M’Cheyne Bible Reading Plan
O ano sabático
(Êx 23.10-11; Lv 26.35; 2 Cr 36.21)
25 Enquanto Moisés estava junto ao monte Sinai, 2 o Senhor deu-lhe estas instruções para o povo de Israel: “Quando chegarem à terra que vos vou dar, devem deixar a terra repousar perante o Senhor em cada sete anos. 3 Durante seis anos podem semear, vindimar, ceifar; 4 mas durante o sétimo ano a terra deve repousar diante do Senhor, sem ser cultivada. Nesse ano então não semeiem, nem vindimem, nem ceifem. 5 Nem tão-pouco ceifem o que nascer por si mesmo nas searas da última sementeira; nem apanhem os bagos de uva que ainda aparecem; porque é um ano de repouso para a terra. 6 Mas aquilo que nascer nesse mesmo ano será livre para toda a gente; para vocês, para os escravos, e para qualquer estrangeiro que viva convosco. 7 E da mesma forma também o gado e qualquer animal deverá ser deixado a pastar e a comer do que nascer nesse ano.
O ano de jubileu
8 Após sete períodos de sete anos, somando 49 anos, 9 no dia 10 do sétimo mês, no dia da expiação, as trombetas deverão tocar por toda a terra com um som longo e forte. 10 Porque esse ano será santo; é um tempo de se proclamar a liberdade através da terra para todos os que se tornaram escravos por causa de dívidas, e em que serão canceladas todas as dívidas, públicas ou privadas. É um ano em que todas as propriedades familiares vendidas tornarão aos seus proprietários originais ou aos seus herdeiros.
11 Será um ano de contentamento! Nele não semearão, nem colherão as searas, nem as vindimarão; será um ano santo de jubileu para vocês. 12 Nesse ano o vosso alimento será o que naturalmente vos nascer nos campos.
13 Durante o ano de jubileu cada um voltará à posse da propriedade original da sua família.
14 Portanto, se venderes ao teu próximo ou dele comprares, que não haja prejuízo ou opressão ao teu irmão! 15 Deves calcular o preço de compra conforme os anos que já passaram, desde o jubileu anterior; e o outro deve vender-te tendo também em conta os anos de produção que faltam ainda. 16 Se for ainda daí a muitos anos, o preço será mais elevado; se pelo contrário já faltar pouco tempo até lá, então o seu custo descerá. Porque o que efetivamente estão negociando são os anos possíveis de colheita que o novo proprietário poderá obter da terra, antes que volte à vossa posse. 17 Devem respeitar o vosso Deus e nunca praticar a opressão. Porque eu sou o Senhor, o vosso Deus.
18 Obedeçam às minhas leis se querem viver seguros na terra. 19 Se obedecerem, a terra vos dará abundantes colheitas e poderão comer os seus frutos com segurança. 20 Vocês hão de perguntar: ‘O que é que comeremos no sétimo ano, visto que não nos é permitido plantar nem colher nesse ano?’ 21 A resposta é esta: ‘Abençoar-vos-ei com abundantes searas no sexto ano, 22 de tal forma que terão o que comer até que as colheitas do oitavo ano se façam.’
23 E lembrem-se que a terra é minha; por isso não poderão vendê-la com carácter permanente. Vocês estão a explorar uma terra que é minha. 24 Todo o contrato de venda deverá permitir que a terra possa ser, em qualquer, altura resgatada por aquele que vende.
25 Se alguém vier a empobrecer e tiver de vender parte da sua terra, o seu parente próximo pode resgatá-la. 26 E se não tiver ninguém que possa resgatá-la e ele próprio conseguir dinheiro suficiente, 27 então poderá tornar a comprá-la por um preço, descontando o número de anos que esteve na posse do comprador; e aquele que a detinha é obrigado a aceitar o dinheiro e a devolver-lhe a propriedade. 28 Mas se o primeiro proprietário não for capaz de a resgatar, então a terra pertencerá ao seu novo possuidor até ao ano do jubileu; sendo nesse ano devolvida ao primeiro.
29 Se alguém vender uma casa numa cidade murada, tem um ano para poder resgatá-la; tem pleno direito de o fazer, durante esse tempo. 30 Contudo, se nesse espaço de tempo não o fizer, então a casa ficará definitivamente na posse do novo proprietário, e nem sequer no ano do jubileu voltará à posse da primeira pessoa. 31 Se a venda se der numa vila, isto é, um conjunto de casas que não são protegidas por muralha, então o negócio decorre como se se tratasse de um terreno; a casa é resgatável em qualquer ocasião, e voltará ao proprietário original no ano do jubileu.
32 Há contudo uma exceção: são as casas dos levitas; ainda que estejam em cidades da sua possessão, 33 essas poderão ser resgatadas em qualquer momento, e deverão ser devolvidas ao proprietário de origem no ano do jubileu; visto que a estes não é distribuída terra, à semelhança das outras tribos; receberão apenas casas nas cidades (mais os campos circunvizinhos). 34 Aos levitas não é permitido vender campos nas terras dos arredores das suas cidades, porque são possessão sua permanente, e de ninguém mais devem ser.
