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A parábola dos dois filhos

28 —O que vocês acham disso? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao mais velho, ele lhe disse: “Filho, vá trabalhar na vinha hoje”. 29 O rapaz respondeu: “Não quero ir”, mas, mais tarde, ele mudou de ideia e foi. 30 O homem, então, dirigindo-se ao filho mais novo, lhe disse a mesma coisa e este lhe respondeu: “Sim, senhor”, mas não foi. 31 Agora eu lhes pergunto: Qual dos dois fez a vontade do pai? E eles lhe responderam:

—O mais velho.

Jesus, então, lhes disse:

—Digo a verdade a vocês: Os coletores de impostos e as prostitutas entrarão no reino de Deus na frente de vocês. 32 Eu digo isto porque João Batista veio para mostrar a maneira certa de viver e vocês não acreditaram nele. Os cobradores de impostos e as prostitutas, no entanto, acreditaram nele. Vocês, porém, mesmo depois de terem visto que eles estavam aceitando a mensagem e mudando de vida, persistiram em não crer nele.

A parábola dos lavradores maus

(Mc 12.1-12; Lc 20.9-19)

33 —Escutem esta outra parábola: Certo homem, dono de um campo, plantou uvas e colocou uma cerca ao redor da plantação. Depois construiu um tanque, onde as uvas seriam amassadas, e uma torre. O homem, então, arrendou a vinha para alguns lavradores e foi viajar. 34 Quando chegou a época da colheita, o dono da vinha mandou servos até os lavradores a fim de receber a sua parte dos frutos. 35 Os lavradores, entretanto, bateram num, mataram outro e ainda apedrejaram um outro.

36 —O dono da vinha, então, numa segunda vez, enviou um número maior de servos, mas os lavradores fizeram a mesma coisa. 37 Por último, o dono da vinha enviou seu próprio filho, dizendo: “Ao meu filho eles respeitarão”. 38 Mas quando os lavradores viram o filho, disseram entre si: “Este é o herdeiro! Vamos matá-lo, pois assim poderemos nos apoderar da herança dele”. 39 E eles, então, o pegaram, o jogaram para fora da vinha e o mataram. 40 O que é que vocês acham que o dono da vinha irá fazer com aqueles lavradores quando ele chegar?

41 E eles, então, lhe responderam:

—Usará para com eles da mesma crueldade que usaram para com os outros e depois entregará a plantação de uvas a lavradores que lhe deem a sua parte da colheita no tempo certo.

42 Jesus, então, lhes perguntou:

—Vocês nunca leram o que as Escrituras dizem?

“A pedra que os construtores rejeitaram
    veio a ser a pedra mais importante de todas.
Isso foi feito pelo Senhor,
    e é maravilhoso aos nossos olhos!”(A)

43 —Portanto, eu lhes digo: O reino de Deus será tirado de vocês e será entregue às pessoas que vivam de uma maneira que esteja de acordo com o reino. 44 Se alguém cair em cima desta pedra será quebrado em pedaços; se esta pedra cair em cima de alguém, o esmagará.[a]

45 Quando os líderes dos sacerdotes e os fariseus ouviram aquelas parábolas, reconheceram que Jesus estava falando a respeito deles. 46 Embora quisessem prendê-lo, ficaram com medo da multidão, que o considerava um profeta.

A parábola da festa de casamento

(Lc 14.15-24)

22 Jesus falou novamente ao povo por meio de parábolas, e lhes disse:

—O reino de Deus é parecido com um rei que preparou uma festa de casamento para o seu filho. Depois, ele mandou que seus servos fossem chamar as pessoas que tinham sido convidadas para a festa, mas elas não quiseram ir. O rei, então, chamando novamente os seus servos, lhes disse: “Vão a todas as pessoas que foram convidadas e digam: Já está tudo preparado para a festa. Os bois e os bezerros gordos já foram mortos e está tudo pronto. Venham para a festa!”

