M’Cheyne Bible Reading Plan
Uma esposa para Isaque
24 Abraão tinha muitos anos e o SENHOR tinha o abençoado em tudo. 2 Então chamou o seu servo mais antigo, o servo responsável por tudo o que ele possuía, e lhe disse:
—Coloque a sua mão debaixo da minha coxa.[a] 3 Quero que me prometa, diante do SENHOR, Deus do céu e da terra, que você não vai escolher para ser esposa do meu filho nenhuma das mulheres dos cananeus, no meio dos quais estou vivendo. 4 Mas irá à minha terra e lá escolherá uma esposa para o meu filho Isaque. Uma esposa que seja da minha família.
5 Então o servo lhe disse:
—E se a mulher não quiser deixar a sua terra e vir comigo para aqui? Devo então fazer com que o seu filho volte para a terra de onde veio?
6 Abraão respondeu:
—Nunca faça isso! Não leve o meu filho para esse lugar! 7 O SENHOR, Deus do céu, me tirou da casa do meu pai e da minha terra e me trouxe para aqui. E jurou que ele iria dar esta nova terra à minha família. Deus vai enviar o seu anjo para estar com você, para que possa trazer daquela terra uma esposa para o meu filho. 8 Se a mulher falar que não quer vir, você ficará livre desta promessa. Mas não leve o meu filho para lá.
9 O servo colocou a sua mão debaixo da coxa do seu senhor Abraão e prometeu fazer assim.
10 O servo levou consigo dez dos camelos do seu senhor e do melhor que Abraão tinha e partiu para a Mesopotâmia, em direção à cidade onde Naor tinha vivido.
11 Chegou lá de tarde, na hora em que as mulheres costumam ir buscar água. E fez com que os camelos se ajoelhassem perto do poço que ficava fora da cidade. 12 Então o servo fez esta oração:
—Ó SENHOR, Deus do meu senhor Abraão, peço-lhe que tudo dê certo hoje. Que seja bondoso com o meu senhor Abraão. 13 Vou ficar aqui, perto deste poço, esperando que as jovens desta cidade venham buscar água. 14 E vou pedir a uma delas: “Por favor, incline um pouco o seu cântaro para eu beber água”. Faça com que aquela que me responder: “Beba, e também vou dar água aos seus camelos”, seja a mulher que escolheu para o seu servo Isaque. Assim saberei que foi bondoso com o meu senhor.
15 E antes que ele terminasse a oração, chegou ali uma jovem chamada Rebeca. Ela era filha de Betuel, filho de Milca, esposa de Naor, o irmão de Abraão. Ela trazia o seu cântaro no ombro. 16 A jovem era muito linda e era virgem, nunca tendo dormido com nenhum homem. Ela desceu ao poço e encheu o seu cântaro. Quando ela subia para ir embora, 17 o servo correu ao seu encontro e lhe disse:
—Por favor, dê-me um pouco da água do seu cântaro.
18 Rebeca disse:
—Beba, meu senhor.
E rapidamente baixou o seu cântaro e agarrando-o com as mãos lhe deu água para ele beber. 19 Depois de ter lhe dado água, ela lhe disse:
—Também vou dar de beber aos seus camelos até eles ficarem satisfeitos.
20 Então, rapidamente, ela esvaziou o seu cântaro no bebedouro e correu até o poço para buscar mais água para todos os camelos.
21 Entretanto, o servo de Abraão observava o que ela fazia em silêncio. Queria ter certeza de que o SENHOR tinha respondido ao seu pedido e feito com que a sua viagem tivesse bom resultado. 22 Quando os camelos acabaram de beber, o servo ofereceu a Rebeca para pôr no nariz um brinco de ouro que pesava seis gramas e duas pulseiras de ouro que pesavam cem gramas.[b] 23 E lhe perguntou:
—Quem é o seu pai? Será que há lugar na casa do seu pai para mim e para os homens que estão comigo? Precisamos de um lugar para ficar esta noite e alojarmos os animais.
24 Rebeca respondeu:
—Meu pai é Betuel, ele é filho de Milca e Naor.
