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M’Cheyne Bible Reading Plan

The classic M'Cheyne plan--read the Old Testament, New Testament, and Psalms or Gospels every day.
Duration: 365 days
Nova Versão Transformadora (NVT)
Version
Gênesis 27

Jacó rouba a bênção de Esaú

27 Certo dia, quando Isaque era velho e estava ficando cego, chamou Esaú, seu filho mais velho: “Meu filho!”.

Esaú respondeu: “Aqui estou!”.

Isaque disse: “Estou velho e não sei quando vou morrer. Pegue suas armas, o arco e as flechas, e vá ao campo caçar um animal para mim. Depois, prepare meu prato favorito e traga-o aqui para eu comer. Então pronunciarei a bênção que pertence a você, meu filho mais velho, antes de eu morrer”.

Rebeca, porém, ouviu o que Isaque tinha dito a seu filho Esaú. Quando Esaú saiu para caçar, ela disse a seu filho Jacó: “Ouvi seu pai dizer a Esaú: ‘Traga-me uma carne de caça e prepare-me uma refeição saborosa. Então abençoarei você na presença do Senhor antes de eu morrer’. Agora, meu filho, preste atenção e faça exatamente o que lhe direi. Vá ao rebanho e traga-me dois dos melhores cabritos. Eu os usarei para preparar o prato favorito de seu pai. 10 Depois, leve a comida para seu pai, para que ele a coma e o abençoe antes de morrer”.

11 Jacó respondeu a Rebeca: “Mas meu irmão Esaú é peludo, enquanto eu tenho pele lisa. 12 E se meu pai me tocar? Perceberá que estou tentando enganá-lo e, em vez de me abençoar, me amaldiçoará!”.

13 Sua mãe, porém, respondeu: “Que caia sobre mim essa maldição, meu filho! Apenas faça o que lhe digo. Vá e traga-me os cabritos”.

14 Jacó foi e trouxe os cabritos para sua mãe. Rebeca os usou para preparar uma refeição saborosa, do jeito que Isaque gostava. 15 Em seguida, pegou as roupas prediletas de Esaú que estavam na casa dela e as entregou a Jacó, seu filho mais novo. 16 Com a pele dos cabritos, cobriu-lhe os braços e a parte lisa do pescoço. 17 Depois, entregou-lhe a refeição saborosa, acompanhada do pão que havia acabado de assar.

18 Jacó levou a comida para o pai e disse: “Meu pai?”.

“Sim, meu filho”, respondeu Isaque. “Quem é você, Esaú ou Jacó?”

19 Jacó disse: “Sou Esaú, seu filho mais velho. Fiz o que o senhor mandou. Aqui está a carne de caça. Sente-se e coma, para que me dê sua bênção”.

20 Isaque perguntou: “Como encontrou a caça tão depressa, meu filho?”.

Jacó respondeu: “O Senhor, seu Deus, a colocou no meu caminho”.

21 Então Isaque disse a Jacó: “Chegue mais perto, para que eu possa tocá-lo e ter certeza de que você é mesmo Esaú”. 22 Jacó se aproximou do pai, e Isaque o tocou e disse: “A voz é de Jacó, mas as mãos são de Esaú”. 23 Não o reconheceu, porém, pois as mãos de Jacó estavam peludas, como as de Esaú. Assim, Isaque se preparou para abençoar Jacó. 24 “Mas você é mesmo meu filho Esaú?”, perguntou ele.

“Sim, eu sou”, respondeu Jacó.

25 Então Isaque disse: “Agora, meu filho, traga-me a carne de caça. Depois que comer, eu lhe darei a minha bênção”. Jacó trouxe a comida para o pai, e Isaque comeu. Também bebeu o vinho que Jacó lhe serviu. 26 Por fim, Isaque disse a Jacó: “Aproxime-se, por favor, e dê-me um beijo, meu filho”.

27 Jacó se aproximou e o beijou. Quando Isaque sentiu o cheiro das roupas, finalmente abençoou o filho. Disse: “Ah! O cheiro de meu filho é como o cheiro do campo que o Senhor abençoou!

