M’Cheyne Bible Reading Plan
As filhas de Zelofeade
(Nm 36.1-12)
27 1-2 Um dia, as filhas de Zelofeade da tribo the Manassés, cujos nomes eram Mala, Noa, Hogla, Milca e Tirza, vieram até à entrada da tenda do encontro apresentar uma petição a Moisés, ao sacerdote Eleazar, aos outros líderes de tribo e às outras pessoas que ali estavam. Zelofeade, o pai destas mulheres da meia tribo de Manassés, um dos filhos de José, pertencia ao agregado dos heferitas, descendentes de Gileade o qual era filho de Maquir e neto de Manassés. 3 “Nosso pai morreu no deserto”, disseram elas. “Mas não foi daqueles que se juntaram na revolta de Coré contra o Senhor; morreu antes no seu próprio pecado e não deixou filhos rapazes. 4 Por que razão haveria de desaparecer o nome dele, só porque não deixou herdeiros do sexo masculino? Por isso, sentimos que devíamos também receber uma terra tal como os outros membros da nossa família.”
5 Moisés trouxe o caso até à presença do Senhor. 6 A resposta de Senhor foi esta: 7 “As filhas de Zelofeade têm razão. Dá-lhes também uma parte, na repartição das terras, tal como é dada aos seus tios. Ficarão com a parte que teria sido dada ao pai, se ainda vivesse. 8 E isto passará a ser uma lei no vosso meio, que se um homem morrer sem descendentes do sexo masculino, então a sua herança passará às filhas. 9 E se não tiver tido filhas, serão os seus irmãos a herdar. 10 Se por acaso até tiver sido filho único herdarão os tios dele. 11 E se ainda isto não puder ser, passará a herança para o parente mais próximo.”
Josué sucessor de Moisés
12 Certo dia, o Senhor disse a Moisés: “Sobe ao monte de Abarim e vê a terra que dei ao povo de Israel. 13 Depois de a contemplares, morrerás, tal como aconteceu com o teu irmão Aarão, 14 porque rebelaram-se contra as minhas instruções no deserto de Zim. Quando o povo de Israel se revoltou, não me honraram perante eles seguindo exatamente as minhas instruções de dizer à água para jorrar da rocha.” Ele estava a referir-se ao incidente das águas de Meribá, em Cades, no deserto de Zim.
15 Então Moisés disse ao Senhor: 16 “Ó Senhor, Deus dos espíritos e doador da vida de toda a humanidade, peço-te que indiques um novo chefe para o povo, 17 um homem que esteja à sua frente para onde quer que vá, para que não sejam como ovelhas sem pastor.”
18 O Senhor respondeu-lhe: “Vai buscar Josué, filho de Num, que tem o Espírito, e impõe-lhe as mãos; 19 e leva-o a Eleazar, o sacerdote, e na presença de todo o povo dá-lhe instruções para conduzir o povo. 20 Dá-lhe assim a tua autoridade para que toda a nação lhe obedeça. 21 O Senhor falará a Eleazar através do urim[a] e este comunicará a Josué e ao povo as instruções necessárias. Desta forma, o Senhor continuará a conduzi-los.”
22 Moisés assim fez, conforme o mandado do Senhor; tomou Josué, levou-o a Eleazar, o sacerdote e, aos olhos de toda a gente, 23 pôs as mãos sobre a cabeça dele e consagrou-o às suas novas responsabilidades, tal como o Senhor ordenara.
(Sl 40.13-17)
Salmo de David, em memorial. Para o diretor do coro.
70 Apressa-te, ó Deus, em me livrar!
Vem depressa em meu auxílio!
2 Desmascara e envergonha toda essa gente
que procura matar-me,
esses que querem o meu mal.
3 Que sejam obrigados a voltar para trás, a fugir,
esses que pretendem divertir-se à minha custa!
4 Mas que se encham de alegria os que te procuram,
os que amam a tua salvação,
e que possam dizer sempre:
“Grande é o poder de Deus!”
5 Eu estou aflito e necessitado;
corre em meu auxílio, ó Deus!
Só tu podes ajudar-me e libertar-me;
Senhor, não me faças esperar!
(Sl 31.1-3)
71 Senhor, tu és o meu refúgio;
nunca me deixes ficar mal.
2 Livra-me dos meus inimigos porque tu és justo;
presta atenção aos meus rogos e salva-me!
3 Sê para mim como um lugar forte e um refúgio
para onde eu possa fugir sempre que me ataquem.
