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Abias rei de Judá

(2 Cr 13.1-2; 13.22–14.1)

15 1-2 Abias começou o seu reinado de apenas 3 anos, como rei de Judá, em Jerusalém, 18 anos após o início do reinado de Jeroboão, filho de Nebate, rei de Israel. A mãe de Abias chamava-se Maacá e era filha de Absalão.

Pecou ainda mais do que o seu pai; o seu coração não foi reto para com o Senhor, seu Deus, como tinha sido o do rei David. Apesar do pecado de Abias, o Senhor lembrou-se do amor que tinha por David e não fez terminar a sua linhagem real. Porque David obedecera ao Senhor durante todo o tempo da sua vida, exceto naquele assunto de Urias, o hitita.

Durante o reinado de Roboão continuou a haver guerra entre ele e Jeroboão. O resto da história deste reinado está relatado no Livro das Crónicas dos Reis de Judá. Abias e Jeroboão guerrearam entre si. Quando morreu, Abias foi enterrado em Jerusalém e o seu filho Asa sucedeu-lhe no trono.

Asa rei de Judá

(2 Cr 14.2-3; 15.16–16.6, 11-14)

Asa tornou-se rei de Judá, em Jerusalém, 20 anos depois de Jeroboão ter começado a reinar sobre Israel. 10 Reinou 41 anos. A sua avó era Maacá, filha de Absalão.

11 Asa fez o que era reto aos olhos do Senhor, à semelhança do seu antepassado David. 12 Expulsou do país os que praticavam a prostituição e mandou retirar todos os ídolos que os seus antepassados mandaram fazer. 13 O rei Asa retirou à sua avó Maacá a distinção de rainha-mãe, por ter sido ela quem fizera o abominável ídolo de Achera; destruiu esse ídolo desprezível, despedaçou-o e queimou-o, deitando as cinzas no ribeiro de Cedron. 14 Contudo, não foram removidos os santuários pagãos sobre as colinas, apesar do coração de Asa se manter fiel ao Senhor todo o tempo da sua vida. 15 Tornou a trazer para o templo as taças e as bacias de prata e de ouro que o seu pai tinha consagrado ao Senhor.

16 Houve guerra permanente entre o rei Asa de Judá e o rei Bacha de Israel. 17 O rei Bacha de Israel declarou-lhe guerra e construiu a fortaleza de Ramá, a fim de poder controlar a estrada de acesso a Judá.

18 Asa juntou toda a prata e ouro que ficara no templo do Senhor e no palácio real e entregou tudo aos líderes do seu reino, para levarem a Damasco como presente ao rei de Aram, Ben-Hadade, filho de Tabrimom e neto de Hezion, com esta mensagem: 19 “Vamos renovar a aliança que existia entre o teu pai e o meu. Mando-te prata e ouro para te convencer a quebrares a aliança com Bacha, rei de Israel, para que me deixe tranquilo.”

20 Ben-Hadade aceitou a proposta de Asa e mobilizou o seu exército com o fim de atacar Israel. Destruiu Ijom, Dan, Abel-Bete-Maacá, toda a Quinerete e todas as povoações de Naftali. 21 Ouvindo o que acontecera, Bacha suspendeu os trabalhos que estava a fazer na fortaleza de Ramá e voltou para Tirza. 22 O rei Asa fez circular em Judá uma proclamação pedindo a todos os homens, sem exceção, que viessem ajudar a deitar abaixo as construções de pedra e madeira. Essas pedras e madeiras foram usadas para construir Geba, em Benjamim, e a cidade de Mizpá.

23 O resto dos feitos de Asa, as suas conquistas e feitos e os nomes das povoações que mandou construir, estão escritos no Livro das Crónicas dos Reis de Judá. Na sua velhice o rei começou a padecer dos pés. 24 Quando morreu foi sepultado no cemitério real na Cidade de David. O seu filho Jeosafá tornou-se o novo rei de Judá.

Nadabe rei de Israel

25 Entretanto, em Israel, Nadabe, filho de Jeroboão, tornara-se rei. Reinou durante 2 anos, começando a reinar no segundo ano do reinado de Asa, rei de Judá. 26 Ele fez o que era mau aos olhos do Senhor. À semelhança do seu pai, adorou muito ídolos e levou Israel a pecar.

27 Foi então que Bacha, filho de Aías da tribo de Issacar, conspirou contra Nadabe e o assassinou, quando com o exército de Israel estava a sitiar a cidade filisteia de Gibetom.

Bacha rei de Israel

28 Assim, Bacha substituiu Nadabe como rei de Israel, em Tirza, durante o terceiro ano do reinado de Asa, rei de Judá. 29 Imediatamente mandou matar todos os descendentes do rei Jeroboão, não tendo ninguém da família real ficado com vida, tal como o Senhor dissera que haveria de acontecer, quando falou por intermédio de Aías, o profeta de Silo. 30 Isto aconteceu porque Jeroboão acendeu a ira do Senhor, o Deus de Israel, pecando e levando o resto de Israel a pecar. 31 Outros acontecimentos do reinado de Nadabe estão registados no Livro das Crónicas dos Reis de Israel. 32 Houve sempre guerra entre o rei Asa de Judá e o rei Bacha de Israel.