25 E disse também:
—Sim, temos muita palha e forragem para os camelos e também temos lugar onde vocês podem dormir.
26 O servo se inclinou em adoração ao SENHOR, 27 e disse:
—Bendito seja o SENHOR, Deus do meu senhor Abraão, que lhe mostrou o seu amor e a sua bondade e me trouxe até à casa da família do meu amo.
28 Rebeca correu para a sua casa e contou à sua família tudo o que tinha acontecido. 29 Então o seu irmão, Labão, saiu correndo para se encontrar com o homem que estava junto ao poço. 30 Pois ele ouviu Rebeca contando tudo o que o homem lhe disse. Também ele viu o brinco e as pulseiras que a sua irmã tinha nos braços. Labão encontrou o homem de pé, junto ao poço, ao lado dos seus camelos, 31 e lhe disse:
—Venha comigo, abençoado do SENHOR, não fique aqui fora. Já tenho tudo preparado em casa e um lugar para os seus camelos.
32 Então o servo de Abraão entrou em casa. Labão descarregou os camelos e lhes deu palha e forragem. E deu água ao servo de Abraão e aos homens que estavam com ele para lavarem os pés. 33 Depois disso Labão quis servir a comida ao servo de Abraão, mas ele disse:
—Não vou comer até falar o que devo dizer.
Então Labão lhe disse:
—Então pode falar.
34 O servo disse:
—Eu sou servo de Abraão. 35 O SENHOR abençoou o meu senhor em tudo e ele se tornou um homem muito rico. Deus lhe deu ovelhas, bois, ouro, prata, escravos, escravas, camelos e burros. 36 Sara, a mulher do meu senhor, deu à luz um filho quando já era muito velha. E Abraão fez com que o seu filho fosse herdeiro de tudo o que ele tem. 37 E o meu senhor me obrigou a fazer uma promessa. Ele me disse: “Não procure uma esposa para o meu filho entre as mulheres do Canaã. Nós vivemos entre esse povo, mas não deixe que ele se case com uma das filhas dos cananeus. 38 Deve ir à minha terra, onde vive a minha família, e é lá que deve procurar uma esposa para o meu filho”. 39 Então eu perguntei ao meu senhor: “Que vou fazer se a mulher não quiser vir comigo?” 40 E ele respondeu: “O SENHOR, a quem eu sigo, vai enviar o seu anjo para acompanhar você e para que a sua viagem tenha êxito e possa trazer uma esposa da minha família para o meu filho. 41 Mas se for à terra da minha família e eles recusarem lhe dar uma esposa para o meu filho, então você ficará livre da sua promessa”.
42 —Hoje, quando cheguei ao poço, fiz esta oração: “Ó SENHOR, Deus do meu senhor Abraão, faça com que a minha viagem tenha êxito. 43 Estou aqui, junto deste poço. Quando uma jovem vier buscar água, eu pedirei a ela que me dê de beber um pouco do seu cântaro. 44 Se ela me responder que sim e também se oferecer para dar água aos meus camelos, que seja ela a mulher que o SENHOR escolheu para ser esposa do filho do meu senhor”.
45 —Antes de eu terminar esta oração, apareceu Rebeca com o cântaro ao ombro, e tirou água do poço. Então eu lhe disse: “Por favor, dê-me água”. 46 Ela tirou imediatamente o cântaro do ombro e me disse: “Beba, e eu também darei água aos seus camelos”. Eu bebi e ela deu água aos camelos. 47 E eu lhe perguntei: “Quem é o seu pai?”, e ela respondeu: “O meu pai é Betuel, o filho de Milca e Naor”. Então coloquei o brinco no seu nariz e as pulseiras nos seus braços. 48 Depois me inclinei em adoração ao SENHOR, e louvei o SENHOR, o Deus do meu senhor Abraão. Deus me guiou pelo caminho certo para buscar para o filho do meu senhor uma filha do seu próprio irmão. 49 Agora digam-me, se vão ou não mostrar amor e bondade para com o meu senhor. Digam-me para que eu saiba o que devo fazer.
