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Old/New Testament

Each day includes a passage from both the Old Testament and New Testament.
Duration: 365 days
Almeida Revista e Corrigida 2009 (ARC)
Version
Lamentações 3-5

A tristeza de Jeremias. Ele convida o povo a reconhecer o seu pecado e a voltar para Deus, para obter misericórdia

Álefe.

Eu sou o homem que viu a aflição pela vara do seu furor. Ele me levou e me fez andar em trevas e não na luz. Deveras se tornou contra mim; virou contra mim de contínuo, a mão todo o dia.

Bete.

Fez envelhecer a minha carne e a minha pele, quebrantou os meus ossos. Edificou contra mim e me cercou de fel e trabalho. Assentou-me em lugares tenebrosos, como os que estavam mortos há muito.

Guímel.

Circunvalou-me, e não posso sair; agravou os meus grilhões. Ainda quando clamo e grito, ele exclui a minha oração. Circunvalou os meus caminhos com pedras lavradas, fez tortuosas as minhas veredas.

Dálete.

10 Fez-me como urso de emboscada, um leão em esconderijos. 11 Desviou os meus caminhos e fez-me em pedaços; deixou-me assolado. 12 Armou o seu arco, e me pôs como alvo à flecha.

Hê.

13 Fez entrar nos meus rins as flechas da sua aljava. 14 Fui feito um objeto de escárnio para todo o meu povo e a sua canção todo o dia. 15 Fartou-me de amarguras, saciou-me de absinto.

Vau.

16 Quebrou com pedrinhas de areia os meus dentes; cobriu-me de cinza. 17 E afastaste da paz a minha alma; esqueci-me do bem. 18 Então, disse eu: Já pereceu a minha força, como também a minha esperança no Senhor.

Zain.

19 Lembra-te da minha aflição e do meu pranto, do absinto e do fel. 20 Minha alma, certamente, se lembra e se abate dentro de mim. 21 Disso me recordarei no meu coração; por isso, tenho esperança.

Hete.

22 As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim. 23 Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade. 24 A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei nele.

Tete.

25 Bom é o Senhor para os que se atêm a ele, para a alma que o busca. 26 Bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do Senhor. 27 Bom é para o homem suportar o jugo na sua mocidade;

Jode.

28 assentar-se solitário e ficar em silêncio; porquanto Deus o pôs sobre ele. 29 Ponha a boca no pó; talvez assim haja esperança. 30 Dê a face ao que o fere; farte-se de afronta.

Cafe.

31 Porque o Senhor não rejeitará para sempre. 32 Pois, ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão segundo a grandeza das suas misericórdias. 33 Porque não aflige nem entristece de bom grado os filhos dos homens.

Lâmede.

34 Pisar debaixo dos pés todos os presos da terra, 35 perverter o direito do homem perante a face do Altíssimo, 36 subverter o homem no seu pleito, não o veria o Senhor?

Mem.

37 Quem é aquele que diz, e assim acontece, quando o Senhor o não mande? 38 Porventura da boca do Altíssimo não sai o mal e o bem? 39 De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.

Nun.

40 Esquadrinhemos os nossos caminhos, experimentemo-los e voltemos para o Senhor. 41 Levantemos o coração juntamente com as mãos para Deus nos céus, dizendo: 42 Nós prevaricamos e fomos rebeldes; por isso, tu não perdoaste.

Sâmeque.

43 Cobriste-nos de ira e nos perseguiste; mataste, não perdoaste. 44 Cobriste-te de nuvens, para que não passe a nossa oração. 45 Como cisco e rejeitamento, nos puseste no meio dos povos.

Pê.

46 Todos os nossos inimigos abriram contra nós a sua boca. 47 Temor e cova vieram sobre nós, assolação e quebrantamento. 48 Torrentes de águas derramaram os meus olhos, por causa da destruição da filha do meu povo.

Ain.

49 Os meus olhos choram e não cessam, porque não há descanso, 50 até que o Senhor atente e veja desde os céus. 51 O meu olho move a minha alma, por causa de todas as filhas da minha cidade.

