M’Cheyne Bible Reading Plan
O discurso de despedida
24 Josué reuniu todas as tribos de Israel em Siquém. Convocou todos os líderes, os chefes, os juízes e os oficiais. Todos compareceram diante de Deus[a]. 2 Então Josué disse a todo o povo a mensagem do SENHOR, o Deus de Israel:
—Há muito tempo, os seus antepassados, Tera e os seus filhos, Abraão e Naor, viviam no outro lado do rio Eufrates e adoravam outros deuses. 3 Mas eu tirei o pai de vocês, Abraão, do outro lado do rio e o conduzi por toda a terra de Canaã e lhe dei muitos descendentes: a Abraão eu dei Isaque, 4 e a Isaque dei Jacó e Esaú. A Esaú dei as montanhas de Seir, mas Jacó e os seus filhos foram para o Egito. 5 Mais tarde, enviei Moisés e Aarão para lá e castiguei os egípcios com as coisas que fiz no meio deles, e tirei vocês do Egito. 6 Os seus antepassados saíram do Egito e chegaram até o mar. E os egípcios os perseguiram com carros de guerra e cavaleiros até o mar Vermelho. 7 Então os seus antepassados gritaram por mim e eu coloquei uma grande escuridão entre vocês e os egípcios e fiz com que eles morressem afogados no mar. Vocês viram com os seus próprios olhos o que eu fiz aos egípcios.
—Depois disto vocês viveram muito tempo no deserto. 8 E eu os levei para a terra dos amorreus que viviam ao leste do Jordão. Eles fizeram guerra contra vocês, mas eu os entreguei nas suas mãos. Eu os destruí para vocês ficarem com a terra deles. 9 Também Balaque, o rei de Moabe, filho de Zipor, foi combater contra Israel. Ele mandou buscar Balaão, filho de Beor, para amaldiçoar vocês. 10 Mas eu não dei atenção às palavras de Balaão e fiz com que ele tivesse que abençoar vocês muitas vezes. Assim eu livrei vocês do seu poder.
11 —Depois vocês atravessaram o rio Jordão e chegaram a Jericó. Os habitantes de Jericó lutaram contra vocês, assim como também fizeram os amorreus, os ferezeus, os cananeus, os heteus, os girgaseus, os heveus e os jebuseus. Eu fiz com que vocês vencessem todos eles. 12 Enviei um grande terror[b] diante de vocês e expulsei os dois reis amorreus. Não foi pela espada nem pelo arco que vocês os venceram. 13 Dei-lhes terras que vocês não cultivaram e cidades que não construíram. É nelas que vocês vivem agora. E é das vinhas e dos olivais que vocês não plantaram, que agora comem.
14 Então Josué disse ao povo:
—Portanto, agora obedeçam ao SENHOR e sirvam-no com sinceridade e lealdade. Joguem fora os deuses que os seus pais serviam no outro lado do rio Eufrates e no Egito e sirvam ao SENHOR.
15 —Se não quiserem servir ao SENHOR, escolham hoje a quem vão servir: os deuses que os seus antepassados serviam no outro lado do rio Eufrates ou os deuses dos amorreus em cuja terra vocês vivem. Mas eu e a minha família serviremos ao SENHOR.
16 Então todo o povo respondeu:
—Nunca deixaremos o SENHOR para servir outros deuses! 17 Pois foi o SENHOR, nosso Deus, quem nos tirou, a nós e aos nossos antepassados, da terra do Egito onde éramos escravos. Foi ele quem realizou aqueles grandes milagres que nós vimos. Foi ele quem nos protegeu durante toda a viagem e ao passarmos pelas terras das nações. 18 Também foi o SENHOR que expulsou diante de nós todas as nações e os amorreus que viviam nesta terra. Por tudo isso, nós também serviremos ao SENHOR, porque ele é o nosso Deus.
19 Então Josué avisou o povo:
—Vocês não vão poder servir ao SENHOR, porque ele é Deus santo! Ele é um Deus zeloso! Ele não perdoará a sua rebelião e os seus pecados. 20 Se vocês abandonarem o SENHOR e servirem os deuses das nações, então ele se voltará contra vocês. E mesmo depois de ter feito tanto bem a vocês, ele os castigará e destruirá.
21 Então o povo disse a Josué:
—Não! Nós serviremos ao SENHOR!
22 Então Josué perguntou ao povo:
—Vocês mesmos são testemunhas de que escolheram servir ao SENHOR.