Pois deste ordem para que eu seja salvo;
tu és o meu rochedo e a minha fortaleza!
4 Livra-me, meu Deus, das mãos dos ímpios,
dessa gente injusta e cruel.
5 Senhor Deus, só tu és a minha esperança;
tenho confiado em ti desde menino.
6 Tenho sido sustentado por ti desde que nasci;
foste tu quem me tirou do seio de minha mãe,
por isso, te louvarei constantemente.
7 Muitos se admiram por tudo me correr bem,
pois tu és o meu forte protetor.
8 Todo o dia a minha boca está cheia de louvores a ti.
9 Agora que estou velho, não me deixes de lado;
não me abandones quando as forças se forem acabando.
10 Os meus adversários falam contra mim,
os que querem matar-me conspiram.
11 Juntos dizem: “Deus abandonou-o!
Vamos persegui-lo e prendamo-lo,
agora que não tem ninguém por ele!”
12 Meu Deus, não te afastes de mim;
corre em meu auxílio!
13 Sejam vencidos e destruídos os inimigos da minha alma;
saibam o que é a desgraça e o opróbrio
os que me querem mal.
14 Mas eu continuarei à espera da tua ajuda
e te louvarei cada vez mais.
15 Nem posso contar as vezes que me livraste,
pela tua justiça e pela tua salvação, o dia inteiro.
16 Andarei sustentado pela força do Senhor Deus;
falarei a todos da tua justiça e só dela.
17 Desde a minha infância me tens ensinado, ó Deus;
até aqui tenho anunciado as maravilhas que tens feito.
18 Agora que já estou velho e de cabelos brancos,
não me desampares até que tenha anunciado o teu poder
a toda esta nova geração e também aos seus filhos.
19 A tua justiça, ó Deus, é sublime;
por ela tens feito maravilhas.
Onde encontraríamos um Deus semelhante a ti?
20 Deixaste-me atravessar muitos males e apertos,
mas sempre renovarás a minha vida,
arrancando-me dos abismos deste mundo.
21 Dar-me-ás honras maiores do que as que tinha antes
e voltarás a confortar-me.
22 E eu te louvarei com música e instrumentos,
a ti e à tua verdade, ó Santo de Israel!
23 Com os meus lábios te cantarei em alta voz,
porque me salvaste.
24 Falarei aos outros da tua justiça o dia inteiro,
pois todos quantos tentaram fazer-me mal
já caíram em desonra e em desgraça.
Profecia contra Damasco
17 Esta é a mensagem de Deus para Damasco, capital de Aram: “Vejam como Damasco acabou! Já não é mais uma cidade! É praticamente um montão de ruínas! 2 As cidades de Aroer estão desertas. Só rebanhos se veem ali a pastar; os animais deitam-se sossegadamente, porque não há ninguém que os espante. 3 A força de Israel e o poder de Damasco terão fim e os que ficarem de Aram serão destruídos, porque como a glória de Israel desapareceu, a deles certamente também desaparecerá, declara o Senhor dos exércitos. 4 É verdade! A glória de Jacob tornar-se-á bem diminuta, quando a pobreza invadir a terra. 5 Tornar-se-á numa terra tão abandonada como os campos de trigo do vale de Refaim. 6 Muito poucos da sua gente serão poupados! Será como quando se sacodem as oliveiras e só fica nos ramos mais altos uma ou outra azeitona. Eis o que acontecerá com Damasco e com Israel, sacudidos e despojados, com exceção de alguns dos mais pobres que serão poupados!” Assim diz o Senhor, o Deus de Israel.
7 Então, por fim, pensarão em Deus, o seu Criador, e se voltarão para o Santo de Israel. 8 Não mais se dirigirão aos altares, pedindo socorro, nem adorarão mais aquilo que as suas próprias mãos fabricaram! Nunca mais prestarão culto às imagens de Achera e aos altares de incenso.
9 Naquele tempo as suas cidades fortificadas serão como as cumeadas abandonadas dos amorreus, que eles abandonaram por causa dos israelitas; haverá desolação. 10 E porque é que isto tudo se dará? Porque vocês abandonaram o Deus que vos salva, o rochedo que pode proteger-vos. Por isso, ainda que venham a plantar videiras importadas e de alta qualidade, 11 e mesmo que tenha tanta vitalidade que chegue a crescer na manhã em que a semearem, mesmo assim nunca chegarão a colhê-la; irão colher unicamente fardos de tribulação e dolorosos sofrimentos.
