Revised Common Lectionary (Complementary)
118 Deem graças ao Senhor, porque ele é bom,
porque o seu amor é eterno!
2 Que todo o Israel o louve, repetindo:
“O seu amor é eterno!”
19 Abram-me as portas do templo,
no qual se conhece a justiça de Deus;
pois eu quero entrar para dar graças ao Senhor!
20 Essas portas são o caminho para a presença do Senhor;
por elas entram todos os que praticam a justiça.
21 Senhor, eu te agradeço porque me salvaste,
porque tu me ouviste!
22 A pedra que os construtores rejeitaram
veio a tornar-se a pedra fundamental do edifício!
23 Isto foi outra obra que o Senhor fez
e é espantosa aos nossos olhos!
24 Este é o dia que o Senhor fez;
alegremo-nos e rejubilemos todos com isso!
25 Salva-nos, Senhor, nós te pedimos!
Faz-nos prosperar contigo, nós te rogamos!
26 Bendito aquele que vem em nome do Senhor!
Sê feliz e vitorioso no templo do Senhor!
27 O Senhor é Deus e fez a sua luz brilhar sobre nós.
Tragam a vítima para o sacrifício
e atem-na com cordas às pontas do altar.
28 Tu és o meu Deus e eu te louvarei;
dar-te-ei toda a honra.
29 Deem graças ao Senhor, porque ele é bom,
porque o seu amor é eterno!
Entrada de Jesus em Jerusalém
(Mt 21.1-11; Mc 11.1-11; Jo 12.12-19)
28 Depois disto, Jesus prosseguiu para Jerusalém, caminhando à frente dos discípulos. 29 Quando se aproximavam das vilas de Betfagé e Betânia, perto do monte das Oliveiras, enviou dois dos discípulos à frente. 30 Disse-lhes: “Vão até àquela aldeia além e, logo à entrada, encontrarão uma cria de jumento amarrada, que ninguém montou ainda. Soltem-na e tragam-na. 31 Se alguém vos perguntar ‘Porque estão a soltá-la?’, respondam: ‘O Senhor precisa dela.’ ”
32 Encontraram o jumento, como Jesus lhes tinha dito. 33 Quando estavam a soltá-lo, os donos pediram uma explicação: “Porque estão a soltar o jumentinho?”
34 Os discípulos responderam: “O Senhor precisa dele.” 35 Assim, levaram o jumento a Jesus. Puseram os mantos sobre o lombo do animal e ele montou-o.
36 Enquanto ele avançava, as gentes estendiam os seus mantos no caminho. 37 Ao chegarem à descida para o monte das Oliveiras, todo o cortejo de discípulos louvava Deus com alegria por todos os milagres que viam, e exclamavam:
38 “Bendito seja o Rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu! Glória nas alturas!”[a]
39 Mas alguns dos fariseus que seguiam entre a multidão disseram: “Mestre, avisa os teus discípulos que não digam essas coisas!”
40 Jesus respondeu: “Se eles se calassem, até as pedras ao longo da estrada começariam a aclamar-me!”
4 O Senhor Deus deu-me as suas palavras de sabedoria, a fim de que possa saber o que devo dizer aos que estão cansados. Em cada manhã ele me acorda e abre o meu entendimento à sua vontade. 5 O Senhor Deus falou-me e eu ouvi. Não me revoltarei, nem voltarei atrás. 6 Dei as costas aos que me açoitavam e as faces aos que queriam puxar-me pela barba. Não fujo à vergonha e aos que me cospem no rosto. 7 É o Senhor Deus quem me ajuda, por isso, não enfraquecerei. Fiz do meu rosto uma rocha, sei que triunfarei. 8 Está perto de mim aquele que me fará justiça. Sendo assim, quem ousará lutar comigo agora? Onde estão então os meus inimigos? Que apareçam! 9 Vejam bem, o Senhor Deus está a meu favor! Quem é que poderá declarar-me culpado? Todos os meus inimigos serão destruídos, como trapos velhos, roídos pela traça!
