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The Daily Audio Bible

This reading plan is provided by Brian Hardin from Daily Audio Bible.
Duration: 731 days

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O Livro (OL)
Version
Ester 1-3

A rainha Vasti é deposta

Era o terceiro ano do reinado de Assuero, que dominava sobre o vasto império medo-persa, com as suas 127 províncias, estendendo-se da Índia até Cuche[a]. Houve nesse ano uma grande celebração no palácio de Susã, para a qual o imperador convidou todos os seus governadores, colaboradores e oficiais do exército da Pérsia e da Média, fazendo-os deslocarem-se de todos os cantos do seu território para a ocasião. Essa festa durou seis meses, e foi uma tremenda demonstração da riqueza e glória do seu império.

Quando tudo terminou, o rei deu uma receção especial para a população de Susã, tanto pobres como ricos; foram mais sete dias de festa nos pátios e jardins do palácio. Havia belas decorações a verde, branco e azul, presas com faixas de púrpura a argolas de prata suspensas em colunas de marfim, e canapés de ouro e prata num chão pavimentado com pórfiro, mármore, alabastro e pedras preciosas; as bebidas eram servidas em taças de ouro com diferentes desenhos. Havia abundância de vinho real, porque o rei estava inclinado à generosidade. Todos bebiam sem constrangimento, quanto tivessem na vontade; o rei dera instruções para que toda a gente fizesse como lhe apetecia.

Também a rainha Vasti ofereceu, na mesma ocasião, um banquete às mulheres do palácio.

10 No sétimo dia, sentindo-se alegre com o vinho, o rei ordenou aos seus sete eunucos, Meumá, Bizta, Harbona, Bigta, Abagta, Zetar e Carcás 11 que lhe trouxessem a rainha Vasti com a coroa real na cabeça, para que todos pudessem admirar a sua beleza, porque era uma mulher muito bonita. 12 A rainha recusou obedecer a essa ordem e o soberano ficou furioso. 13 Antes de tomar qualquer medida, ele resolveu consultar primeiro os homens das leis, porque não fazia nada sem o seu conselho. 14 Tratava-se de pessoas muitos sábias, conhecedoras das diversas situações e de todas as leis da justiça. Os seus nomes eram Carsena, Setar, Admata, Társis, Meres, Marsena e Memucã, sete altos funcionários da Pérsia e da Média que tinham acesso direto ao rei.

15 “Que castigo prevê a lei”, perguntou-lhes, “para uma rainha que recuse obedecer às ordens do rei através dos seus eunucos?”

16 Memucã foi o porta-voz de todos: “A rainha Vasti prevaricou não só em relação ao rei, mas contra todos príncipes e cidadãos deste império. 17 Corre-se o risco de as mulheres, por toda a parte, começarem a desobedecer aos maridos, quando tiverem conhecimento do que a rainha Vasti fez. 18 Antes que este mesmo dia termine, as mulheres da Pérsia e da Média terão conhecimento da atitude que a rainha tomou, e falarão com os seus maridos da mesma maneira, e haverá desprezo e indignação por toda a parte.

19 Sugerimos pois que, se for do teu agrado, se publique um édito real que se torne lei para os medos e persas, que jamais poderá ser revogado e no qual se decretará que a rainha Vasti seja banida para sempre da tua presença, e que escolhas outra rainha mais digna do que ela. 20 Quando esse édito for tornado público em todo o teu vasto domínio, todas as mulheres serão levadas a respeitar os seus maridos, seja qual for o seu nível social!”

21 O rei e todos os seus colaboradores concordaram com este parecer e decidiram decretá-lo. 22 Enviaram cartas para todas as províncias do império, escritas nas línguas de cada região, lembrando que cada homem deveria ser soberano no seu lar.

Ester é coroada rainha

Quando a ira do rei Assuero se foi apaziguando, começou a pensar na rainha Vasti, naquilo que acontecera e na decisão tomada contra ela. Então os seus colaboradores sugeriram: “Vamos reunir as raparigas mais bonitas do império e trazê-las à presença do rei. Nomeie o rei agentes em cada província que selecionem raparigas jovens e bonitas para o harém real. Hegai, o eunuco responsável pelas mulheres, fará com que passem por tratamentos de beleza. Depois a rapariga que mais agradar ao rei tornar-se-á rainha em lugar de Vasti.” O rei ficou contente com esta opinião, e o plano foi logo posto em prática.

Havia um certo judeu que vivia em Susã, chamado Mardoqueu, filho de Jair, da tribo de Benjamim, neto de Simei e bisneto de Cis. Cis fora transportado de Jerusalém, quando aquela cidade foi destruída pelo rei Nabucodonozor, e viera exilado para a Babilónia, juntamente com o rei Jeconias de Judá e muitos outros. Mardoqueu tinha uma prima muito bonita de feições e formas, de nome Hadassa, mas conhecida por Ester, cujos pais tinham morrido, e que ele tinha trazido para sua casa e educado como filha.

