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Chronological

Read the Bible in the chronological order in which its stories and events occurred.
Duration: 365 days
Almeida Revista e Corrigida 2009 (ARC)
Version
Provérbios 7-9

Filho meu, guarda as minhas palavras e esconde dentro de ti os meus mandamentos. Guarda os meus mandamentos e vive; e a minha lei, como a menina dos teus olhos. Ata-os aos teus dedos, escreve-os na tábua do teu coração. Dize à Sabedoria: Tu és minha irmã; e à prudência chama tua parenta; para te guardarem da mulher alheia, da estranha que lisonjeia com as suas palavras.

Porque da janela da minha casa, por minhas grades olhando eu, vi entre os simples, descobri entre os jovens, um jovem falto de juízo, que passava pela rua junto à sua esquina e seguia o caminho da sua casa, no crepúsculo, à tarde do dia, na escuridão e trevas da noite.

10 E eis que uma mulher lhe saiu ao encontro, com enfeites de prostituta e astuto coração. 11 Esta era alvoroçadora e contenciosa, e não paravam em casa os seus pés; 12 ora pelas ruas, ora pelas praças, espreitando por todos os cantos, 13 aproximou-se dele, e o beijou, e esforçou o seu rosto, e disse-lhe: 14 Sacrifícios pacíficos tenho comigo; hoje paguei os meus votos. 15 Por isso, saí ao teu encontro, a buscar diligentemente a tua face, e te achei. 16 Já cobri a minha cama com cobertas de tapeçaria, com obras lavradas com linho fino do Egito; 17 já perfumei o meu leito com mirra, aloés e canela. 18 Vem, saciemo-nos de amores até pela manhã; alegremo-nos com amores. 19 Porque o marido não está em casa, foi fazer uma jornada ao longe. 20 Um saquitel de dinheiro levou na sua mão; só no dia marcado voltará a casa.

21 Seduziu-o com a multidão das suas palavras, com as lisonjas dos seus lábios o persuadiu. 22 E ele segue-a logo, como boi que vai ao matadouro; e, como o louco ao castigo das prisões, 23 até que a flecha lhe atravesse o fígado, como a ave que se apressa para o laço e não sabe que ele está ali contra a sua vida.

24 Agora, pois, filhos, dai-me ouvidos e estai atentos às palavras da minha boca; 25 não se desvie para os seus caminhos o teu coração, e não andes perdido nas suas veredas; 26 porque a muitos feridos derribou; e são muitíssimos os que por ela foram mortos. 27 Caminhos de sepultura é a sua casa, os quais descem às câmaras da morte.

A excelência e justiça dos preceitos da Sabedoria

Não clama, porventura, a Sabedoria? E a Inteligência não dá a sua voz? No cume das alturas, junto ao caminho, nas encruzilhadas das veredas, ela se coloca. Da banda das portas da cidade, à entrada da cidade e à entrada das portas está clamando: A vós, ó homens, clamo; e a minha voz se dirige aos filhos dos homens. Entendei, ó simples, a prudência; e vós, loucos, entendei de coração. Ouvi, porque proferirei coisas excelentes; os meus lábios se abrirão para a equidade. Porque a minha boca proferirá a verdade; os meus lábios abominam a impiedade. Em justiça são todas as palavras da minha boca; não nelas nenhuma coisa tortuosa nem perversa. Todas elas são retas para o que bem as entende e justas, para os que acham o conhecimento. 10 Aceitai a minha correção, e não a prata, e o conhecimento mais do que o ouro fino escolhido. 11 Porque melhor é a sabedoria do que os rubins; e de tudo o que se deseja nada se pode comparar com ela.

12 Eu, a Sabedoria, habito com a prudência e acho a ciência dos conselhos. 13 O temor do Senhor é aborrecer o mal; a soberba, e a arrogância, e o mau caminho, e a boca perversa aborreço. 14 Meu é o conselho e a verdadeira sabedoria; eu sou o entendimento, minha é a fortaleza. 15 Por mim, reinam os reis, e os príncipes ordenam justiça. 16 Por mim governam os príncipes e os nobres; sim, todos os juízes da terra. 17 Eu amo os que me amam, e os que de madrugada me buscam me acharão. 18 Riquezas e honra estão comigo; sim, riquezas duráveis e justiça. 19 Melhor é o meu fruto do que o ouro, sim, do que o ouro refinado; e as minhas novidades, melhores do que a prata escolhida. 20 Faço andar pelo caminho da justiça, no meio das veredas do juízo. 21 Para fazer herdar bens permanentes aos que me amam e encher os seus tesouros.

A Sabedoria existe desde a eternidade

22 O Senhor me possuiu no princípio de seus caminhos e antes de suas obras mais antigas. 23 Desde a eternidade, fui ungida; desde o princípio, antes do começo da terra. 24 Antes de haver abismos, fui gerada; e antes ainda de haver fontes carregadas de águas. 25 Antes que os montes fossem firmados, antes dos outeiros, eu fui gerada. 26 Ainda ele não tinha feito a terra, nem os campos, nem sequer o princípio do pó do mundo. 27 Quando ele preparava os céus, aí estava eu; quando compassava ao redor a face do abismo; 28 quando firmava as nuvens de cima, quando fortificava as fontes do abismo; 29 quando punha ao mar o seu termo, para que as águas não trespassassem o seu mando; quando compunha os fundamentos da terra, 30 então, eu estava com ele e era seu aluno; e era cada dia as suas delícias, folgando perante ele em todo o tempo, 31 folgando no seu mundo habitável e achando as minhas delícias com os filhos dos homens.

32 Agora, pois, filhos, ouvi-me, porque bem-aventurados serão os que guardarem os meus caminhos. 33 Ouvi a correção, não a rejeiteis e sede sábios. 34 Bem-aventurado o homem que me dá ouvidos, velando às minhas portas cada dia, esperando às ombreiras da minha entrada. 35 Porque o que me achar achará a vida e alcançará favor do Senhor. 36 Mas o que pecar contra mim violentará a sua própria alma; todos os que me aborrecem amam a morte.

O banquete da Sabedoria

A sabedoria já edificou a sua casa, já lavrou as suas sete colunas. Já sacrificou as suas vítimas, misturou o seu vinho e já preparou a sua mesa. Já deu ordens às suas criadas, já anda convidando desde as alturas da cidade, dizendo: Quem é simples volte-se para aqui. Aos faltos de entendimento diz: Vinde, comei do meu pão e bebei do vinho que tenho misturado. Deixai os insensatos, e vivei, e andai pelo caminho do entendimento.

O que repreende o escarnecedor afronta toma para si; e o que censura o ímpio recebe a sua mancha. Não repreendas o escarnecedor, para que te não aborreça; repreende o sábio, e amar-te-á. instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina ao justo, e ele crescerá em entendimento. 10 O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e a ciência do Santo, a prudência. 11 Porque, por mim, se multiplicam os teus dias, e anos de vida se te acrescentarão. 12 Se fores sábio, para ti sábio serás; e, se fores escarnecedor, tu só o suportarás.

13 A mulher louca é alvoroçadora; é néscia e não sabe coisa alguma. 14 E assenta-se à porta da sua casa ou numa cadeira, nas alturas da cidade, 15 para chamar os que passam e seguem direito o seu caminho. 16 Quem é simples, volte-se para aqui. E aos faltos de entendimento diz: 17 As águas roubadas são doces, e o pão comido às ocultas é suave. 18 Mas não sabem que ali estão os mortos, que os seus convidados estão nas profundezas do inferno.

Almeida Revista e Corrigida 2009 (ARC)

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