9 Tem misericórdia de mim, Senhor,
porque me sinto atribulado;
os meus olhos já estão vermelhos de tanto choro.
10 A minha alma e o meu corpo estão cansados de tanta tristeza.
Vou-me consumindo de abatimento;
esgotam-se os meus anos em aflição.
Os meus pecados também me têm tirado a força;
os meus ossos consomem-se pela vergonha e pela tristeza.
11 Os meus inimigos fizeram até
com que os meus próprios vizinhos me desprezassem;
fogem de mim quando passo na rua.
12 Para eles sou como morto,
como pedaços de louça partida que se deitam fora.
13 Ouvi as mentiras que muitos diziam a meu respeito.
Para qualquer lado que olhava, tinha medo,
porque todos tramavam contra a minha vida.
14 Mas eu confio em ti, Senhor, e digo:
“Tu és o meu Deus!”
15 Todo o tempo da minha vida está nas tuas mãos;
livra-me dos que me perseguem.
16 Que o teu favor brilhe novamente sobre o teu servo;
que a tua misericórdia me salve!
5 Que haja em vocês a mesma atitude que houve em Cristo Jesus. 6 Sendo por natureza Deus, no entanto, não reivindicou para si o ser igual a Deus, 7 mas desfez-se das suas regalias próprias, assumindo a forma de um escravo e a semelhança humana. E, encontrando-se nessa condição, 8 humilhou-se a ponto de se sujeitar voluntariamente à morte; não a uma morte vulgar, mas à morte da cruz. 9 Por isso mesmo, Deus o elevou às posições mais altas e lhe deu um nome que é superior a todos os nomes, 10 de tal forma que, em honra desse nome, virão a ajoelhar-se todas as criaturas tanto no céu, como na Terra, como ainda debaixo da Terra. 11 E todos, igualmente, reconhecerão que Jesus Cristo é Senhor, o que será mais uma glória para Deus, o Pai!
14 Então chegou Jesus com os discípulos e, no momento devido, todos se sentaram à mesa. 15 Jesus disse: “Desejei muito comer esta Páscoa convosco antes de começar o meu sofrimento. 16 Porque vos digo que não comerei outra vez assim, na vossa companhia, senão quando o que esta refeição representa se realizar no reino de Deus.”
17 Pegou então num cálice de vinho e, depois de ter dado graças, disse: “Tomem e repartam entre vós, 18 porque só tornarei a beber vinho quando tiver chegado o reino de Deus.”
19 Depois pegou no pão e, dando igualmente graças a Deus por ele, partiu-o e deu-o aos discípulos: “Este é o meu corpo que é dado em vosso favor. Façam isto em memória de mim.” 20 Depois da ceia serviu-lhes de novo o cálice de vinho, e disse: “Este cálice é a nova aliança, selada com o meu sangue que é derramado em vosso favor.
21 Mas aqui sentado comigo a esta mesa está também quem me vai trair. 22 O Filho do Homem tem de morrer, porque isso faz parte do plano de Deus. Mas ai do homem que me vai trair!”
23 Os discípulos puseram-se a perguntar entre si quem, de entre eles, seria capaz de fazer semelhante coisa.
O maior no reino dos céus
(Mt 20.25-28; 19.28; Mc 10.42-45)
24 Depois começaram também a discutir qual deles seria o mais importante. 25 Jesus disse-lhes: “Os reis entre os gentios dominam sobre eles e aos que exercem autoridade sobre eles chamam-lhes benfeitores! 26 No vosso meio, porém, não seja assim. O mais velho no vosso meio seja como o mais novo e o soberano será como aquele que serve. 27 O senhor senta-se à mesa e é servido pelos criados. Mas aqui, não! Porque sou eu quem vos serve. 28 Porque vocês têm continuado comigo nestes tempos de aflição; 29 e como o meu Pai me deu o reino, 30 eu concedo-vos o direito de comer e beber à minha mesa nesse reino. E sentar-se-ão em tronos para julgar as doze tribos de Israel.
