho. Ele deve ter sido devorado por um animal selvagem. Certamente José foi despedaçado.

34 Então Jacó rasgou a sua roupa, se vestiu com roupa de luto e durante muito tempo esteve de luto pelo seu filho. 35 Todos os seus filhos e filhas tentaram consolá-lo, mas ele recusava ser consolado e dizia:

—Vou ficar de luto pelo meu filho até o dia que eu morrer.[b]

E continuou chorando pelo seu filho.

36 Entretanto, os midianitas venderam José no Egito. Potifar, o capitão da guarda do faraó, foi quem o comprou.

Marcos 7

A lei de Deus e a tradição dos judeus

(Mt 15.1-20)

Depois disto, os fariseus e alguns dos professores da lei, que tinham vindo de Jerusalém, se aproximaram de Jesus e repararam que alguns dos seus discípulos estavam comendo com mãos impuras, isto é, estavam comendo sem antes terem lavado as mãos. (Pois os fariseus e todos os outros judeus não comem sem antes lavar suas mãos com muito cuidado, mantendo a tradição dos antigos. Quando voltam dos mercados das praças, eles não comem nada que não tenha sido muito bem lavado. E há também muitas outras tradições que eles observam, tais como a lavagem de copos, de jarros e até de panelas de metal.)[a] Então os professores da lei e os fariseus perguntaram a Jesus:

—Por que os teus discípulos não seguem a tradição dos antigos, mas ao invés disso, comem com as mãos impuras?

Mas Jesus lhes disse:

—Isaías tinha razão quando profetizou a respeito de vocês, hipócritas, quando escreveu:

“Este povo me honra com os seus lábios,
    mas o seu coração está longe de mim.
O culto que eles me prestam não vale nada,
    pois os ensinamentos que eles ensinam são mandamentos feitos por homens”.(A)

—Vocês deixam de lado o mandamento de Deus e se apegam à tradição dos homens.

E lhes disse ainda:

—Vocês são muito bons em deixar de lado os mandamentos de Deus e estabelecer os seus próprios ensinamentos. 10 Por exemplo: Moisés disse: “Respeitem o seu pai e a sua mãe”(B) e ainda: “Quem amaldiçoar o seu pai ou a sua mãe, será condenado à morte”.(C) 11 Mas vocês dizem que se alguém se aproximar de seu pai ou de sua mãe e disser: “Todos os recursos que eu poderia usar para ajudar a vocês são Corbã, isto é, oferta para o Senhor”, 12 então vocês o dispensam de fazer qualquer coisa para ajudar a seu pai ou a sua mãe. 13 Dessa forma vocês anulam os mandamentos de Deus pelas tradições que vocês têm transmitido. E assim como fazem isto, fazem também muitas outras coisas.

14 Jesus chamou a multidão para perto de si novamente e lhes disse:

—Escutem todos o que eu vou dizer, e entendam: 15 Não há nada fora de uma pessoa que, ao entrar nela, a torne impura. Mas, o que sai da pessoa é o que a contamina. 16 [b]

17 Quando Jesus deixou a multidão e foi para casa, os seus discípulos lhe perguntaram o significado daquela parábola. 18 E ele lhes disse:

—Será possível que nem vocês compreendem? Será que vocês não entendem que não há nada fora de uma pessoa que, ao entrar nela, possa contaminá-la, 19 pois não vai para o seu coração, mas sim para o estômago, e depois sai para fora do corpo? (E, ao dizer isto, ele estava declarando puras todas as comidas.)

20 Depois, acrescentou:

—É o que sai da pessoa que a torna impura, 21 pois é de dentro, do coração de cada um, que saem os maus pensamentos, os atos imorais, os roubos e os assassinatos. 22 É do coração também que saem os adultérios, as avarezas, as maldades, a má-fé, a imoralidade, a inveja, as calúnias, a arrogância e a tolice. 23 Todos estes males vêm de dentro, e são essas coisas que tornam uma pessoa impura.

