M’Cheyne Bible Reading Plan
Ezequias rei de Judá
(2 Rs 18.1–20.21)
29 Ezequias tinha 25 anos quando se tornou rei de Judá. Reinou 29 anos em Jerusalém. A sua mãe chamava-se Abia e era filha de Zacarias. 2 Ezequias fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera David, seu antepassado.
As reformas de Ezequias
3 Logo no primeiro mês do primeiro ano do seu reinado, tratou de abrir as portas do templo, mandando-as reparar. 4 Convocou os sacerdotes e os levitas, reunindo-os na praça a oriente do templo, 5 e dirigiu-lhes a palavra nestes termos: “Ouçam-me, levitas. Santifiquem-se e santifiquem o templo do Senhor, o Deus dos vossos antepassados. Retirem do santuário tudo o que seja impuro. 6 Porque os nossos pais cometeram grandes pecados contra o Senhor, nosso Deus; abandonaram-no, assim como à sua casa, deixaram-no e pecaram contra ele. 7 Trancaram as portas deste templo e deixaram apagar-se a chama perpétua dos candelabros. Nunca mais houve incenso queimado, nem holocaustos oferecidos como culto ao Deus de Israel. 8 Por isso, a ira do Senhor caiu sobre Judá e sobre Jerusalém. Tornámo-nos objeto de horror, espanto e desprezo, como hoje se pode ver. 9 Os nossos pais morreram na guerra; os nossos filhos, filhas e esposas são escravos dos nossos inimigos, por causa disso. 10 Agora, contudo, no meu coração tenho a firme intenção de renovar a aliança com o Senhor, o Deus de Israel; a sua ira há de desviar-se de nós. 11 Meus filhos, não sejam mais descuidados no cumprimento dos vossos deveres, a partir de agora, pois o Senhor vos escolheu para o servirem e lhe oferecerem incenso.”
12 Então os seguintes levitas entraram em ação:
do clã de Coate:
Maate, filho de Amasai, e Joel, filho de Azarias
do clã de Merari:
Cis, filho de Abdi, e Azarias, filho de Jealelel
do clã de Gerson:
Joá, filho de Zima, e Éden, filho de Joá
13 do clã de Elizafã:
Simri e Jeiel
do clã de Asafe:
Zacarias e Matanias
14 do clã de Hemã:
Jeuel e Simei
do clã de Jedutun:
Semaías e Uziel.
15 Estes convocaram, por sua vez, os seus companheiros, santificaram-se e começaram a limpar e a santificar o templo, de acordo com as ordens do rei, que correspondiam à palavra do Senhor. 16 Os sacerdotes limparam o interior do templo e trouxeram para o pátio exterior a imundície que ali se encontrava; os levitas levaram todo esse lixo para o ribeiro de Cedron. 17 Começaram esse trabalho no primeiro dia do primeiro mês[a]; ao fim de oito dias tinham chegado ao pátio exterior, e dezasseis dias depois estava tudo limpo e a casa do Senhor santificada.
18 Depois pediram uma audiência ao rei Ezequias, no palácio, e relataram-lhe o serviço executado: “Acabámos de purificar o templo, o altar dos holocaustos e todos os utensílios, assim como a mesa dos pães da Presença e os seus acessórios. 19 Mais ainda, conseguimos recuperar e santificar todos os recipientes que o rei Acaz tinha deitado fora, na sua transgressão, quando mandou encerrar o templo; encontram-se junto do altar do Senhor.”
20 Na manhã seguinte, muito cedo, o soberano Ezequias dirigiu-se ao templo do Senhor, acompanhado dos membros da administração da cidade. 21 Mandou sacrificar sete novilhos, sete carneiros, sete ovelhas e sete bodes e ofereceu-os pela nação e pelo templo. Ordenou especificamente aos sacerdotes que os imolassem em holocaustos sobre o altar do Senhor. 22 Os novilhos foram mortos e os sacerdotes aspergiram o sangue sobre o altar; fizeram o mesmo com o sangue dos carneiros e dos cordeiros; os bodes foram oferecidos pelo pecado. 23 Estes foram levados à presença do rei e dos membros da administração local que o acompanhavam, os quais puseram as mãos sobre os animais. 24 Os sacerdotes mataram-nos e ofereceram-nos sobre o altar, como expiação pelo pecado de toda a nação, porque tinha sido uma indicação expressa do rei que os holocaustos fossem oferecidos para expiação do pecado de todo o Israel.
