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Bible in 90 Days

An intensive Bible reading plan that walks through the entire Bible in 90 days.
Duration: 88 days
Nova Versão Internacional (NVI-PT)
Version
Jeremias 48 - Lamentações de Jeremias 1

Mensagem acerca de Moabe

48 Acerca de Moabe:

Assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel:

“Ai de Nebo, pois ficou em ruínas.
Quiriataim foi derrotada e capturada;
a fortaleza[a] foi derrotada e destroçada.
Moabe não é mais louvada;
    em Hesbom tramam a sua ruína:
‘Venham! Vamos dar fim àquela nação’.
    Você também ficará calada,
ó Madmém; a espada a perseguirá.
Ouçam os gritos de Horonaim:
    ‘Devastação! Grande destruição!
Moabe está destruída!’
    É o grito que se ouve até em Zoar[b].
Eles sobem pelo caminho para Luíte,
chorando amargamente
    enquanto seguem;
na estrada que desce a Horonaim
    ouvem-se gritos angustiados
    por causa da destruição.
Fujam! Corram para salvar suas vidas;
    tornem-se como um arbusto[c] no deserto.
Uma vez que vocês confiam
    em seus feitos e em suas riquezas,
vocês também serão capturados,
    e Camos irá para o exílio,
junto com seus sacerdotes e líderes.
O destruidor virá contra
    todas as cidades,
e nenhuma escapará.
O vale se tornará ruínas,
e o planalto será destruído,
    como o Senhor falou.
Ponham sal sobre Moabe,
    pois ela será deixada em ruínas;[d]
suas cidades ficarão devastadas,
    sem nenhum habitante.

10 “Maldito o que faz com negligência
    o trabalho do Senhor!
Maldito aquele que impede a sua espada
    de derramar sangue!

11 “Moabe tem estado tranqüila
    desde a sua juventude,
como o vinho deixado
    com os seus resíduos;
não foi mudada de vasilha em vasilha.
Nunca foi para o exílio;
por isso, o seu sabor
    permanece o mesmo
e o seu cheiro não mudou.
12 Portanto, certamente vêm os dias”,
    declara o Senhor,
“quando enviarei decantadores
    que a decantarão;
esvaziarão as suas jarras
    e as despedaçarão.
13 Então Moabe se decepcionará
    com Camos,
assim como Israel
    se decepcionou com Betel,
em quem confiava.

14 “Como vocês podem dizer:
    ‘Somos guerreiros,
somos homens de guerra’?
15 Moabe foi destruída
    e suas cidades serão invadidas;
o melhor dos seus jovens
    desceu para a matança”,
declara o Rei, cujo nome é
    Senhor dos Exércitos.
16 “A derrota de Moabe está próxima;
    a sua desgraça vem rapidamente.
17 Lamentem por ela,
    todos os seus vizinhos,
todos os que conhecem a sua fama.
Digam: Como está quebrado
    o cajado poderoso,
    o cetro glorioso!

18 “Desçam de sua glória
    e sentem-se sobre o chão ressequido,
ó moradores da cidade[e] de Dibom,
pois o destruidor de Moabe
    veio para atacá-los
    e destruir as suas fortalezas.
19 Fiquem junto à estrada e vigiem,
    vocês que vivem em Aroer.
Perguntem ao homem que
    foge e à mulher que escapa,
perguntem a eles: O que aconteceu?
20 Moabe ficou envergonhada,
    pois está destroçada.
Gritem e clamem!
Anunciem junto ao Arnom
    que Moabe foi destruída.
21 O julgamento chegou ao planalto:
    a Holom, Jaza e Mefaate,
22 a Dibom, Nebo e Bete-Diblataim,
23 a Quiriataim, Bete-Gamul
    e Bete-Meom,
24 a Queriote e Bozra,
a todas as cidades de Moabe,
    distantes e próximas.
25 O poder[f] de Moabe foi eliminado;
seu braço está quebrado”,
    declara o Senhor.

26 “Embriaguem-na,
    pois ela desafiou o Senhor.
Moabe se revolverá no seu vômito
    e será objeto de ridículo.
27 Não foi Israel objeto de ridículo
    para você?
Foi ele encontrado
    em companhia de ladrões
para que você sacuda a cabeça
    sempre que fala dele?
28 Abandonem as cidades!
Habitem entre as rochas,
    vocês que moram em Moabe!
Sejam como uma pomba
    que faz o seu ninho
    nas bordas de um precipício.

29 “Temos ouvido
    do orgulho de Moabe:
da sua extrema arrogância,
do seu orgulho e soberba,
e do seu espírito de superioridade.
30 Conheço bem a sua arrogância”,
    declara o Senhor.
“A sua tagarelice sem fundamento
    e as suas ações que nada alcançam.
31 Por isso, me lamentarei por Moabe,
gritarei por causa
    de toda a terra de Moabe,
prantearei pelos habitantes
    de Quir-Heres.
32 Chorarei por vocês
    mais do que choro por Jazar,
ó videiras de Sibma.
Os seus ramos se estendiam até o mar,
    e chegavam até Jazar.
O destruidor caiu sobre as suas frutas
    e sobre as suas uvas.
33 A alegria e a satisfação se foram
    das terras férteis de Moabe.
Interrompi a produção de vinho
    nos lagares.
Ninguém mais pisa as uvas
    com gritos de alegria;
embora haja gritos, não são de alegria.