Jesus avisa Pedro
(Mt 26.33-35; Mc 14.29-31; Jo 13.37-38)
31 Simão, Simão, Satanás pediu para vos peneirar a todos como o trigo. 32 Mas eu intercedi por ti para que a tua fé não enfraqueça. Assim, quando te tiveres voltado para mim, fortalece os teus irmãos.”
33 Simão disse: “Senhor, estou pronto até a ir para a prisão e a morrer contigo!”
34 Jesus respondeu: “Pedro, deixa-me dizer-te uma coisa: Até o galo cantar, esta madrugada, três vezes dirás que não me conheces!”
35 Então Jesus perguntou-lhes: “Quando vos enviei a pregar as boas novas e não tinham dinheiro, nem bagagem, nem vestuário de muda, como é que se governaram?” Responderam: “Bem. Nada nos faltou!”
36 “Mas agora”, Jesus disse, “se tiverem um saco ou um bolsa com dinheiro, levem-nos! E se não possuírem uma espada, vendam a roupa e comprem uma! 37 Porque chegou a altura de se cumprir isto que está escrito a meu respeito: ‘Ele foi contado entre os transgressores.’[a] Sim, o que se escreveu acerca de mim se cumprirá.”
38 “Mestre, temos aqui duas espadas!” Jesus retorquiu: “Basta!”
Jesus ora no monte das Oliveiras
(Mt 26.36-46; Mc 14.32-42)
39 Então, acompanhado dos discípulos, deixou aquela sala e foi, como de costume, para o monte das Oliveiras. 40 Ali disse-lhes: “Orem para não serem vencidos pela tentação!”
41 Afastou-se à distância de cerca de um tiro de pedra e, ajoelhando-se, orou assim: 42 “Pai, se quiseres, peço-te que leves de mim este cálice. Mas que se cumpra a tua vontade e não a minha.” 43 Então apareceu um anjo vindo do céu que o confortava. 44 Porque estava em tal agonia de espírito que o seu suor era de sangue, caindo em gotas no chão, enquanto orava com fervor cada vez maior. 45 Por fim, tornou a levantar-se e voltou para junto dos discípulos, encontrando-os a dormir, exaustos de tristeza. 46 “Estão a dormir!”, exclamou. “Levantem-se! Orem para não serem vencidos pela tentação!”
Jesus é detido
(Mt 26.47-56; Mc 14.43-50; Jo 18.3-11)
47 No próprio momento em que dizia isto, acercou-se uma multidão conduzida por Judas, um dos doze, o qual foi direito a Jesus para o beijar, numa saudação amistosa. 48 Jesus disse-lhe: “Judas, com um beijo trais o Filho do Homem?”
49 Quando os outros discípulos viram o que ia acontecer, exclamaram: “Mestre, queres que lutemos? Temos as espadas!” 50 E um deles chegou a desferir um golpe contra um servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita.
51 Mas Jesus respondeu: “Não resistam.” E, tocando no sítio da orelha do homem, restituiu-lha. 52 Então, dirigindo-se aos principais sacerdotes, aos capitães da guarda do templo e aos anciãos que conduziam a multidão, Jesus perguntou: “Sou algum assaltante perigoso para que venham com espadas e paus? 53 Todos os dias estava convosco a ensinar no templo e não me prenderam. Mas este momento é vosso; é a hora em que domina o poder das trevas.”
Pedro nega Jesus
(Mt 26.57-58, 69-75; Mc 14.53-54, 66-72; Jo 18.12-18, 25-27)
54 Agarraram-no e levaram-no à residência do sumo sacerdote. Pedro seguia-o à distância. 55 Acenderam uma fogueira no pátio e as pessoas sentaram-se em volta para se aquecerem. Pedro juntou-se a eles.
