M’Cheyne Bible Reading Plan
A terra dividida a oeste do Jordão
14 As demais tribos de Israel receberam como herança as terras em Canaã designadas pelo sacerdote Eleazar, por Josué, filho de Num, e pelos chefes das tribos. 2 Essas nove tribos e meia receberam as terras de sua herança por sorteio, como o Senhor havia ordenado por meio de Moisés. 3 Ele já havia designado as terras de herança para as duas tribos e meia do lado leste do rio Jordão, mas não tinha dado uma porção de terra como herança para os levitas. 4 Os descendentes de José haviam se tornado duas tribos separadas: Manassés e Efraim. Os levitas não receberam porção alguma de terra, mas apenas cidades para morarem, com pastagens ao redor para seus animais e todos os seus bens. 5 Assim, os israelitas distribuíram a terra exatamente de acordo com as ordens do Senhor a Moisés.
Calebe pede sua terra
6 Uma delegação da tribo de Judá, liderada por Calebe, filho do quenezeu Jefoné, foi a Josué em Gilgal. Calebe disse a Josué: “Lembre-se do que o Senhor disse a Moisés, o homem de Deus, a respeito de você e de mim quando estávamos em Cades-Barneia. 7 Eu tinha 40 anos quando Moisés, servo do Senhor, me enviou de Cades-Barneia para fazer o reconhecimento da terra de Canaã. Eu voltei e lhe dei um relatório verdadeiro, 8 mas meus irmãos israelitas que foram comigo assustaram o povo de tal maneira que eles se encheram de medo. De minha parte, segui o Senhor, meu Deus, de todo o coração. 9 Por isso, naquele dia Moisés me prometeu solenemente: ‘A terra de Canaã na qual você caminhou será herança permanente para você e seus descendentes, pois você seguiu o Senhor, meu Deus, de todo o coração’.
10 “Agora, como você vê, em todos estes 45 anos, desde que Moisés disse essas palavras, o Senhor me preservou como havia prometido, mesmo quando Israel vagava pelo deserto. Hoje estou com 85 anos. 11 Continuo forte como no dia em que Moisés me enviou, e ainda posso viajar e lutar tão bem quanto naquela época. 12 Portanto, dê-me a região montanhosa que o Senhor me prometeu. Você certamente se lembra de que, enquanto fazíamos o reconhecimento da terra, descobrimos que os descendentes de Enaque viviam ali em grandes cidades fortificadas. Mas, se o Senhor estiver comigo, eu os expulsarei da terra, como o Senhor prometeu”.
13 Então Josué abençoou Calebe, filho de Jefoné, e lhe deu Hebrom como sua porção de terra. 14 Até hoje Hebrom pertence aos descendentes de Calebe, filho do quenezeu Jefoné, pois ele seguiu fielmente o Senhor, o Deus de Israel. 15 Antes disso, Hebrom era chamada Quiriate-Arba, em homenagem a Arba, um grande herói dos descendentes de Enaque.
E a terra descansou da guerra.
A terra entregue à tribo de Judá
15 As terras distribuídas por sorteio aos clãs da tribo de Judá se estendiam para o sul, até a divisa com Edom, e chegavam ao deserto de Zim, no extremo sul:
2 A divisa ao sul começava na extremidade sul do mar Morto,[a] 3 seguia para o sul pela ladeira do Escorpião,[b] passando pelo deserto de Zim e prosseguindo até Hezrom, ao sul de Cades-Barneia. Então subia até Adar e fazia uma curva em direção a Carca. 4 Dali passava por Azmom, continuava até o ribeiro do Egito e seguia até o mar Mediterrâneo.[c] Essa era a divisa ao sul deles.[d]