Em consequência do decreto real, Ester foi levada para o harém do soberano do palácio de Susã, juntamente com muitas outras moças. Hegai, responsável pelo harém, ficou muito impressionado quando a viu, e tratou-a o melhor possível, tanto nos alimentos que lhe dava a comer como nos meios de torná-la ainda mais bela. Deu-lhe também sete raparigas do palácio como criadas, assim como os melhores quartos do harém.

10 Ester não dissera a ninguém que era judia, porque Mardoqueu assim a instruíra. 11 Aliás, o seu primo vinha todos os dias ao pátio do harém para saber notícias de Ester e informar-se do que se ia passando com ela.

12 As instruções quanto a estas raparigas eram que, antes de serem levadas para junto do rei, deveriam passar um ano em tratamentos de beleza: seis meses com óleo de mirra, seguidos doutros seis meses com perfumes especiais e unguentos. 13 Quando chegava a vez de alguma moça ir para o harém do rei, recebia o que pedisse para se vestir e arranjar. 14 No dia seguinte, passava ao segundo harém, onde viviam as mulheres do rei, e ficava sob os cuidados de Saasgaz, eunuco real, e aí vivia o resto dos seus dias, nunca mais tornando a ver o rei, a não ser que lhe agradasse especialmente ou fosse chamada pelo seu próprio nome.

15 Chegou a vez de Ester preparar-se para ir à presença do rei. Ester era filha de Abiail, tio de Mardoqueu, que a adotara por filha. Ela aceitou vestir-se e arranjar-se de acordo com o gosto de Hegai; Ester agradava a toda a gente. 16 Assim, ela foi levada para o palácio do rei no décimo mês que é o mês de Tebet[b], no sétimo ano do seu reinado.

17 O rei sentiu-se atraído por Ester, mais do que por qualquer outra moça, de tal maneira que colocou na sua cabeça a coroa real e declarou-a rainha em lugar de Vasti. 18 Então o rei deu outro grande banquete para todos os seus príncipes e ministros, decretou feriado em todas as províncias e mandou distribuir presentes.

19 Mais tarde, as raparigas voltaram a juntar-se; nessa altura já Mardoqueu estava de serviço junto ao portão do palácio. 20 Ester não dissera ainda a ninguém que era judia, pois continuava a seguir as instruções de seu primo Mardoqueu, como quando vivia em sua casa.

Mardoqueu revela uma conspiração

21 Um dia, estando Mardoqueu exercendo as suas funções no palácio, dois dos eunucos do rei, Bigtã e Teres, que eram guardas do portão do palácio, começaram a conspirar um atentado contra o rei, para o assassinarem. 22 Mardoqueu soube do que se passava e deu a informação à rainha Ester, que a transmitiu ao rei, informando que a recebera do primo. 23 Feitas as devidas investigações, os dois homens foram descobertos e enforcados. Tudo isto está devidamente registado nas crónicas do reinado de Assuero.

Hamã planeia destruir os judeus

Pouco tempo depois, o rei Assuero nomeou Hamã, filho de Hamedata, o agagita, como primeiro-ministro; era o mais poderoso magistrado no império, a seguir ao próprio rei. Todos os outros oficiais de serviço ao portão do palácio tinham de inclinar-se reverentemente na sua presença quando por ele passavam, porque era assim que o rei tinha ordenado. Mardoqueu, porém, recusou-se a fazê-lo.

“Não seria melhor obedeceres às ordens do rei?”, perguntavam-lhe os outros funcionários. Mas ele mantinha a mesma atitude. Por fim, foram contá-lo a Hamã, para ver se mudava de comportamento; Mardoqueu tinha-lhes explicado que a sua condição de judeu o impedia de proceder deste modo.

5-6 Hamã ficou furioso, e decidiu liquidar não apenas Mardoqueu, mas todo o povo judeu, e fazê-los desaparecer do território do reino de Assuero.

No primeiro mês, que é o mês de Nisan, no décimo segundo ano do reinado de Assuero, foi lançado o “pur”, isto é, as sortes, diante de Hamã, para escolher o dia e o mês em que deveria levar a cabo os seus intentos; a escolha caiu no mês de Adar[c], que é o décimo segundo mês.

Hamã resolveu abordar o rei sobre o assunto: “Há um povo de uma certa raça, espalhado por todas as províncias do teu reino, cujas leis são diferentes das leis das outras nações, e que se recusam obedecer às tuas; por isso, não é do interesse do rei deixá-los viver. Se o rei estiver de acordo, publique um decreto que os mande destruir; eu próprio pagarei 10 000 talentos[d] de prata ao tesouro real para as despesas que essa ação implique.”

10 O rei concordou e confirmou a sua decisão, tirando o anel do dedo e dando-o a Hamã. 11 E disse-lhe: “Guarda o teu dinheiro e faz conforme achares melhor em relação a esse povo.”

12 No décimo terceiro dia do primeiro mês, Hamã chamou os secretários do rei e ditou cartas para os governadores e chefes políticos de cada província em todo o império, nas suas respetivas línguas e dialetos. Essas cartas foram escritas em nome do rei e seladas com o seu anel. 13 Foram levadas por mensageiros que se dirigiram a cada uma das províncias do império, decretando que todos os judeus, velhos e novos, mulheres e crianças, deveriam morrer num só dia, o dia 13 de Adar, e que os seus bens deveriam ser dados a quem os matasse. 14 “Uma cópia deste édito”, continuava a carta, “deverá ser tornada pública nas províncias e dada a conhecer a todo o vosso povo, para que esteja pronto no dia indicado.”