Os convidados, porém, não se importaram. Um foi para o seu campo, outro foi tratar de seus negócios, ao passo que outros maltrataram e mataram os servos. O rei ficou tão furioso que enviou soldados, mandando que matassem aqueles assassinos e incendiassem a cidade deles.

Depois disse aos servos: “A festa de casamento está pronta, mas as pessoas que tinham sido convidadas não mereciam estar nela. Portanto, vão pelas esquinas e convidem para a festa todas as pessoas que encontrarem”. 10 Os servos, então, foram pelas ruas e convidaram todas as pessoas que encontraram, fossem elas boas ou más, e o salão da festa ficou lotado. 11 Quando o rei entrou para ver os convidados, notou um homem que não estava vestido com roupa de festa 12 e lhe perguntou: “Amigo, como é que você entrou aqui sem roupa de festa?”

—Mas o homem não respondeu nada. 13 O rei, então, disse aos seus servos: “Amarrem as mãos e os pés dele e ponham-no para fora, na escuridão, onde as pessoas vão chorar e ranger os dentes”.

14 —Digo isto porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.

Jesus e os impostos

(Mc 12.13-17; Lc 20.20-26)

15 Os fariseus, então, se retiraram e se reuniram para planejar como poderiam fazer para pegar Jesus em algo que dissera. 16 Depois, mandaram alguns de seus seguidores e alguns membros do partido de Herodes perguntar a Jesus:

—Mestre, sabemos que o senhor é honesto, que ensina sobre o caminho de Deus com toda sinceridade e que não se incomoda com a opinião dos outros, pois não trata às personas segundo a sua situação social, mas é imparcial. 17 Diga-nos o que o senhor acha; é certo pagar impostos ao imperador ou não?

18 Jesus, porém, conhecendo as más intenções deles, lhes disse:

—Como vocês são hipócritas! Por que estão me testando? 19 Tragam-me uma moeda com a qual se paga imposto.

Eles lhe deram a moeda 20 e Jesus, então, lhes perguntou:

—De quem são esta imagem e esta inscrição?

21 E eles responderam:

—São do imperador.

Então Jesus lhes disse:

—Portanto, deem ao imperador o que é do imperador e deem a Deus o que é de Deus.

22 Ao ouvirem aquilo, eles ficaram muito admirados e, deixando Jesus em paz, foram embora.

Os saduceus perguntam sobre a ressurreição

(Mc 12.18-27; Lc 20.27-40)

23 Naquele mesmo dia, alguns saduceus, os quais afirmam não haver ressurreição, se aproximaram de Jesus e lhe perguntaram:

24 —Mestre! Moisés nos deixou escrito o seguinte: “Se um homem morrer sem deixar filhos, seu irmão deve se casar com a viúva a fim de terem filhos que serão considerados filhos do irmão que morreu”.[b] 25 Ora, entre nós havia sete irmãos. O primeiro irmão se casou e algum tempo depois morreu sem deixar filhos. O segundo irmão, então, se casou com a viúva. 26 A mesma coisa aconteceu com o segundo irmão, com o terceiro e com todos os outros até chegar o sétimo, 27 e depois deles a mulher também morreu. 28 Agora, de qual dos sete irmãos a mulher será esposa no dia da ressurreição, uma vez que todos eles se casaram com ela?

29 Jesus lhes respondeu:

—Vocês estão errados, pois não conhecem nem as Escrituras nem o poder de Deus. 30 Pois quando os mortos ressuscitarem, ninguém se casará; serão todos como os anjos do céu. 31 E já que estamos falando em ressurreição, vocês nunca leram o que foi dito por Deus? Ele disse: 32 “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó”.(B) Ora, ele não é Deus dos mortos, mas sim dos vivos.

33 Quando a multidão ouviu isso, ficou admirada com o ensino de Jesus.

O mandamento mais importante

(Mc 12.28-34; Lc 10.25-28)

34 Os fariseus tinham ouvido falar que Jesus havia deixado os saduceus sem resposta. Eles se reuniram 35 e um deles, que era mestre da lei, testando Jesus, lhe perguntou:

36 —Mestre, qual é o mandamento mais importante?