5 A divisa a leste se estendia ao longo do mar Morto até a foz do rio Jordão.
A divisa ao norte começava na extremidade onde o Jordão deságua no mar Morto, 6 subia dali para Bete-Hogla e continuava ao norte de Bete-Arabá, até a Pedra de Boã (Boã era filho de Rúben). 7 A partir desse ponto, passava pelo vale de Acor até Debir, fazendo uma curva para o norte, em direção a Gilgal, que ficava de frente ao desfiladeiro de Adumim, do lado sul do vale. Dali a divisa se estendia para as águas de En-Semes, até En-Rogel. 8 Depois passava pelo vale de Ben-Hinom, pela encosta sul dos jebuseus, onde fica a cidade de Jerusalém. Em seguida estendia-se para o oeste, até o alto do monte acima do vale de Hinom, e continuava até a extremidade norte do vale de Refaim. 9 A divisa prosseguia do alto do monte para a fonte nas águas de Neftoa,[e] até as cidades do monte Efrom. Então fazia uma curva em direção a Baalá (isto é, Quiriate-Jearim). 10 Rodeava Baalá em direção ao oeste, até o monte Seir, passava pela cidade de Quesalom, na encosta norte do monte Jearim, descia a Bete-Semes e passava por Timna. 11 Depois a divisa continuava até a encosta do monte ao norte de Ecrom, onde fazia uma curva em direção a Sicrom e o monte Baalá. Passava por Jabneel e terminava no mar Mediterrâneo.
12 A divisa ocidental era o litoral do mar Mediterrâneo.[f]
Essas são as divisas dos clãs da tribo de Judá.
A terra entregue a Calebe
13 Por ordem do Senhor, Josué designou uma porção no meio do território de Judá para Calebe, filho de Jefoné. Calebe recebeu a cidade de Quiriate-Arba (isto é, Hebrom), assim chamada por causa de Arba, um antepassado de Enaque. 14 Calebe expulsou três grupos de enaquins: os descendentes de Sesai, de Aimã e de Talmai, filhos de Enaque.
15 Dali ele partiu para lutar contra os habitantes da cidade de Debir (antes chamada de Quiriate-Sefer). 16 Calebe disse: “Darei minha filha Acsa em casamento a quem atacar e tomar Quiriate-Sefer”. 17 Otoniel, filho de Quenaz, irmão de Calebe, tomou a cidade, e Calebe lhe deu Acsa como esposa.
18 Quando Acsa se casou com Otoniel, ela insistiu para que ele[g] pedisse um campo ao pai dela. Assim que ela desceu do jumento, Calebe lhe perguntou: “O que você quer?”.
19 Ela respondeu: “Quero mais um presente. O senhor me deu terras no deserto do Neguebe; agora, peço que também me dê fontes de água”. Então Calebe lhe deu as fontes superiores e as fontes inferiores.
As cidades separadas para Judá
20 Esta foi a herança designada aos clãs da tribo de Judá:
21 As cidades de Judá situadas ao longo da divisa com Edom, no extremo sul, eram: Cabzeel, Éder, Jagur, 22 Quiná, Dimona, Adada, 23 Quedes, Hazor, Itnã, 24 Zife, Telém, Bealote, 25 Hazor-Hadata, Queriote-Hezrom (isto é, Hazor), 26 Amã, Sema, Moladá, 27 Hazar-Gada, Hesmom, Bete-Pelete, 28 Hazar-Sual, Berseba, Biziotiá, 29 Baalá, Iim, Azém, 30 Eltolade, Quesil, Hormá, 31 Ziclague, Madmana, Sansana, 32 Lebaote, Silim, Aim e Rimom; ao todo, 29 cidades com os povoados ao redor.
33 As seguintes cidades situadas nas colinas do oeste[h] também foram entregues a Judá: Estaol, Zorá, Asná, 34 Zanoa, En-Ganim, Tapua, Enã, 35 Jarmute, Adulão, Socó, Azeca, 36 Saaraim, Aditaim, Gederá e Gederotaim; catorze cidades com os povoados ao redor.
37 Também foram incluídas: Zenã, Hadasa, Migdal-Gade, 38 Dileã, Mispá, Jocteel, 39 Laquis, Bozcate, Eglom, 40 Cabom, Laamás, Quitlis, 41 Gederote, Bete-Dagom, Naamá e Maquedá; dezesseis cidades com os povoados ao redor.
42 Além dessas, também foram entregues: Libna, Eter, Asã, 43 Iftá, Asná, Nezibe, 44 Queila, Aczibe e Maressa; nove cidades com os povoados ao redor.
45 O território da tribo de Judá abrangia, ainda, Ecrom com os assentamentos e povoados ao redor. 46 De Ecrom, a divisa se estendia para o oeste, e incluía as cidades perto de Asdode, com os povoados ao redor. 47 Também incluía Asdode, com os assentamentos e povoados ao redor, e Gaza, com os assentamentos e povoados ao redor, até o ribeiro do Egito, e ao longo do litoral do mar Mediterrâneo.