50 Labão e Betuel responderam:
—Vemos que isto vem do SENHOR, por isso não temos nada a dizer. 51 Aqui está Rebeca, que ela vá com você e que se case com o filho do seu senhor, assim como o SENHOR disse.
52 Quando o servo de Abraão ouviu eles dizerem isto, ajoelhou-se no chão diante do SENHOR. 53 Depois foi buscar joias de ouro e de prata e vestidos e deu tudo a Rebeca. Também deu presentes valiosos ao irmão e à mãe dela. 54 Depois ele e os homens que estavam com ele comeram e passaram ali a noite. Na manhã seguinte se levantaram e disseram:
—Agora temos que voltar para o nosso senhor.
55 Mas o irmão e a mãe de Rebeca disseram:
—Deixem que a jovem fique aqui mais dez dias e depois poderá partir.
56 O servo disse de novo:
—Não me façam esperar pois o SENHOR fez com que a minha viagem tivesse êxito. Permitam que eu volte para a casa do meu senhor.
57 Então eles disseram:
—Vamos chamar a jovem e perguntar a ela o que quer fazer.
58 Então chamaram a Rebeca e lhe perguntaram:
—Quer ir com este homem?
Ela respondeu:
—Sim, quero ir.
59 Então deixaram que Rebeca e a mulher que sempre tinha tomado conta dela partissem com o servo de Abraão e os seus homens. 60 A família de Rebeca a abençoou assim:
“Nossa irmã, que você possa ter muitos filhos,
ao ponto que ninguém consiga contá-los.
Que os descendentes da sua família conquistem
as cidades dos seus inimigos!”
61 Então Rebeca e as suas servas se levantaram, montaram nos camelos e seguiram o homem. E assim o servo partiu com Rebeca.
62 Isaque tinha voltado de Beer-Laai-Roi pois estava vivendo no sul de Canaã. 63 Um dia Isaque estava caminhando[c] no campo e viu que se aproximavam camelos. 64 Rebeca também olhou e viu Isaque. Então desceu do camelo 65 e perguntou ao servo:
—Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso encontro?
O servo respondeu:
—É o meu senhor.
Então Rebeca pegou o seu véu e cobriu o rosto.
66 O servo contou a Isaque tudo o que tinha feito. 67 Então Isaque levou a Rebeca para a tenda da sua mãe Sara e casou-se com ela. Isaque amou a Rebeca e assim se conformou com a morte da sua mãe.
Jesus critica os fariseus e os professores da lei
(Mc 12.38-40; Lc 11.37-52; 20.45-47)
23 Jesus, então, dirigindo-se aos seus discípulos e à multidão, lhes disse:
2 —Os professores da lei e os fariseus têm a autoridade de explicar a lei de Moisés. 3 Por isso, vocês devem obedecer e seguir tudo o que eles ensinam. O que vocês não devem, entretanto, é imitar as ações deles, pois eles mesmos não fazem o que ensinam. 4 Amarram cargas pesadas e difíceis de carregar e as colocam sobre os ombros dos outros, entretanto eles mesmos nem com o dedo querem movê-las.
5 —Eles fazem tudo para serem vistos pelas outras pessoas. Eles levam consigo na frente do corpo umas caixas pequeninhas de couro que contém dentro delas alguns textos das Escrituras.[a] Alargam o tamanho dessas caixinhas e alongam as suas franjas[b]. 6 Gostam dos lugares de destaque quando se sentam para comer nas festas e dos lugares mais importantes nas sinagogas. 7 Eles também gostam de ser cumprimentados com respeito nas praças e ser chamados de “Mestre”[c] pelo povo.
8 —Vocês, porém, não permitam que as pessoas os chamem de “Mestre”, pois o “Mestre” de vocês é um só, e vocês todos são simplesmente irmãos uns dos outros. 9 Também não chamem a ninguém de “Pai” aqui na terra, pois vocês têm somente um “Pai”, que está no céu. 10 Também não deixem que ninguém os chame de “Guia”, pois vocês têm somente um “Guia”: Cristo. 11 O mais importante entre vocês será o servo de vocês. 12 Todo aquele que procurar ser honrado pelos homens Deus o humilhará, e todo aquele que se humilhar diante dos homens Deus o honrará.