37 E Jesus lhe respondeu:

—Este: “Ame o Senhor seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento”.(C) 38 Este é o primeiro mandamento, e também o mais importante. 39 Há também um segundo mandamento que é parecido com este, e que diz: “Ame o seu próximo como você ama a você mesmo”.(D) 40 Toda a lei e tudo o que foi escrito pelos profetas depende destes dois mandamentos.

Jesus pergunta sobre o Messias

(Mc 12.35-37; Lc 20.41-44)

41 Como os fariseus ainda estavam reunidos, Jesus lhes perguntou:

42 —O que vocês pensam a respeito do Messias? De quem ele é filho?

43 E eles lhe responderam:

—Ele é filho de Davi!

Ao ouvir aquilo, Jesus lhes fez outra pergunta, dizendo:

—Então como é que Davi, inspirado pelo Espírito, chamou o Messias de Senhor, quando disse:

44 “O Senhor disse ao meu Senhor:
    ‘Sente-se à minha direita,
até eu pôr os seus inimigos
    debaixo dos seus pés’”?(E)

45 —Agora, se Davi o chama de Senhor, como pode o Messias ser filho de Davi?

46 Ninguém pôde lhe responder nada e daquele dia em diante ninguém mais teve coragem de lhe fazer nenhuma outra pergunta.

Jesus critica os fariseus e os professores da lei

(Mc 12.38-40; Lc 11.37-52; 20.45-47)

23 Jesus, então, dirigindo-se aos seus discípulos e à multidão, lhes disse:

—Os professores da lei e os fariseus têm a autoridade de explicar a lei de Moisés. Por isso, vocês devem obedecer e seguir tudo o que eles ensinam. O que vocês não devem, entretanto, é imitar as ações deles, pois eles mesmos não fazem o que ensinam. Amarram cargas pesadas e difíceis de carregar e as colocam sobre os ombros dos outros, entretanto eles mesmos nem com o dedo querem movê-las.

—Eles fazem tudo para serem vistos pelas outras pessoas. Eles levam consigo na frente do corpo umas caixas pequeninhas de couro que contém dentro delas alguns textos das Escrituras.[c] Alargam o tamanho dessas caixinhas e alongam as suas franjas[d]. Gostam dos lugares de destaque quando se sentam para comer nas festas e dos lugares mais importantes nas sinagogas. Eles também gostam de ser cumprimentados com respeito nas praças e ser chamados de “Mestre”[e] pelo povo.

—Vocês, porém, não permitam que as pessoas os chamem de “Mestre”, pois o “Mestre” de vocês é um só, e vocês todos são simplesmente irmãos uns dos outros. Também não chamem a ninguém de “Pai” aqui na terra, pois vocês têm somente um “Pai”, que está no céu. 10 Também não deixem que ninguém os chame de “Guia”, pois vocês têm somente um “Guia”: Cristo. 11 O mais importante entre vocês será o servo de vocês. 12 Todo aquele que procurar ser honrado pelos homens Deus o humilhará, e todo aquele que se humilhar diante dos homens Deus o honrará.

13 —Ai de vocês, professores da lei e fariseus, hipócritas! Digo isto pois são vocês mesmos que fecham as portas do reino de Deus para as pessoas; dessa forma vocês nem entram nem deixam que outras pessoas entrem. 14 [f]

