M’Cheyne Bible Reading Plan
A razão da vitória
9 Ouve, ó Israel! Hoje vão atravessar o rio Jordão e começar a tirar às nações do lado de lá a posse dessas terras. São nações muito maiores e mais poderosas do que vocês! Vivem em cidades rodeadas de altas muralhas. 2 No meio delas vivem os famosos gigantes de Anaque de quem se diz que ninguém lhes pode fazer frente! 3 Mas o Senhor, vosso Deus, irá adiante de vocês e será como um fogo devorador que os consumirá, de tal forma que num curto espaço de tempo os conquistarão e os lançarão dali para fora.
4 Então, quando o Senhor, vosso Deus, tiver feito isso em vosso favor, não digas no teu coração: “O Senhor ajudou-nos porque somos bons e justos!” Não, de maneira nenhuma; foi por causa da maldade dessas outras nações que ele fez isso. 5 Não foi porque fossem gente justa e honesta que o Senhor os expulsou na vossa frente. Repito, foi por causa da impiedade desses povos e também por causa daquilo que prometera aos vossos antepassados, Abraão, Isaque e Jacob. 6 O Senhor, o vosso Deus, dá-vos esta boa terra não por serem justos, pois não são; vocês são uma gente rebelde.
O bezerro de ouro
(Êx 32.1-35)
7 Não se lembram como continuamente provocavam a ira do Senhor, vosso Deus, no deserto, desde o dia em que deixaram o Egito até agora? Durante todo esse tempo, constantemente se revoltaram contra ele! 8 Lembrem-se como o encolerizaram no monte Horebe. Ele estava pronto a destruir-vos. 9 Eu estava lá na montanha nessa altura, recebendo os termos em que o Senhor estabelecia convosco uma aliança; eram duas placas de pedra com essas leis lá inscritas. Estive ali quarenta dias e quarenta noites sem nada comer durante todo esse tempo; nem água sequer bebi. 10-11 No final desses quarenta dias e noites o Senhor entregou-me a aliança, as placas onde tinha escrito os mandamentos que ordenara, falando convosco da montanha cercada de fogo, enquanto o povo olhava lá de baixo. 12 O Senhor disse-me: “Desce depressa, porque o teu povo, que tu conduziste para fora do Egito, se corrompeu, afastando-se rapidamente do caminho que tracei para ele, e fizeram um ídolo de metal fundido.”
13 E o Senhor continuou: “Vejo que este povo é mesmo rebelde! 14 Deixa-me sozinho, para que destrua este povo mau e obstinado. Apagarei o seu nome de baixo do céu e farei de ti uma grande nação, ainda maior e mais poderosa do que eles.”
15 Desci então da montanha, enquanto ela ardia em chamas, e eu trazia nas mãos as duas placas da aliança com as leis de Deus lá inscritas. 16 Ao descer, vi logo lá em baixo o bezerro que vocês tinham feito, no vosso terrível pecado contra o Senhor, vosso Deus. Como se desviaram tão depressa! 17 Levantei as placas e lancei-as ao chão, partindo-as sob os vossos olhos!
18 Então durante outros quarenta dias e quarenta noites estive prostrado perante o Senhor, sem nada comer nem beber; pois tinham feito aquilo que o Senhor mais abominava, provocando grandemente a sua ira. 19 Receei muito por vocês nessa altura, porque vi bem como o Senhor estava mesmo pronto para vos destruir. Mas ainda dessa vez aceitou ouvir-me. 20 Aarão corria grande risco porque o Senhor estava muito irado contra ele; mas eu orei e o Senhor poupou-o. 21 Tomei então o vosso pecado, o bezerro que tinham feito, fi-lo arder e moí-o até ficar em pó; seguidamente lancei esse pó para a torrente que jorrava da montanha.
22 Também em Tabera, em Massá, e em Quibrote-Hatava,[a] encolerizaram o Senhor.
23 Em Cades-Barneia, quando o Senhor, vosso Deus, vos disse para subirem e tomarem posse da terra que vos tinha dado, revoltaram-se e não quiseram acreditar que vos ajudaria; recusaram mais uma vez obedecer-lhe. 24 Sim, vocês foram rebeldes contra o Senhor desde os primeiros dias em que vos conheci.