25 Seguidamente, o rei organizou os levitas no templo do Senhor, num grupo orquestral com acompanhamento de címbalos, alaúdes e harpas, conforme as diretivas dadas por David e por Gad, o vidente, e pelo profeta Natã, que eles próprios receberam do Senhor. 26 Os levitas estavam de pé, com os instrumentos de David, e os sacerdotes formavam um conjunto com cornetas.
27 Ezequias deu então ordem para que oferecessem o holocausto sobre o altar. Ao mesmo tempo que começavam os sacrifícios, os instrumentos de música começaram a tocar cânticos ao Senhor, acompanhados pelas cornetas, ao som dos instrumentos de David, rei de Israel. 28 Durante toda a cerimónia, todos adoravam o Senhor, enquanto os cantores cantavam e os instrumentos tocavam, isto até terminar a oferta do holocausto.
29 Acabados os sacrifícios, o rei e a sua comitiva inclinaram-se perante o Senhor em adoração. 30 O rei ainda ordenou que os levitas cantassem, na presença do Senhor, alguns dos salmos de David e do vidente Asafe, o que fizeram com alegria, inclinando-se e adorando.
31 “Terminou esta cerimónia de consagração”, disse Ezequias. “Agora, tragam aqui à casa do Senhor os vossos próprios holocaustos e ofertas de louvor.” O povo, de todas as partes da nação, trouxe os seus holocaustos e ofertas de gratidão; aqueles que quiseram trouxeram também holocaustos.
32 No total sacrificaram 70 novilhos, 100 carneiros e 200 cordeiros. 33 Trouxeram ainda 600 bois e 3000 ovelhas como ofertas santas. 34 Verificou-se, aliás, que eram poucos os sacerdotes para preparar tantos holocaustos; por isso, os seus irmãos levitas puseram-se a ajudá-los, até que outros sacerdotes decidissem santificar-se e participar naquele serviço; porque os levitas foram muito mais prestes na sua dedicação que os sacerdotes. 35 Houve pois uma grande abundância de holocaustos, ofertas de vinho e ofertas de paz.
Dessa forma, foi restaurado o culto no templo do Senhor e retomados os sacrifícios. 36 Ezequias e todo o povo estavam felizes com a prontidão com que o culto foi restabelecido.
Os sete anjos com as sete pragas
15 Vi a seguir um outro sinal grande e admirável no céu. Eram sete anjos designados para lançarem as sete últimas pragas, depois das quais ficava satisfeita a ira de Deus. 2 Na minha frente estendia-se como que um mar de vidro misturado com fogo. Junto desse mar estavam todos os que saíram vitoriosos da perseguição que o monstro lhes tinha feito, que não se inclinaram perante a sua estátua e não se deixaram marcar pelo tal código do seu nome. Todos traziam harpas que Deus lhes tinha dado. 3 E cantavam o cântico de Moisés, o servo de Deus, assim como o cântico do Cordeiro, e diziam:
“Grandes e maravilhosos são os teus feitos,
Senhor Deus Todo-Poderoso.
É justa e segundo a verdade a forma como fazes as coisas,
ó Rei das nações.
4 Como haverá alguém que não te tema, Senhor,
e não glorifique o teu nome?
Só tu és perfeitamente santo!
Todas as nações hão de vir inclinar-se perante ti,
porque os teus juízos revelaram-se justos
aos olhos de todo o mundo.”