Tsadê.

52 Como ave, me caçaram os que são meus inimigos sem causa. 53 Arrancaram a minha vida na cova e lançaram pedras sobre mim. 54 Águas correram sobre a minha cabeça; eu disse: Estou cortado.

Cofe.

55 Invoquei o teu nome, Senhor, desde a mais profunda cova. 56 Ouviste a minha voz; não escondas o teu ouvido ao meu suspiro, ao meu clamor. 57 Tu te aproximaste no dia em que te invoquei; disseste: Não temas.

Rexe.

58 Pleiteaste, Senhor, os pleitos da minha alma, remiste a minha vida. 59 Viste, Senhor, a injustiça que me fizeram; julga a minha causa. 60 Viste toda a sua vingança, todos os seus pensamentos contra mim.

Chim.

61 Ouviste as suas afrontas, Senhor, todos os seus pensamentos contra mim; 62 os lábios dos que se levantam contra mim e as suas imaginações contra mim todo o dia. 63 Observa-os ao se assentarem e ao se levantarem; eu sou a sua canção.

Tau.

64 Tu lhes darás a recompensa, Senhor, conforme a obra das suas mãos. 65 Tu lhes darás ânsia de coração, maldição tua sobre eles. 66 Na tua ira, os perseguirás, e eles serão desfeitos debaixo dos céus do Senhor.

As grandes aflições de várias classes de pessoas

Álefe.

Como se escureceu o ouro! Como se mudou o ouro fino e bom! Como estão espalhadas as pedras do santuário ao canto de todas as ruas!

Bete.

Os preciosos filhos de Sião, comparáveis a puro ouro, como são, agora, reputados por vasos de barro, obra das mãos do oleiro!

Guímel.

Até os chacais abaixam o peito, dão de mamar aos seus filhos; mas a filha do meu povo tornou-se cruel como os avestruzes no deserto.

Dálete.

A língua do que mama fica pegada pela sede ao seu paladar; os meninos pedem pão, e ninguém lho dá.

Hê.

Os que comiam iguarias delicadas desfalecem nas ruas; os que se criaram em carmesim abraçam o esterco.

Vau.

Porque maior é a maldade da filha do meu povo do que o pecado de Sodoma, a qual se subverteu como em um momento, sem que trabalhassem nela mãos algumas.

Zain.

Os seus nazireus eram mais alvos do que a neve, eram mais brancos do que o leite, eram mais roxos de corpo do que os rubins, mais polidos do que a safira.

Hete.

Mas, agora, escureceu-se o seu parecer mais do que o negrume, não se conhecem nas ruas; a sua pele se lhes pegou aos ossos, secou-se, tornou-se como um pedaço de pau.

Tete.

Os mortos à espada mais ditosos são do que os mortos à fome; porque estes se esgotam como traspassados, por falta dos frutos dos campos.

Jode.

10 As mãos das mulheres piedosas cozeram seus próprios filhos; serviram-lhes de alimento na destruição da filha do meu povo.

Cafe.

11 Deu o Senhor cumprimento ao seu furor; derramou o ardor da sua ira e acendeu fogo em Sião, que consumiu os seus fundamentos.

Lâmede.

12 Não creram os reis da terra, nem todos os moradores do mundo, que entrasse o adversário e o inimigo pelas portas de Jerusalém.

Mem.

13 Foi por causa dos pecados dos profetas, das maldades dos seus sacerdotes, que derramaram o sangue dos justos no meio dela.

Nun.

14 Erram como cegos nas ruas, andam contaminados de sangue; de tal sorte que ninguém pode tocar nas suas roupas.

Sâmeque.

15 Desviai-vos, bradavam eles. Imundo! Desviai-vos, desviai-vos, não toqueis; quando fugiram e erraram, disseram entre as nações: Nunca mais morarão aqui.

Pê.

16 A ira do Senhor os dividiu; ele nunca mais tornará a olhar para eles; não reverenciaram a face dos sacerdotes, nem se compadeceram dos velhos.

Ain.

