M’Cheyne Bible Reading Plan
Acazias rei de Judá
(2 Rs 8.25-29; 9.14-29)
22 A população de Jerusalém colocou no trono Acazias, que era o filho mais novo do rei antecedente; os bandos de pilhagem árabes tinham morto todos os outros filhos.
2 Acazias tinha 22 anos quando começou a reinar. Reinou durante um ano em Jerusalém. O nome da sua mãe era Atalia, neta de Omri.
3 Também ele se comportou perversamente, como todos os descendentes Acabe, a conselho da própria mãe. 4 Essa influência maléfica de Acabe deveu-se, em grande parte, também ao facto de membros da família de Acabe se terem tornado seus conselheiros, depois da morte do pai, conduzindo-o à ruína.
5 Seguindo os seus maus conselhos, Acazias fez aliança com o rei Jorão de Israel, filho de Acabe, que estava em guerra contra Hazael, rei de Aram, em Ramote-Gileade. Entretanto, o rei Jorão de Israel ficou ferido. 6 Regressou a Jezreel, para se restabelecer dos ferimentos que tinha sofrido em Ramote-Gileade, e Acazias foi visitá-lo.
7 Isto revelou-se um erro fatal, pois Deus usou essa visita a Jorão para castigar Acazias. Durante essa visita, Acazias foi com Jorão desafiar Jeú, filho de Ninsi, aquele que o Senhor tinha indicado para pôr fim à dinastia de Acabe. 8 Enquanto Jeú perseguia e matava os membros e amigos da família de Acabe, encontrou os sobrinhos de Acazias, príncipes de Judá, e matou-os. 9 Indo ele e os seus homens à procura de Acazias, acharam-no escondido na cidade de Samaria. Este foi trazido a Jeú, que o matou. Apesar de tudo, fizeram-lhe um enterro real, porque era neto do rei Jeosafá, o homem que fervorosamente servira o Senhor. Da família de Acazias, naquele momento, não havia ninguém que pudesse suceder-lhe como rei.
Atalia e Joás
(2 Rs 11.1-3)
10 Quando Atalia, mãe do rei Acazias de Judá, soube que o seu filho tinha morrido, matou os filhos deste. 11 Joás foi salvo pela sua tia Jeoseba, irmã do rei Acazias, que o escondeu numa câmara do templo, de tal forma que Atalia não o conseguiu matar; Jeoseba era filha do rei Jeorão e mulher do sacerdote Jeoiada. 12 Joás ficou escondido no templo de Deus durante 6 anos. Entretanto, Atalia governava como rainha regente.
Rainha Atalia deposta e morta
(2 Rs 11.4-20)
23 No sétimo ano da regência de Atalia, o sacerdote Jeoiada encheu-se de coragem e foi ter com alguns dos oficiais do exército: Azarias, filho de Jeroão, Ismael, filho de Jeoanã, Azarias, filho de Obede, Maaseia, filho de Adaías, e Elisafate, filho de Zicri, para fazer com eles um tratado. 2 Estes homens deslocaram-se secretamente através da nação, para colocar os levitas e os chefes de clã ao corrente dos seus planos de conspiração e convocá-los para Jerusalém. 3 Reunidos, juraram lealdade ao jovem rei, que ainda vivia escondido no templo.
“Chegou, enfim, o tempo do nosso rei começar a reinar!”, exclamou Jeoiada. “A promessa do Senhor, de que um descendente de David seria sempre o nosso rei, irá concretizar-se de novo. 4 O plano que temos é este: um terço dos sacerdotes e levitas, que executam serviço ao sábado, ficará à entrada, de guarda. 5 Outro terço irá para o palácio e a outra terça parte ficará na porta do Fundamento. 6 O resto deverá permanecer nos pátios exteriores do templo, como requerem as leis do Senhor. Porque apenas os sacerdotes e os levitas em funções podem entrar no templo, porque estão santificados. 7 Os levitas formarão a guarda pessoal do rei; estarão armados e prontos a matar seja quem for que entre no templo sem autorização. Mantenham-se sempre junto ao rei!”
