Revised Common Lectionary (Complementary)
(1 Cr 16.8-22)
104 Ó minha alma, louva o Senhor!
Senhor, meu Deus, como tu és grandioso!
Estás revestido de honra e majestade.
2 A luz te rodeia como um manto sublime;
como imponente reposteiro, estendeste os céus!
3 Escavaste na superfície da Terra
abismos que encheste com os oceanos;
fazes-te transportar pelas nuvens.
Voas nas asas do vento;
4 fazes dos teus mensageiros ventos
e os seus ministros eficazes como fogo.
5 És tu quem sustenta a Terra,
para que não se desintegre no espaço.
6 Envolveste a Terra com os oceanos
e até as altas montanhas ficaram submersas.
7 Falaste e, ao som da tua voz,
as águas juntaram-se e formaram os oceanos.
8 Ergueram-se as altas cordilheiras, cavaram-se os vales;
tudo à medida da tua vontade.
9 Impuseste um limite aos mares,
de forma a não mais cobrirem a Terra.
10 Deus fez rebentar nascentes nos vales
que percorrem a terra, entre os montes,
11 dando de beber a todos os animais.
Dessa água bebem todos os animais do campo;
até os burros selvagens matam nela a sua sede.
12 Junto a rios e ribeiros fazem as aves os seus ninhos,
cantando entre a ramagem das árvores.
13 É ele que, lá do alto, rega as montanhas,
e faz com que a Terra se encha de fruto.
14 Faz crescer a erva que alimenta os animais;
a vegetação existe para benefício da humanidade,
que tira da terra grande parte do seu sustento.
15 Também o vinho, que lhe alegra o coração,
o azeite que faz brilhar a pele do rosto,
e ainda o pão para lhe renovar as forças.
16 Foi o Senhor que plantou os grandiosos,
altíssimos e viçosos cedros do Líbano.
17 Neles se aninham os mais variados pássaros;
a cegonha é nos ciprestes que se abriga.
18 No alto das montanhas refugiam-se as cabras-monteses
e nem mesmo as rochas são inúteis,
porque nelas se abrigam os damões-do-cabo[a].
19 Deus estabeleceu que a Lua marcasse os tempos
e que o Sol conhecesse o seu ocaso.
20 Ordenou a sucessão das noites;
aproveitando a sua escuridão,
os animais das matas saem das suas tocas.
21 Os filhotes dos leões rugem pedindo comida
e buscam de Deus o seu alimento.
22 Assim que o Sol nasce de novo,
esgueiram-se de volta para os seus covis.
23 É então a altura do homem sair para o trabalho,
até que novamente caia a noite.
24 Senhor, como é tão variada a tua criação!
Com que sabedoria tu fizeste todas as coisas!
A Terra está cheia daquilo que tu criaste!
25 Basta olhar para esse vasto oceano,
onde vive uma infinidade de criaturas maravilhosas,
dos mais diversos tamanhos!
26 Esses mares imensos são também cruzados
por toda a espécie de navios;
neles pode até brincar o monstro marinho![b]
27 Cada um desses seres vivos depende de ti,
para o seu sustento diário.
28 Tu o forneces e eles só têm de colher;
abres a tua mão e satisfazem-se com a tua generosidade.
29 Basta que te afastes por algum tempo,
para que fiquem perdidos.
Se param de respirar, morrem;
ficam reduzidos ao pó da terra.
30 Pelo teu Espírito, que envias à Terra,
nasce uma vida nova,
e assim renovas a tua criação.
31 Seja a glória do Senhor para sempre!
Como deve alegrar-se nas suas próprias obras!
32 A Terra treme sob o seu olhar;
tocando Deus nas montanhas, logo fumegam!
33 Cantarei ao Senhor enquanto eu viver;
cantarei louvores ao meu Deus até ao fim da vida!
34 Seja-lhe agradável a minha meditação!
Ele é a fonte de toda a minha alegria.
35 O meu desejo é que, um dia, todos os pecadores
venham a desaparecer da face da Terra
e que não mais exista gente que faça o mal!
Ó minha alma, louva o Senhor.
Louvem o Senhor!
Elias anuncia uma seca
17 Elias, o tesbita, que morava em Gileade, disse ao rei Acabe: “Tão certo como vive o Senhor, o Deus de Israel, o Deus a quem adoro e sirvo, te garanto que não haverá nem chuva nem orvalho durante vários anos, até eu dizer basta!”
2 O Senhor disse a Elias: 3 “Vai para o oriente e esconde-te junto do ribeiro de Querite, num lugar a leste do rio Jordão. 4 Bebe da água do ribeiro e come o que os corvos te trouxerem, porque mandei que eles te alimentassem.”