13 —Ai de vocês, professores da lei e fariseus, hipócritas! Digo isto pois são vocês mesmos que fecham as portas do reino de Deus para as pessoas; dessa forma vocês nem entram nem deixam que outras pessoas entrem. 14 [d]
15 —Ai de vocês, professores da lei e fariseus, hipócritas! Digo isto pois vocês fazem longas viagens e atravessam mar e terra com o propósito de converter uma pessoa à religião de vocês e, quando conseguem, tornam essa pessoa duas vezes mais merecedora do inferno do que vocês mesmos. 16 Ai de vocês, guias cegos! Digo isto pois vocês dizem: “Se uma pessoa jurar pelo templo, não significa nada; mas se jurar pelo ouro do templo, então é obrigada a cumprir com o seu juramento”. 17 Como vocês são tolos e cegos! Não é o templo que faz com que o ouro seja sagrado? Então, o que é mais importante: o ouro que está no templo ou o próprio templo? 18 Vocês também dizem: “Se uma pessoa jurar pelo altar[e], não significa nada; mas se jurar pela oferta que está sobre o altar, então é obrigada a cumprir o seu juramento”. 19 Como vocês são cegos! Não é o altar que faz com que a oferta seja sagrada? Então, o que é mais importante: a oferta que está sobre o altar, ou o próprio altar? 20 Se uma pessoa jurar pelo altar, estará jurando tanto pelo altar em si como por tudo o que está sobre ele! 21 Da mesma forma, se uma pessoa jurar pelo templo, estará jurando tanto pelo templo em si como por aquele que está dentro dele! 22 Assim também, se uma pessoa jurar pelo céu, estará jurando não só pelo trono de Deus, como também por aquele que está sentado no trono!
23 —Ai de vocês, professores da lei e fariseus, hipócritas! Digo isto pois vocês dão a Deus um décimo de tudo o que possuem, até mesmo da hortelã, da erva-doce e do cominho,[f] mas deixam de obedecer as coisas mais importantes da lei, que são o de ser tanto justo como misericordioso com as pessoas, assim como o de ser fiel a Deus. É necessário que vocês façam estas coisas sem desprezar aquelas. 24 Vocês são guias cegos! Coam a bebida e tiram o mosquito, mas engolem o camelo! 25 Ai de vocês, professores da lei e fariseus, hipócritas! Lavam o copo e o prato por fora, mas por dentro eles estão cheios das coisas que vocês conseguiram por enganarem as outras pessoas e por satisfazerem o seu próprio egoísmo. 26 Fariseu cego! Limpe primeiro o lado de dentro do copo, pois assim o lado de fora também ficará limpo.
27 —Ai de vocês, professores da lei e fariseus, hipócritas! Digo isto pois vocês são como túmulos pintados de branco: parecem bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de podridão. 28 Assim também vocês por fora parecem ser boas pessoas, mas por dentro estão cheios de hipocrisia e maldade.
29 —Ai de vocês, professores da lei e fariseus, hipócritas! Digo isto pois vocês constroem túmulos e enfeitam as sepulturas dos profetas justos que foram assassinados 30 e dizem: “Se nós tivéssemos vivido no tempo dos nossos antepassados, não teríamos nos unido a eles para matar os profetas”. 31 Dessa forma vocês estão confessando para vocês mesmos que são os descendentes daqueles que mataram os profetas. 32 Continuem, portanto, e terminem o que eles começaram.
33 —Cobras venenosas! Raça de víboras! Como vocês pensam que podem escapar de serem condenados ao inferno? 34 Ouçam bem isto: eu estou lhes mandando profetas, homens sábios e também professores. Vocês, porém, vão matar e crucificar a alguns, e vão chicotear a outros nas sinagogas e os perseguir de cidade em cidade. 35 Por causa disso vocês é que receberão o castigo por todas as pessoas inocentes que os antepassados de vocês mataram, desde o justo Abel até Zacarias,[g] filho de Baraquias, o qual vocês mataram entre o santuário e o altar. 36 Digo a verdade a vocês: são as pessoas desta geração que receberão o castigo por todos esses pecados.