56 Reparando na sua presença, uma criada pôs-se a olhá-lo e disse: “Esse estava com Jesus!”
57 Pedro negou: “Mulher, nem sequer o conheço!”
58 Dali a pouco, mais alguém olhou para ele e exclamou: “Também tu deves ser um dos tais!” Pedro respondeu: “Não, não sou!”
59 Decorrida cerca de uma hora, ainda outra pessoa afirmou abertamente: “Sei que este é um dos discípulos de Jesus, até porque ambos são da Galileia.”
60 Mas Pedro disse: “Homem, não sei o que estás para aí a dizer.” E enquanto pronunciava estas palavras, cantou um galo. 61 Naquele instante, Jesus voltou-se e olhou para Pedro. Então lembrou-se do que lhe dissera: “Hoje, antes que o galo cante, negar-me-ás três vezes.” 62 E saindo dali chorou amargamente.
Jesus no tribunal judaico
(Mt 26.59-68; Mc 14.55-65; Jo 18.19-24)
63 Os guardas que estavam a tomar conta de Jesus começaram a fazer pouco dele. 64 Tapando-lhe os olhos, batiam-lhe e davam-lhe socos, perguntando-lhe: “Profetiza-nos quem foi que te bateu agora?” 65 E insultavam-no de muitas outras maneiras.
66 Ao romper do dia, reuniu-se o conselho dos anciãos do povo, os principais sacerdotes e os especialistas na Lei. Jesus foi conduzido perante o conselho dos anciãos 67 e intimado a responder. “Diz lá, tu és o Cristo?” Ele respondeu: “Se o disser, não acreditarão em mim 68 nem me deixarão defender-me. 69 Mas em breve o Filho do Homem estará sentado à direita de Deus Todo-Poderoso.”
70 Logo todos gritaram: “Afirmas, então, que és o Filho de Deus?” E Jesus respondeu: “Estão certos em dizer que sou!”
71 “Que necessidade temos nós de outras testemunhas?”, perguntaram. “Nós próprios ouvimos o que ele disse.”
Jesus levado à presença de Pilatos e Herodes
(Mt 27.1-2, 11-14; Mc 15.1-5; Jo 18.28-38)
23 Então levaram Jesus à presença de Pilatos, o governador. 2 E começaram a acusá-lo: “Este homem tem manipulado o povo dizendo-lhe que não pague impostos a César e afirmando que é Cristo, o rei.”
3 Pilatos perguntou-lhe: “És o rei dos judeus?” Jesus respondeu: “Sim, é como tu dizes.”
4 Pilatos voltou-se para os principais sacerdotes e para a multidão e disse: “Mas isto não constitiui um crime!”
5 E insistiram: “É que ele anda também a provocar tumultos contra o governo, para onde quer que vá, por toda a Judeia, desde a Galileia até Jerusalém.”
6 “Então ele é galileu?”, perguntou Pilatos ouvindo falar na Galileia. 7 Quando lhe disseram que sim, Pilatos mandou-o a Herodes, porque a Galileia achava-se sob a jurisdição deste; além de que Herodes se encontrava em Jerusalém naquela altura.
8 Herodes ficou muito satisfeito com esta oportunidade de ver Jesus, porque ouvira falar muito nele e esperava vê-lo realizar qualquer sinal. 9 Todavia, embora fizesse a Jesus muitas perguntas, não obteve resposta. 10 Entretanto, os principais sacerdotes e os especialistas na Lei não arredavam pé, continuando a gritar acusações. 11 Herodes e os seus soldados começaram também a troçar de Jesus. E vestindo-lhe um traje a fingir de rei, devolveram-no a Pilatos. 12 Naquele dia, Herodes e Pilatos, que antes não se davam, tornaram-se bons amigos.