17 Os nossos olhos desfaleciam, esperando vão socorro; olhávamos atentamente para gente que não pode livrar.

Tsadê.

18 Espiaram os nossos passos, de maneira que não podíamos andar pelas nossas ruas; está chegando o nosso fim, estão cumpridos os nossos dias, porque é vindo o nosso fim.

Cofe.

19 Os nossos perseguidores foram mais ligeiros do que as aves dos céus; sobre os montes nos perseguiram, no deserto nos armaram ciladas.

Rexe.

20 O respiro das nossas narinas, o ungido do Senhor, foi preso nas suas covas; dele dizíamos: Debaixo da sua sombra viveremos entre as nações.

Chim.

21 Regozija-te e alegra-te, ó filha de Edom, que habitas na terra de Uz; o cálice chegará também para ti; embebedar-te-ás e te descobrirás.

Tau.

22 O castigo da tua maldade está consumado, ó filha de Sião; ele nunca mais te levará para o cativeiro; ele visitará a tua maldade, ó filha de Edom, descobrirá os teus pecados.

Males presentes e tristes recordações

Lembra-te, Senhor, do que nos tem sucedido; considera e olha para o nosso opróbrio. A nossa herdade passou a estranhos, e as nossas casas, a forasteiros. Órfãos somos sem pai, nossas mães são como viúvas. A nossa água por dinheiro a bebemos, por preço vem a nossa lenha. Os nossos perseguidores estão sobre os nossos pescoços; estamos cansados e não temos descanso. Aos egípcios estendemos as mãos, e aos assírios, para nos fartarem de pão. Nossos pais pecaram e não existem; nós levamos as suas maldades. Servos dominam sobre nós; ninguém que nos arranque da sua mão. Com perigo de nossas vidas, trazemos o nosso pão, por causa da espada do deserto. 10 Nossa pele se enegreceu como um forno, por causa do ardor da fome. 11 Forçaram as mulheres em Sião; as virgens, nas cidades de Judá. 12 Os príncipes foram enforcados pelas mãos deles; as faces dos velhos não foram reverenciadas. 13 Aos jovens obrigam a moer, e os moços tropeçaram debaixo da lenha. 14 Os velhos já não têm assento à porta, os jovens já não cantam. 15 Cessou o gozo de nosso coração, converteu-se em lamentação a nossa dança. 16 Caiu a coroa da nossa cabeça; ai de nós, porque pecamos. 17 Por isso, desmaiou o nosso coração; por isso, se escureceram os nossos olhos. 18 Pelo monte de Sião, que está assolado, andam as raposas.

19 Tu, Senhor, permaneces eternamente, e o teu trono, de geração em geração. 20 Por que te esquecerias de nós para sempre? Por que nos desampararias por tanto tempo? 21 Converte-nos, Senhor, a ti, e nós nos converteremos; renova os nossos dias como dantes. 22 Por que nos rejeitarias totalmente? Por que te enfurecerias contra nós em tão grande maneira?

Hebreus 10:19-39

Exortação a perseverar na fé

19 Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, 20 pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, 21 e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, 22 cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa, 23 retenhamos firmes a confissão da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu. 24 E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, 25 não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia.

26 Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, 27 mas uma certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo, que há de devorar os adversários. 28 Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, pela palavra de duas ou três testemunhas. 29 De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue do testamento, com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça? 30 Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. 31 Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo.

32 Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições. 33 Em parte, fostes feitos espetáculo com vitupérios e tribulações e, em parte, fostes participantes com os que assim foram tratados. 34 Porque também vos compadecestes dos que estavam nas prisões e com gozo permitistes a espoliação dos vossos bens, sabendo que, em vós mesmos, tendes nos céus uma possessão melhor e permanente. 35 Não rejeiteis, pois, a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão. 36 Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa.

37 Porque ainda um poucochinho de tempo, e o que há de vir virá e não tardará. 38 Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. 39 Nós, porém, não somos daqueles que se retiram para a perdição, mas daqueles que creem para a conservação da alma.

Almeida Revista e Corrigida 2009 (ARC)

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