33 No terceiro ano de Asa, rei de Judá, Bacha, filho de Aías, tornou-se rei sobre Israel em Tirza, e reinou durante 24 anos. 34 Mas todo esse tempo fez o que era mau aos olhos do Senhor. Seguiu os maus caminhos de Jeroboão, levando Israel a pecar.

16 O profeta Jeú, filho de Hanani, entregou ao rei Bacha uma mensagem de condenação da parte do Senhor. “Tirei-te do pó do chão”, dizia a mensagem, “para te constituir rei sobre o povo de Israel; mas tu preferiste andar nos maus caminhos de Jeroboão. Fizeste pecar o meu povo e acendeste a minha ira! Por isso, destruir-te-ei e à tua família como fiz com os descendentes de Jeroboão, filho de Nebat. Os teus familiares que morrerem na cidade serão comidos por cães, os que morrerem nos campos serão comidos pelas aves.”

O resto da biografia de Bacha, os seus atos e conquistas, está no Livro das Crónicas dos Reis de Israel. Bacha morreu e foi sepultado na cidade de Tirza. Sucedeu-lhe no trono o seu filho Elá. Quando o Senhor enviou a sua mensagem a Bacha e aos seus, por intermédio do profeta Jeú, filho de Hanani, fê-lo por duas razões: primeiro, por Bacha e os seus familiares terem feito o que desagradava ao Senhor e provocado a sua ira, como fizeram Jeroboão e a sua família; segundo, por Bacha ter massacrado toda a família de Jeroboão.

Elá rei de Israel

Elá, filho de Bacha, começou a reinar no vigésimo sexto ano do reinado do rei Asa de Judá, mas reinou em Tirza durante 2 anos.

O general Zimri, que tinha a seu cargo o comando de metade dos carros reais de combate, conspirou contra ele. Um dia, o rei Elá encontrava-se na casa de Arza, o superintendente do palácio em Tirza. 10 O rei estava já embriagado quando Zimri simplesmente entrou, o feriu e matou. Isto ocorreu no vigésimo sétimo ano do reinado de Asa, rei de Judá. Zimri proclamou-se a si mesmo o novo rei de Israel.

11 Imediatamente mandou matar toda a família real anterior, sem deixar com vida um só elemento masculino. 12 Eliminou mesmo os familiares mais afastados e os amigos do rei. Esta destruição dos descendentes de Bacha correspondia ao que o Senhor tinha predito por intermédio do profeta Jeú. 13 A tragédia ocorreu por causa dos pecados de Bacha e do seu filho Elá; porque foram eles que levaram Israel à idolatria e o Senhor, Deus de Israel, ficou muito irado com isso.

14 O resto da história do reinado de Elá está escrito no Livro das Crónicas dos Reis de Israel.

Zimri rei de Israel

15 No entanto, Zimri ficou no poder apenas sete dias. Quando as tropas de Israel, que estavam a atacar a cidade filisteia de Gibetom, 16 souberam que Zimri tinha assassinado o rei, decidiram eleger como rei o general Omri, comandante das forças militares. 17 Omri levou o exército, desde Gibetom, a atacar Tirza, a capital de Israel. 18 Ao ver a cidade tomada, Zimri foi para a fortaleza do palácio, incendiou-o e morreu entre as chamas. 19 Porque também ele tinha pecado, fazendo o que era mau aos olhos do Senhor, à semelhança de Jeroboão, prestando culto a ídolos e levando o povo a pecar.

20 O resto dos acontecimentos da vida de Zimri e a sua traição estão narrados no Livro das Crónicas dos Reis de Israel.

Omri rei de Israel

21 Agora o próprio reino de Israel estava dividido em dois; metade era leal ao general Omri e outra metade seguia Tibni, filho de Ginate. 22 Contudo, o general saiu vitorioso e matou Tibni; Omri passou a reinar sem oposição.

23 O rei Asa de Judá tinha estado no trono 31 anos, quando Omri começou o seu reinado sobre Israel, o qual durou 12 anos, 6 dos quais em Tirza. 24 Omri comprou a colina, agora conhecida por Samaria, ao seu proprietário Semer, por 70 quilos de prata, e construiu ali uma cidade, chamando-lhe Samaria em honra do seu proprietário Semer.

25 Omri foi pior do que qualquer dos reis que o precederam, pois fez tudo o que era mau aos olhos do Senhor. 26 Prestou culto aos ídolos, tal como Jeroboão, filho de Nebate, e levou Israel a cometer o mesmo pecado, acendendo a ira do Senhor, Deus de Israel, com a sua inútil idolatria.