Jesus condenado à morte
(Mt 27.15-26; Mc 15.6-15; Jo 18.39–19.16)
13 Então Pilatos reuniu os principais sacerdotes, os magistrados e o povo, 14 e disse-lhes: “Vocês trouxeram-me este homem acusando-o de chefiar uma revolta contra o governo romano. Examinei-o demoradamente sobre este ponto e verifico que está inocente. 15 Também Herodes chegou à mesma conclusão e mandou-o de novo para mim, pois nada do que fez exige a pena de morte. 16 Portanto, vou mandá-lo castigar e soltá-lo.” 17 Ele era obrigado a soltar-lhes um preso durante a festa.
18 Nesse instante, ouviu-se um clamor da multidão, que a uma só voz gritou: “Mata-o e solta-nos Barrabás!” 19 Barrabás encontrava-se preso, acusado de provocar uma revolta em Jerusalém e também por homicídio. 20 Pilatos ainda discutiu com eles, pois queria soltar Jesus. 21 Mas eles gritavam: “Crucifica-o! Crucifica-o!”
22 De novo, pela terceira vez, Pilatos perguntou: “Mas porquê? Que mal fez ele? Não encontrei qualquer motivo para o condenar à morte! Portanto, vou açoitá-lo e pô-lo em liberdade.” 23 Mas eles gritavam sempre mais alto, reclamando que Jesus fosse crucificado, e a sua vontade prevaleceu. 24 Por fim, Pilatos condenou Jesus à morte, tal como lho exigiam. 25 A pedido deles soltou-lhes Barrabás, o homem que estava preso, acusado de insurreição e homicídio. Mas entregou Jesus à multidão para que fizesse dele o que lhe apetecesse.
A crucificação
(Mt 27.32-44; Mc 15.21-32; Jo 19.17-27)
26 Quando levavam Jesus para ser morto, Simão, um cireneu que acabava de entrar em Jerusalém vindo do campo, foi forçado a acompanhá-los, transportando a cruz de Jesus. 27 Atrás seguia um grande cortejo, incluindo muitas mulheres vergadas pelo desgosto. 28 Mas Jesus voltou-se e disse-lhes: “Filhas de Jerusalém, não chorem por mim, mas por vocês e pelos vossos filhos. 29 Porque vêm aí dias em que as mulheres sem filhos serão consideradas felizes. 30 As pessoas começarão a clamar às montanhas: ‘Caiam sobre nós!’, e às colinas: ‘Escondam-nos!’ 31 Porque se a mim, a árvore viva, me tratam assim, o que não farão a vocês?”
A acusação contra Jesus
(Mt 27.35-44; Mc 15.24-32; Jo 19.18-24)
32 E dois criminosos foram levados para serem executados no mesmo local, 33 chamado “A Caveira”. Aí foram crucificados os três; Jesus ao centro e os dois criminosos um de cada lado.
34 E Jesus dizia: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!” Entretanto, os soldados lançavam sortes para ver quem ficaria com as suas roupas.
35 A multidão assistia à cena e os líderes judaicos riam-se e faziam troça. “Ajudava tanto os outros”, diziam. “Vamos a ver se se salva a si mesmo, se é realmente o Cristo, o escolhido de Deus.” 36 Também os soldados troçavam dele. E deram-lhe vinho azedo a beber, 37 gritando-lhe: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!” 38 Por cima dele estava esta inscrição:
este é o rei dos judeus.
39 Um dos malfeitores pendurados ao seu lado também zombava: “Se és o Cristo, salva-te a ti mesmo e também a nós!”
40 Mas o outro criminoso repreendeu-o: “Não tens temor de Deus, nem mesmo sofrendo a mesma condenação? 41 Nós merecemos a morte pelos maus atos que cometemos, mas este homem nada fez de mal.” 42 E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino.”
43 E Jesus respondeu: “Garanto-te que hoje estarás comigo no paraíso.”
A morte de Jesus
(Mt 27.45-56; Mc 15.33-41; Jo 19.28-30)
44 Era quase por volta do meio-dia e a terra inteira ficou em trevas, que duraram até às três horas daquela tarde. 45 A luz do sol desapareceu e o véu do templo rasgou-se em dois. 46 Jesus disse com voz forte: “Pai, entrego-te o meu espírito.” E com estas palavras morreu.
