Revised Common Lectionary (Complementary)
7 “Escuta-me, meu povo! Pois sou o teu Deus! Ouve-me!
Estas são as coisas que tenho contra ti:
8 Não tenho nada a dizer a respeito dos holocaustos
que trazes ao altar,
pois isso fazes com regularidade.
9 Não te peço nenhum dos teus touros,
nem os bodes que tens nos currais,
10 porque, afinal, meu é todo o animal,
tanto dos campos como das florestas.
Pertence-me todo o gado nos milhares de colinas.
11 Conheço bem, porque são minhas,
todas as aves nas montanhas e todas as criaturas dos campos.
12 Se eu tivesse fome não o diria,
pois o mundo, e tudo o que nele existe, pertence-me.
13 Não, eu não preciso dos sacrifícios de carne de boi
e do sangue dos bodes que me ofereces.
14 O que eu pretendo de ti é uma verdadeira gratidão
e que cumpras as promessas que fizeste ao Altíssimo.
15 Confia em mim nas horas de aflição e eu te livrarei,
e tu me honrarás e me louvarás.”
40 Examinemo-nos a nós próprios, antes, e arrependamo-nos; voltemos para o Senhor. 41 Levantemos os corações e as mãos para o Deus dos céus e digamos: 42 “Nós pecámos e rebelámo-nos contra ti e tu não nos perdoaste!
43 Cobriste-nos com a tua ira, Senhor, mataste-nos sem piedade. 44 Cobriste-nos com uma nuvem, de forma que as nossas orações não te alcançam. 45 Fizeste-nos como entulho e como lixo no meio das nações.
46 Todos os nossos inimigos falaram mal de nós. 47 Estamos cheios de terror porque fomos apanhados, desolados, destruídos.”
48 Os meus olhos derramam torrentes de lágrimas de dia e de noite, por causa da destruição do meu povo.
49 Os meus olhos são fontes inesgotáveis de choro, sem cessar e sem descanso, 50 até que o Senhor olhe desde o céu e responda aos meus rogos! 51 O meu coração confrange-se perante aquilo que aconteceu às mulheres da minha cidade.
52 Os meus inimigos, a quem nunca fiz mal nenhum, enxotaram-me como se eu fosse uma ave de rapina. 53 Lançaram-me num poço e atiraram pedras sobre mim. 54 A água subiu acima da minha cabeça. Eu já pensava: É o fim!
55 Apelei para o teu nome, Senhor, desde o fundo desse poço, 56 e tu ouviste-me: “Não escondas os teus ouvidos ao meu choro e ao meu clamor!” 57 Sim, atentaste para os meus gritos desesperados e disseste-me: “Não temas!”
58 Ó Senhor, tu és o meu advogado! Defende a minha causa, porque redimiste a minha vida!
Na ilha de Malta
28 Uma vez sãos e salvos, soubemos que aquela ilha era Malta. 2 O seu povo tratou-nos com muita bondade, acendendo uma fogueira na praia, para nos dar as boas-vindas e nos aquecermos da chuva e do frio.
3 Estava Paulo a apanhar um braçado de gravetos para pôr no fogo, quando se lhe agarrou à mão uma cobra venenosa que fugia do calor. 4 O povo da ilha, ao ver a cobra assim pendurada, disse entre si: “É assassino, não há dúvida! Escapou ao mar, mas o destino não o deixa viver!” 5 Paulo, porém, sacudiu a cobra para dentro do lume e não lhe aconteceu nada. 6 As pessoas esperavam que começasse a inchar ou caísse vitimado por morte repentina; mas quando, depois de esperarem muito tempo, viram que nada lhe sucedia, mudaram de opinião e convenceram-se de que era um deus.
7 Perto da praia onde desembarcámos havia uma herdade que pertencia a Públio, o governador da ilha. Este homem acolheu-nos com muita bondade e sustentou-nos durante três dias. 8 E o pai de Públio estava doente, com febre e disenteria. Paulo foi a sua casa, orou pelo enfermo, colocou as mãos sobre ele e curou-o. 9 Todos os outros doentes que havia na ilha procuraram Paulo e foram curados. 10 Como resultado, recebemos muitas atenções. E chegada a altura de nos retirarmos, puseram-nos a bordo tudo aquilo de que precisávamos para a viagem.
O Livro Copyright © 2000 by Biblica, Inc.® Used by permission. All rights reserved worldwide.