E eles responderam:
—Sim, somos testemunhas.
23 Josué continuou:
—Então, joguem fora todos os deuses estrangeiros que vocês têm e dediquem-se com todo o coração ao SENHOR, o Deus de Israel.
24 E todas as pessoas disseram a Josué:
—Serviremos o SENHOR, nosso Deus, e faremos o que ele mandar.
25 Naquele dia, Josué fez uma aliança com o povo em Siquém e lhes deu normas e leis. 26 E Josué as escreveu no livro da Lei de Deus. Depois pegou uma grande pedra e a colocou debaixo do carvalho que estava no santuário do SENHOR. 27 E disse ao povo:
—Vejam, esta pedra ficará como testemunha contra vocês, pois ouviu tudo o que o SENHOR nos disse. Se vocês negarem o SENHOR, ela será testemunha contra vocês.
28 Depois Josué despediu o povo, e cada um foi para a terra que lhe foi dada.
A morte de Josué
29 Passado algum tempo, Josué, filho de Num, servo do SENHOR, morreu. Tinha cento e dez anos de idade. 30 Foi enterrado na terra que lhe foi dada, em Timnat-Sera, que fica nas montanhas de Efraim, ao norte do monte Gaás.
31 Israel serviu ao SENHOR durante a vida de Josué e durante a vida dos líderes que ficaram depois da sua morte. Eles tinham conhecimento de tudo o que o SENHOR fez por Israel.
O enterro dos ossos de José
32 Os ossos de José, que os israelitas tinham trazido do Egito, foram enterrados em Siquém, no terreno que Jacó tinha comprado por cem moedas de prata aos filhos de Hamor. Aquele terreno ficou sendo propriedade dos descendentes de José.
33 Eleazar, filho de Aarão, morreu também e foi enterrado em Gibeá, nas montanhas de Efraim. Gibeá era a cidade que o seu filho Fineias tinha recebido como herança.
Pedro e João no Conselho Superior
4 Os sacerdotes, o capitão da guarda do templo e os saduceus se aproximaram enquanto eles ainda estavam falando. 2 Eles ficaram irritados porque Pedro e João estavam ensinando o povo e proclamando a ressurreição dos mortos por meio de Jesus. 3 Então prenderam os dois e os puseram na cadeia até o dia seguinte, pois já era muito tarde. 4 No entanto, muitos dos que ouviram a mensagem acreditaram e o número de homens subiu para cinco mil.
5 No dia seguinte, os líderes do povo, os líderes e os professores da lei se reuniram em Jerusalém. 6 Também estavam presentes: Anás, o sumo sacerdote, Caifás, João, Alexandre e todos os que pertenciam à família do sumo sacerdote. 7 Ao colocar os apóstolos no meio deles, começaram a fazer-lhes perguntas:
—Quem deu a vocês poder ou autoridade para curar este homem?
8 Pedro, então, cheio do Espírito Santo, disse a eles:
—Líderes do povo e líderes! 9 Parece que hoje nós estamos sendo interrogados por causa da boa ação que fizemos ao homem paralítico, e de como ele foi curado. 10 Muito bem! Então fiquem todos vocês e todo o povo de Israel sabendo que este homem se apresenta curado diante de vocês pelo poder de Jesus Cristo de Nazaré, o mesmo a quem vocês crucificaram e a quem Deus ressuscitou. 11 Ele é:
12 E não há salvação em mais ninguém, pois não há nenhum outro nome debaixo do céu dado entre os homens, pelo qual possamos ser salvos.
13 Os membros do Conselho Superior ficaram admirados com a coragem de Pedro e de João, pois sabiam que eles eram homens simples e sem cultura. Eles reconheceram, então, que os dois tinham sido companheiros de Jesus.
14 Eles não puderam dizer nada, pois o homem que tinha sido curado estava de pé, ali, entre eles. 15 Os membros do Conselho Superior ordenaram que os dois saíssem, e começaram a discutir entre si:
16 —O que podemos fazer a estes homens? Está claro para todas as pessoas que vivem em Jerusalém que um milagre notável foi feito entre elas e isso nós não podemos negar! 17 No entanto, para que isto não se espalhe ainda mais pelo povo, vamos ameaçá-los e dizer para que não falem neste nome[b] a mais ninguém.