12 Reparem bem! Eis que se ouve o alvoroço de uma multidão de povos, como o rugir dos mares revoltosos. Este rugir das nações mais parece o agitar tempestuoso das grandes vagas do mar. 13 No entanto, ainda que venham bramando como as vagas do mar que se quebram com violência contra a costa, Deus os silenciará. Acabarão por fugir como a palha levada pelo vento, como o pó da terra levantado em turbilhão por um vendaval. 14 Ao anoitecer, Israel estará em pavor, mas pela manhã verá os seus inimigos mortos. Esta será a sorte dos que nos saqueiam e nos destroem.
Profecia contra Cuche
18 Ai da terra onde se ouve o zumbido dos gafanhotos, que fica para além dos rios de Cuche! 2 Terra que envia embaixadores em barcos de junco pelo Nilo abaixo! Velozes mensageiros voltarão para ti, ó forte e ilustre nação, temida em toda a parte, nação que conquista e destrói, cuja terra o rio divide. Esta é a mensagem que te é dirigida: 3 “Quando se levantar a bandeira sobre a montanha, que todo o mundo o saiba! Quando tocar a trombeta do ataque a Israel, que toda a gente preste atenção!” 4 Porque o Senhor disse-me o seguinte: “Estarei a olhar serenamente desde a minha morada, como o calor do Sol a meio do dia ou como a nuvem de orvalho no calor da ceifa.” 5 Antes que comecem o ataque, na altura em que os vossos planos estiverem a amadurecer como uvas na vinha, eu vos cortarei como uma tesoura de podar; cortarei os sarmentos e os ramos. 6 O vosso poderoso exército será deixado morto no campo, para as aves de rapina e animais selvagens. As aves de rapina terão o que comer durante todo o verão; todos os animais da terra terão ossos para roer o inverno inteiro.
7 Virá o tempo em que essa forte e poderosa nação, o terror de todos, de longe e de perto, essa nação de conquistas e destruição, cuja terra o rio divide, virá trazer ofertas ao Senhor dos exércitos, a Sião, o lugar onde ele pôs o seu nome.
Conselho aos pastores e jovens
5 E agora uma palavra para os que são anciãos entre vocês. Também eu sou ancião com eles e sou testemunha dos sofrimentos de Cristo. E serei participante da sua glória quando ele voltar. 2 Alimentem o rebanho de Deus que está a vosso cargo. Cuidem dele de boa vontade, não contrariados, não pelo que podem vir a ganhar com isso, mas por zelo em servir o Senhor. 3 Não dominem aqueles que vos foram confiados, mas conduzam-nos pelo vosso bom exemplo. 4 E quando o supremo Pastor vier, ele vos recompensará com uma coroa perpétua na sua glória.
5 Os mais novos, aceitem a autoridade dos anciãos e sujeitem-se todos uns aos outros, com humildade, porque “Deus opõe-se aos orgulhosos, mas favorece os humildes.”[a] 6 Portanto, se se humilharem sob a poderosa mão de Deus, ele a seu tempo vos elevará. 7 Entreguem-lhe toda a vossa ansiedade, porque ele cuida de vocês.
8 Vivam sobriamente. Estejam vigilantes quanto aos ataques do Diabo, o vosso inimigo que vos cerca, rugindo como um leão, buscando a quem possa tragar. 9 Resistam-lhe firmes na fé. E lembrem-se de que outros cristãos, por todo o mundo, passam pelas mesmas aflições.
10 Depois de terem sofrido um pouco de tempo, o nosso Deus, que é fonte de imensa bondade, e que vos dará a sua eterna glória em Cristo Jesus, virá pessoalmente para vos aperfeiçoar, confirmar e fortificar. 11 Seja-lhe pois dada a glória e o poder para sempre. Amém!
Saudações finais
12 Escrevi-vos esta pequena carta com a ajuda de Silas, que considero um irmão fiel. Espero ter-vos encorajado com estas linhas, pois dei-vos o testemunho de como a graça de Deus está convosco, seja o que for que aconteça. Permaneçam firmes nele.
13 A igreja-irmã em Babilónia[b] manda-vos saudações, tal como o meu filho Marcos. 14 Saúdem-se uns aos outros com um beijo de amor fraterno.
A paz seja com todos os que estão em Cristo Jesus.
O Livro Copyright © 2000 by Biblica, Inc.® Used by permission. All rights reserved worldwide.