Jesus ajuda uma mulher não-judia

(Mt 15.21-28)

24 Jesus partiu dali e foi para as redondezas da cidade de Tiro. Assim que chegou, entrou numa casa, pois não queria que ninguém soubesse que ele estava ali, mas foi impossível esconder-se. 25 Logo que uma mulher ouviu falar a respeito de Jesus, foi até ele e se ajoelhou a seus pés. (Ela tinha uma filha possuída por um demônio.) 26 A mulher era grega, da região siro-fenícia, e lhe implorava que expulsasse o demônio de sua filha. 27 Ele lhe disse:

—Deixe que as crianças se alimentem primeiro, pois não está certo tirar a comida das crianças para que seja dada aos cachorrinhos.

28 Ela, porém, disse:

—Sim, Senhor, mas ainda os cachorros que estão debaixo da mesa comem as migalhas que as crianças deixam cair.

29 Jesus, então, lhe disse:

—Por causa da resposta que me deu, você pode ir para sua casa em paz, pois o demônio já saiu da sua filha.

30 E depois de voltar para casa, a mulher encontrou a filha deitada na cama, pois o demônio já tinha saído dela.

Jesus cura um homem surdo e gago

31 Novamente Jesus partiu das redondezas da cidade de Tiro, e foi para o lago da Galileia, passando pela cidade de Sidom e também pelo território de Decápolis. 32 Assim que chegou lá, algumas pessoas levaram a ele um homem que era surdo e gago, e lhe pediram que pusesse a mão sobre ele. 33 Jesus o tirou do meio da multidão e, à parte, tocou nos ouvidos dele com os dedos, e em seguida tocou a língua do homem com saliva. 34 Depois, olhando para o céu, deu um suspiro profundo e disse:

Efatá!—(que quer dizer: “Abra-se!”).

35 E no mesmo instante os ouvidos do homem se abriram e a sua língua ficou livre e ele começou a falar normalmente.

36 Jesus tinha ordenado que eles não dissessem nada a ninguém, mas quanto mais ele pedia, mais eles falavam. 37 Todo o povo tinha ficado grandemente admirado e todos diziam:

—Ele faz tudo tão bem! Faz até mesmo com que os surdos ouçam e com que os mudos falem!

Jó 3

No fim Jó amaldiçoou o dia em que tinha nascido. Ele disse:

“Que desapareça o dia em que nasci.
    Que a noite em que disseram:
    ‘É um menino!’ seja eliminada completamente.
Que Deus fale para esse dia se tornar escuridão,
    e que a luz não brilhe sobre ele,
    nem Deus, nas alturas, se importe com ele.
Que esse dia pertença à profunda escuridão.
    Que as nuvens escuras o cubram,
    que a escuridão tome posse dele.
Que a escuridão domine essa noite,
    que a data desse dia não exista no calendário.
Que ninguém nasça nessa noite,
    que não haja nela nenhuma alegria.
Que esse dia seja amaldiçoado por quem sabe amaldiçoar os dias
    e pelos que são capazes de acordar o Leviatã[a].
Que não brilhem as estrelas dessa manhã,
    que essa noite espere ansiosamente pela chegada da luz,
    mas que não haja luz.
10 Que todas as maldições caiam sobre essa noite,
    porque ela não fechou o ventre da minha mãe,
    nem impediu os meus olhos de olharem tanta desgraça.

11 “Por que não morri no ventre da minha mãe
    ou ao sair dele?
12 Por que houve braços para me abraçar
    e peitos para me amamentar?
13 Se tivesse morrido,
    agora estaria deitado,
    descansando em paz.
14 Estaria com os reis e os sábios da terra,
    os quais construíram grandes edifícios que agora estão em ruínas.
15 Estaria com os príncipes que possuíam ouro
    e encheram os seus palácios de prata.
16 Por que não me enterraram logo ao nascer, como se fosse um aborto,
    ou como as crianças que nunca viram a luz?
17 Na morte os malvados já não podem fazer o mal.
    Na morte os cansados têm descanso.
18 Ali os prisioneiros descansam,
    porque já não ouvem mais a voz do opressor de escravos.
19 Ali estão os humildes e os poderosos,
    e os escravos estão livres dos seus senhores.

20 “Por que o angustiado vê a luz,
    e recebem a vida as pessoas que só irão sofrer?
21 Por que recebem a vida os que esperam ansiosamente pela morte,
    os que a buscam mais do que a um tesouro escondido?
22 Por que recebem a vida aqueles
    que ficariam cheios de alegria se descessem para a cova?
23 Por que recebe a vida um homem que não encontra o seu caminho,
    a quem Deus cercou de problemas?
24 Em vez de comida, tenho lágrimas,
    e lamentos em vez de água para beber.
25 Aconteceu comigo
    aquilo que eu mais temia.
26 Não tenho paz nem sossego.
    Não tenho descanso, só desespero”.