35 Se o vosso irmão empobrecer, serão responsáveis por ajudá-lo. Deverão convidá-lo a viver convosco como se ajuda a um estrangeiro ou hóspede. 36 Temam a Deus e deixem o vosso irmão viver convosco; 37 nem tão-pouco lhe peçam juros sobre o dinheiro que lhe emprestarem. Não se esqueçam: não levem juros; e deem-lhe aquilo de que ele precisar ao preço do custo; não tentem fazer negócio. 38 Porque eu, o Senhor, vosso Deus, vos tirei da terra do Egito para vos dar a terra de Canaã e para ser o vosso Deus.
39 Se um vosso irmão israelita vier a empobrecer e se vender a um de vocês, 40 não deverão tratá-lo como escravo, mas antes como um assalariado ou como um hóspede; ele apenas vos servirá até ao ano de jubileu. 41 Nesse ano poderá deixar-vos, com os seus filhos, e retornar à sua família e àquilo que é dele. 42 Porque eu vos trouxe da terra do Egito e vocês são meus servos. Por isso, não poderão ser vendidos como escravos comuns, 43 nem tratados duramente. Temam o vosso Deus.
44 Contudo, poderão comprar escravos das nações estrangeiras que vivam à vossa volta. 45 Podem também comprar os filhos dos estrangeiros que vivam convosco, ainda que tendo nascido na vossa terra. Serão vossos escravos permanentemente, 46 podendo passar para os vossos filhos. Mas quanto aos que são vossos irmãos, o povo de Israel, esses não serão tratados da mesma maneira.
47 Se um estrangeiro que viva no vosso meio se tornar rico, e se um israelita empobrecer e se vender ao estrangeiro, ou à família desse estrangeiro, 48 poderá ser resgatado por um dos seus irmãos, 49 ou pelo tio, sobrinho ou qualquer parente que lhe seja próximo. Pode mesmo resgatar-se a si mesmo, se obtiver dinheiro suficiente. 50 O preço da sua libertação será propocional ao número de anos que faltarem até ao ano do jubileu, e será calculado segundo o salário de um trabalhador durante esse número de anos. 51 Se faltarem ainda muitos anos até ao jubileu, deverá pagar uma quantia aproximada à que recebeu no ato da compra. 52 Se já tiver passado tempo, e faltarem poucos anos até ao jubileu, então terá de repor apenas uma parte do que recebeu ao vender-se. 53 Será tratado como um trabalhador assalariado e não com dureza na vossa casa.
54 Se não tiver sido resgatado entretanto, ao chegar o ano do jubileu, ele e os seus filhos sairão livres. 55 Porque o povo de Israel é meu servo. Trouxe-o da terra do Egito. Eu sou o Senhor, o vosso Deus.
Salmo didático de David.
32 Feliz aquele cujas transgressões são perdoadas
e cujo pecado é coberto!
2 Feliz é aquele cujo pecado
não é tido em conta pelo Senhor
e cujo espírito foi limpo de engano!
3 Houve um tempo em que eu me calei;
não quis reconhecer o meu pecado.
Por causa disso, o meu corpo definhava
perante o meu gemido ao longo do dia.
4 Dia e noite a tua mão pesava sobre mim;
a minha vida secou como um charco no verão. (Pausa)
5 Até que te confessei os meus pecados
e deixei de encobrir a minha maldade.
Disse para mim mesmo:
“Confessarei ao Senhor as minhas transgressões.”
E tudo me perdoaste!
Toda a minha culpa desapareceu! (Pausa)
6 Agora posso afirmar que todo aquele que crê
deve confessar os seus pecados a ti, Deus,
enquanto for possível encontrar-te.
Na angústia, mesmo que seja como um grande caudal,
não será derrubado.
7 Tu és o lugar em que me escondo.
Tu me livras no meio das angústias.
Tu me rodeias de alegres cantos de vitória. (Pausa)
8 Diz o Senhor: “Eu te instruirei e ensinarei o caminho que deves seguir;
guiar-te-ei com os meus olhos.
9 Não sejas como o cavalo selvagem ou como a mula,
que não têm entendimento,
que precisam dum freio para serem dominados.”
10 Muitas tristezas têm os maus,
mas os que confiam no Senhor
são permanentemente rodeados pelo seu amor.
11 Alegrem-se no Senhor!
Encham-se de alegria, vocês, os que têm um coração íntegro.
Cantem de alegria, vocês que se conduzem com retidão.
8 É maravilhoso ser-se sábio, entender as coisas, ser capaz de as analisar e interpretar. A sabedoria dá luz a um rosto, suaviza a sua dureza.
2 Observa os mandamentos do rei, de acordo com os teus votos. 3 Não estejas sempre a tentar livrar-te da obrigação de cumprir com os teus deveres, mesmo que sejam desagradáveis, porque o rei faz o que bem entende. 4 A palavra do rei tem poder e ninguém tem capacidade para o contestar ou contrariar. 5 Os que lhe obedecem estarão abrigados de qualquer mal. 6 O sábio encontrará sempre a ocasião mais oportuna e a melhor forma de dizer o que pensa; mesmo quando são grandes os problemas que pesam sobre o homem.
