Revised Common Lectionary (Semicontinuous)
(Sl 31.1-3)
71 Senhor, tu és o meu refúgio;
nunca me deixes ficar mal.
2 Livra-me dos meus inimigos porque tu és justo;
presta atenção aos meus rogos e salva-me!
3 Sê para mim como um lugar forte e um refúgio
para onde eu possa fugir sempre que me ataquem.
Pois deste ordem para que eu seja salvo;
tu és o meu rochedo e a minha fortaleza!
4 Livra-me, meu Deus, das mãos dos ímpios,
dessa gente injusta e cruel.
5 Senhor Deus, só tu és a minha esperança;
tenho confiado em ti desde menino.
6 Tenho sido sustentado por ti desde que nasci;
foste tu quem me tirou do seio de minha mãe,
por isso, te louvarei constantemente.
O cerco de Jerusalém
6 Foge, povo de Benjamim, foge para poupares a vida! Foge de Jerusalém! Toquem o alarme em Tecoa! Enviem um sinal de fumo em Bete-Haquerem! Avisem toda a gente que um exército poderoso vem a caminho do norte para destruir esta nação! 2 Desprotegida estás, formosa e delicada filha de Sião e, dessa forma, condenada. 3 Maus pastores te rodearão; acampar-se-ão à volta da cidade; repartirão as tuas pastagens pelos seus rebanhos.”
4 “Vejam-nos a prepararem-se para a batalha! Começou ao meio-dia. Durante toda a tarde se embraveceram, até caírem as sombras da noite.” 5 “Vamos!”, dizem eles. “Ataquemos de noite e destruamos as suas fortalezas!”
6 Porque o Senhor dos exércitos lhes disse: “Cortem as suas árvores, para construir tranqueiras e abater com elas os muros de Jerusalém. Esta é uma cidade a ser punida, porque tudo o que há nela é só perversidade. 7 Jorra dela maldade como água duma fonte! As suas ruas ecoam com os ruídos de violência; as suas enfermidades e as suas chagas estão sempre patentes aos meus olhos.
8 Muda, ó Jerusalém! Se não me quiseres ouvir, apartar-me-ei de ti e a terra ficará assolada e vazia. Desastres atrás de desastres cairão sobre ti. 9 E até os poucos que ficaram em Israel serão colhidos em posteriores revoadas de ataques, diz o Senhor dos exércitos! Porque tal como o vindimador dá uma segunda volta pela vinha para apanhar cachos que tenham ficado esquecidos ou escondidos, assim também o meu povo será destruído novamente!”
10 Mas quem é que me ouve quando os advirto? Têm os ouvidos fechados; recusam ouvir. A palavra do Senhor irrita-os; não têm nela nenhum interesse. 11 É por causa disto tudo que estou cheio do furor do Senhor contra eles. Estou cansado de o conter.
“Derramá-lo-ei sobre Jerusalém, até sobre os meninos que brincam nas ruas; sobre os ajuntamentos de jovens, sobre os maridos e as esposas e sobre os velhos. 12 Os seus inimigos viverão nos seus lares, ocuparão os seus campos e ficarão com as suas mulheres, porque hei de castigar a gente desta terra, diz o Senhor. 13 São cobiçosos e mentirosos, desde o mais humilde até ao mais importante! Desde o profeta ao sacerdote todos se conduzem perfidamente. 14 Não se pode tratar uma ferida fazendo de conta que não é uma ferida e que está tudo são! Pois é o que fazem os sacerdotes e os profetas que se põem a dar segurança de paz, dizendo: ‘Paz! Paz!’, quando não há paz! 15 Acaso terá ficado o meu povo envergonhado, quando cometeu a abominação de adorar ídolos? Não, de maneira nenhuma! Antes pelo contrário! Eles sabem lá o que é corar de vergonha! Por isso, hão de cair entre os que forem assassinados; hão de cair sob a minha ira!”
16 Mesmo assim, o Senhor insiste convosco: “Perguntem qual é a melhor estrada, o caminho de justiça, essas veredas antigas por onde costumavam andar. Vão por elas, e acharão repouso para as vossas almas. Mas vocês respondem: ‘Não, não é nessa direção que quero ir; não me interessa esse caminho!’ 17 Pus sentinelas vigiando sobre vocês, as quais vos alertaram: ‘Estejam atentos ao toque da trombeta! Ela vai avisar-vos quando a aflição chegar.’ Mas a vossa resposta foi: ‘Não! Não estamos interessados em dar atenção a isso!’
18 Esta é pois a minha sentença contra o meu povo! Ouçam bem, terras distantes, assim como Jerusalém! 19 Que toda a Terra ouça isto: Trarei o mal sobre este povo; será isso o fruto do seu pecado, visto que não querem ouvir-me e rejeitam a minha Lei.
3 Pensem bem em tudo aquilo que ele suportou da parte dos pecadores, para que não venham a enfraquecer, perdendo a coragem. 4 Afinal, ainda não chegaram, como ele, a verter o vosso sangue na luta contra o pecado.
5 Não se esqueçam das palavras de consolo que Deus vos dirige como a filhos:
“Meu filho, não desprezes a correção do Senhor,
e não desanimes quando ele te mostrar que estás errado.
6 Porque o Senhor repreende quem ama,
e castiga aqueles que reconhece como seus filhos.”
7 Deixem, pois, que Deus vos discipline; isso só prova que vos trata como filhos. Pois não é normal que um pai corrija o seu filho? 8 Se Deus não vos corrigisse, isso poderia ser sinal de que, afinal, não seriam seus filhos; seriam como filhos ilegítimos. 9 Se respeitamos os nossos pais, aqui na terra, que nos educaram, não deveremos muito mais submetermo-nos ao nosso Pai espiritual, para aprendermos verdadeiramente a viver?
10 Os nossos pais terrenos só por um curto espaço de tempo nos educam, procurando fazer o melhor que sabem. Porém, a correção de Deus é para o nosso bem, para participarmos da sua santidade. 11 Com certeza que nunca é agradável ser castigado; no momento em que somos corrigidos isso custa-nos muito. Mas depois veem-se os resultados nos que foram disciplinados: uma vida justa e de paz.
12 Portanto, tornem a levantar as mãos caídas de cansaço e firmem bem os joelhos já enfraquecidos. 13 Dirijam os vossos passos por caminhos direitos, para que aqueles que coxeiam não acabem por se afastar de todo, mas aprendam a andar firmes.
Exortação à santidade
14 Procurem viver em paz com toda a gente e levar uma vida santa, porque sem santidade ninguém poderá chegar a ver o Senhor. 15 Tenham cuidado para que ninguém deixe de beneficiar da graça de Deus, e também que nenhuma amargura crie raízes que, ao brotar, venham a causar-vos perturbações, e depois, por contaminação, também a muitos outros. 16 Que ninguém se deixe arrastar pela imoralidade sexual ou perca o respeito pelas coisas divinas como Esaú que, por um bom prato de comida, vendeu os seus direitos de filho mais velho. 17 E quando mais tarde quis recuperar esses direitos não conseguiu; de nada lhe serviram as suas lágrimas.
O Livro Copyright © 2000 by Biblica, Inc.® Used by permission. All rights reserved worldwide.