8 Os levitas seguiram as indicações de Joiada. Cada um dos três líderes levou um terço dos sacerdotes, tanto os que iam entrar nesse sábado em funções como os que saíam nessa semana, porque Jeoiada não deixou ninguém ir embora. 9 Depois Jeoiada entregou lanças e escudos a todos os oficiais do exército. Eram armas que tinham pertencido ao rei David e se encontravam agora depositadas numa das dependências do templo. 10 Estes oficiais, completamente armados, formaram uma linha, de um lado ao outro, na frente do templo e em volta do altar.
11 Depois trouxeram fora o príncipe, colocaram-lhe uma coroa na cabeça, entregaram-lhe uma cópia do testemunho e, imediatamente, o proclamaram rei e o ungiram. Jeoiada e os seus filhos com grande brado gritaram: “Viva o rei!”
12 Quando Atalia ouviu todo aquele barulho e a agitação popular, aclamando o rei, correu para o templo para ver o que se passava. 13 Lá estava o rei, junto ao pilar da entrada, com os oficiais do exército e os trombeteiros a rodeá-lo. O povo, que vinha de toda a parte, regozijava-se. Ouviam-se as cornetas; os levitas também cantavam, acompanhados de instrumentos e conduzindo o povo num grande salmo de louvor. Atalia rasgou os vestidos e gritou: “Traição! Traição!”
14 “Tirem-na daqui”, ordenou Jeoiada aos oficiais da guarda. “Não a matem aqui no templo e matem quem quer que seja que tente livrá-la!”
15 Levaram-na para as cavalariças do palácio e ali a mataram. 16 Jeoiada fez então uma promessa solene em como ele, o rei e o povo haveriam de ser o povo do Senhor. 17 Depois toda a gente se dirigiu ao templo de Baal para derrubá-lo, destruindo os altares e as imagens, e mataram Matã, o sacerdote de Baal, diante dos altares.
18 Jeoiada designou sacerdotes levitas como guardas no templo do Senhor e também os que deveriam ter a função de oferecer holocaustos, de acordo com as ordenanças que o Senhor determinara na Lei de Moisés. Fez, aliás, a mesma distribuição de funções entre os levitas que o rei David estabelecera. Eles cantavam de alegria, enquanto trabalhavam. 19 Estabeleceu também guardas às portas do templo, que fiscalizavam o acesso, impedindo a entrada de pessoas ritualmente impuras.
20 Os oficiais do exército, os nobres, os governadores e o povo escoltaram o rei no percurso, desde a porta superior até ao palácio, e sentaram-no no trono. 21 Toda a gente ficou feliz e a cidade se pacificou, após a morte de Atalia.
O anjo e o pequeno livro
10 Vi a seguir outro anjo poderoso, descendo do céu, envolvido numa nuvem e com um arco em volta da cabeça. O seu rosto brilhava como o Sol e as suas pernas eram como pilares de fogo. 2 Segurava na mão um pequeno livro, aberto. Pôs o pé direito no mar e o esquerdo na terra. 3 E deu um grande brado; foi como o rugido dum leão, ao que responderam sete trovões por entre o barulho do seu próprio ribombar.
4 Eu ia a escrever o que os trovões disseram, quando uma voz no céu me falou: “Não escrevas isso! As suas palavras não devem ainda ser reveladas!”
5 Então o anjo que tinha aquele aspeto poderoso e estava de pé sobre o mar e sobre a terra levantou a mão direita para o céu. 6 E jurou por aquele que vive para sempre, eternamente, e que criou o céu e tudo o que nele existe, assim como a Terra e o mar, com tudo o que neles existe. Jurou que não haveria mais demora, 7 mas que, quando o sétimo anjo tocasse a sua trombeta, Deus daria cumprimento ao seu plano, cujo conteúdo fora mantido em segredo, de acordo com aquilo que anunciou aos profetas que estavam ao seu serviço.
8 De novo a voz do céu me falou: “Vai e toma o livrinho da mão do anjo poderoso que está de pé sobre o mar e sobre a terra.”