5 Vi depois que o santuário do tabernáculo do testemunho no céu estava aberto. 6 Saíram então do templo os sete anjos que tinham o cargo de lançar as sete pragas. Estavam vestidos com roupas de linho, de um branco puríssimo que resplandecia, e traziam uns cintos de ouro. 7 Um dos quatro seres viventes deu a cada um uma taça de ouro cheia da terrível ira de Deus, que vive para toda a eternidade. 8 A glória e o poder de Deus encheram todo o templo sob a forma de um fumo, de maneira que ninguém podia entrar enquanto os sete anjos não tivessem lançado as sete pragas.
11 Abre, ó Líbano, as tuas portas para que o fogo do julgamento consuma os teus cedros! Serão consumidos como por um fogo devastador que consome a floresta. 2 Chorem, ciprestes, por causa da ruína desses cedros. Os mais belos, os mais altos, já caíram. Gritem de medo, carvalhos de Basã, ao ver essas florestas consumidas. 3 Escutem o uivo dos líderes de Israel, todos esses maus pastores, porque desapareceu a sua prosperidade. Escutem o rugir dos pequenos leões, são os príncipes chorando, porque o seu glorioso vale do Jordão está uma ruína.
Dois pastores
4 Então o Senhor, meu Deus, disse-me: “Arranja trabalho como pastor dum rebanho que esteja a ser engordado para o matadouro. 5 Isto ilustrará a forma como o meu povo foi comprado e morto por maus líderes, que continuam sem castigo. ‘Graças ao Senhor, agora estou rico!’, dizem os que os traíram, os seus próprios pastores que os venderam sem misericórdia. 6 Eu não pouparei nem uns nem outros, diz o Senhor, pois deixarei que caiam nas garras dos seus líderes malvados, que os liquidarão. Farão da terra um deserto e não a protegerei das suas más ações.”
7 Tornei-me então pastor das ovelhas separadas para a matança, as mais necessitadas e frágeis ovelhas do rebanho. Fui então buscar dois cajados e chamei a um Graça e ao outro União, e com eles apascentei todas as ovelhas. 8 Num só mês liquidei os três maus pastores. Porém, tornei-me impaciente com estas ovelhas, com esta nação, e elas desgostaram-se de mim. 9 Por isso, lhes disse: “Não quero mais ser o vosso pastor! Se tiverem de morrer, que morram! Se forem destruídas, não me importo! E as que ficarem, que se comam umas às outras!”
10 Peguei no cajado a que chamara Graça e quebrei-o em dois, mostrando assim que tinha quebrado a minha aliança com todos os povos. 11 Isto foi o fim do meu contrato. Então, os mercadores de ovelhas que estavam a observar compreenderam que Deus estava a dizer-lhes algo através daquilo que eu fiz. 12 E eu disse aos seus líderes: “Se quiserem, deem-me a minha paga, aquilo que decidirem, se assim entenderem.” Fizeram então contas ao meu salário e deram-me trinta moedas de prata.
13 Disse-me o Senhor: “Atira isso para dentro do cofre do templo, essa fortuna em que fui avaliado por eles!” Peguei nas trinta moedas e lancei-as lá para dentro.
14 Quebrei também o meu outro cajado, União, para mostrar que o laço de união entre Judá e Israel estava igualmente quebrado.
15 Seguidamente, o Senhor mandou-me de novo procurar trabalho como pastor. Desta vez o meu papel era servir como pastor insensato. 16 E disse-me: “Isto é uma ilustração de como entregarei esta nação aos cuidados dum pastor que não se preocupará com as ovelhas que estão a morrer, nem com as que se desgarram, não tratará das que se ferirem, nem alimentará as saudáveis; pelo contrário, pegará nas mais gordas e comerá a sua carne e lhes partirá as patas. 17 Ai desse pastor insensato que não se preocupa com o rebanho! A espada lhe ferirá o braço e trespassará o olho direito, de tal forma que nunca mais poderá recuperar desse braço e dessa vista ficará inteiramente cego.”