7 Sim, há um tempo para tudo e um modo próprio de agir, ainda que os males dos homens caiam pesadamente sobre si próprios. Como podem impedir que aquilo que desconhecem venha mesmo a acontecer? 8 Ninguém pode impedir que o seu espírito parta para a eternidade; ninguém tem poder para escapar à morte. Não há armas que valham, nessa peleja. Quanto aos ímpios, não será a sua maldade a livrá-los.
9 Tenho refletido profundamente sobre tudo o que acontece aqui, neste mundo, onde há gente que é capaz de oprimir a outros. 10 Vi pessoas malvadas irem a sepultar, e os seus amigos, de regresso do cemitério, tendo esquecido todas as más ações do morto, louvarem-no na localidade onde tinham sido praticados tantos crimes! Que coisa absurda!
11 Visto que Deus não castiga os pecadores no próprio instante, as pessoas convencem-se que ficam impunes, ao praticarem o mal. 12 Ainda que um homem peque mil vezes e continue a viver, sei, de certeza, que as coisas correrão bem para os que temem a Deus. 13 O mesmo não sucederá aos ímpios, que não terão vidas prolongadas e boas; os seus dias passarão tão depressa como as sombras, visto que não temem a Deus.
14 Acontece uma coisa estranha aqui neste mundo: há justos que sofrem, como se fossem maus, e alguns maus que são recompensados, como se fossem retos. Isto é algo muito perturbador! 15 Por isso, decidi gastar a minha vida divertindo-me, pois senti que não havia nada melhor, sobre a Terra, para um homem, do que comer, beber e alegrar-se, na esperança de que esta felicidade o acompanhe em todo o duro trabalho que Deus dá à humanidade, por toda a parte.
16 Na minha busca de sabedoria, observei que tudo isso acontecia em qualquer ponto do mundo; atividades incessantes, de dia e de noite. 17 Na verdade, apenas Deus pode ver tudo o que se passa; nem o homem mais sábio, que diz que sabe tudo, nem esse consegue ver o mesmo que Deus.
4 Por isso, insisto solenemente, diante de Deus e Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, quando vier outra vez para estabelecer o seu reino aqui na Terra: 2 que anuncies a palavra de Deus; que insistas nessa pregação, não só nas ocasiões consagradas, mas também fora delas; que corrijas e repreendas, que encorajes com toda a paciência os que são fracos, dando-lhes o ensino de que necessitam.
3 Porque há de vir uma época em que as pessoas não hão de querer mais ouvir a sã doutrina e procurarão rodear-se de mestres que lhes ensinarão apenas aquilo que vai de encontro aos seus desejos e que seja agradável aos seus ouvidos. 4 Recusando-se a ouvir a verdade, voltarão a seguir tradições supersticiosas.
5 Tu, porém, mantém-te capaz de controlar, em todas as circunstâncias, o teu próprio carácter, pronto a suportar as aflições, fazendo o trabalho de um evangelista. E assim cumprirás o cargo para o qual foste responsabilizado.
6 Porque, naquilo que me diz respeito, a minha vida já tem sido entregue como uma oferta a Deus. Já está próximo o tempo da minha morte. 7 Combati o bom combate, acabei a carreira da minha vida, guardei a fé. 8 Está já preparada por Deus a coroa da justiça que o Senhor, o justo juiz, me dará naquele dia que há de vir. E não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.
As palavras finais de Paulo
9 Procura vir ter comigo o mais depressa possível. 10 Porque Demas abandonou-me, pois o amor pelas coisas deste mundo foi mais forte e partiu para Tessalónica. Crescente foi para a Galácia e Tito para a Dalmácia. 11 Só Lucas está comigo. Traz também Marcos contigo, pois ser-me-á muito útil no serviço de Deus. 12 Quanto a Tíquico, mandei-o a Éfeso. 13 Quando vieres traz a capa que deixei em Tróade, em casa de Carpo, assim como os livros, mas especialmente os pergaminhos.
14 Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males. O Senhor o castigará, segundo o que merece. 15 E tu também tem cuidado com ele, pois foi alguém que sempre se opôs decididamente às nossas palavras.
16 Na minha primeira defesa em tribunal, ninguém me apoiou, antes todos me desampararam. Que Deus não os castigue por isso. 17 Mas o Senhor assistiu-me e deu-me forças para poder anunciar integralmente a mensagem de Deus, de forma que toda aquela assistência de gentios pôde ouvir o evangelho. E assim o Senhor me livrou da boca do leão. 18 Sim, ele me livrará de todo o mal e me guardará para o seu reino celestial. Toda a glória lhe seja dada, para sempre, é o nosso desejo profundo!
Saudações finais
19 Saúda Priscila e Áquila, assim como a família de Onesíforo. 20 Erasto ficou em Corinto. Deixei Trófimo doente em Mileto. 21 Procura vir antes do inverno. Éubulo, Pudens, Lino, Cláudia e todos os irmãos crentes te enviam saudações.
22 Que o Senhor Jesus Cristo viva no teu espírito. Que a graça de Deus enriqueça as vossas vidas!
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