25 Por isso, estive prostrado perante o Senhor esses quarenta dias e quarenta noites, quando o Senhor estava pronto a destruir-vos. 26 Eu orei dizendo-lhe: “Ó Senhor Deus, não destruas o teu próprio povo. São a tua possessão que salvaste do Egito com o teu grande poder, com a tua força gloriosa. 27 Não leves em consideração a rebelião, o endurecimento deste povo; lembra-te em vez disso das promessas que fizeste aos teus servos Abraão, Isaque e Jacob. 28 Oh! Peço-te que perdoes a tremenda maldade e o pecado deste povo! Porque se o destruires, os egípcios dirão que foi por o Senhor não ter sido capaz de os levar à terra que lhes prometera, ou então que os destruiu porque afinal lhes queria mal; que os trouxe para o deserto para os assassinar ali. 29 Eles são o teu povo, a tua possessão, que tiraste do Egito pelo teu grande poder, com o teu poderoso e forte braço!”
Salmo e Cântico para o dia de sábado.
92 É agradável louvar-te, ó Senhor,
cantar hinos ao teu nome, ó Altíssimo!
2 Como é bom anunciar, logo de manhãzinha, o teu grande amor
e à noite afirmar a tua fidelidade.
3 Cantem louvores ao som da lira e da cítara,
e com a música suave da harpa.
4 Porque tu, Senhor, tornaste-me tão feliz
com tudo quanto tens feito;
regozijo-me intensamente com as tuas obras.
5 Como são grandes os teus atos
e como são profundos os teus pensamentos!
6 Os insensatos não os compreendem;
os loucos não compreendem.
7 Embora os perversos prosperem como ervas daninhas,
e os que praticam a iniquidade floresçam,
o seu destino é serem destruídos para sempre.
8 Mas tu, Senhor, és exaltado para sempre.
9 Os teus inimigos, Senhor, hão de morrer;
serão aniquilados todos os que praticam a maldade.
10 Aumentaste a minha força como a de um boi selvagem;
derramaste sobre mim óleo fresco e revigorante.
11 Vi cumprido o destino dos meus adversários
e executada a sentença contra os meus inimigos.
12 Quanto aos justos, esses crescerão
e se desenvolverão como palmeiras;
terão a envergadura dos cedros do Líbano.
13 Porque os que estão plantados na casa do Senhor
viverão nos átrios do nosso Deus.
14 Na velhice ainda darão frutos;
serão viçosos e saudáveis.
15 Poderão anunciar a justiça do Senhor.
Ele é a minha rocha! Nele não há injustiça!
93 O Senhor é Rei!
Está revestido de majestade e poder.
Por isso, também o mundo está firme,
não poderá ser abalado.
2 O teu trono é estável;
tu dominas desde toda a eternidade.
3 Os mares levantam-se revoltos, ó Senhor!
Os oceanos rugem na violência das suas vagas.
4 Mas o Senhor, lá nas alturas,
é mais poderoso do que o ruído de ondas gigantes,
do que um oceano agitado por um furacão.
5 Os teus preceitos são seguros e imutáveis;
a santidade caracteriza a tua casa, Senhor, eternamente.
A libertação de Jerusalém é predita
(2 Rs 19.1-19)
37 Quando o rei Ezequias ouviu o relatório que eles lhe fizeram, rasgou a roupa que trazia vestida, cobriu-se com pano de saco e dirigiu-se ao templo para orar. 2 Disse a Eliaquim, a Sebna e a alguns dos sacerdotes mais velhos para se cobrirem igualmente com pano de saco e irem ter com o profeta Isaías, o filho de Amós, com a seguinte mensagem: 3 “O rei Ezequias manda dizer: ‘Hoje foi um dia de angústia, desonra e blasfémia. É como se uma criança estivesse prestes a nascer e a mãe não tivesse forças para dar à luz. 4 Mas pode bem ser que o Senhor, teu Deus, tenha ouvido os insultos provocatórios do general assírio, dirigidos ao Deus vivo, e o castigue. Oh! Pedimos-te que ores pelos poucos de entre nós que ainda restamos!’ ”