15 —Ai de vocês, professores da lei e fariseus, hipócritas! Digo isto pois vocês fazem longas viagens e atravessam mar e terra com o propósito de converter uma pessoa à religião de vocês e, quando conseguem, tornam essa pessoa duas vezes mais merecedora do inferno do que vocês mesmos. 16 Ai de vocês, guias cegos! Digo isto pois vocês dizem: “Se uma pessoa jurar pelo templo, não significa nada; mas se jurar pelo ouro do templo, então é obrigada a cumprir com o seu juramento”. 17 Como vocês são tolos e cegos! Não é o templo que faz com que o ouro seja sagrado? Então, o que é mais importante: o ouro que está no templo ou o próprio templo? 18 Vocês também dizem: “Se uma pessoa jurar pelo altar[g], não significa nada; mas se jurar pela oferta que está sobre o altar, então é obrigada a cumprir o seu juramento”. 19 Como vocês são cegos! Não é o altar que faz com que a oferta seja sagrada? Então, o que é mais importante: a oferta que está sobre o altar, ou o próprio altar? 20 Se uma pessoa jurar pelo altar, estará jurando tanto pelo altar em si como por tudo o que está sobre ele! 21 Da mesma forma, se uma pessoa jurar pelo templo, estará jurando tanto pelo templo em si como por aquele que está dentro dele! 22 Assim também, se uma pessoa jurar pelo céu, estará jurando não só pelo trono de Deus, como também por aquele que está sentado no trono!

23 —Ai de vocês, professores da lei e fariseus, hipócritas! Digo isto pois vocês dão a Deus um décimo de tudo o que possuem, até mesmo da hortelã, da erva-doce e do cominho,[h] mas deixam de obedecer as coisas mais importantes da lei, que são o de ser tanto justo como misericordioso com as pessoas, assim como o de ser fiel a Deus. É necessário que vocês façam estas coisas sem desprezar aquelas. 24 Vocês são guias cegos! Coam a bebida e tiram o mosquito, mas engolem o camelo! 25 Ai de vocês, professores da lei e fariseus, hipócritas! Lavam o copo e o prato por fora, mas por dentro eles estão cheios das coisas que vocês conseguiram por enganarem as outras pessoas e por satisfazerem o seu próprio egoísmo. 26 Fariseu cego! Limpe primeiro o lado de dentro do copo, pois assim o lado de fora também ficará limpo.

27 —Ai de vocês, professores da lei e fariseus, hipócritas! Digo isto pois vocês são como túmulos pintados de branco: parecem bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de podridão. 28 Assim também vocês por fora parecem ser boas pessoas, mas por dentro estão cheios de hipocrisia e maldade.

29 —Ai de vocês, professores da lei e fariseus, hipócritas! Digo isto pois vocês constroem túmulos e enfeitam as sepulturas dos profetas justos que foram assassinados 30 e dizem: “Se nós tivéssemos vivido no tempo dos nossos antepassados, não teríamos nos unido a eles para matar os profetas”. 31 Dessa forma vocês estão confessando para vocês mesmos que são os descendentes daqueles que mataram os profetas. 32 Continuem, portanto, e terminem o que eles começaram.

33 —Cobras venenosas! Raça de víboras! Como vocês pensam que podem escapar de serem condenados ao inferno? 34 Ouçam bem isto: eu estou lhes mandando profetas, homens sábios e também professores. Vocês, porém, vão matar e crucificar a alguns, e vão chicotear a outros nas sinagogas e os perseguir de cidade em cidade. 35 Por causa disso vocês é que receberão o castigo por todas as pessoas inocentes que os antepassados de vocês mataram, desde o justo Abel até Zacarias,[i] filho de Baraquias, o qual vocês mataram entre o santuário e o altar. 36 Digo a verdade a vocês: são as pessoas desta geração que receberão o castigo por todos esses pecados.

Jesus e a cidade de Jerusalém

(Lc 13.34-35)

37 —Jerusalém, Jerusalém! Você mata os profetas e apedreja os mensageiros que Deus lhe envia! Quantas vezes eu quis ajuntar o seu povo, assim como a galinha ajunta os pintinhos debaixo das suas asas, mas você não quis! 38 Agora a sua casa ficará completamente abandonada. 39 Declaro, portanto, que você nunca mais me verá até que diga: “Bendito é aquele que vem em nome do Senhor!”(F)

Jesus fala sobre a destruição do templo

(Mc 13.1-2; Lc 21.5-6)

24 Jesus tinha saído do templo e estava indo embora sozinho, quando seus discípulos se aproximaram dele para lhe mostrar as construções do templo. Jesus, porém, lhes disse:

—Vocês estão vendo tudo isto? Eu lhes digo que não ficará uma pedra sobre outra, que não seja derrubada.