18 E, chamando os dois novamente, mandaram que eles nunca mais dissessem nem ensinassem às pessoas coisa alguma sobre Jesus em uma forma que lhe trouxesse prestígio. 19 Mas Pedro e João lhes disseram:
—Vocês decidam se é certo diante de Deus obedecer a vocês ao invés de obedecer a ele. 20 Nós não podemos deixar de falar a respeito das coisas que vimos e ouvimos!
21 Então, os membros do Conselho Superior os ameaçaram ainda mais e depois os deixaram ir embora. Eles não viam uma forma sequer de castigá-los, pois todo o povo estava dando graças a Deus pelo que tinha acontecido. 22 O homem que fora curado pelo milagre tinha mais de quarenta anos.
Os discípulos pedem coragem a Deus
23 Quando foram libertados, Pedro e João voltaram para junto de seus companheiros e lhes contaram tudo o que os líderes dos sacerdotes e os líderes tinham dito a eles. 24 Quando ouviram aquilo, todos juntos oraram a Deus, dizendo:
—Mestre! O Senhor fez o céu, a terra, o mar, e tudo o que neles existe. 25 O Senhor disse por meio do Espírito Santo, pela boca do nosso antepassado Davi, seu servo:
“Por que se revoltam as nações
e por que os povos fazem planos fúteis?
26 Juntam-se os reis da terra e os governantes
para lutar contra o SENHOR e contra o seu rei escolhido”.(B)
27 Sim, pois Herodes, Pôncio Pilatos, os judeus e os que não são judeus se reuniram nesta cidade contra o seu santo servo, Jesus, a quem o Senhor ungiu. 28 Eles se reuniram para fazer todas as coisas que o Senhor, pelo seu poder e vontade, já, há muito tempo, tinha decidido que deveriam acontecer. 29 E agora, Senhor, ouça as ameaças deles e dê aos seus servos habilidade para falarem a sua mensagem com toda a coragem. 30 Enquanto isso, mostre o seu poder para curar, e faça com que sinais e coisas maravilhosas sejam feitos quando nós lhe pedirmos em oração no nome do seu santo servo Jesus.
31 Quando acabaram de orar, o lugar onde eles tinham se reunido tremeu; todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar a mensagem de Deus com coragem.
A comunidade cristã
32 Todo o grupo dos que creram tinham um só coração e uma só alma. Ninguém dizia que qualquer coisa que tivesse era só sua, mas de todos: eles repartiam tudo o que tinham. 33 Com grande poder, os apóstolos davam testemunho a respeito da ressurreição do Senhor Jesus e grandes bênçãos de Deus eram derramadas sobre todos eles. 34 Ninguém do grupo passava necessidades, pois todos os que tinham casas ou terrenos os vendiam 35 e levavam o dinheiro da venda para os apóstolos. Então se distribuía a cada um conforme a sua necessidade. 36 José, a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé (que quer dizer “filho de encorajamento”), levita, que havia nascido em Chipre, 37 vendeu um terreno que possuía, levou todo o dinheiro e o colocou aos pés dos apóstolos.
O sinal do cinto de tecido
13 Isto é o que me disse o SENHOR:
—Jeremias, vá e compre um cinto de linho, ponha-o na cintura e nunca o tire dali, nem mesmo para lavá-lo.
2 Então comprei o cinto e amarrei a minha cintura com ele, como o SENHOR tinha me falado. 3 Depois, o SENHOR me deu uma segunda mensagem:
4 —Tome o cinto que comprou e que traz na cintura, vá para Perate[a] e esconda-o ali numa rocha.
5 Eu fui para Perate e o escondi lá, assim como tinha ordenado o SENHOR.
6 Depois de muito tempo, o SENHOR me disse:
—Levante-se, vá para Perate e tome o cinto que eu ordenei você esconder lá.
7 Portanto, fui a Perate. Ali eu cavei e tirei o cinto do lugar onde o tinha escondido. O cinto já estava podre e não prestava para nada.
8 Então o SENHOR me deu esta mensagem:
9 —Assim como destruí este cinto, destruirei o esplendor de Judá e de Jerusalém. 10 Eles se recusam a ouvir as minhas palavras. Eles são arrogantes e fazem só o que eles querem fazer. Eles foram atrás de outros deuses para servi-los e adorá-los. Eles são como este cinto que não presta para nada. 11 Assim como se ajusta o cinto à cintura, assim fiz que todo o povo de Israel e de Judá se ajustasse a mim. Eu queria que eles fossem meu povo e me dessem fama, honra e glória, mas não me obedeceram.