5 Elias fez como o Senhor lhe ordenara e foi viver para junto do ribeiro. 6 Os corvos traziam-lhe pão e carne de manhã e à tarde e bebia a água do rio. 7 Passado algum tempo o ribeiro secou, porque deixou de cair chuva sobre a terra.
A viúva de Zarefate
8 Então o Senhor disse-lhe: 9 “Vai viver para a aldeia de Zarefate, perto da cidade de Sídon. Há lá uma viúva que te alimentará. Já lhe dei as minhas instruções.”
10 Então foi para Zarefate e quando ia a entrar na cidade viu uma mulher viúva a apanhar lenha e pediu-lhe de beber. 11 Quando ela ia buscar a água, ele pediu-lhe mais: “Traz-me também um pedaço de pão.”
12 Mas ela disse: “Tão certo como vive o Senhor, teu Deus, que não tenho um só pedaço de pão em casa. Tenho apenas uma mão-cheia de farinha e uma pequena porção de azeite no fundo duma botija. Estava justamente a juntar alguns pedaços de lenha para cozinhar a minha última refeição e depois deixar-me morrer de fome com o meu filho.”
13 “Não tenhas medo! Vai e cozinha aquilo que consideras a tua última refeição, mas faz primeiro para mim um pequeno pão; depois verás que haverá alimento suficiente para ti e para o teu filho. 14 Porque o Senhor, o Deus de Israel, diz que haverá sempre farinha na panela e azeite na botija até que o Senhor mande a chuva e as searas tornem a crescer!”
15 Ela fez como Elias disse e tanto ela e o filho como o profeta continuaram a poder comer, tanto quanto lhes foi necessário. 16 A farinha não se acabou na panela nem o azeite na botija, tal como o Senhor prometera a Elias.
6 Meus irmãos, tomei-me a mim próprio e a Apolo como exemplos, para ilustrar aquilo que tenho vindo a dizer: o que cada um pensa deve ser submetido ao que dizem as Escrituras. Em relação àqueles que vos ensinam as coisas de Deus, não devem envaidecer-se a respeito de um e mostrar desfavor por outro. 7 Donde vos vem essa presunção de fazer diferenças? Afinal que sabem vocês que não vos tenha sido revelado por Deus? E se tudo o que têm vem de Deus, por que razão atuam como se tivessem realizado algo por vós mesmos?
8 Pensam que já têm tudo de que precisam! Já são ricos! Sem nós, tornaram-se reis! Eu desejaria que estivessem já nos vossos tronos, porque significaria que nós estaríamos a reinar também. 9 Com efeito, por vezes penso que Deus nos colocou a nós, os apóstolos, no lugar mais baixo da escala social, a par dos condenados à morte. Como prisioneiros que vão ser executados, expostos em espetáculo ao mundo inteiro e também aos anjos.
10 Nós tornámo-nos loucos pela causa de Cristo, mas vocês são sábios em Cristo. Nós somos os fracos e vocês os fortes! Vocês são considerados por toda a gente, mas de nós as pessoas riem-se. 11 Até este momento temos passado fome e sede, sem ter sequer roupa suficiente para nos agasalharmos, somos maltratados e perseguidos, e nem temos morada certa. 12 Temos trabalhado duramente com nossas próprias mãos para ganhar a vida. Abençoamos quem nos amaldiçoa. Somos pacientes para quem nos fere. 13 Respondemos com calma aos insultos. Até agora temos sido tratados como a sujeira das valetas, o lixo do mundo.
14 Não estou a escrever-vos estas coisas para vos chocar, mas para vos avisar como a filhos queridos. 15 Porque ainda que tivessem tido milhares de pessoas a ensinar-vos sobre Cristo, lembrem-se que só a mim tiveram como pai espiritual; pois fui eu quem vos conduziu a Cristo, quando vos anunciei o evangelho. 16 Por isso, peço-vos que sejam meus imitadores, fazendo o que eu faço.
17 Eis a razão por que vos envio Timóteo: para vos ajudar nesse sentido. Porque é também um daqueles que eu ganhei para Cristo, um querido filho espiritual, digno de toda a confiança. Ele vai lembrar-vos tudo o que tenho ensinado acerca de Cristo nas igrejas por onde tenho passado.
18 Sei que alguns se tornaram arrogantes, pensando que estou hesitante em ir tratar pessoalmente destes assuntos convosco. 19 Mas o certo é que irei, e em breve, se o Senhor permitir. Então verei se por detrás do orgulho dessas pessoas haverá algum poder espiritual ou se tudo não passa de palavras. 20 Porque o reino de Deus não é só discursos, mas sobretudo o viver pelo poder de Deus. 21 O que é que preferem? Que eu vá repreender-vos com vara ou com amor e bondade?
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