Jesus e a cidade de Jerusalém
(Lc 13.34-35)
37 —Jerusalém, Jerusalém! Você mata os profetas e apedreja os mensageiros que Deus lhe envia! Quantas vezes eu quis ajuntar o seu povo, assim como a galinha ajunta os pintinhos debaixo das suas asas, mas você não quis! 38 Agora a sua casa ficará completamente abandonada. 39 Declaro, portanto, que você nunca mais me verá até que diga: “Bendito é aquele que vem em nome do Senhor!”(A)
As últimas ordens de Neemias
13 Naquele dia foi lido o livro de Moisés ao povo e encontraram nele uma lei que dizia que nenhum amonita ou moabita deveria participar nas reuniões de adoração a Deus. 2 Essa lei se escreveu porque essas pessoas não tinham oferecido aos israelitas pão nem água e porque tinham contratado Balaão para fazer uma maldição contra o povo de Israel. Mas nosso Deus tornou essa maldição numa bênção para nós. 3 Quando ouviram essa lei, separaram de imediato de Israel a todos os que tinham se misturado com estrangeiros.
4 Mas antes disso, Eliasibe, o sacerdote encarregado dos depósitos do templo de nosso Deus, como era parente próximo de Tobias, 5 tinha dado a ele um quarto grande que se usava como bodega. Ali eram guardadas as ofertas de trigo, o incenso, os utensílios do templo e a décima parte do trigo, do vinho e do azeite para os levitas, os cantores e os porteiros. Ali também se guardavam os presentes para os sacerdotes. 6 Quando aconteceu tudo isso, eu não estava em Jerusalém porque no ano trinta e dois[a] do reinado de Artaxerxes, rei da Babilônia, eu tinha voltado para o serviço do rei. Depois pedi permissão ao rei para voltar a Jerusalém. 7 Então voltei para Jerusalém e ali soube do mal que Eliasibe tinha feito dando a Tobias um quarto no templo do nosso Deus. 8 Me irritei muito com isso e lancei todas as coisas de Tobias na rua. 9 Depois ordenei que esses quartos fossem purificados e coloquei de novo ali os utensílios do templo de Deus, junto com as ofertas de trigo e o incenso.
10 Também fiquei sabendo que aos levitas não estavam entregando as porções que lhes correspondiam e que por isso os levitas e os cantores tinham voltado a trabalhar nos seus campos. 11 Reprendi os ministros e lhes disse:
—Por que descuidaram o templo de Deus?
Depois reuni todos os levitas e lhes disse que voltassem a trabalhar no templo. 12 Então todo o povo de Judá trouxe a décima parte do trigo, do vinho e do azeite aos depósitos do templo. 13 Depois encarreguei dos depósitos ao sacerdote Selemias, ao escriba Zadoque e a um levita chamado Pedaías. Eu encarreguei como ajudante a Hanã (filho de Zacur e neto de Matanias). Eu sabia que podia confiar neles por causa da sua honestidade. Eles tinham a responsabilidade de dar a seus irmãos as porções que lhes correspondiam.
14 “Lembre-se, meu Deus, de tudo o que fiz. Não se esqueça das boas obras que fiz pelo templo do meu Deus e pelo seu serviço”.
15 Naqueles dias vi em Judá pessoas que estavam fazendo vinho no dia de descanso, e traziam montanhas de trigo e o levavam sobre os jumentos. Vi pessoas no dia de descanso carregando vinho, uvas, figos e todo tipo de coisas para levá-las a Jerusalém. Portanto lhes repreendi e lhes adverti que não deviam comercializar no dia de descanso. 16 Alguns da cidade de Tiro que moravam em Judá traziam peixe e todo tipo de mercadoria, e as vendiam no dia de descanso ao povo de Judá e Jerusalém. 17 Discuti com os líderes de Judá e lhes disse:
—O que estão fazendo? Estão profanando o dia de descanso tornando-o um dia normal. 18 Por acaso não sabem que os seus antepassados fizeram a mesma coisa e que por isso nosso Deus trouxe todo esse desastre sobre nós e sobre esta cidade? Agora vocês estão trazendo mais desgraça sobre Israel, profanando o dia de descanso.