47 Quando o oficial romano viu o que sucedera, deu glória a Deus e disse: “Não há dúvida de que este homem estava inocente!” 48 A multidão que tinha vindo para assistir à crucificação, depois de Jesus ter morrido, voltou para casa profundamente triste[b]. 49 Entretanto, os amigos de Jesus, incluindo as mulheres que o tinham seguido desde a Galileia, encontravam-se à distância a observar a cena.
O corpo de Jesus no túmulo
(Mt 27.57-61; Mc 15.42-47; Jo 19.38-42)
50 Um homem chamado José, membro do supremo tribunal, homem de bem e justo, 51 vindo da cidade de Arimateia, na Judeia, não concordara com as decisões e medidas dos outros judeus, mas esperava a vinda do reino de Deus. 52 Foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. 53 Assim, desceu o corpo de Jesus e envolveu-o num lençol de linho, colocando-o num túmulo ainda por estrear, escavado numa rocha. 54 Isto aconteceu ao fim de uma tarde de sexta-feira, o dia de preparação para o sábado.
55 Enquanto o corpo era levado, as mulheres da Galileia acompanharam-no e viram-no ser transportado para dentro do túmulo. 56 Depois, voltando para casa, prepararam os produtos e perfumes necessários para o ungirem. Quando terminaram, era já sábado, pelo que descansaram todo aquele dia, com exigia a Lei judaica.
Jesus levado à presença de Pilatos e Herodes
(Mt 27.1-2, 11-14; Mc 15.1-5; Jo 18.28-38)
23 Então levaram Jesus à presença de Pilatos, o governador. 2 E começaram a acusá-lo: “Este homem tem manipulado o povo dizendo-lhe que não pague impostos a César e afirmando que é Cristo, o rei.”
3 Pilatos perguntou-lhe: “És o rei dos judeus?” Jesus respondeu: “Sim, é como tu dizes.”
4 Pilatos voltou-se para os principais sacerdotes e para a multidão e disse: “Mas isto não constitiui um crime!”
5 E insistiram: “É que ele anda também a provocar tumultos contra o governo, para onde quer que vá, por toda a Judeia, desde a Galileia até Jerusalém.”
6 “Então ele é galileu?”, perguntou Pilatos ouvindo falar na Galileia. 7 Quando lhe disseram que sim, Pilatos mandou-o a Herodes, porque a Galileia achava-se sob a jurisdição deste; além de que Herodes se encontrava em Jerusalém naquela altura.
8 Herodes ficou muito satisfeito com esta oportunidade de ver Jesus, porque ouvira falar muito nele e esperava vê-lo realizar qualquer sinal. 9 Todavia, embora fizesse a Jesus muitas perguntas, não obteve resposta. 10 Entretanto, os principais sacerdotes e os especialistas na Lei não arredavam pé, continuando a gritar acusações. 11 Herodes e os seus soldados começaram também a troçar de Jesus. E vestindo-lhe um traje a fingir de rei, devolveram-no a Pilatos. 12 Naquele dia, Herodes e Pilatos, que antes não se davam, tornaram-se bons amigos.
Jesus condenado à morte
(Mt 27.15-26; Mc 15.6-15; Jo 18.39–19.16)
13 Então Pilatos reuniu os principais sacerdotes, os magistrados e o povo, 14 e disse-lhes: “Vocês trouxeram-me este homem acusando-o de chefiar uma revolta contra o governo romano. Examinei-o demoradamente sobre este ponto e verifico que está inocente. 15 Também Herodes chegou à mesma conclusão e mandou-o de novo para mim, pois nada do que fez exige a pena de morte. 16 Portanto, vou mandá-lo castigar e soltá-lo.” 17 Ele era obrigado a soltar-lhes um preso durante a festa.
