Print Page Options
Previous Prev Day Next DayNext

Chronological

Read the Bible in the chronological order in which its stories and events occurred.
Duration: 365 days
Portuguese New Testament: Easy-to-Read Version (VFL)
Version
Mateus 26

O plano para matar Jesus

(Mc 14.1-2; Lc 22.1-2; Jo 11.45-53)

26 Depois que Jesus acabou de ensinar todas essas coisas, disse aos seus discípulos:

—Vocês sabem que daqui a dois dias será comemorada a Páscoa; nesse dia o Filho do Homem será entregue para ser crucificado.

Nesse meio tempo os líderes dos sacerdotes e os líderes do povo se reuniram na residência de Caifás, o sumo sacerdote. Nessa reunião planejaram um meio de prender Jesus à traição, para que depois pudessem matá-lo. Eles, porém, diziam entre si:

—Não vamos prendê-lo durante a festa da Páscoa, porque se o fizermos o povo pode se revoltar.

Uma mulher honra Jesus em Betânia

(Mc 14.3-9; Jo 12.1-8)

Jesus estava na cidade de Betânia, na casa de Simão, o leproso, quando uma mulher chegou. Ela carregava um vaso feito de alabastro, e este estava cheio de um perfume muito caro. Ela se aproximou de Jesus enquanto Ele estava à mesa e derramou todo o perfume sobre a sua cabeça. Quando os discípulos viram aquilo, ficaram zangados, e perguntaram:

—Por que este desperdício? Esse perfume poderia ter sido vendido por muito dinheiro, e esse dinheiro poderia ter sido dado aos pobres!

10 Jesus, porém, vendo aquilo, lhes disse:

—Por que vocês estão aborrecendo esta mulher? Ela me fez uma coisa muito boa. 11 Os pobres estarão sempre com vocês,[a] mas eu não. 12 Ao derramar este perfume sobre mim, ela preparou o meu corpo para o enterro. 13 Digo a verdade a vocês: Em todos os lugares onde as Boas Novas forem anunciadas, será contada também a história do que essa mulher fez hoje. Dessa forma ela será lembrada em todo o mundo.

Judas concorda em ajudar os inimigos de Jesus

(Mc 14.10-11; Lc 22.3-6)

14 Então, Judas Iscariotes, um dos doze discípulos, foi falar com os líderes dos sacerdotes. Ele lhes disse:

15 —Quanto vocês me pagam se eu lhes entregar Jesus?

Os sacerdotes lhe deram trinta moedas de prata 16 e, desse momento em diante, Judas passou a procurar uma boa chance para entregar a Jesus.

Os preparativos para a Páscoa

(Mc 14.12-21; Lc 22.7-14,21-23; Jo 13.21-30)

17 No primeiro dia da Festa dos Pães sem Fermento, os discípulos se aproximaram de Jesus e lhe perguntaram:

—Onde quer que nós preparemos tudo para a Páscoa?

18 E ele, então, respondeu:

—Vão até a cidade. Lá vocês encontrarão um homem; digam-lhe que o Mestre manda dizer o seguinte: “A minha hora está chegando! Meus discípulos e eu vamos comemorar a Páscoa em sua casa”.

19 Os discípulos fizeram exatamente o que Jesus lhes tinha dito e prepararam tudo para a Páscoa.

Jesus indica seu traidor

20 Quando anoiteceu, Jesus e seus doze discípulos se colocaram à mesa para jantar. 21 Enquanto comiam, Jesus lhes disse:

—Digo a verdade a vocês: Um de vocês vai me trair.

22 Todos ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar:

—Senhor, não acha que sou eu, acha?

23 Mas Jesus, então, lhes disse:

—Quem vai me trair é aquele que molha o pão no prato comigo. 24 O Filho do Homem será traído. As Escrituras dizem que isso vai acontecer. Porém, ai daquele que vai traí-lo! Seria melhor que ele nunca tivesse nascido!

25 Então, Judas, que era o traidor, perguntou a Jesus:

—Mestre, não acha que sou eu, acha?

Mas Jesus lhe respondeu:

—Você está dizendo isso.