28 “Do orvalho do céu
e da riqueza da terra,
Deus lhe conceda fartas colheitas de cereais
e vinho novo de sobra.
29 Que muitas nações o sirvam
e se curvem à sua frente.
Que você seja senhor de seus irmãos
e os filhos de sua mãe se curvem à sua frente.
Todos que o amaldiçoarem serão amaldiçoados,
e todos que o abençoarem serão abençoados”.

30 Assim que Isaque terminou de abençoar Jacó, e logo depois de Jacó ter saído da presença de seu pai, Esaú voltou da caçada. 31 Preparou uma refeição saborosa, levou-a para seu pai e disse: “Sente-se, meu pai, e coma da minha caça, para me abençoar”.

32 Isaque lhe perguntou: “Quem é você?”.

Ele respondeu: “Sou Esaú, seu filho mais velho”.

33 Isaque começou a tremer incontrolavelmente e disse: “Então quem me serviu a carne de caça? Acabei de comê-la, pouco antes de você chegar, e abençoei quem a trouxe. Essa bênção deve permanecer!”.

34 Quando Esaú ouviu as palavras do pai, soltou um forte grito amargurado e suplicou: “Ah, meu pai, e eu? Abençoe-me também!”.

35 Mas Isaque disse: “Seu irmão esteve aqui e me enganou. Levou embora a bênção que pertencia a você!”.

36 Esaú exclamou: “Não é de admirar que ele se chame Jacó, pois é a segunda vez que me engana.[a] Primeiro, tomou meus direitos de filho mais velho e, agora, roubou minha bênção. O senhor não guardou uma bênção sequer para mim?”.

37 Isaque disse a Esaú: “Fiz de Jacó o seu senhor e declarei que todos os irmãos dele o servirão. Garanti a ele fartura de cereais e vinho. O que me resta para dar a você, meu filho?”.

38 Esaú suplicou: “Por acaso o senhor tem apenas uma bênção? Ah, meu pai, abençoe-me também!”. Então Esaú chorou em alta voz.

39 Por fim, seu pai, Isaque, lhe disse:

“Você viverá longe das riquezas da terra
e longe do orvalho do alto céu.
40 Viverá por sua espada
e servirá a seu irmão.
Quando, porém, conseguir se libertar,
sacudirá do pescoço esse jugo”.

Jacó foge para Padã-Arã

41 Daquele momento em diante, Esaú passou a odiar Jacó porque seu pai o havia abençoado. Começou a tramar: “Em breve meu pai morrerá. Então, matarei meu irmão Jacó”.

42 Quando Rebeca soube das intenções de Esaú, mandou chamar Jacó e lhe disse: “Ouça, Esaú se consola com planos para matar você. 43 Portanto, preste atenção, meu filho. Apronte-se e fuja para a casa de meu irmão Labão, em Harã. 44 Fique lá até que diminua a fúria de seu irmão. 45 Quando ele se acalmar e se esquecer do que você lhe fez, mandarei buscá-lo. Por que eu perderia meus dois filhos no mesmo dia?”.

46 Depois, Rebeca disse a Isaque: “Estou cansada dessas mulheres hititas que vivem aqui! Prefiro morrer a ver Jacó se casar com uma delas!”.

Mateus 26

A conspiração para matar Jesus

26 Quando Jesus terminou de falar todas essas coisas, disse a seus discípulos: “Como vocês sabem, a Páscoa começa daqui a dois dias, e o Filho do Homem será entregue para ser crucificado”.

Naquela mesma hora, os principais sacerdotes e líderes do povo estavam reunidos na residência de Caifás, o sumo sacerdote, tramando uma forma de prender Jesus em segredo e matá-lo. “Mas não durante a festa da Páscoa, para não haver tumulto entre o povo”, concordaram entre eles.

Jesus é ungido em Betânia

Enquanto isso, Jesus estava em Betânia, na casa de Simão, o leproso. Quando ele estava à mesa, uma mulher entrou com um frasco de alabastro contendo um perfume caro e derramou o perfume sobre a cabeça dele.

Ao ver isso, os discípulos ficaram indignados. “Que desperdício!”, disseram. “O perfume poderia ter sido vendido por um alto preço, e o dinheiro, dado aos pobres!”