48 Judá também recebeu estas cidades na região montanhosa: Samir, Jatir, Socó, 49 Daná, Quiriate-Sana (isto é, Debir), 50 Anabe, Estemo, Anim, 51 Gósen, Holom e Gilo; onze cidades com os povoados ao redor.
52 Foram incluídas ainda: Arabe, Dumá, Esã, 53 Janim, Bete-Tapua, Afeca, 54 Hunta, Quiriate-Arba (isto é, Hebrom), e Zior; nove cidades com os povoados ao seu redor.
55 Além destas, também foram entregues: Maom, Carmelo, Zife, Jutá, 56 Jezreel, Jocdeão, Zanoa, 57 Caim, Gibeá e Timna; dez cidades com os povoados ao redor.
58 E ainda: Halul, Bete-Zur, Gedor, 59 Maarate, Bete-Anote e Eltecom; seis cidades com os povoados ao redor.
60 Também: Quiriate-Baal (isto é, Quiriate-Jearim), e Rabá; duas cidades com os povoados ao redor.
61 No deserto ficavam: Bete-Arabá, Midim, Secacá, 62 Nibsã, a Cidade do Sal e En-Gedi; seis cidades com os povoados ao redor.
63 Contudo, a tribo de Judá não conseguiu expulsar os jebuseus, que habitavam em Jerusalém, de modo que os jebuseus vivem até hoje no meio de Judá.
146 Louvado seja o Senhor!
Que todo o meu ser louve o Senhor.
2 Louvarei o Senhor enquanto eu viver;
cantarei a meu Deus até o último suspiro.
3 Não confiem nos poderosos;
não é neles que encontrarão salvação.
4 Quando sua vida se vai, voltam ao pó,
e todos os seus planos morrem com eles.
5 Como são felizes os que têm o Deus de Jacó como seu auxílio,
os que põem sua esperança no Senhor, seu Deus.
6 Ele fez os céus e a terra,
o mar e tudo que neles há;
ele cumpre suas promessas para sempre.
7 Faz justiça aos oprimidos
e alimenta os famintos.
O Senhor liberta os prisioneiros.
8 O Senhor abre os olhos dos cegos.
O Senhor levanta os abatidos.
O Senhor ama os justos.
9 O Senhor protege os estrangeiros
e cuida dos órfãos e das viúvas,
mas frustra os planos dos perversos.
10 O Senhor reinará para sempre;
ele será seu Deus, ó Sião, por todas as gerações.
Louvado seja o Senhor!
147 Louvado seja o Senhor!
Como é bom cantar louvores a nosso Deus!
Como é agradável e apropriado!
2 O Senhor reconstrói Jerusalém
e traz os exilados de volta a Israel.
3 Ele cura os de coração quebrantado
e enfaixa suas feridas.
4 Conta as estrelas
e chama cada uma pelo nome.
5 Nosso Senhor é grande! Seu poder é absoluto!
É impossível medir seu entendimento.
6 O Senhor protege os humildes,
mas lança os perversos no pó.
7 Cantem com ações de graças ao Senhor,
cantem ao nosso Deus louvores com a harpa.
8 Ele cobre os céus de nuvens,
provê chuva para a terra
e faz o capim crescer nos montes.
9 Alimenta os animais selvagens
e dá de comer aos filhotes dos corvos quando pedem.
10 Seu prazer não está na força do cavalo,
nem no poder humano.
11 O Senhor se agrada dos que o temem,
dos que põem a esperança em seu amor.
12 Exalte o Senhor, ó Jerusalém!
Louve seu Deus, ó Sião!
13 Pois ele reforçou as trancas de suas portas
e abençoou seus filhos dentro de seus muros.
14 Ele conserva a paz em suas fronteiras
e satisfaz sua fome com o melhor trigo.
15 Ele envia suas ordens ao mundo,
e sua palavra corre veloz.
16 Envia a neve como lã branca
e espalha a geada sobre a terra como cinzas.
17 Lança granizo como pedras;[a]
quem é capaz de suportar o frio intenso?