A Ceia do Senhor

(Mc 14.22-26; Lc 22.15-20; 1Co 11.23-25)

26 Enquanto comiam, Jesus pegou o pão e deu graças a Deus por ele. Depois, partindo-o, o deu a seus discípulos, dizendo:

—Peguem e comam; isto é o meu corpo.

27 Em seguida, Jesus pegou o cálice e deu graças a Deus por ele. Depois, passando-o a seus discípulos, lhes disse:

—Bebam deste cálice, todos vocês. 28 Isto é o meu sangue, que sela a aliança entre Deus e seu povo. Esse sangue é derramado em favor de muitos para que Deus perdõe os pecados deles. 29 Digo isto pois nunca mais beberei deste vinho até o dia em que beba com vocês o novo vinho no reino do meu Pai.

30 Então, depois de terem cantado um hino, eles foram para o monte das Oliveiras.

Jesus diz que os seus discípulos vão abandoná-lo

(Mc 14.27-31; Lc 22.31-34; Jo 13.36-38)

31 E Jesus disse então aos seus discípulos:

—Esta noite todos vocês não vão crer mais em mim, porque as Escrituras dizem:

“Eu matarei o pastor,
    e as ovelhas do rebanho fugirão”.(A)

32 —Porém, depois que eu ressuscitar, irei à frente de vocês para a Galileia.

33 Pedro, então, disse a Jesus:

—Mesmo que todos o abandonem, eu nunca o abandonarei.

34 Ao ouvir aquilo, Jesus lhe disse:

—Digo-lhe a verdade: Ainda hoje à noite, antes mesmo que o galo cante, você negará três vezes que me conhece.

35 Pedro, porém, respondeu:

—Eu nunca o abandonarei, mesmo que tenha de morrer com o senhor.

E todos os outros discípulos disseram a mesma coisa.

Jesus ora sozinho

(Mc 14.32-42; Lc 22.39-46)

36 Depois disso, tanto Jesus como seus discípulos foram para um lugar chamado Getsêmani, e lá ele lhes disse:

—Sentem-se aqui, enquanto vou até ali adiante para orar.

37 Jesus levou junto Pedro e os dois filhos de Zebedeu. Depois, ele começou a sentir uma grande tristeza e aflição. 38 Então lhes disse:

—Estou tão triste que me sinto como se estivesse morrendo! Fiquem aqui e vigiem comigo.

39 Ele foi um pouco mais adiante, se ajoelhou e orou, dizendo:

—Meu Pai, se for possível, afaste de mim este cálice de sofrimento. Porém, não seja feito o que eu quero, mas sim o que o senhor quer.

40 Depois voltou para onde os três discípulos estavam e os encontrou dormindo. Então disse a Pedro:

—Será possível que vocês não conseguem vigiar comigo nem ao menos por uma hora? 41 Vigiem e orem para que vocês não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas o corpo é fraco.

42 Pela segunda vez Jesus foi e orou, dizendo:

—Meu Pai, se não for possível que este cálice de sofrimento seja afastado de mim sem que eu o beba, que seja feita a sua vontade.

43 E, voltando para onde os três discípulos estavam, os encontrou novamente dormindo, pois seus olhos estavam pesados. 44 Jesus tornou a se afastar deles e foi orar novamente, repetindo as mesmas palavras. 45 Depois ele voltou para onde os discípulos estavam, e lhes disse:

—Vocês ainda estão dormindo e descansando? Olhem, chegou a hora! O Filho do Homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores. 46 Levantem-se, vamos embora! O traidor está chegando.

Jesus é preso

(Mc 14.43-50; Lc 22.47-53; Jo 18.3-12)

47 Jesus mal tinha acabado de falar aquelas palavras, quando Judas, um dos doze discípulos, chegou. Havia muitos homens com ele e todos carregavam espadas ou cacetes. Eles tinham sido enviados pelos líderes dos sacerdotes e pelos líderes do povo. 48 O traidor tinha combinado com eles um sinal, dizendo: “Vocês podem prender o homem que eu beijar o rosto, pois é ele”. 49 E, sendo assim, Judas se aproximou de Jesus e lhe disse:

—Olá, Mestre!—e beijou o seu rosto. 50 Jesus, porém, respondeu:

—Faça de uma vez o que você veio fazer, amigo.