10 Jesus, sabendo do que falavam, disse: “Por que criticam esta mulher por ter feito algo tão bom para mim? 11 Vocês sempre terão os pobres em seu meio, mas nem sempre terão a mim. 12 Ela derramou este perfume em mim a fim de preparar meu corpo para o sepultamento. 13 Eu lhes garanto: onde quer que as boas-novas sejam anunciadas pelo mundo, o que esta mulher fez será contado, e dela se lembrarão”.

Judas concorda em trair Jesus

14 Então Judas Iscariotes, um dos Doze, foi aos principais sacerdotes 15 e perguntou: “Quanto vocês me pagarão se eu lhes entregar Jesus?”. E eles lhe deram trinta moedas de prata. 16 Daquele momento em diante, Judas começou a procurar uma oportunidade para trair Jesus.

A última Páscoa

17 No primeiro dia da Festa dos Pães sem Fermento, os discípulos vieram a Jesus e perguntaram: “Onde quer que preparemos a refeição da Páscoa?”.

18 Ele respondeu: “Assim que entrarem na cidade, verão determinado homem. Digam-lhe: ‘O Mestre diz: Meu tempo chegou e comerei em sua casa a refeição da Páscoa, com meus discípulos’”. 19 Então os discípulos fizeram como Jesus os havia instruído e ali prepararam a refeição da Páscoa.

20 Ao anoitecer, Jesus estava à mesa com os doze discípulos. 21 Enquanto comiam, disse: “Eu lhes digo a verdade: um de vocês vai me trair”.

22 Muito aflitos, eles protestaram, um após o outro: “Certamente não serei eu, Senhor!”.

23 Jesus respondeu: “Um de vocês que acabou de comer da mesma tigela comigo vai me trair. 24 O Filho do Homem deve morrer, como as Escrituras declararam há muito tempo. Mas que terrível será para aquele que o trair! Para esse homem seria melhor não ter nascido”.

25 Judas, aquele que o trairia, também disse: “Certamente não serei eu, Rabi!”.

E Jesus respondeu: “É como você diz”.

26 Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e o abençoou. Em seguida, partiu-o em pedaços e deu aos discípulos, dizendo: “Tomem e comam, porque este é o meu corpo”.

27 Então tomou o cálice de vinho e agradeceu a Deus. Depois, entregou-o aos discípulos e disse: “Cada um beba dele, 28 porque este é o meu sangue, que confirma a aliança.[a] Ele é derramado como sacrifício para perdoar os pecados de muitos. 29 Prestem atenção ao que eu lhes digo: não voltarei a beber vinho até aquele dia em que, com vocês, beberei vinho novo no reino de meu Pai”.

30 Então cantaram um hino e saíram para o monte das Oliveiras.

Jesus prediz a negação de Pedro

31 No caminho, Jesus disse: “Esta noite todos vocês me abandonarão, pois as Escrituras dizem:

‘Deus ferirá[b] o pastor,

e as ovelhas do rebanho serão dispersas’.

32 Mas, depois de ressuscitar, irei adiante de vocês à Galileia”.

33 Pedro declarou: “Pode ser que todos os outros o abandonem, mas eu jamais o abandonarei”.

34 Jesus respondeu: “Eu lhe digo a verdade: esta mesma noite, antes que o galo cante, você me negará três vezes”.

35 Pedro, no entanto, insistiu: “Mesmo que eu tenha de morrer ao seu lado, jamais o negarei!”. E todos os outros discípulos disseram o mesmo.

Jesus ora no Getsêmani

36 Então Jesus foi com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse: “Sentem-se aqui enquanto vou ali orar”. 37 Levou consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu e começou a ficar triste e angustiado. 38 “Minha alma está profundamente triste, a ponto de morrer”, disse ele. “Fiquem aqui e vigiem comigo.”

39 Ele avançou um pouco, curvou-se com o rosto no chão e orou: “Meu Pai! Se for possível, afasta de mim este cálice. Contudo, que seja feita a tua vontade, e não a minha”.

40 Depois, voltou aos discípulos e os encontrou dormindo. “Vocês não puderam vigiar comigo nem por uma hora?”, disse ele a Pedro. 41 “Vigiem e orem para que não cedam à tentação, pois o espírito está disposto, mas a carne é fraca.”

42 Então os deixou pela segunda vez e orou: “Meu Pai! Se não for possível afastar de mim este cálice[c] sem que eu o beba, faça-se a tua vontade”. 43 Quando voltou pela segunda vez, encontrou-os dormindo de novo, pois não conseguiam manter os olhos abertos.