18 Então, por sua ordem, tudo se dissolve;
envia seus ventos, e o gelo derrete.
19 Ele revelou sua palavra a Jacó,
seus decretos e estatutos, a Israel.
20 Não fez o mesmo com nenhuma outra nação;
elas não conhecem seus estatutos.
Louvado seja o Senhor!
Jeremias fala no templo
7 O Senhor deu outra mensagem a Jeremias: 2 “Vá à entrada do templo do Senhor e proclame esta mensagem ao povo: ‘Ó Judá, ouça esta mensagem do Senhor! Escutem, todos vocês que adoram neste lugar! 3 Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel:
“‘Se vocês abandonarem seus maus caminhos, deixarei que fiquem em sua própria terra. 4 Não se deixem enganar por aqueles que lhes fazem falsas promessas e repetem: ‘O templo do Senhor está aqui! O templo do Senhor está aqui!’. 5 Contudo, só serei misericordioso se vocês abandonarem seus pensamentos e atos perversos e começarem a tratar uns aos outros com justiça, 6 se pararem de explorar os estrangeiros, os órfãos e as viúvas, se pararem de cometer homicídio e se deixarem de prejudicar a si mesmos ao adorar outros deuses. 7 Então permitirei que fiquem nesta terra que há muito tempo dei a seus antepassados para sempre.
8 “‘Não se deixem enganar por falsas promessas e conversas inúteis. 9 Acreditam mesmo que podem roubar, matar, cometer adultério, mentir e queimar incenso para Baal e para todos os seus outros novos deuses 10 e depois vir aqui, se apresentar diante de mim em meu templo e dizer: ‘Estamos seguros!’, para depois voltar a praticar todas essas coisas detestáveis? 11 Vocês mesmos não reconhecem que este templo, que leva meu nome, se transformou em esconderijo de ladrões? Certamente vejo todo o mal que acontece nele. Eu, o Senhor, falei!
12 “‘Agora, vão a Siló, o primeiro lugar onde coloquei a tenda que levava meu nome. Vejam o que fiz ali por causa da perversidade do meu povo, os israelitas. 13 Enquanto vocês praticavam essas maldades, diz o Senhor, eu lhes falei repetidamente, mas vocês não quiseram ouvir. Eu os chamei, mas vocês se recusaram a responder. 14 Portanto, assim como destruí Siló, agora destruirei este templo que leva meu nome, este templo no qual vocês confiam, este lugar que dei a vocês e a seus antepassados. 15 Expulsarei vocês de minha presença e os enviarei para longe, como fiz com seus parentes, o povo de Israel’.”[a]
A idolatria persistente de Judá
16 “Jeremias, não interceda mais por este povo. Não chore nem faça orações por eles, e não suplique para que eu os ajude, pois não o ouvirei. 17 Não vê o que fazem nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém? 18 Veja como as crianças juntam lenha e os pais acendem fogo para os sacrifícios. Veja como as mulheres preparam a massa e fazem bolos para a Rainha dos Céus. Além disso, apresentam ofertas derramadas para outros deuses. Tenho razão para estar tão irado! 19 Acaso é a mim que eles prejudicam?”, pergunta o Senhor. “Na verdade, prejudicam a si mesmos, para sua própria vergonha.”
20 Portanto, assim diz o Senhor Soberano: “Derramarei minha ira ardente sobre este lugar. Seus habitantes, seus animais, suas árvores e suas colheitas serão consumidos pelo fogo de minha ira, que ninguém pode apagar”.
21 Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: “Peguem seus holocaustos e demais sacrifícios e comam a carne vocês mesmos! 22 Quando tirei seus antepassados do Egito, não eram ofertas e holocaustos que eu queria deles. 23 Esta foi minha ordem: ‘Obedeçam ao que digo, e eu serei o seu Deus, e vocês serão o meu povo. Façam o que ordeno, e tudo lhes irá bem’.
24 “Meu povo, porém, não me deu ouvidos. Continuaram a fazer o que bem queriam e a seguir os desejos teimosos de seu coração perverso. Andaram para trás em vez de avançar. 25 Desde o dia em que seus antepassados saíram do Egito até agora, continuo a enviar meus servos, os profetas, dia após dia. 26 Meu povo, porém, não me deu ouvidos. Foram ainda mais teimosos e desobedientes que seus antepassados.