27 O resto da história de Omri está relatado no Livro das Crónicas dos Reis de Israel. 28 Omri morreu e foi sepultado em Samaria; o seu filho Acabe reinou em seu lugar.

Acabe rei de Israel

29 O rei Asa de Judá tinha estado no trono 38 anos, quando Acabe se tornou rei de Israel. Acabe reinou 22 anos. 30 Acabe fez o que era mau aos olhos do Senhor, e foi pior do que o seu pai Omri e do que qualquer outro rei de Israel. 31 Como se não bastasse em pecar como Jeroboão, filho de Nebate, casou-se com Jezabel, filha do rei Etbaal, rei dos sidónios, acabando por prestar culto a Baal. 32 Iniciou o culto a Baal, começando por construir um templo e um altar a esse deus em Samaria. 33 Depois fez outros postes ídolos de Achera, e acendeu ainda mais a ira do Senhor, o Deus de Israel, do que qualquer dos outros reis de Israel antes dele.

34 Foi durante o seu reinado que Hiel, um homem de Betel, reconstruiu Jericó. Quando colocou os alicerces, morreu-lhe o filho mais velho, Abirão. Quando completou as construções e colocou as portas da povoação, faleceu-lhe o filho mais novo, Segube. Porque esta tinha sido a maldição do Senhor sobre Jericó, declarada por Josué, filho de Num.

Elias anuncia uma seca

17 Elias, o tesbita, que morava em Gileade, disse ao rei Acabe: “Tão certo como vive o Senhor, o Deus de Israel, o Deus a quem adoro e sirvo, te garanto que não haverá nem chuva nem orvalho durante vários anos, até eu dizer basta!”

O Senhor disse a Elias: “Vai para o oriente e esconde-te junto do ribeiro de Querite, num lugar a leste do rio Jordão. Bebe da água do ribeiro e come o que os corvos te trouxerem, porque mandei que eles te alimentassem.”

Elias fez como o Senhor lhe ordenara e foi viver para junto do ribeiro. Os corvos traziam-lhe pão e carne de manhã e à tarde e bebia a água do rio. Passado algum tempo o ribeiro secou, porque deixou de cair chuva sobre a terra.

A viúva de Zarefate

Então o Senhor disse-lhe: “Vai viver para a aldeia de Zarefate, perto da cidade de Sídon. Há lá uma viúva que te alimentará. Já lhe dei as minhas instruções.”

10 Então foi para Zarefate e quando ia a entrar na cidade viu uma mulher viúva a apanhar lenha e pediu-lhe de beber. 11 Quando ela ia buscar a água, ele pediu-lhe mais: “Traz-me também um pedaço de pão.”

12 Mas ela disse: “Tão certo como vive o Senhor, teu Deus, que não tenho um só pedaço de pão em casa. Tenho apenas uma mão-cheia de farinha e uma pequena porção de azeite no fundo duma botija. Estava justamente a juntar alguns pedaços de lenha para cozinhar a minha última refeição e depois deixar-me morrer de fome com o meu filho.”

13 “Não tenhas medo! Vai e cozinha aquilo que consideras a tua última refeição, mas faz primeiro para mim um pequeno pão; depois verás que haverá alimento suficiente para ti e para o teu filho. 14 Porque o Senhor, o Deus de Israel, diz que haverá sempre farinha na panela e azeite na botija até que o Senhor mande a chuva e as searas tornem a crescer!”

15 Ela fez como Elias disse e tanto ela e o filho como o profeta continuaram a poder comer, tanto quanto lhes foi necessário. 16 A farinha não se acabou na panela nem o azeite na botija, tal como o Senhor prometera a Elias.

17 Um dia, o filho da mulher adoeceu de tal maneira que morreu. 18 “Ó homem de Deus”, clamou ela, “que foi que me fizeste? Vieste aqui para me castigar pelos meus pecados e matar-me o meu filho?”

19 “Dá-me o teu menino”, respondeu-lhe Elias. Pegou no corpo do rapaz, levou-o para cima, para o quarto onde vivia e deitou-o na sua cama. 20 E clamou ao Senhor: “Ó Senhor, meu Deus, porque é que mataste o filho desta viúva em casa de quem estou alojado?”

21 E estendeu-se três vezes sobre o corpo do menino, rogando ao Senhor: “Ó Senhor, meu Deus, imploro-te que o espírito deste menino volte para ele!” 22 O Senhor ouviu a oração de Elias e o espírito do rapaz voltou e este tornou a viver. 23 Elias pegou nele, desceu e entregou-o à mãe. “Olha! Aqui está ele, vivo!”

24 “Agora tenho a certeza de que és um homem de Deus”, retorquiu a mulher, “e que tudo o que dizes em nome do Senhor é verdadeiro!”