9 Aproximei-me e pedi-lhe que me desse o pequeno livro. “Sim, toma e come-o!”, disse-me. “No princípio vai saber a mel, mas depois de o engolires há de fazer-te mal ao estômago!” 10 Tomei pois o livrinho da sua mão e comi-o e, tal como me dissera, na boca tinha um gosto doce como o mel, mas amargou-me no estômago. 11 Então disse-me: “É necessário que continues ainda a profetizar e a anunciar a sua palavra a muitos povos e nações de muitas línguas, e até aos seus governantes.”
Quatro carros
6 Ergui novamente os olhos e vi quatro carros que saíam de entre aquilo que parecia ser duas montanhas feitas de bronze. 2 O primeiro era puxado por cavalos vermelhos; o segundo por cavalos pretos; 3 o terceiro por brancos e o quarto por cinzentos malhados. 4 “E estes, que simbolizam, senhor?”, perguntei ao anjo que estava a falar comigo.
5 “São quatro espíritos celestes que estão perante o Senhor de toda a Terra. Estão a sair para fazer a sua obra. 6 O carro puxado pelos cavalos pretos irá para o norte; o que é puxado pelos cavalos brancos seguirá atrás dele; o dos cavalos cizentos malhados dirigir-se-á para o sul.”
7 E os cavalos fortes estavam impacientes por partir, prontos para patrulharem a Terra, duma ponta à outra. Por isso, o Senhor disse: “Vão! Comecem a percorrer a Terra!” E logo se foram embora.
8 O Senhor chamou-me e disse: “Os que partiram para o norte executaram o meu julgamento e apaziguaram a minha ira.”
Uma coroa para Josué
9 Numa outra mensagem disse o Senhor: 10 “Heldai, Tobias e Jedaías hão de trazer presentes de prata e de ouro da parte dos judeus exilados na Babilónia. No próprio dia em que chegarem, vai ao encontro deles, na casa de Josias, filho de Sofonias, onde ficarão instalados. 11 Aceita os seus presentes e faz deles uma coroa de prata e ouro. Coloca seguidamente essa coroa na cabeça de Josué, filho de Jeozadaque, sumo sacerdote. 12 Diz-lhe que o Senhor dos exércitos lhe faz saber o seguinte: ‘Tu representas o homem que há de vir, cujo nome é Renovo, e que brotará deste lugar e edificará o templo do Senhor. 13 Pertence-lhe o título real. Governará como Rei e como Sacerdote, numa perfeita harmonia entre as duas funções!’ 14 A coroa será dada a Heldai, Tobias, Jedaías e Hen, filho de Sofonias, como um memorial no templo do Senhor. 15 E muitos virão de longe, vindos de terras longínquas, para edificar o templo do Senhor. Quando isto acontecer saberão que o Senhor dos exércitos me enviou a vocês. Mas nada disto acontecerá sem que obedeçam cuidadosamente às palavras do Senhor, vosso Deus.”
Jesus cura um cego de nascença
9 Enquanto Jesus caminhava, viu um homem que era cego de nascença. 2 “Mestre”, perguntaram-lhe os discípulos, “porque foi que este homem nasceu cego? Por causa dos seus pecados ou por causa dos pecados de seus pais?”
3 “Nem uma coisa nem outra”, disse Jesus, “mas para nele se mostrar o poder de Deus. 4 Temos todos de fazer as obras daquele que me enviou, enquanto é dia. A noite desce e todo o trabalho cessa. 5 Enquanto estiver aqui neste mundo, sou a luz do mundo!”
6 Então, cuspiu no chão e, fazendo lama com saliva, espalhou-a sobre os olhos do cego. 7 E disse-lhe: “Vai lavar-te ao tanque de Siloé!” (Siloé significa “enviado”.) O homem assim fez e depois de se lavar voltou, vendo.
8 Os vizinhos e outros que o tinham conhecido ainda cego perguntavam: “Será o mesmo homem, o tal pedinte?” 9 Uns diziam que sim e outros: “Não há dúvida de que se parece com ele!”