As vasilhas quebradas
12 —Diga também que eu, o SENHOR, Deus de Israel, digo: “Toda jarra deve ficar cheia de vinho”. E eles lhe dirão: “É claro que sabemos que toda jarra deve ficar cheia de vinho!” 13 E você lhes dirá que isto diz o SENHOR: “Farei com que fiquem embriagados todos os habitantes deste país; os reis que se assentam no trono de Davi, os sacerdotes, os profetas e todos os habitantes de Jerusalém. 14 Farei com que se despedacem uns contra os outros, pais e filhos por igual. Não haverá nada que me impeça de destruir vocês. Eu não terei compaixão nem piedade nem pena”. É a decisão do SENHOR.
Advertência a tempo
15 Escutem e deem atenção.
Não sejam orgulhosos,
pois o SENHOR falou com vocês.
16 Deem glória ao SENHOR, seu Deus,
antes que venha a escuridão
e os seus pés comecem a tropeçar nas colinas escuras.
Façam isso antes que ele torne em profunda escuridão
e em densas trevas
a luz que vocês esperam.
17 Se vocês não ouvirem isto,
chorarei em segredo por causa da sua rebeldia.
Derramarei amargas lágrimas,
porque o rebanho do SENHOR será levado prisioneiro.
18 Diga isto ao rei e à mãe do rei:
“Desçam dos seus tronos e se assentem com o resto das pessoas,
pois caíram da cabeça as suas belas coroas”.
19 As cidades do sul de Canaã estão fechadas
e não há ninguém que as abra.
Todos os habitantes de Judá foram expulsos da sua terra,
foram todos desterrados.
20 “Levantem os seus olhos e vejam
aqueles que vêm do norte.
Onde está o rebanho que lhe foi entregue,
aquele rebanho que era o seu orgulho?
21 O que você dirá quando ele colocar como os seus chefes
aqueles a quem você mesma ensinou?
Não sentirá uma dor tão grande
como a que sente uma mulher que dá à luz?
22 E se você se perguntar:
‘Por que me acontece isto?’
É pelos seus muitos pecados.
Por isso eles levantaram a sua saia e você foi violentada.
23 Pode o etíope mudar a cor da sua pele?
Pode um leopardo mudar as suas manchas?
Da mesma forma, vocês não podem fazer o bem,
estando tão acostumados a fazer o mal.
24 “Eu os espalharei por todas as partes
como a palha que o vento do deserto leva para longe.
25 Isso é o que vai acontecer com você.
Isso é o que eu planejei para você.
Eu, o SENHOR, afirmo isso.
“Tudo isso acontecerá por terem me esquecido
e confiado em deuses falsos.
26 Eu também levantarei a sua saia
até cobrir o rosto para expor a sua vergonha.
27 Eu tenho visto tudo,
as suas infidelidades, os seus relinchos,
a vergonha da sua prostituição nas colinas
e os seus horríveis pecados nos campos.
Ai de você, Jerusalém!
Até quando continuará impura?”
Jesus é entregue ao governador Pilatos
(Mc 15.1; Lc 23.1-2; Jo 18.28-32)
27 Quando rompeu o dia, todos os líderes dos sacerdotes e líderes do povo se reuniram para planejar como iriam condenar Jesus à morte. 2 Eles o amarraram e o levaram até a presença do governador Pôncio Pilatos.
Judas se enforca
(At 1.18-19)
3 Quando Judas, que o traiu, viu que Jesus tinha sido condenado, ficou cheio de remorso. Ele foi até os líderes dos sacerdotes e líderes, devolveu as trinta moedas de prata que tinha recebido para trair a Jesus 4 e disse:
—Eu pequei, pois traí um homem inocente.
Eles, porém, lhe disseram:
—Nós não temos nada com isso. Isso é problema seu.
5 Judas, então, atirou as moedas de prata para dentro do templo, saiu de lá e se enforcou. 6 Os líderes dos sacerdotes pegaram o dinheiro e disseram os uns aos outros:
—Nós não podemos colocar este dinheiro na caixa das ofertas do templo, pois foi usado para matar alguém.
7 E, depois de entrarem em acordo, eles decidiram usar aquele dinheiro para comprar o Campo do Oleiro, para que servisse de cemitério para os forasteiros. 8 E aquele campo, por causa disso, até hoje é conhecido como “Campo de Sangue”. 9 Dessa forma se cumpriu o que Deus disse por intermédio do profeta Jeremias:
“Eles pegaram as trinta moedas de prata, preço que o povo de Israel tinha concordado em pagar por ele, 10 e compraram o Campo do Oleiro, assim como o Senhor tinha mandado que eu fizesse”[a].