19 Então ordenei que cada sexta-feira de tarde, antes que escurecesse, os porteiros fechassem e trancassem as portas de Jerusalém e que não fossem abertas a não ser até depois do dia de descanso. Coloquei alguns dos meus homens nas entradas para impedir que passasse carga alguma à cidade no dia de descanso.
20 Uma ou duas vezes os comerciantes e vendedores de todo tipo de artigos tiveram que passar a noite fora de Jerusalém. 21 Eu os avisei que se voltassem para permanecer durante a noite diante do muro, seriam prendidos. Dali em diante não voltaram a vender a sua mercadoria no dia de descanso. 22 Depois disse aos levitas que deviam se purificar e vigiar as entradas para manter o dia de descanso como um dia sagrado.
“Meu Deus, lembre-se de mim por isto, seja bom comigo e me mostre o seu amor fiel”.
23 Nesses dias também percebi que alguns judeus haviam se casado com mulheres de Asdode, Amom e Moabe. 24 Parte dos filhos desses casamentos não falavam o idioma de Judá, mas o idioma de Asdode, Amom ou Moabe. 25 Por isso os reprendi, os amaldiçoei e até bati em alguns dos seus homens e lhes arranquei o cabelo. Fiz prometer a eles, no nome de Deus, que as suas filhas não se casariam com os filhos desses outros povos e as filhas desses povos não se casariam com os seus filhos. 26 Disse-lhes que se lembrassem do rei Salomão. Entre todas as nações nunca houve um rei como ele. Deus o tinha escolhido como soberano de Israel, mas mulheres estrangeiras fizeram ele pecar. 27 Disse-lhes que não estavam sendo fiéis a Deus por estar cometendo novamente o mesmo pecado.
28 Um dos filhos de Joiada, filho de Eliasibe, o sumo sacerdote, era genro de Sambalate, o horonita. Portanto o obriguei a sair do lugar e a fugir.
29 “Meu Deus, lembre-se dessas pessoas e dê a elas o castigo porque contaminaram o sacerdócio e não cumpriram a aliança que tinham feito com os sacerdotes e os levitas”.
30 Eu purifiquei os sacerdotes e os levitas de todas as coisas estranhas que lhes tinham ensinado os estrangeiros e designei funções a cada um. 31 Também me certifiquei de que o povo trouxesse as suas ofertas de madeira e os primeiros frutos nos dias que lhes correspondia.
“Meu Deus, lembre-se de mim por ter feito tudo isso e me abençoe”.
23 Paulo olhou bem para os membros do Conselho e disse:
—Irmãos! Eu tenho vivido com a consciência limpa diante de Deus até hoje.
2 Então Ananias[a], o sumo sacerdote, mandou que os homens que estavam perto de Paulo lhe batessem na boca. 3 Paulo, então, lhe disse:
—Deus vai bater em você, parede branqueada! Você está aí sentado para me julgar de acordo com a lei e, contra a lei, manda me bater?
4 Os homens que estavam perto dele lhe disseram:
—Como é que você insulta assim o sumo sacerdote de Deus?
5 Paulo respondeu:
—Irmãos, eu não sabia que ele era o sumo sacerdote; as Escrituras dizem: “Não fale mal do chefe do seu povo”(A).
6 Quando Paulo percebeu que alguns homens do Conselho eram do partido dos saduceus e que outros eram do partido dos fariseus, falou bem alto:
—Irmãos! Eu sou fariseu e filho de fariseu, e estou sendo julgado por causa da esperança que tenho na ressurreição dos mortos.
7 Depois de terem ouvido Paulo dizer isto, os fariseus e os saduceus começaram a discutir e a assembleia se dividiu. 8 (Os saduceus dizem que não há ressurreição e também que não existem nem anjos nem espíritos, mas os fariseus acreditam em tudo isso.) 9 Todos os judeus começaram a gritar e alguns professores da lei do partido dos fariseus se levantaram e começaram a protestar:
—Não encontramos nada contra este homem; e será que algum espírito ou anjo falou com ele?