5 Esta foi a mensagem que trouxeram a Isaías.
6 Então Isaías respondeu assim: “Digam ao rei Ezequias que o Senhor lhe transmite o seguinte: ‘Não te deixes perturbar por esse discurso do servo do rei da Assíria e pelas suas blasfémias. 7 O rei da Assíria receberá uma notícia em como é requerida, com urgência, a sua presença no país; ele regressará e farei com que o matem ali.’ ”
8 O delegado assírio deixou Jerusalém para ir consultar o seu rei que, entretanto, já tinha deixado Laquis e se encontrava a combater em Libna. 9 Pouco tempo depois, trouxeram ao rei assírio a notícia que o rei Tiraca de Cuche se aproximava para o atacar. Mas antes de partir para esse encontro bélico, enviou ainda esta mensagem ao rei Ezequias:
10 “Não te deixes enganar pelo teu Deus em quem confias. Não acredites naquilo que ele te disse que não hei de conquistar Jerusalém. 11 Sabes perfeitamente o que os reis da Assíria fizeram por toda a parte onde têm andado; têm destruído tudo. Porque é que haveria de ser diferente contigo? 12 Alguma vez os deuses das outras nações as livraram? Nações como Gozã, Harã, Rezefe e Éden, da terra de Telessar, os anteriores reis assírios destruíram-nas a todas! 13 Que foi que aconteceu ao rei de Hamate e ao rei de Arpade? Que aconteceu com os reis de Sefarvaim, Hena e Iva?”
A oração de Ezequias
14 Ezequias abriu a carta que os mensageiros lhe entregaram e leu-a. Depois dirigiu-se ao templo e apresentou-a perante o Senhor. 15 E orou ao Senhor do seguinte modo: 16 “Ó Senhor dos exércitos, Deus de Israel, que habitas entre os querubins, só tu és o Deus de todos os povos da Terra! Tu fizeste os céus e a Terra! 17 Ouve a minha súplica. Inclina os teus olhos para mim e ouve a minha oração. Vê esta carta do rei Senaqueribe, uma autêntica afronta a ti, o Deus vivo! 18 É verdade, ó Senhor, que os reis da Assíria têm destruído todas essas nações, como diz a carta. 19 Queimaram os seus ídolos, mas não eram deuses nenhuns! Foram destruídos porque eram meros objetos fabricados por homens com madeira e pedra. 20 Agora, ó Senhor, nosso Deus, imploramos-te que nos salves do seu poder e então todos os soberanos da Terra saberão que só tu, Senhor, és Deus!”
A queda de Senaqueribe
(2 Rs 19.20-34)
21 Então Isaías, o filho de Amós, mandou dizer a Ezequias: “O Senhor, o Deus de Israel, diz o seguinte: ‘Esta é a minha resposta à tua oração sobre Senaqueribe o rei da Assíria. 22 Esta é a resposta que dou ao rei Senaqueribe: A virgem, filha de Sião, não tem medo de ti! A filha de Jerusalém ri-se francamente de ti. 23 Viste bem quem é que desafiaste e quem é que insultaste? Dás-te conta de para quem é que ousaste levantar os olhos com arrogância? Foi para o Santo Deus de Israel! 24 Vanglorias-te, dizendo: “Os meus carros de guerra conquistaram as mais poderosas fortalezas! Sim, nem os mais altos cimos do Líbano são inexpugnáveis para mim! Deitei abaixo cedros gigantes e ciprestes maravilhosos! O meu domínio estende-se às fronteiras mais longínquas! 25 Refresquei-me e matei a sede nos mais variados cursos de água de terras estranhas! Destruí a força do Egito com a planta dos pés!”