E nesse momento os soldados se aproximaram, pegaram Jesus e o prenderam.

51 Um dos homens que estava com Jesus sacou a sua espada, atacou um dos servos do sumo sacerdote e lhe cortou a orelha. 52 Jesus, então, lhe disse:

—Guarde a sua espada, pois todos os que usam a espada serão mortos pela espada. 53 Será que você não entende que eu poderia orar ao meu Pai e ele me mandaria, neste exato momento, mais de doze tropas de anjos? 54 Porém, se fizesse isto, como se cumpririam as passagens das Escrituras que dizem que isso deve acontecer?

55 E naquele momento Jesus disse aos homens que tinham ido prendê-lo:

—Por que vocês vieram me prender com espadas e cacetes, como se eu fosse um bandido? Por que é que vocês não me prenderam quando eu estava no templo? Eu não ia lá todos os dias e me sentava no meio de vocês? 56 Mas tudo isto está acontecendo desta forma para se cumprir o que os profetas disseram por meio das Escrituras.

Então todos os discípulos fugiram e o abandonaram.

Jesus diante do Conselho Superior

(Mc 14.53-65; Lc 22.54-55; Jo 18.13-14,19-24)

57 Os homens que tinham prendido Jesus o levaram até a residência de Caifás, o sumo sacerdote, onde os professores da lei e os líderes estavam reunidos. 58 Pedro o seguiu de longe até o pátio do palácio do sumo sacerdote. Depois, resolveu entrar e sentar-se entre os guardas, para ver o que ia acontecer. 59 Ora, os principais sacerdotes e todo o Conselho Superior dos judeus estavam reunidos com o fim de encontrar algum pretexto para que pudessem acusar a Jesus. O que eles queriam era condená-lo à morte. 60 Muitas pessoas testemunharam mentiras a respeito de Jesus, mas mesmo assim não conseguiram condená-lo. Finalmente, duas pessoas apareceram 61 e disseram:

—Este homem[b] disse: “Eu posso destruir o templo de Deus e construí-lo de novo em três dias”.

62 O sumo sacerdote, então, se levantou e perguntou a Jesus:

—Você não vai se defender das acusações que estão sendo feitas contra você?

63 Jesus, porém, não respondeu nada. O sumo sacerdote, então, voltou a lhe perguntar:

—Em nome do Deus vivo eu lhe ordeno que você me responda isto: Você é o Messias, o Filho do Deus?

64 E Jesus respondeu:

—Você está dizendo isso. E eu lhe digo que um dia vocês verão o Filho do Homem sentado à direita de Deus, o Todo-Poderoso, e vindo sobre as nuvens do céu.[c]

65 O sumo sacerdote, ao ouvir aquilo, rasgou suas roupas e disse:

—Ele insultou a Deus. Nós não precisamos mais de nenhuma testemunha! Todos aqui ouviram este insulto contra Deus! 66 O que é que vocês acham?

E todos responderam:

—Ele é culpado e merece a morte!

67 E alguns deles começaram a cuspir no rosto de Jesus, outros a dar-lhe murros e outros ainda lhe davam bofetadas e diziam:

68 —Adivinhe agora, Messias! Diga quem foi que lhe bateu!

Pedro nega conhecer Jesus

(Mc 14.66-72; Lc 22.54-62; Jo 18.15-18,25-27)

69 Ora, Pedro estava sentado no pátio quando uma mulher que trabalhava ali se aproximou dele e lhe disse:

—Você também não estava com Jesus da Galileia?

70 Pedro, porém, negou diante de todos que conhecia a Jesus. Ele disse:

—Não sei do que você está falando.

71 E, saindo dali em direção à porta do pátio, ele foi visto por uma outra mulher que trabalhava ali, que disse aos homens que estavam ali:

—Este homem também estava com Jesus, o Nazareno.

72 E Pedro, pela segunda vez, negou que conhecia Jesus, jurando:

—Eu não conheço esse homem!

73 Pouco tempo depois, alguns homens se aproximaram de Pedro e lhe disseram:

—Não há dúvida de que você também é um deles; o seu modo de falar o acusa.