44 Foi orar pela terceira vez, dizendo novamente as mesmas coisas. 45 Em seguida, voltou aos discípulos e lhes disse: “Como é que vocês ainda dormem e descansam? Vejam, chegou a hora. O Filho do Homem está para ser entregue nas mãos de pecadores. 46 Levantem-se e vamos. Meu traidor chegou”.

Jesus é traído e preso

47 Enquanto Jesus ainda falava, Judas, um dos Doze, chegou com uma grande multidão armada de espadas e pedaços de pau. Tinham sido enviados pelos principais sacerdotes e líderes do povo. 48 O traidor havia combinado com eles um sinal: “Vocês saberão a quem devem prender quando eu o cumprimentar com um beijo”. 49 Então Judas veio diretamente a Jesus. “Saudações, Rabi!”, exclamou ele, e o beijou.

50 Jesus disse: “Amigo, faça de uma vez o que veio fazer”.

Então os outros agarraram Jesus e o prenderam. 51 Um dos que estavam com Jesus puxou a espada e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha.

52 “Guarde sua espada”, disse Jesus. “Os que usam a espada morrerão pela espada. 53 Você não percebe que eu poderia pedir a meu Pai milhares[d] de anjos para me proteger, e ele os enviaria no mesmo instante? 54 Se eu o fizesse, porém, como se cumpririam as Escrituras, que descrevem o que é necessário que agora aconteça?”

55 Em seguida, Jesus disse à multidão: “Por acaso sou um revolucionário perigoso para que venham me prender com espadas e pedaços de pau? Por que não me prenderam no templo? Ali estive todos os dias, ensinando. 56 Mas tudo isto está acontecendo para que se cumpram as palavras dos profetas registradas nas Escrituras”. Nesse momento, todos os discípulos o abandonaram e fugiram.

O julgamento de Jesus diante do conselho

57 Então os que haviam prendido Jesus o levaram para a casa de Caifás, o sumo sacerdote, onde estavam reunidos os mestres da lei e os líderes do povo. 58 Enquanto isso, Pedro seguia Jesus de longe, até chegar ao pátio do sumo sacerdote. Entrou ali, sentou-se com os guardas e esperou para ver o que aconteceria.

59 Lá dentro, os principais sacerdotes e todo o conselho dos líderes do povo[e] tentavam encontrar testemunhas que mentissem a respeito de Jesus, para que pudessem condená-lo à morte. 60 Embora muitos estivessem dispostos a dar falso testemunho, não puderam usar o depoimento de ninguém. Por fim, apresentaram-se dois homens, 61 que declararam: “Este homem disse: ‘Sou capaz de destruir o templo de Deus e reconstruí-lo em três dias’”.

62 Então o sumo sacerdote se levantou e disse a Jesus: “Você não vai responder a essas acusações? O que tem a dizer em sua defesa?”. 63 Jesus, porém, permaneceu calado. O sumo sacerdote lhe disse: “Exijo em nome do Deus vivo que nos diga se é o Cristo, o Filho de Deus”.

64 Jesus respondeu: “É como você diz. Eu lhes digo que, no futuro, verão o Filho do Homem sentado à direita do Deus Poderoso[f] e vindo sobre as nuvens do céu”.[g]

65 Então o sumo sacerdote rasgou as vestes e disse: “Blasfêmia! Que necessidade temos de outras testemunhas? Todos ouviram a blasfêmia. 66 Qual é o veredicto?”.

“Culpado!”, responderam. “Ele merece morrer!”

67 Então começaram a cuspir no rosto de Jesus e a dar-lhe socos. Alguns lhe davam tapas 68 e zombavam: “Profetize para nós, Cristo! Quem foi que lhe bateu desta vez?”.

Pedro nega Jesus

69 Enquanto isso, Pedro estava sentado do lado de fora, no pátio. Uma criada foi até ele e disse: “Você é um dos que estavam com Jesus, o galileu”.