26 Ainda não compreendeste que fui eu quem decidiu, há muito tempo, que tudo isso acontecesse e que fui eu quem te deu todo esse poder e que fiz com que tudo se realizasse segundo o que tinha planeado? Os meus planos eram precisamente que derrubasses cidades fortemente muradas e as tornasses em montões de ruínas. 27 Eis a razão por que as nações que conquistaste não tiveram poder para te resistir, antes se fizeram como a erva do campo, murchando debaixo dum calor ardente, como trigo que se queima antes de ficar maduro. 28 Eu conheço-te muito bem; estou ao corrente de todas as tuas idas e vindas, de tudo o que fazes; vi bem a tua raiva contra mim. 29 Por causa da arrogância que mostraste a meu respeito, vou pôr-te um gancho no nariz, um freio nos dentes e fazer-te dar meia volta no caminho em que vieste.’ ”
30 Então Deus disse a Ezequias: “Esta será a prova em como sou eu mesmo quem está a libertar a vossa cidade das mãos do rei da Assíria: Ainda este ano ele levantará o cerco e mesmo que seja já demasiado tarde para a sementeira, o grão que nasceu espontaneamente neste outono dar-te-á bastante semente para obteres uma colheita reduzida no próximo ano. Daqui a dois anos já poderão semear e ceifar o vosso trigo, e plantar vinhas e fazer a vindima. 31 Os que foram deixados em Judá tomarão de novo raízes no vosso próprio solo; florescerão e se mulplicarão. 32 Porque sairá um resto de Jerusalém e do monte Sião, para repovoar a terra. É o zelo do Senhor dos exércitos que fará com que tudo isto aconteça!
33 Quanto ao rei da Assíria, o seu exército não chegará a entrar em Jerusalém, nem disparará ali as suas armas, nem mesmo desfilará perante as suas portas, nem sequer construirá uma torre para poder atacar as suas muralhas. 34 Regressará à sua terra pelo caminho por onde veio, sem ter penetrado na cidade, diz o Senhor. 35 Eu defenderei e salvarei esta cidade, por causa do meu nome e por causa do meu servo David!”
Derrota do exército assírio
(2 Rs 19.35-37; 2 Cr 32.21)
36 O anjo do Senhor veio até ao campo dos assírios e matou 185 000 soldados das tropas assírias. Pela manhã, viam-se corpos mortos estendidos por toda a parte. 37 Então o rei Senaqueribe da Assíria regressou a Nínive. 38 Um dia, enquanto adorava no templo do deus Nisroque, os seus filhos Adrameleque e Sarezer mataram-no à espada, fugindo em seguida para a terra de Ararat. O seu filho Esar-Hadom ascendeu ao trono.
O povo de Deus
7 Depois vi quatro anjos que estavam nos quatro cantos da Terra, impedindo os quatro ventos de soprarem, de modo que a superfície das águas dos mares estava lisa e nem uma folha se movia nas árvores. 2 E vi surgir do oriente um anjo que trazia o selo do Deus vivo. E gritou para os quatro anjos que tinham recebido poder para fazer grandes danos na terra e no mar: 3 “Esperem! Não façam ainda nenhum mal, nem à terra, nem ao mar, nem a nenhuma árvore! É preciso que antes tenhamos marcado na testa aqueles que são os servos de Deus.”
4 E disseram-me o número dos que foram assinalados dessa maneira: e foram 144 000, das doze tribos do povo de Israel; 5-8 12 000 por cada uma das tribos: Judá, Rúben, Gad, Aser, Naftali, Manassés, Simeão, Levi, Issacar, Zebulão, José e Benjamim.
A multidão de vestes brancas
9 Vi a seguir uma enorme multidão, impossível de contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, diante do trono e do Cordeiro, com roupas brancas e folhas de palmeira nas mãos. 10 E diziam em alta voz: “A salvação vem do nosso Deus, que está no trono, e do Cordeiro!”
11 E todos os anjos, nessa altura, se encontravam em volta do trono, em volta dos anciãos e dos quatro seres viventes. E inclinando-se até à terra adoraram a Deus. 12 E diziam:
“Que assim seja!
Louvor e glória e sabedoria e graças e honra e poder e força
pertencem ao nosso Deus por toda a eternidade. Amém!”
13 Nessa altura, um dos vinte e quatro anciãos perguntou-me: “Sabes quem são estes, com roupas brancas, e donde vêm?”
14 “Não!”, respondi. “Peço-te que mo digas, pois és tu quem deve sabê-lo.”
E ele disse-me: “Estes são os que vêm da grande tribulação e que lavaram as suas roupas e as tornaram brancas no sangue do Cordeiro. 15 É por isso que aqui estão diante do trono de Deus, servindo noite e dia no seu templo. Aquele que está sentado no trono os acolherá. 16 E nunca mais terão nem fome, nem sede, e nunca mais sofrerão os ardores do Sol escaldante. 17 Porque o Cordeiro que está diante do trono será o seu pastor e os conduzirá às fontes de água da vida. E Deus limpará as lágrimas dos seus olhos.”
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