O cego dizia: “Sou eu mesmo!”
10 Então perguntaram-lhe como fora possível ter sido curado da cegueira. Que acontecera? 11 E ele contou: “Um homem, a quem chamam Jesus, fez lama e aplicou-a nos meus olhos. Depois disse-me que fosse ao tanque de Siloé para me lavar. Assim fiz, e fiquei a ver!”
12 “Onde está ele agora?”, perguntaram.
“Não sei!”, foi a resposta.
Os fariseus investigam a cura
13 Então levaram o homem aos fariseus. 14 Ora, tudo isto se passou num dia de sábado. 15 Os fariseus interrogaram-no e ele contou-lhes como Jesus lhe espalhara lama sobre os olhos e como, depois de os lavar, já via. 16 Alguns dos fariseus disseram: “Esse tal Jesus não pode ser um homem de Deus, porque trabalha num sábado.” Outros diziam: “Mas como pode um pecador vulgar fazer sinais assim?” E havia grandes discussões entre eles por causa disto. 17 Os fariseus voltaram-se para o antigo cego e perguntaram-lhe:
“Esse homem que te abriu os olhos, quem achas tu que é?”
O homem respondeu: “É um profeta.”
18 Os judeus não queriam crer que tivesse sido cego. Por fim, chamaram os pais: 19 “Esse homem é o vosso filho? Nasceu cego? Se nasceu, como é que agora vê?”
20 E os pais responderam: “Sabemos que este é o nosso filho, cego de nascença. 21 No entanto, ignoramos o que aconteceu para que agora veja, ou quem o teria feito. Já tem idade, perguntem-lhe. Ele que vos explique!” 22 Diziam isto com medo dos judeus, que tinham avisado que quem quer que afirmasse que Jesus era o Cristo seria expulso da sinagoga[a]. 23 Por isso, os pais disseram: “Ele tem idade suficiente para falar por si. Perguntem-lhe.”
24 Pela segunda vez, os fariseus mandaram vir o que tinha sido cego e disseram-lhe: “Dá glória a Deus, porque sabemos que esse homem é um pecador!”
25 Ele respondeu: “Se é pecador, não sei; o que sei é que era cego e agora vejo!”
26 “Mas que te fez ele? Como é que te curou?”, perguntaram-lhe.
27 O homem exclamou: “Já vos expliquei uma vez e não me ouviram! Porque é que querem ouvir outra vez a mesma coisa? Também querem ser seus discípulos?”
28 Eles injuriaram-no: “Discípulo dele sejas tu! Nós somos discípulos de Moisés! 29 Sabemos que Deus falou a Moisés, mas quanto a este nada sabemos.”
30 Tornou o homem: “Que estranho! Ele curou-me e vocês nada sabem acerca dele. 31 Deus não escuta os pecadores, mas sim os que o honram e fazem a sua vontade. 32 Desde que o mundo é mundo, ninguém conseguiu abrir os olhos a um cego de nascença. 33 Se este homem não viesse de Deus não conseguiria fazê-lo!”
34 “Tu nasceste em pecado”, responderam, “e queres ensinar-nos?” E expulsaram-no da sinagoga.
A cegueira espiritual
35 Quando Jesus soube do sucedido, e tendo encontrado o homem, perguntou-lhe: “Crês no Filho do Homem?”
36 “Quem é ele, Senhor, para que creia nele?”
37 “Já o viste”, disse Jesus. “É aquele que fala contigo!”
38 O homem disse: “Sim, Senhor, creio!” E adorou-o.
39 Jesus explicou: “Vim para julgar o mundo. Vim para dar vista aos cegos e para mostrar àqueles que julgam ver que, afinal, são eles os cegos.”
40 Os fariseus que ali estavam perguntaram: “Queres dizer com isso que somos cegos?”
41 “Se fossem realmente cegos, não teriam culpa”, respondeu Jesus. “Mas a vossa culpa mantém-se, pois afirmam que podem ver.”
O Livro Copyright © 2000 by Biblica, Inc.® Used by permission. All rights reserved worldwide.