27 “Diga-lhes tudo isso, mas eles não escutarão. Anuncie estas advertências, mas eles não responderão. 28 Diga-lhes: ‘Esta é a nação que não obedece ao Senhor, seu Deus, e não quer ser ensinada. A verdade já não existe no meio deles; desapareceu de seus lábios. 29 Raspem a cabeça em sinal de luto e chorem nos montes. Pois o Senhor rejeitou e abandonou esta geração que provocou sua ira’.”
O vale da matança
30 “O povo de Judá pecou diante dos meus olhos”, diz o Senhor. “Colocaram ídolos detestáveis no templo que leva meu nome e o contaminaram. 31 Construíram santuários idólatras em Tofete, no vale de Ben-Hinom, e ali sacrificaram seus filhos e filhas no fogo. Jamais ordenei tamanha maldade; nunca me passou pela mente! 32 Portanto, tenham cuidado”, diz o Senhor, “pois está chegando o dia em que não se chamará mais Tofete, nem vale de Ben-Hinom, mas vale da Matança. Sepultarão corpos em Tofete até não haver mais lugar. 33 Os cadáveres deste povo servirão de alimento para os abutres e os animais selvagens, e não restará ninguém para espantá-los. 34 Acabarei com os cânticos alegres e com o riso nas ruas de Jerusalém, e já não se ouvirão as vozes felizes de noivos e de noivas nas cidades de Judá. A terra ficará inteiramente desolada.”
A entrada de Jesus em Jerusalém
21 Quando já se aproximavam de Jerusalém, Jesus e seus discípulos chegaram a Betfagé, no monte das Oliveiras. Jesus enviou na frente dois discípulos. 2 “Vão àquele povoado adiante”, disse ele. “Assim que entrarem, verão uma jumenta amarrada, com seu jumentinho ao lado. Desamarrem os animais e tragam-nos para mim. 3 Se alguém lhes perguntar o que estão fazendo, digam apenas: ‘O Senhor precisa deles’, e de imediato a pessoa deixará que vocês os levem.”
4 Isso aconteceu para cumprir o que foi dito por meio do profeta:
5 “Digam ao povo de Sião:[a]
‘Vejam, seu Rei se aproxima.
Ele é humilde e vem montado num jumento,
num jumentinho, cria de jumenta’”.[b]
6 Os dois discípulos fizeram como Jesus havia ordenado. 7 Trouxeram a jumenta e o jumentinho e puseram seus mantos sobre o jumentinho, e Jesus montou nele.
8 Grande parte da multidão estendeu seus mantos ao longo do caminho diante de Jesus, e outros cortaram ramos das árvores e os espalharam pelo chão. 9 E as pessoas, tanto as que iam à frente como as que o seguiam, gritavam:
“Hosana,[c] Filho de Davi!
Bendito é o que vem em nome do Senhor!
Hosana no mais alto céu!”.[d]
10 Quando Jesus entrou em Jerusalém, toda a cidade estava em grande alvoroço. “Quem é este?”, perguntavam.
11 A multidão respondia: “É Jesus, o profeta de Nazaré, da Galileia”.
Jesus purifica o templo
12 Então Jesus entrou no templo e começou a expulsar todos que ali estavam comprando e vendendo animais para os sacrifícios. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas, 13 dizendo: “As Escrituras declaram: ‘Meu templo será chamado casa de oração’, mas vocês o transformaram num esconderijo de ladrões!”.[e]
14 Os cegos e os coxos vieram a Jesus no templo, e ele os curou. 15 Quando os principais sacerdotes e mestres da lei viram esses milagres maravilhosos e ouviram até as crianças no templo gritar “Hosana, Filho de Davi”, ficaram indignados. 16 “Está ouvindo o que as crianças estão dizendo?”, perguntaram a Jesus.
“Sim”, respondeu ele. “Vocês nunca leram as Escrituras? Elas dizem: ‘Ensinaste crianças e bebês a te dar louvor’.”[f] 17 Então ele voltou a Betânia, onde passou a noite.
Jesus amaldiçoa a figueira
18 De manhã, enquanto voltava para Jerusalém, Jesus teve fome. 19 Encontrando uma figueira à beira do caminho, foi ver se havia figos, mas só encontrou folhas. Então, disse à figueira: “Nunca mais dê frutos!”. E, no mesmo instante, a figueira secou.