74 Pedro, então, começou a afirmar sob juramento, e assegurando se colocar debaixo da maldição de Deus se estivesse mentindo, disse:

—Já disse que não conheço esse homem!

E nesse mesmo instante o galo cantou. 75 Nesse momento Pedro se lembrou do que Jesus tinha lhe dito: “Antes que o galo cante, você negará três vezes que me conhece”. Então Pedro saiu dali, e chorou amargamente.

Marcos 14

O plano para matar Jesus

(Mt 26.1-5; Lc 22.1-2; Jo 11.45-53)

14 Faltavam apenas dois dias para a Páscoa e para a Festa dos Pães sem Fermento e tanto os líderes dos sacerdotes como os professores da lei procuravam um meio de prender Jesus à traição, e matá-lo. Eles diziam:

—Não vamos fazer isso durante a festa, para que não haja tumulto entre o povo.

Uma mulher honra Jesus em Betânia

(Mt 26.6-13; Jo 12.1-8)

Jesus estava na cidade de Betânia, à mesa na casa de Simão, o leproso, quando chegou uma mulher. Ela entrou com um frasco de alabastro cheio de um perfume muito caro feito de nardo puro. Quebrou o frasco e derramou o perfume sobre a cabeça de Jesus. Algumas das pessoas que estavam presentes ficaram indignadas e diziam umas para as outras:

—Que desperdício! Por que ela fez isso? Esse perfume poderia ter sido vendido por mais de 300 moedas de prata[a] e o dinheiro distribuído entre os pobres!

E começaram a criticá-la severamente. Mas Jesus lhes disse:

—Deixem-na em paz! Por que vocês a estão incomodando? Ela me fez uma coisa boa! Os pobres estarão sempre com vocês[b] e poderão ajudá-los quando quiserem. Eu, no entanto, não estarei sempre com vocês. Ela fez o que pôde; derramou perfume sobre o meu corpo antes do tempo e assim o preparou para o enterro. Digo a verdade a vocês: Em todos os lugares do mundo onde as Boas Novas forem proclamadas, o que ela acabou de fazer será contado em memória dela.

Judas concorda em ajudar os inimigos de Jesus

(Mt 26.14-16; Lc 22.3-6)

10 Judas Iscariotes, um dos doze discípulos, foi falar com os líderes dos sacerdotes a fim de trair Jesus. 11 Quando ouviram isto, eles ficaram muito felizes e prometeram lhe dar dinheiro. Assim, Judas começou a procurar uma boa oportunidade para trair a Jesus.

Os preparativos para a Páscoa

(Mt 26.17-25; Lc 22.7-14,21-23; Jo 13.21-30)

12 No primeiro dia da Festa dos Pães sem Fermento, quando o cordeiro da Páscoa era sacrificado, os seus discípulos lhe perguntaram:

—Onde quer que nós preparemos o jantar da Páscoa? 13 Jesus, então, chamando dois de seus discípulos, disse-lhes:

—Vão até a cidade. Lá, um homem que estará carregando um jarro de água se encontrará com vocês. Sigam-no 14 e digam isto ao dono da casa onde ele entrar: “O Mestre pergunta: Onde fica a sala na qual eu e meus discípulos poderemos comer o jantar da Páscoa?” 15 Ele lhes mostrará uma sala grande, toda mobiliada e pronta, no andar de cima da casa; façam ali os preparativos para nós.

16 Os discípulos partiram e foram para a cidade e, encontrando tudo exatamente como Jesus lhes tinha dito, prepararam o jantar da Páscoa.

Jesus fala sobre o seu traidor

17 Quando anoiteceu, Jesus e os seus doze discípulos foram até lá e, 18 enquanto estavam à mesa jantando, lhes disse:

—Digo a verdade a vocês: Um de vocês, que come comigo, me trairá.

19 E eles começaram a ficar tristes e a dizer-lhe, um após o outro:

—Por acaso sou eu?

20 Mas Jesus lhes disse:

—É um dos doze; um que molha o pão no prato comigo. 21 O Filho do Homem vai partir, assim como está escrito a respeito dele. Mas ai daquele por quem o Filho do Homem será traído! Seria melhor que ele nunca tivesse nascido!