70 Mas Pedro o negou diante de todos. “Não sei do que você está falando”, disse.

71 Mais tarde, junto ao portão, outra criada o viu e disse aos que estavam ali: “Este homem estava com Jesus de Nazaré”.[h]

72 Novamente, Pedro o negou, dessa vez com juramento. “Nem mesmo conheço esse homem!”, disse ele.

73 Pouco depois, alguns dos outros ali presentes vieram a Pedro e disseram: “Você deve ser um deles; percebemos pelo seu sotaque galileu”.

74 Pedro jurou: “Que eu seja amaldiçoado se estiver mentindo. Não conheço esse homem!”. Imediatamente, o galo cantou.

75 Então Pedro se lembrou das palavras de Jesus: “Antes que o galo cante, você me negará três vezes”. E saiu dali, chorando amargamente.

Ester 3

A conspiração de Hamã contra os judeus

Algum tempo depois, o rei Xerxes promoveu Hamã, filho de Hamedata, o agagita, e lhe deu posição de autoridade sobre todos os nobres do império. Quando Hamã passava, todos os oficiais do palácio real se curvavam diante dele para lhe demonstrar respeito, pois o rei assim havia ordenado. Mardoqueu porém, não se curvava diante dele para lhe demonstrar respeito.

Então os oficiais do palácio real perguntaram a Mardoqueu: “Por que você desobedece à ordem do rei?”. Todos os dias lhe diziam isso, mas, ainda assim, ele não dava ouvidos. Então contaram tudo a Hamã, para ver se ele iria tolerar a conduta de Mardoqueu, pois Mardoqueu lhes tinha dito que era judeu.

Quando Hamã viu que Mardoqueu não se curvava para lhe demonstrar respeito, ficou furioso. Foi informado da nacionalidade de Mardoqueu e decidiu que não bastava matar somente a ele. Em vez disso, procurou um modo de destruir todos os judeus, o povo de Mardoqueu, do império de Xerxes.

Em abril,[a] no décimo segundo ano do reinado de Xerxes, foram lançadas sortes (chamadas purim) na presença de Hamã, a fim de determinar o melhor dia e mês para executar o plano. A data sorteada foi 7 de março, quase um ano depois.[b]

Então Hamã foi ao rei Xerxes e disse: “Há certo povo espalhado por todas as províncias de seu império que se mantém separado dos demais. Eles têm leis diferentes das leis dos outros povos e não obedecem às leis do rei. Portanto, não é do interesse do rei deixar que vivam. Se parecer bem ao rei, publique um decreto para que eles sejam destruídos, e eu darei 350 toneladas[c] de prata aos administradores do governo para serem depositadas nos tesouros do rei”.

10 O rei concordou e, para confirmar sua decisão, tirou do dedo o anel com o selo real e o entregou a Hamã, filho de Hamedata, o agagita, inimigo dos judeus. 11 O rei disse: “A prata e o povo são seus; faça com eles o que lhe parecer melhor”.

12 Assim, no dia 17 de abril,[d] os secretários do rei foram convocados, e um decreto foi redigido exatamente da forma como Hamã ditou. Em seguida, foi enviado aos mais altos oficiais do rei, aos governadores das respectivas províncias e aos nobres de cada província, em sua própria escrita e língua. O decreto foi redigido em nome do rei Xerxes e selado com seu anel. 13 As cartas foram enviadas por mensageiros a todas as províncias do império, com ordens para que todos os judeus — jovens e idosos, mulheres e crianças — fossem destruídos, mortos e aniquilados num único dia. A data marcada para que isso acontecesse era 7 de março do ano seguinte.[e] Os bens dos judeus seriam entregues a quem os matasse.

14 Uma cópia do decreto devia ser publicada como lei em cada província e proclamada a todos os povos, a fim de que estivessem preparados para cumprir seu dever na data marcada. 15 Por ordem do rei, o decreto foi rapidamente enviado por mensageiros e também foi proclamado na fortaleza de Susã. Então o rei e Hamã se sentaram para beber, enquanto a confusão se espalhava pela cidade de Susã.

Atos 26

26 Então Agripa disse a Paulo: “Você pode falar em sua defesa”.

Paulo fez um sinal com a mão e começou sua defesa: “Rei Agripa, considero-me feliz de ter hoje a oportunidade de lhe apresentar minha defesa contra todas as acusações feitas pelos líderes judeus, pois sei que conhece bem todos os costumes e controvérsias dos judeus. Portanto, peço que me ouça com paciência.