Romanos 7

O casamento como exemplo

Irmãos, todos vocês entendem a lei de Moisés e, com certeza, sabem que a lei governa a pessoa somente enquanto ela está viva. Por exemplo, uma mulher deve se manter casada com o seu marido enquanto ele viver. Mas, se ele morrer, ela fica livre para casar com quem quiser. Entretanto, se ela casar com outro homem enquanto o marido está vivo, a lei diz que ela é culpada de adultério. Mas, se o marido morrer, ela fica livre da lei do casamento e assim pode se casar de novo e não comete adultério.

Da mesma maneira, meus irmãos, vocês morreram para a lei através do corpo de Jesus Cristo. Agora vocês pertencem àquele que ressuscitou da morte. Nós pertencemos a Cristo, para que possamos ser úteis no serviço de Deus. Porque quando vivíamos de acordo com nossa natureza humana, os nossos desejos pecadores foram despertados pela lei. Eles controlavam nossos corpos e assim nos levavam a morrer espiritualmente. No passado, a lei nos mantinha como prisioneiros. Porém agora estamos livres da lei, pois morremos para ela. Nós não servimos mais a Deus pela maneira antiga, por meio da lei escrita. Agora nós servimos a Deus de maneira nova, por meio do Espírito.

A nossa luta contra o pecado

Não quero com isso dizer que a lei e o pecado sejam a mesma coisa. Não, de maneira nenhuma. Mas a lei era a única maneira de eu vir a saber o que é o pecado. Por exemplo, eu nunca saberia do pecado de desejar o que não me pertence se a lei não dissesse: “Não deseje o que não lhe pertence”(A). Mas, por intermédio do mandamento, o pecado encontrou um jeito de criar em mim toda espécie de cobiça. Mas, sem a lei, o pecado não tem poder. Eu tinha vida sem a lei, antes de conhecer a lei. Mas, quando o mandamento veio, o pecado começou a viver 10 e eu morri espiritualmente. O mandamento era para dar vida, mas me trouxe somente a morte. 11 O pecado encontrou um jeito de me enganar por meio do mandamento. Ele usou o mandamento para me fazer morrer espiritualmente.

12 A lei é santa e o mandamento é santo, reto e bom. 13 Isto quer dizer que aquilo que é bom me conduziu à morte? De maneira nenhuma! O pecado é que usou o que é bom para me conduzir à morte, a fim de que eu pudesse ver como o pecado realmente é. E assim, por meio do mandamento, o pecado se mostrou ainda mais terrível.

O conflito no homem

14 Nós sabemos que a lei é espiritual, mas eu não sou espiritual. O pecado me controla como se eu fosse seu escravo. 15 Eu não entendo aquilo que faço, porque não faço as coisas boas que quero fazer. Ao contrário, faço as coisas más que odeio fazer. 16 Se faço as coisas más que não quero fazer, concordo que a lei é boa. 17 Mas não sou eu que, de fato, faço o mal. É o pecado que vive em mim que o faz. 18 Sim, eu sei que nada de bom vive em mim, isto é, naquela parte de mim que é humana e pecadora. Eu quero fazer o que é bom, mas não faço. 19 Eu não faço as coisas boas que quero fazer. Ao contrário, faço as coisas más que não quero fazer. 20 E, se faço as coisas más que não quero fazer, já não sou eu quem as faz, mas o pecado que vive em mim.

21 Aprendi então esta regra: quando quero fazer o bem, o mal está presente em mim. 22 No meu ser interior, estou de acordo com a lei de Deus. 23 Mas vejo outra lei trabalhando no meu corpo. Ela batalha contra a lei que meu ser interior aprova. Essa outra lei que trabalha no meu corpo é a lei do pecado e ela me faz seu prisioneiro. 24 Que homem tão miserável que sou! Quem poderá me salvar deste corpo que me conduz para a morte? 25 Dou graças a Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.

Assim, em minha mente, sou escravo da lei de Deus, mas naquela parte de mim que é humana e pecadora, sou escravo da lei do pecado.

Portuguese New Testament: Easy-to-Read Version (VFL)

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