A Ceia do Senhor

(Mt 26.26-30; Lc 22.15-20; 1Co 11.23-25)

22 Enquanto estavam comendo, Jesus pegou o pão e deu graças a Deus. Depois, partindo-o, o deu a seus discípulos, dizendo:

—Tomem; isto é o meu corpo.

23 Em seguida, Jesus pegou o cálice, deu graças a Deus e o passou aos discípulos e todos beberam dele. 24 Então Jesus lhes disse:

—Isto é o meu sangue, o sangue que sela a aliança entre Deus e seu povo, derramado em favor de muitos. 25 Digo a verdade a vocês: Eu nunca mais beberei vinho até o dia em que beber do vinho novo no reino de Deus. 26 Em seguida cantaram um hino e foram todos para o monte das Oliveiras.

Jesus diz que os seus discípulos vão abandoná-lo

(Mt 26.31-35; Lc 22.31-34; Jo 13.36-38)

27 Jesus disse a todos:

—Vocês pararão de crer em mim, pois as Escrituras dizem:

“Eu matarei o pastor
    e as ovelhas fugirão”.(A)

28 Mas, depois que eu ressuscitar, irei adiante de vocês para a Galileia.

29 Pedro, porém, lhe disse:

—Mesmo que todos abandonem a fé, eu nunca a abandonarei.

30 Então Jesus lhe disse:

—Digo-lhe a verdade: Hoje, nesta mesma noite, antes mesmo que o galo cante pela segunda vez, você negará três vezes que me conhece.

31 Pedro, entretanto, insistiu, dizendo:

—Eu nunca negarei que o conheço, nem mesmo que eu tenha que morrer com o senhor. E todos os outros disseram a mesma coisa.

Jesus ora sozinho

(Mt 26.36-46; Lc 22.39-46)

32 Depois, todos foram para um lugar chamado Getsêmani. Jesus disse aos seus discípulos:

—Sentem-se aqui enquanto eu oro.

33 E levou Pedro, Tiago e João com ele. Jesus começou a sentir-se angustiado e aflito 34 e então disse aos três:

—Como estou extremamente triste! Fiquem aqui e vigiem.

35 E, afastando-se um pouco, se ajoelhou e orou pedindo que, se fosse possível, Deus lhe poupasse aquela hora. 36 Ele dizia o seguinte:

—Querido Pai[c]! Todas as coisas são possíveis para o senhor. Eu lhe imploro que afaste de mim esse cálice de sofrimento,[d] mas que seja feita a sua vontade, e não a minha.

37 Depois, voltando até o lugar onde os três discípulos estavam, os encontrou dormindo. Então disse a Pedro:

—Você está dormindo, Simão? Será que não pôde vigiar nem mesmo por uma hora? 38 Vigiem e orem, para que vocês não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas o corpo é fraco.

39 Depois disso Jesus se afastou novamente e orou, pedindo a mesma coisa. 40 E, voltando pela segunda vez, Jesus os encontrou novamente dormindo, pois os olhos deles estavam pesados. Eles não sabiam o que lhe dizer. 41 E, voltando pela terceira vez, lhes disse:

—Vocês continuam dormindo e descansando? Basta! Chegou a hora. O Filho do Homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores. 42 Levantem-se e vamos embora! Olhem! Aí vem o homem que está me traindo.

Jesus é preso

(Mt 26.47-56; Lc 22.47-53; Jo 18.3-12)

43 E nesse mesmo instante, enquanto Jesus estava ainda falando, Judas, um dos doze, apareceu. Muitos homens, armados com espadas ou com pedaços de pau, o acompanhavam. Eles tinham sido enviados pelos líderes dos sacerdotes, pelos professores da lei e pelos líderes. 44 O traidor tinha combinado um sinal com eles, dizendo: “Aquele a quem eu beijar no rosto, é ele; prendam-no e levem-no com segurança”. 45 Assim que Judas chegou, se aproximou de Jesus e lhe disse:

—Mestre!—e o beijou no rosto.