O governador Pilatos interroga Jesus
(Mc 15.2-5; Lc 23.3-5; Jo 18.33-38)
11 Jesus estava de pé, diante do governador, e este lhe interrogou, dizendo:
—Você é o rei dos judeus?
Ao que Jesus lhe respondeu:
—Você está dizendo isso.
12 E, mesmo sendo acusado pelos líderes dos sacerdotes e pelos líderes, Jesus não respondia nada. 13 Pilatos, então, lhe perguntou:
—Não está ouvindo todas as acusações que estão sendo feitas contra você?
14 Jesus, porém, não respondeu nada e isso impressionou muito o governador.
Jesus é condenado
(Mc 15.6-15; Lc 23.13-25; Jo 18.39-19.16)
15 Era época da Páscoa e, nessa época, o governador costumava soltar um dos prisioneiros, conforme a vontade do povo. 16 Nessa ocasião, havia um prisioneiro muito conhecido, chamado Barrabás[b]. 17 Como o povo estava reunido, Pilatos perguntou a todos:
—Quem vocês querem que eu solte: Barrabás ou Jesus, chamado Cristo?
18 (Pilatos tinha perguntado isso porque ele sabia que Jesus tinha sido entregue por pura inveja 19 e porque, quando estava sentado no tribunal, tinha recebido um recado de sua mulher, dizendo: Não se envolva no caso desse homem inocente, pois esta noite eu tive um sonho horrível por causa dele.)
20 Mas os líderes dos sacerdotes e os líderes convenceram o povo a pedir a Pilatos que soltasse a Barrabás e condenasse a Jesus. 21 Sendo assim, quando o governador Pilatos perguntou ao povo pela segunda vez: “Qual dos dois prisioneiros vocês querem que eu solte?”, eles responderam:
—Queremos que o senhor liberte Barrabás.
22 Pilatos, porém, lhes perguntou:
—E o que querem que eu faça com Jesus, chamado Cristo?
E todos responderam:
—Crucifique-o!
23 —Que crime ele cometeu?—perguntou Pilatos. Mas o povo, gritando cada vez mais alto, pedia:
—Crucifique-o! 24 Quando Pilatos percebeu que seu esforço para salvar Jesus não estava adiantando de nada, ao contrário, estava fazendo com que as coisas ficassem cada vez piores, pediu que lhe trouxessem água. E, diante de todo o povo, lavou as mãos e disse:
—Sou inocente pela morte deste homem. Fiquem vocês com essa responsabilidade.
25 E o povo todo respondeu:
—Que o castigo referente à morte dele caia sobre nós e sobre nossos filhos!
26 Pilatos, então, soltou a Barrabás e, depois de ter mandado chicotear a Jesus, o entregou para que ele fosse crucificado.
Jesus é entregue aos soldados
(Mc 15.16-20; Jo 19.2-3)
27 Logo depois os soldados de Pilatos levaram Jesus para o palácio do governador e reuniram toda a tropa ao redor dele. 28 Tiraram a roupa dele e o vestiram com um manto vermelho[c]. 29 Fizeram uma coroa de espinhos e a colocaram na cabeça de Jesus e depois lhe deram uma vara para que ele segurasse na mão direita. Ajoelharam-se diante dele e fizeram zombarias, dizendo:
—Viva o rei dos judeus!
30 Eles cuspiram nele, pegaram a vara que lhe haviam dado e bateram com ela na cabeça dele. 31 Depois de se divertirem bastante às custas dele, tiraram dele o manto vermelho e o vestiram com suas próprias roupas. Em seguida, o levaram para ser crucificado.
Jesus é crucificado
(Mc 15.21-32; Lc 23.26-39; Jo 19.17-19)
32 Quando estavam saindo, eles encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a levar a cruz de Jesus. 33 E, ao chegarem a um lugar chamado Gólgota (que significa “Lugar da Caveira”), 34 deram vinho misturado com fel[d] para Jesus beber. Ele, porém, depois de experimentar, não quis beber.
35 Depois de o crucificarem, os soldados dividiram suas roupas entre si, tirando a sorte com dados, para ver qual seria a parte de cada um. 36 E, sentados ali, vigiavam Jesus.