Jesus fala sobre sofrimento e perseguições

(Mc 13.3-23; Lc 21.7-24)

Quando Jesus se sentou no monte das Oliveiras, seus discípulos se aproximaram dele e lhe perguntaram em particular:

—Diga-nos: Quando essas coisas vão acontecer? Qual será o sinal que mostrará que chegou o tempo da sua vinda e do fim do mundo?

E Jesus, então, lhes respondeu:

—Tomem cuidado para que ninguém os engane. Eu digo isso pois muitas pessoas virão em meu nome e dirão: “Eu sou o Cristo!”, e enganarão muita gente. Não tenham medo quando ouvirem o barulho de batalhas e ficarem sabendo de guerras. Essas coisas devem acontecer, mas ainda não será o fim. Uma nação fará guerra contra outra, e um país atacará outro. Haverá fome e terremotos por toda parte, mas essas coisas serão somente o começo, assim como as primeiras dores da mulher que está para dar à luz.

—Nessa época vocês serão presos e entregues para serem castigados. Vocês serão mortos e odiados por todos os povos por causa do meu nome. 10 Nessa época muitas pessoas vão abandonar a sua fé e vão trair e odiar umas às outras. 11 Muitos falsos profetas aparecerão e enganarão a muita gente 12 e a maldade se espalhará de tal maneira que o amor da maioria das pessoas esfriará. 13 Aquele, porém, que permanecer firme até o fim, será salvo. 14 E as Boas Novas sobre o reino de Deus serão anunciadas no mundo inteiro como testemunho a toda a humanidade; e então virá o fim.

15 —Deus falou por meio do profeta Daniel a respeito da “terrível coisa que causa desolação”[j]. Vocês verão essa coisa no templo (quem estiver lendo isto que entenda o que significa). 16 Então, quem estiver na Judeia deve fugir para as montanhas. 17 Quem estiver na parte de cima de sua casa não deve descer para pegar coisa alguma 18 e quem estiver trabalhando no campo não deve voltar para casa para buscar suas roupas. 19 Ai das mulheres que estiverem grávidas ou amamentando nessa época! 20 Orem para que essa sua fuga não aconteça nem durante o inverno nem num sábado. 21 Digo isso pois nessa época haverá grandes sofrimentos, como nunca houve desde o começo do mundo e jamais haverá. 22 Se Deus não tivesse diminuído esse período de sofrimento, ninguém seria salvo. Mas por causa das pessoas que foram escolhidas, esse período de sofrimento será diminuído.

23 —Portanto, se nessa época alguém lhes disser: “Olhe! Aqui está o Cristo!”, ou então: “O Cristo está aqui!”, não acreditem! 24 Eu digo isso pois muitos falsos cristos e falsos profetas vão aparecer e fazer milagres e maravilhas a fim de enganar, se possível, até mesmo aqueles que tinham sido escolhidos por Deus. 25 Prestem atenção que eu estou avisando a vocês antes que estas coisas aconteçam.

26 —Se algumas pessoas lhes disserem: “Olhem, ele está no deserto!”, não saiam. Ou: “Olhem, ele está dentro da casa!”, não acreditem! 27 Eu lhes digo isso pois a vinda do Filho do Homem será como o brilho de um relâmpago no céu que sai do leste e se mostra até o oeste. 28 Onde quer que esteja um cadáver, ali se ajuntarão os urubus.

Jesus volta como o Filho do Homem

(Mc 13.24-27; Lc 21.25-28)

29 —Logo depois desse período de sofrimento,

“o sol se apagará
    e a lua não brilhará.
As estrelas cairão do céu
    e os corpos celestes serão abalados”.[k]

30 Nessa época o sinal da vinda do Filho do Homem será visto no céu e todos os povos da terra chorarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens com poder e grande glória. 31 Um alto som de trombeta será ouvido, e o Filho do Homem enviará os seus anjos e eles recolherão de um a outro lado do mundo aqueles que tenham sido escolhidos por Deus.