46 Então os homens que estavam com Judas pegaram a Jesus e o prenderam. 47 Um dos homens que estava ali puxou a sua espada e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha. 48 Jesus então disse a eles:

—Por que vocês vieram com espadas e pedaços de pau para me prender como se eu fosse algum bandido? 49 Eu estava com vocês todos os dias, ensinando no templo, e vocês não me prenderam. Mas isto está acontecendo porque as Escrituras têm que ser cumpridas.

50 Então, todos os discípulos o abandonaram e fugiram.

O jovem que seguia a Jesus

51 Um jovem que seguia a Jesus estava usando somente um lençol para cobrir seu corpo. Eles tentaram agarrá-lo pelo lençol, 52 mas ele, largando o lençol, fugiu completamente nu.

Jesus diante do Conselho Superior

(Mt 26.57-68; Lc 22.54-55,63-71; Jo 18.13-14,19-24)

53 Jesus foi levado ao sumo sacerdote e todos os líderes dos sacerdotes, líderes e professores da lei se reuniram. 54 Pedro o tinha seguido de longe até chegar ao pátio do palácio do sumo sacerdote, e estava sentado com os guardas perto do fogo, se aquecendo.

55 Os líderes dos sacerdotes e todo o Conselho Superior de judeus procuravam encontrar alguma prova contra Jesus para que assim pudessem condená-lo à morte, mas não conseguiam. 56 Muitas pessoas testemunhavam mentiras contra ele, mas os depoimentos não eram coerentes. 57 Então, alguns homens se levantaram e testemunharam mentiras contra ele, dizendo:

58 —Nós o ouvimos dizer o seguinte: Eu destruirei este templo feito por mãos humanas e, em três dias, construirei outro, que não será feito por mãos humanas. 59 Nem assim o testemunho deles era coerente.

60 O sumo sacerdote se levantou então diante de todos e perguntou a Jesus:

—Você não vai responder nada? Não vai se defender das acusações que estão sendo feitas contra você?

61 Jesus, no entanto, permaneceu calado, não respondendo nada. O sumo sacerdote se dirigiu novamente a ele e perguntou:

—É verdade que você é o Cristo, Filho do Deus Bendito?

62 Jesus lhe respondeu:

—É verdade, e vocês verão o Filho do Homem sentado ao lado direito do Todo-Poderoso, vindo com as nuvens do céu.

63 O sumo sacerdote, então, rasgando as suas roupas, disse:

—Será que ainda precisamos de mais provas? 64 Vocês ouviram esse insulto contra Deus. O que vocês acham?

E todos o julgaram réu de morte. 65 Algumas pessoas começaram a cuspir nele, a cobrir o seu rosto, a dar-lhe murros e a dizer-lhe:

—Revele-nos quem lhe bateu! E os guardas o pegaram e bateram nele.

Pedro nega conhecer Jesus

(Mt 26.69-75; Lc 22.56-62; Jo 18.15-18,25-27)

66 Pedro ainda estava no pátio do palácio quando uma das mulheres que trabalhava para o sumo sacerdote chegou. 67 Quando ela viu Pedro se aquecendo, olhou bem para ele e disse:

—Você também estava com Jesus de Nazaré.

68 Mas ele negou, dizendo:

—Eu não o conheço. Não sei do que você está falando.

E saiu para o corredor. Logo depois disso o galo cantou.[e]

69 Mas quando aquela mulher o viu lá, começou a dizer aos que estavam perto:

—Este homem é um deles.

70 E novamente Pedro negou que conhecia Jesus. Pouco tempo depois as pessoas que estavam ali começaram a dizer a Pedro:

—Sem dúvida que você também é um deles, pois você também é da Galileia.

71 Pedro, então, começou a afirmar com juramento, e assegurando estar se colocando debaixo da maldição de Deus se estivesse mentindo, disse:

—Eu não conheço esse homem de quem vocês estão falando.

72 E nesse mesmo instante o galo cantou pela segunda vez, e Pedro se lembrou do que Jesus tinha dito: “Você negará que me conhece por três vezes antes que o galo cante pela segunda vez”. E caindo em si, começou a chorar.

Portuguese New Testament: Easy-to-Read Version (VFL)

© 1999, 2014, 2017 Bible League International