15 O édito seguiu para os seus destinos, levado pelos mensageiros mais rápidos, após ter sido proclamado primeiramente na cidade de Susã. O rei e Hamã sentaram-se satisfeitos, a comer e a beber, enquanto o pânico caía sobre a cidade.

1 Coríntios 11:17-34

A ceia do Senhor

(Mt 26.20-29; Mc 14.17-25; Lc 22.17-23)

17 E agora há um outro assunto em que não vos posso elogiar. Consta que quando se reúnem é maior o prejuízo do que a bênção recebida. 18 Ouço falar nas divisões que se manifestam nas vossas reuniões, e em parte acredito. 19 Mas eu até creio que é importante que isso aconteça para que sejam conhecidos os que estão certos.

20 Afinal quando se juntam, não é para participar na ceia do Senhor; 21 é para tomarem a vossa própria refeição. E assim cada um procura servir-se sem esperar para repartir com os outros, de tal forma que uns não comem o suficiente e outros excedem-se! 22 Não poderiam comer e beber cada um na sua casa, segundo a fome que tiverem, de forma a evitar esta vergonha para a igreja e a humilhação que representa para o pobre ter de retirar-se sem comer? Que esperam vocês que eu diga sobre isto? Não contem que venha elogiar-vos!

23 Eu recebi do Senhor o que já antes vos tinha transmitido. Na noite em que foi traído, o Senhor Jesus tomou o pão. 24 E depois de ter dado graças, partiu-o dizendo: “Tomem e comam; este é o meu corpo que é dado em vosso favor. Façam isto em memória de mim.” 25 De igual modo, pegou no cálice do vinho, no fim da ceia, e disse: “Este cálice é a nova aliança selada com o meu sangue. Façam isto, todas as vezes que beberem, em lembrança de mim.” 26 Porque cada vez que comerem este pão e beberem este cálice estão a anunciar a mensagem da morte do Senhor. Façam pois isto até que ele volte.

27 Por isso, se alguém come deste pão e bebe deste cálice do Senhor de uma maneira indigna, torna-se culpado de pecado contra o corpo e o sangue do Senhor. 28 É por isso que cada um se deve examinar cuidadosamente antes de tomar este pão e de beber deste cálice. 29 Porque se o fizer indignamente, não distinguindo o corpo do Senhor, está a comer e a beber para sua própria condenação. 30 É por isso que há no vosso meio muitos fracos e doentes e muitos já morreram.

31 Mas se cada um se examinar cuidadosamente evitará que seja julgado por Deus. 32 Contudo, quando somos julgados e castigados pelo Senhor, é para não sermos condenados com o resto do mundo. 33 Sendo assim, irmãos, quando se juntarem à mesa do Senhor, esperem uns pelos outros. 34 Se alguém tem realmente fome, deve comer em casa, para não atrair castigo sobre si próprio, quando estiverem todos reunidos.

Quanto aos outros assuntos, falarei sobre eles convosco quando aí chegar.

Salmos 35:17-28

17 Senhor, até quando verás isto, sem fazer nada?
Liberta a minha alma dos seus ataques;
só tenho uma vida e como leões querem destruí-la.
18 Hei de agradecer-te no ajuntamento do teu povo;
louvar-te-ei no meio da multidão.
19 Não se alegrem da minha desgraça os meus inimigos;
nem arregalem os olhos os que me odeiam sem motivo.
20 São pessoas que não sabem falar de paz;
proferem mentiras contra a vida de pessoas sossegadas e boas.
21 Bradam que me têm visto a fazer o mal:
“Vimo-lo com os nossos próprios olhos!”, dizem.

22 Mas tu, Senhor, sabes tudo;
não te cales e não me desampares.
23 Levanta-te para julgares este assunto, Senhor, meu Deus;
para defenderes a minha causa.
24 Julga-me segundo a tua justiça,
Senhor, meu Deus;
não deixes que fiquem felizes com as minhas dificuldades.
25 Não os deixes dizer:
“Já estamos satisfeitos; conseguimos apanhá-lo!”

26 Que sejam eles, sim, a ficar mal e envergonhados,
todos os que se regozijam com as minhas dificuldades.
Sejam apanhados na confusão,
os que querem subir na vida à minha custa.
27 Mas tenham grandes alegrias os que desejam o meu bem;
que nunca deixem de cantar:
“Grande é o Senhor!
Ele tem prazer em ver prosperar os que o servem.”

28 E assim todo o dia
eu te louvarei por causa da tua justiça.

Provérbios 21:19-20

19 Vale mais viver num deserto
do que com uma mulher rixosa e irascível.

20 Na casa duma pessoa de bom senso há bem-estar e poupanças;
o insensato dá cabo de tudo quanto ganha.

O Livro (OL)

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