A parábola da figueira

(Mc 13.28-31; Lc 21.29-33)

32 E Jesus, depois, lhes disse:

—Aprendam a lição que a figueira lhes ensina. Assim que os seus galhos se renovam e as suas folhas começam a brotar, vocês sabem que o verão está próximo. 33 Da mesma forma, quando vocês virem todas essas coisas acontecerem,[l] saberão que o tempo está próximo, pronto para chegar. 34 Digo a verdade a vocês: Todas essas coisas acontecerão antes que morram todas as pessoas que agora estão vivas. 35 O céu e a terra passarão, porém as minhas palavras nunca passarão.

O dia e a hora

(Mc 13.32-37; Lc 17.24-30; 24.34-36)

36 —Ninguém sabe o dia ou a hora em que essas coisas acontecerão, nem os anjos do céu nem o próprio Filho. Somente o Pai sabe quando elas vão acontecer. 37 Pois assim como foi no tempo de Noé, também será quando o Filho do Homem voltar. 38 Digo isto pois, antes de vir o dilúvio, as pessoas estavam comendo, bebendo, se casando e se dando em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. 39 Ninguém sabia o que ia acontecer até que veio o dilúvio e levou a todos. A mesma coisa acontecerá quando o Filho do Homem voltar. 40 Nesse dia dois homens estarão trabalhando no campo: um será levado e outro será deixado. 41 Duas mulheres estarão moendo trigo no moinho: uma será levada, e a outra deixada. 42 Portanto, estejam preparados, pois vocês não sabem em que dia o Senhor virá. 43 Lembrem-se disto: Se o dono da casa soubesse a que hora da noite o ladrão viria, ele ficaria acordado e não deixaria que o ladrão arrombasse a sua casa. 44 É por isso que eu digo a vocês que devem ficar preparados, pois o Filho do Homem virá na hora em que não estiverem esperando.

A parábola do servo bom e do servo mau

(Lc 12.41-48)

45 —Quem é, então, o servo fiel e prudente a quem o senhor deixou a responsabilidade de tomar conta dos outros servos e de lhes dar comida nas horas certas? 46 Feliz é o servo que estiver fazendo assim quando o seu senhor chegar. 47 Digo a verdade a vocês: Ele o colocará para tomar conta de todos os seus bens. 48 Por outro lado, imaginem um servo mau. Ele diz consigo mesmo: “Meu senhor vai demorar para voltar”, 49 e então começa a bater nos outros servos e a comer e beber com bêbados. 50 O senhor desse servo chegará num dia que ele não o espera, e numa hora que ele nem imagina. 51 Ele o castigará com severidade e o condenará a sofrer o mesmo destino dos hipócritas. E lá eles vão chorar e ranger os dentes.

A parábola das dez moças

25 —Nesse dia o reino de Deus poderá ser comparado a dez moças que pegaram as suas lamparinas e saíram para se encontrar com o noivo. Dessas dez moças, cinco eram imprudentes e cinco eram prudentes. As moças que eram imprudentes pegaram as suas lamparinas, mas não levaram óleo de reserva; as prudentes, porém, além das lamparinas, levaram também vasilhas de óleo. Como o noivo estava demorando, as moças ficaram com sono e começaram a cochilar.

Quando deu meia-noite, se ouviu um grito: “Olhem, o noivo! Venham se encontrar com ele!” Quando ouviram aquilo, todas as dez moças se levantaram e prepararam as suas lamparinas; mas as imprudentes disseram às prudentes: “Deem-nos um pouco do óleo de vocês, pois as nossas lamparinas estão se apagando”. As prudentes, porém, responderam: “Não, para que não falte nem a nós nem a vocês. Se vocês querem óleo, procurem quem o venda e comprem”. 10 As moças imprudentes saíram então para comprar óleo e, enquanto estavam fora, o noivo chegou. Sendo assim, as moças que estavam prontas entraram com o noivo para a festa de casamento e, depois de terem entrado, a porta foi fechada.