Jesus conforta os discípulos
14 “Que o vosso coração não se aflija. Creem em Deus, creiam também em mim. 2 Há muitas moradas onde vive o meu Pai e vou aprontá-las para a vossa chegada. 3 Quando tudo estiver pronto, então virei para vos levar, para que possam estar sempre comigo onde eu estiver. Se assim não fosse, eu próprio vos teria dito claramente. 4 Aliás, vocês sabem para onde vou e como se vai para lá.”
Jesus é o caminho para o Pai
5 “Não, não sabemos!”, interrompeu Tomé. “Se não fazemos a menor ideia para onde vais, como podemos conhecer o caminho?”
6 Jesus disse-lhe: “Sou eu o caminho. Sim, e a verdade e a vida. Ninguém pode chegar ao Pai sem ser através de mim. 7 Se tivessem sabido quem sou, então saberiam também quem é o meu Pai. A partir de agora, já o conhecem e o têm visto!”
8 Filipe disse: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta.”
9 Jesus respondeu: “Ainda não sabes quem eu sou, Filipe, mesmo depois de todo este tempo que passei convosco? Todo aquele que me viu, viu também o Pai. Então, porque me pedes para o veres? 10 Não acreditas que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que digo não são minhas, mas vêm do meu Pai, que vive em mim. E é através de mim que ele realiza as suas obras. 11 Creiam somente que estou no Pai e que o Pai está em mim. Ou então acreditem por causa das obras que me viram fazer.
12 É realmente como vos digo: quem crer em mim fará as mesmas obras que eu, e maiores até, porque vou para junto do Pai. 13 Podem pedir-lhe tudo, em meu nome, que eu o farei, pois isso contribuirá para a glória do Pai, por causa daquilo que eu, o Filho, farei por vocês. 14 Se pedirem qualquer coisa em meu nome, eu o farei.
Jesus promete o Espírito Santo
15 Se me amam, obedeçam-me. 16 E eu pedirei ao Pai que vos envie outro Consolador[a] e este nunca vos abandonará. 17 Ele é o Espírito Santo, o Espírito que conduz a toda a verdade. O mundo não o pode receber, porque não o procura nem o reconhece. Mas vocês, sim, pois ele vive convosco e estará mesmo no vosso íntimo. 18 Não, não vos abandonarei nem vos deixarei órfãos; antes virei até vós. 19 Mais um pouco e terei saído do mundo, mas continuarei convosco. Pois tornarei a viver e vocês também. 20 Quando eu voltar à vida, hão de saber que eu estou no meu Pai, e vocês em mim e eu em vocês. 21 Aquele que tem os meus mandamentos e lhes obedece é aquele que me ama. E, por ele me amar, meu Pai o amará; e também eu o amarei e me revelarei a ele.”
22 Judas (não o Judas Iscariotes) perguntou-lhe: “Senhor, porque é que te revelarás unicamente a nós e não a todo o mundo?”
23 Jesus respondeu: “Só me revelarei àqueles que me amam e me obedecem. Também o Pai os amará e viremos para eles e com eles viveremos. 24 Aquele que não me obedece não me ama. Esta resposta à vossa pergunta não é imaginação minha! É a resposta dada pelo Pai que me enviou. 25 Digo-vos estas coisas enquanto estou ainda convosco. 26 Mas o Pai mandará o conselheiro em meu nome, esse Consolador é o Espírito Santo, e ele vos ensinará todas as coisas e vos lembrará tudo o que eu próprio vos tenho dito.
27 Deixo-vos a minha paz. E a paz que eu dou não é como aquela que o mundo dá. Por isso, não se aflijam nem tenham receio. 28 Lembrem-se do que vos disse: Retiro-me, mas voltarei de novo para vocês. Se realmente me amam, sentir-se-ão felizes, pois agora posso ir para o Pai, que é maior do que eu. 29 Disse-vos estas coisas antes de acontecerem para que, quando se realizarem, possam crer.
30 Não tenho muito mais tempo para falar convosco, pois aproxima-se o chefe deste mundo. Ele não tem poder sobre mim. 31 Mas o mundo deve saber que amo o Pai e que faço exatamente aquilo que o meu Pai me mandou fazer. Levantem-se! Vamos!”
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