20 Quando os discípulos viram isso, ficaram admirados e perguntaram: “Como a figueira secou tão depressa?”.
21 Jesus respondeu: “Eu lhes digo a verdade: se vocês tiverem fé e não duvidarem, poderão fazer o mesmo que fiz com esta figueira, e muito mais. Poderão até dizer a este monte: ‘Levante-se e atire-se no mar’, e isso acontecerá. 22 Se crerem, receberão qualquer coisa que pedirem em oração”.
A autoridade de Jesus é questionada
23 Quando Jesus voltou ao templo e começou a ensinar, os principais sacerdotes e líderes do povo vieram até ele e perguntaram: “Com que autoridade você faz essas coisas? Quem lhe deu esse direito?”.
24 Jesus respondeu: “Eu lhes direi com que autoridade faço essas coisas se vocês responderem a uma pergunta: 25 A autoridade de João para batizar vinha do céu ou era apenas humana?”.
Eles discutiram a questão entre si: “Se dissermos que vinha do céu, ele perguntará por que não cremos em João. 26 Mas, se dissermos que era apenas humana, seremos atacados pela multidão, pois todos pensam que João era profeta”. 27 Por fim, responderam a Jesus: “Não sabemos”.
E Jesus replicou: “Então eu também não direi com que autoridade faço essas coisas.”
A parábola dos dois filhos
28 “O que acham disto? Um homem que tinha dois filhos disse ao mais velho: ‘Filho, vá trabalhar no vinhedo hoje’. 29 O filho respondeu: ‘Não vou’, mas depois mudou de ideia e foi. 30 Então o pai disse ao outro filho: ‘Vá você’, e ele respondeu: ‘Sim senhor, eu vou’, mas não foi.
31 “Qual dos dois obedeceu ao pai?”
Eles responderam: “O primeiro”.
Então Jesus explicou: “Eu lhes digo a verdade: cobradores de impostos e prostitutas entrarão no reino de Deus antes de vocês. 32 Pois João veio e mostrou o caminho da justiça, mas vocês não creram nele, enquanto cobradores de impostos e prostitutas creram. E, mesmo depois de verem isso, vocês se recusaram a mudar de ideia e crer nele.”
A parábola dos lavradores maus
33 “Agora, ouçam outra parábola. O dono de uma propriedade plantou um vinhedo. Construiu uma cerca ao redor, um tanque de prensar e uma torre para o guarda. Depois, arrendou o vinhedo a alguns lavradores e partiu para um lugar distante. 34 No tempo da colheita da uva, enviou seus servos a fim de receber sua parte da colheita. 35 Os lavradores agarraram os servos, espancaram um deles, mataram outro e apedrejaram o terceiro. 36 Então o dono da propriedade enviou um grupo maior de servos para receber a parte dele, mas o resultado foi o mesmo.
37 “Por fim, o dono enviou seu filho, pois pensou: ‘Certamente respeitarão meu filho’.
38 “No entanto, quando os lavradores viram o filho, disseram uns aos outros: ‘Aí vem o herdeiro da propriedade. Vamos matá-lo e tomar posse desta terra!’. 39 Então o agarraram, o arrastaram para fora do vinhedo e o mataram.
40 “Quando o dono da terra voltar, o que vocês acham que ele fará com aqueles lavradores?”, perguntou Jesus.
41 Os líderes religiosos responderam: “Ele os matará cruelmente e arrendará o vinhedo para outros, que lhe darão sua parte depois de cada colheita”.
42 Então Jesus disse: “Vocês nunca leram nas Escrituras:
‘A pedra que os construtores rejeitaram
se tornou a pedra angular.
Isso é obra do Senhor
e é maravilhosa de ver’?[g]
43 Eu lhes digo que o reino de Deus lhes será tirado e entregue a um povo que produzirá os devidos frutos. 44 Quem tropeçar nesta pedra será despedaçado, e aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó”.[h]
45 Quando os principais sacerdotes e fariseus ouviram essa parábola, perceberam que eles eram os lavradores maus a que Jesus se referia. 46 Queriam prendê-lo, mas tinham medo das multidões, pois elas o consideravam um profeta.
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