11 —Mais tarde, quando as moças imprudentes chegaram, começaram a bater na porta e a gritar, dizendo: “Senhor, senhor! Abra a porta e deixe-nos entrar!” 12 O noivo, porém, lhes respondeu: “Digo a verdade a vocês: Eu não as conheço”.

13 É por isso que eu lhes digo: Estejam sempre preparados, pois vocês não sabem nem o dia nem a hora em que o Filho do Homem virá.

A parábola sobre os três servos

(Lc 19.11-27)

14 —Nesse dia o reino de Deus poderá ser comparado a um homem que precisou fazer uma viagem e, chamando três servos seus, os colocou para tomar conta dos seus bens. 15 A um ele deu cinco mil moedas de prata,[m] a outro ele deu duas mil, e a outro mil. A cada um deu de acordo com a sua própria capacidade; e então partiu. 16 O servo que tinha recebido as cinco mil moedas de prata saiu imediatamente e, investindo aquele dinheiro, ganhou outras cinco mil moedas de prata. 17 A mesma coisa aconteceu com o segundo servo; ele investiu as duas mil moedas de prata e conseguiu outras duas mil. 18 O terceiro, porém, saindo, cavou um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.

19 —Depois de muito tempo, o senhor daqueles servos voltou e acertou contas com eles. 20 O servo que tinha recebido cinco mil moedas de prata se aproximou do seu senhor e, entregando-lhe as outras cinco mil moedas, lhe disse: “O senhor me deu cinco mil moedas de prata para tomar conta; aqui estão outras cinco mil que ganhei”.

21 —O senhor, então, lhe disse: “Muito bem! Você é um servo bom e fiel! Como você me foi fiel no pouco, eu vou colocá-lo para tomar conta de muitas coisas. Venha participar da minha alegria”.

22 —O servo que tinha recebido duas mil moedas de prata se aproximou do senhor e lhe disse: “O senhor me deu duas mil moedas de prata para tomar conta; aqui estão outras duas mil que ganhei”.

23 —O senhor, então, lhe disse: “Muito bem! Você é um servo bom e fiel! Como você me foi fiel no pouco, eu vou colocá-lo para tomar conta de muitas coisas. Venha e alegre-se comigo”.

24 —E, finalmente, aquele que tinha recebido mil moedas de prata, se aproximou do seu senhor e lhe disse: “Eu sei que o senhor é um homem duro, que colhe em campo que não plantou e que ajunta onde não semeou. 25 Fiquei com medo e por isso escondi o seu dinheiro num buraco na terra. Aqui está o seu dinheiro”.

26 —O senhor, porém, lhe disse: “Você é um servo mau e preguiçoso! Não foi você mesmo que disse que colho em campo que não plantei e que ajunto onde não semeei? 27 A sua obrigação, portanto, era ter depositado o meu dinheiro no banco para que eu, quando voltasse, o recebesse com juros. 28 Tirem dele as mil moedas de prata, e deem-nas ao que já tem dez. 29 Pois aquele que tem receberá ainda mais, e terá muito mais do que realmente precisa; mas aquele que não tem, até o que ele tem lhe será tirado. 30 Quanto a este servo inútil, joguem-no para fora, na escuridão. Ali haverá choro e ranger de dentes”.

O julgamento final

31 —Quando o Filho do Homem vier, com todo o seu poder e com todos os seus anjos, ele se sentará no seu glorioso trono. 32 Então, todos os povos da terra se reunirão diante dele e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. 33 Ele colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. 34 Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: “Venham, vocês que são abençoados por meu Pai! Venham e recebam o reino que está preparado para vocês desde a criação do mundo. Este reino é a recompensa de vocês, 35 pois eu tive fome e me deram o que comer, tive sede e me deram o que beber, fui estrangeiro e me receberam em suas casas, 36 não tinha o que vestir e me deram roupas, estive doente e cuidaram de mim, estive na prisão e foram me visitar”.