18 Nesse instante, ouviu-se um clamor da multidão, que a uma só voz gritou: “Mata-o e solta-nos Barrabás!” 19 Barrabás encontrava-se preso, acusado de provocar uma revolta em Jerusalém e também por homicídio. 20 Pilatos ainda discutiu com eles, pois queria soltar Jesus. 21 Mas eles gritavam: “Crucifica-o! Crucifica-o!”
22 De novo, pela terceira vez, Pilatos perguntou: “Mas porquê? Que mal fez ele? Não encontrei qualquer motivo para o condenar à morte! Portanto, vou açoitá-lo e pô-lo em liberdade.” 23 Mas eles gritavam sempre mais alto, reclamando que Jesus fosse crucificado, e a sua vontade prevaleceu. 24 Por fim, Pilatos condenou Jesus à morte, tal como lho exigiam. 25 A pedido deles soltou-lhes Barrabás, o homem que estava preso, acusado de insurreição e homicídio. Mas entregou Jesus à multidão para que fizesse dele o que lhe apetecesse.
A crucificação
(Mt 27.32-44; Mc 15.21-32; Jo 19.17-27)
26 Quando levavam Jesus para ser morto, Simão, um cireneu que acabava de entrar em Jerusalém vindo do campo, foi forçado a acompanhá-los, transportando a cruz de Jesus. 27 Atrás seguia um grande cortejo, incluindo muitas mulheres vergadas pelo desgosto. 28 Mas Jesus voltou-se e disse-lhes: “Filhas de Jerusalém, não chorem por mim, mas por vocês e pelos vossos filhos. 29 Porque vêm aí dias em que as mulheres sem filhos serão consideradas felizes. 30 As pessoas começarão a clamar às montanhas: ‘Caiam sobre nós!’, e às colinas: ‘Escondam-nos!’ 31 Porque se a mim, a árvore viva, me tratam assim, o que não farão a vocês?”
A acusação contra Jesus
(Mt 27.35-44; Mc 15.24-32; Jo 19.18-24)
32 E dois criminosos foram levados para serem executados no mesmo local, 33 chamado “A Caveira”. Aí foram crucificados os três; Jesus ao centro e os dois criminosos um de cada lado.
34 E Jesus dizia: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!” Entretanto, os soldados lançavam sortes para ver quem ficaria com as suas roupas.
35 A multidão assistia à cena e os líderes judaicos riam-se e faziam troça. “Ajudava tanto os outros”, diziam. “Vamos a ver se se salva a si mesmo, se é realmente o Cristo, o escolhido de Deus.” 36 Também os soldados troçavam dele. E deram-lhe vinho azedo a beber, 37 gritando-lhe: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!” 38 Por cima dele estava esta inscrição:
este é o rei dos judeus.
39 Um dos malfeitores pendurados ao seu lado também zombava: “Se és o Cristo, salva-te a ti mesmo e também a nós!”
40 Mas o outro criminoso repreendeu-o: “Não tens temor de Deus, nem mesmo sofrendo a mesma condenação? 41 Nós merecemos a morte pelos maus atos que cometemos, mas este homem nada fez de mal.” 42 E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino.”
43 E Jesus respondeu: “Garanto-te que hoje estarás comigo no paraíso.”
A morte de Jesus
(Mt 27.45-56; Mc 15.33-41; Jo 19.28-30)
44 Era quase por volta do meio-dia e a terra inteira ficou em trevas, que duraram até às três horas daquela tarde. 45 A luz do sol desapareceu e o véu do templo rasgou-se em dois. 46 Jesus disse com voz forte: “Pai, entrego-te o meu espírito.” E com estas palavras morreu.
47 Quando o oficial romano viu o que sucedera, deu glória a Deus e disse: “Não há dúvida de que este homem estava inocente!” 48 A multidão que tinha vindo para assistir à crucificação, depois de Jesus ter morrido, voltou para casa profundamente triste[a]. 49 Entretanto, os amigos de Jesus, incluindo as mulheres que o tinham seguido desde a Galileia, encontravam-se à distância a observar a cena.
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