10 A discussão se tornou tão violenta que o comandante ficou com medo que Paulo fosse despedaçado por eles. Então mandou que os soldados fossem até lá, tirassem Paulo do meio deles e que o levassem de volta para o quartel. 11 Na noite seguinte, o Senhor se colocou ao lado de Paulo e disse:
—Tenha coragem! Assim como você testemunhou a meu respeito em Jerusalém, você também terá que fazer o mesmo em Roma.
O plano para matar Paulo
12 No dia seguinte, os judeus se reuniram e fizeram um juramento que não comeriam nem beberiam nada até que matassem Paulo. 13 (E o número de homens que conspiravam contra Paulo era de mais de quarenta.) 14 Depois, foram falar com os líderes dos sacerdotes e com os líderes, dizendo:
—Juramos que não comeremos nada até que matemos Paulo. 15 Portanto, o que vocês e o Conselho têm que fazer é mandar dizer ao comandante para trazê-lo até aqui, dizendo que querem examinar o caso dele mais de perto. Estaremos prontos para matá-lo antes que ele chegue.
16 O filho da irmã de Paulo, porém, ouviu todo o plano e correu para o quartel a fim de avisar Paulo. 17 Paulo, então, chamou um dos oficiais e disse:
—Leve este rapaz até o comandante, pois tem uma coisa para dizer a ele.
18 O oficial levou o rapaz até o comandante e disse:
—O prisioneiro Paulo me chamou e pediu que eu trouxesse este rapaz até o senhor pois parece que ele tem alguma coisa para lhe dizer.
19 O comandante levou o rapaz pela mão até um lugar onde poderiam conversar e lhe perguntou:
—O que você quer me dizer, rapaz?
20 Ele disse:
—Os judeus combinaram pedir ao senhor que levasse Paulo até o Conselho amanhã com a desculpa de querer examinar o caso dele mais de perto. 21 Não acredite nisso! Mais de quarenta homens estão escondidos à espera de Paulo para matá-lo. Eles fizeram um juramento de não comer nem beber nada até que o matem. Está tudo pronto; eles só precisam da sua permissão.
22 O comandante, então, disse:
—Você pode ir embora agora, mas não diga a ninguém que me contou essas coisas.
Paulo é enviado ao governador Félix
23 Depois que o rapaz foi embora, o comandante mandou chamar dois oficiais e disse:
—Preparem duzentos soldados, setenta cavaleiros e duzentos lanceiros para ir até a cidade de Cesareia. Estejam prontos às nove horas da noite. 24 Mandem preparar um cavalo para Paulo e levem-no em segurança até o governador Félix.
25 Depois disto, o comandante escreveu esta carta:
26 De Cláudio Lísias, ao excelentíssimo governador Félix.
Saudações!
27 Este homem foi agarrado pelos judeus, e eles estavam prestes a matá-lo quando, ao ficarmos sabendo que ele era cidadão romano, eu e meus soldados o tiramos das mãos deles. 28 Eu queria saber a razão pela qual eles o estavam acusando e, por isso, o levei ao Conselho Superior deles. 29 Lá percebi que as acusações contra ele diziam respeito à lei deles, mas que ele não era culpado pela nossa lei de nada que merecesse a morte ou a prisão. 30 Assim que fui informado de um plano traçado para tirar-lhe a vida, resolvi enviá-lo para aí. E também ordenei aos que o acusam que apresentem as suas queixas diante do senhor.
31 Os soldados cumpriram as ordens que receberam e, durante a noite, levaram Paulo para a cidade de Antipátride. 32 No dia seguinte, os cavaleiros seguiram com Paulo, mas o restante dos soldados retornou para o quartel. 33 Quando chegaram à cidade de Cesareia, eles deram a carta ao governador e também lhe entregaram Paulo. 34 O governador leu a carta e perguntou a Paulo de que província ele era. Quando soube que era da Cilícia, 35 disse:
—Eu o ouvirei assim que os homens que o acusam chegarem. Então mandou que Paulo fosse mantido preso no palácio de Herodes.
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