37 —Então, os bons perguntarão: “Senhor, quando foi que nós o vimos com fome e lhe demos o que comer, ou o vimos com sede e lhe demos o que beber? 38 Quando foi ainda que, como estrangeiro, nós o recebemos em nossas casas, ou que o vimos sem ter o que vestir e lhe demos roupas, 39 ou mesmo que, estando doente ou preso, nós o visitamos?”

40 —O rei, porém, lhes responderá: “Digo a verdade a vocês: Todas as vezes que vocês fizeram essas coisas ao mais simples dos meus irmãos, na realidade foi a mim que fizeram”.

41 —E o rei, então, dirá àqueles que estão à sua esquerda: “Saiam daqui! Vocês estão debaixo da maldição de Deus! Vocês irão para o fogo eterno, o qual foi preparado por Deus para o diabo e seus anjos. 42 Esse é o castigo que merecem, pois eu tive fome, mas mesmo assim vocês não me deram o que comer; tive sede, mas mesmo assim não me deram o que beber; 43 fui estrangeiro, mas mesmo assim não me receberam nas suas casas; não tinha o que vestir, mas mesmo assim não me deram roupas; estive doente e preso, mas mesmo assim não foram me visitar”.

44 —Mas eles também lhe perguntarão: “Senhor, quando foi que nós o vimos com fome, ou com sede, ou como estrangeiro, ou sem ter o que vestir, ou mesmo doente ou preso e não o ajudamos?”

45 —Mas o Rei, então, lhes responderá: “Digo a verdade a vocês: Todas as vezes que deixaram de fazer qualquer uma dessas coisas ao mais simples dos meus irmãos, na realidade foi a mim que vocês deixaram de fazê-la”.

46 —Estes, portanto, irão para o castigo eterno; mas os bons, irão para a vida eterna.

Footnotes

  1. 21.44 Alguns manuscritos não têm o versículo 44.
  2. 22.24 Se (…) irmão que morreu Ver Dt 25.5,6.
  3. 23.5 caixas (…) Escrituras Estas caixinhas de couro continham quatro importantes textos das Escrituras. Alguns judeus as amarravam na testa e no braço esquerdo para mostrar que eram muito religiosos.
  4. 23.5 franjas Enfeites constituídos quase sempre de fios ou tranças que pendem das bordas das túnicas ou dos xales que os judeus vestiam para orar. Eram considerados lembretes dos mandamentos de Deus (ver Nm 15.38-41).
  5. 23.7 Mestre Literalmente, “Rabi”.
  6. 23.14 Algumas cópias gregas adicionam o versículo 14: “Ai de vocês, professores da lei e fariseus, hipócritas! Digo isto pois são vocês mesmos que exploram as viúvas e tomam os seus bens e, enquanto isso, para manterem as aparências, fazem longas orações. Por causa dessas coisas o castigo de vocês será muito maior”.
  7. 23.18 altar Havia um altar na frente do templo em Jerusalém.
  8. 23.23 Digo isto (…) do cominho Literalmente, “dão o dízimo da hortelã, do endro e do cominho”. A lei de Moisés exigia que os israelitas dessem o dízimo das colheitas e do gado (ver Lv 27.30,32), mas não das plantas pequenas que eram cultivadas no jardim como as que são mencionadas aqui. Os fariseus davam o dízimo de estas plantas para estarem certos de não desobedecerem à lei.
  9. 23.35 Abel, Zacarias São a primeira e última referência no Antigo Testamento hebraico de serem vítimas de assassinato.
  10. 24.15 “terrível coisa (…) desolação” Mencionada no livro de Dn 9.27; 11.31; 12.11.
  11. 24.29 Ver Is 13.10; 34.4.
  12. 24.33 todas essas coisas acontecerem Em Lc 21.31, Jesus explica que está se referindo ao tempo no qual o reino de Deus virá.
  13. 25.15 moedas de prata Literalmente, “talentos”. Um talento valia cerca de trinta a quarenta quilos de ouro, prata ou moedas de cobre.