“Como os líderes judeus sabem muito bem, recebi educação judaica completa desde a infância entre meu povo e depois em Jerusalém. Também sabem, e talvez estejam dispostos a confirmar, que vivi como fariseu, a seita mais rígida de nossa religião. Agora estou sendo julgado por causa de minha esperança no cumprimento da promessa feita por Deus a nossos antepassados. De fato, é por isso que as doze tribos de Israel adoram a Deus fervorosamente, dia e noite, e compartilham da mesma esperança que eu. E, no entanto, ó rei, acusam-me por causa dessa esperança! Por que lhes parece tão incrível que Deus ressuscite os mortos?

“Eu costumava pensar que era minha obrigação empenhar-me em me opor ao nome de Jesus, o nazareno.[a] 10 Foi exatamente o que fiz em Jerusalém. Com autorização dos principais sacerdotes, fui responsável pela prisão de muitos dentre o povo santo. E eu votava contra eles quando eram condenados à morte. 11 Muitas vezes providenciei que fossem castigados nas sinagogas, a fim de obrigá-los a blasfemar. Eu me opunha a eles com tanta violência que os perseguia até em cidades estrangeiras.

12 “Certo dia, numa dessas missões, dirigia-me a Damasco, autorizado e incumbido pelos principais sacerdotes. 13 Por volta do meio-dia, ó rei, ainda a caminho, uma luz do céu, mais intensa que o sol, brilhou sobre mim e meus companheiros. 14 Todos nós caímos no chão, e eu ouvi uma voz que me dizia em aramaico:[b] ‘Saulo, Saulo, por que você me persegue? Não adianta lutar contra minha vontade’.[c]

15 “‘Quem és tu, Senhor?’, perguntei.

“E o Senhor respondeu: ‘Sou Jesus, a quem você persegue. 16 Agora levante-se, pois eu apareci para nomeá-lo meu servo e minha testemunha. Conte o que viu e o que eu lhe mostrarei no futuro. 17 E eu o livrarei tanto de seu povo como dos gentios. Sim, eu o envio aos gentios 18 para abrir os olhos deles a fim de que se voltem das trevas para a luz, e do poder de Satanás para Deus. Então receberão o perdão dos pecados e a herança entre o povo de Deus, separado pela fé em mim’.

19 “Portanto, rei Agripa, obedeci à visão celestial. 20 Anunciei a mensagem primeiro em Damasco, depois em Jerusalém e em toda a Judeia, e também aos gentios, dizendo que todos devem arrepender-se, voltar-se para Deus e mostrar, por meio de suas boas obras, que mudaram de rumo. 21 Alguns judeus me prenderam no templo por anunciar essa mensagem e tentaram me matar. 22 Mas Deus tem me protegido até este momento, para que eu dê testemunho a todos, dos mais simples até os mais importantes. Não ensino nada além daquilo que os profetas e Moisés disseram que haveria de acontecer, 23 que o Cristo sofreria e seria o primeiro a ressuscitar dos mortos e, desse modo, anunciaria a luz de Deus tanto aos judeus como aos gentios”.

24 De repente, Festo gritou: “Paulo, você está louco! O excesso de estudo o fez perder o juízo!”.

25 Mas Paulo respondeu: “Não estou louco, excelentíssimo Festo. Digo a mais sensata verdade, 26 e o rei Agripa sabe dessas coisas. Expresso-me com ousadia porque tenho certeza de que esses acontecimentos são todos de conhecimento dele, pois não se passaram em algum canto escondido. 27 Rei Agripa, o senhor crê nos profetas? Eu sei que sim”.

28 Então Agripa o interrompeu: “Você acredita que pode me convencer a tornar-me cristão em tão pouco tempo?”.[d]

29 Paulo respondeu: “Em pouco ou em muito tempo, peço a Deus que tanto o senhor como os demais aqui presentes se tornem como eu, exceto por estas correntes”.

30 Então o rei, o governador, Berenice e todos os outros se levantaram e se retiraram. 31 Enquanto saíam, conversavam entre si e concordaram: “Esse homem não fez nada que mereça morte ou prisão”.

32 E Agripa disse a Festo: “Ele poderia ser posto em liberdade se não tivesse apelado a César”.

Nova Versão Transformadora (NVT)

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