37 Acima da cabeça de Jesus haviam colocado uma placa, onde estava escrita a sua acusação: Este é Jesus, o rei dos judeus.
38 Dois ladrões também foram crucificados com Jesus, estando um à sua direita e outro à sua esquerda. 39 As pessoas que passavam por ali o insultavam e, balançando a cabeça, diziam:
40 —Não foi você que disse que podia destruir o templo de Deus e construí-lo de novo em três dias? Então, se você é mesmo o Filho de Deus, desça da cruz e salve a si mesmo!
41 E tanto os líderes dos sacerdotes como os professores da lei e os líderes também faziam pouco dele, e diziam:
42 —Ele salvou a outros, mas não consegue salvar a si mesmo. Se ele é o rei de Israel, então que desça da cruz! Se ele fizer isso, nós acreditaremos nele! 43 Já que confia em Deus e diz: “Sou Filho de Deus!” Pois então, que Deus venha livrá-lo agora, se de fato lhe quer bem!
44 E até mesmo os ladrões, que tinham sido crucificados com ele, o insultavam.
A morte de Jesus
(Mc 15.33-41; Lc 23.44-49; Jo 19.28-30)
45 Ao meio-dia, toda a região ficou escura, e a escuridão continuou por três horas. 46 Às três horas da tarde, Jesus gritou bem alto: “Eli, Eli, lemá sabactâni?” (que quer dizer: “Meu Deus, Meu Deus, por que o senhor me abandonou?”).(A) 47 Algumas pessoas que estavam ali por perto, ao ouvirem aquilo, diziam:
—Ele está chamando por Elias.[e]
48 Então alguém correu e molhou uma esponja em vinagre, pôs na ponta de uma vara e deu para Jesus beber. 49 Algumas pessoas, porém, disseram:
—Espere. Vamos ver se Elias vem salvá-lo.
50 Mas nesse momento, Jesus deu outro grito e morreu[f]. 51 No mesmo instante a cortina do templo se rasgou em duas partes, de alto a baixo, houve um terremoto e as rochas se partiram. 52 Os túmulos se abriram e muitos mortos que pertenciam ao povo de Deus ressuscitaram e 53 saíram dos túmulos. E, depois da ressurreição de Jesus, eles entraram na cidade santa de Jerusalém e apareceram a muita gente.
54 O comandante do exército romano e os soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao verem o terremoto e tudo o mais que estava acontecendo, ficaram com muito medo, e disseram:
—De fato, este homem era o Filho de Deus.
55 Algumas mulheres também estavam por ali, observando de longe. Elas tinham seguido a Jesus desde a Galileia para servi-lo. 56 Entre elas se achavam: Maria Madalena, Maria (a mãe de Tiago e de José), e a mãe dos filhos de Zebedeu[g].
O enterro de Jesus
(Mc 15.42-47; Lc 23.50-56; Jo 19.38-42)
57 Quando era quase noite, um homem rico da cidade de Arimateia chegou. Seu nome era José, também discípulo de Jesus. 58 Este homem foi conversar com Pilatos para lhe pedir o corpo de Jesus e Pilatos permitiu que ele o levasse. 59 José, então, pegou o corpo de Jesus, o enrolou num lençol de linho limpo 60 e o colocou em seu próprio túmulo. (O túmulo era novo e tinha sido cavado numa rocha há pouco tempo.) Depois rolou uma grande pedra para fechar a entrada do túmulo e se retirou dali. 61 Maria Madalena e a outra Maria estavam sentadas ali, na frente do túmulo.
A guarda do túmulo
62 No dia seguinte, isto é, no sábado, os líderes dos sacerdotes e os fariseus se reuniram e foram falar com Pilatos. 63 Eles lhe disseram:
—Senhor governador, nós nos lembramos de que, enquanto aquele mentiroso estava vivo, ele tinha dito: “Depois de três dias que eu tiver morrido, eu ressuscitarei”. 64 Dê ordens, portanto, para que o túmulo dele seja guardado até o terceiro dia. Dessa forma nós evitaremos que os discípulos dele venham, roubem o corpo e depois digam ao povo que ele ressuscitou dos mortos. Se isso acontecer, esta segunda mentira será ainda pior do que a primeira.
65 Pilatos, então, lhes disse:
—Vocês podem levar alguns soldados; vão e guardem o túmulo da melhor maneira possível.
66 Com aquela autorização, eles foram, selaram a pedra que fechava o túmulo e deixaram ali os soldados para o vigiarem.
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