34 “O grito de Hesbom
    é ouvido em Eleale e Jaaz,
desde Zoar até Horonaim
    e Eglate-Selisia,
pois até as águas do Ninrim secaram.
35 Em Moabe darei fim àqueles
    que fazem ofertas
    nos altares idólatras
e queimam incenso a seus deuses”,
    declara o Senhor.
36 “Por isso o meu coração
    lamenta-se por Moabe,
    como uma flauta;
lamenta-se como uma flauta
    pelos habitantes de Quir-Heres.
A riqueza que acumularam se foi.
37 Toda cabeça foi rapada
    e toda barba foi cortada;
toda mão sofreu incisões
e toda cintura foi coberta
    com veste de lamento.
38 Em todos os terraços de Moabe
    e nas praças
não há nada senão pranto,
pois despedacei Moabe
    como a um jarro
    que ninguém deseja”,
declara o Senhor.
39 “Como ela foi destruída!
Como lamentam!
Como Moabe dá as costas,
    envergonhada!
Moabe tornou-se objeto de ridículo
    e de pavor para todos os seus vizinhos”.

40 Assim diz o Senhor:

“Vejam! Uma águia planando
    estende as asas sobre Moabe.
41 Queriote será capturada,[g]
    e as fortalezas serão tomadas.
Naquele dia,
    a coragem dos guerreiros de Moabe
    será como a de uma mulher
    em trabalho de parto.
42 Moabe será destruída como nação
pois ela desafiou o Senhor.
43 Terror, cova e laço esperam por você,
    ó povo de Moabe”, declara o Senhor.
44 “Quem fugir do terror
    cairá numa cova,
e quem sair da cova
    será apanhado num laço.
Trarei sobre Moabe
    a hora do seu castigo”,
declara o Senhor.

45 “Na sombra de Hesbom
    os fugitivos se encontram
    desamparados,
pois um fogo saiu de Hesbom,
uma labareda, do meio de Seom;
e queima as testas
    dos homens de Moabe
e os crânios dos homens turbulentos.
46 Ai de você, ó Moabe!
O povo de Camos está destruído;
seus filhos são levados para o exílio,
e suas filhas para o cativeiro.

47 “Contudo, restaurarei a sorte de Moabe
    em dias vindouros”, declara o Senhor.

Aqui termina a sentença sobre Moabe.

Mensagem acerca de Amom

49 Acerca dos amonitas:

Assim diz o Senhor:

“Por acaso Israel não tem filhos?
Será que não tem herdeiros?
Por que será então que Moloque[h]
    se apossou de Gade?
Por que seu povo vive
    nas cidades de Gade?
Portanto, certamente vêm os dias”,
    declara o Senhor,
“em que farei soar o grito de guerra
    contra Rabá dos amonitas;
ela virá a ser uma pilha de ruínas,
e os seus povoados ao redor
    serão incendiados.
Então Israel expulsará
    aqueles que o expulsaram”,
diz o Senhor.
“Lamente-se, ó Hesbom,
    pois Ai está destruída!
Gritem, ó moradores de Rabá!
Ponham veste de lamento e chorem!
Corram para onde der,
pois Moloque irá para o exílio
com os seus sacerdotes
    e os seus oficiais.
Por que você se orgulha de seus vales?
Por que se orgulha
de seus vales tão frutíferos?
    Ó filha infiel!
Você confia em suas riquezas e diz:
    ‘Quem me atacará?’
Farei com que você tenha pavor
    de tudo o que está a sua volta”,
diz o Senhor, o Senhor dos Exércitos.
    “Vocês serão dispersos,
    cada um numa direção,
e ninguém conseguirá
    reunir os fugitivos.

“Contudo, depois disso,
    restaurarei a sorte dos amonitas”,
declara o Senhor.

Mensagem acerca de Edom

Acerca de Edom:

Assim diz o Senhor dos Exércitos:

“Será que já não há mais
    sabedoria em Temã?
Será que o conselho
    desapareceu dos prudentes?
A sabedoria deles deteriorou-se?
Voltem-se e fujam,
escondam-se em cavernas profundas,
    vocês que moram em Dedã,
pois trarei a ruína sobre Esaú
    na hora em que eu o castigar.
Se os que colhem uvas
    viessem até você,
não deixariam eles
    apenas umas poucas uvas?
Se os ladrões viessem durante a noite,
    não roubariam
apenas o quanto desejassem?
10 Mas eu despi Esaú
    e descobri os seus esconderijos,
para que ele não mais se esconda.
Os seus filhos, parentes
    e vizinhos foram destruídos.
Ninguém restou[i] para dizer:
11 ‘Deixe os seus órfãos;
    eu protegerei a vida deles.
    As suas viúvas também
    podem confiar em mim’”.

12 Assim diz o Senhor: “Se aqueles para quem o cálice não estava reservado tiveram que bebê-lo, por que você deveria ficar impune? Você não ficará sem castigo, mas irá bebê-lo. 13 Eu juro por mim mesmo”, declara o Senhor, “que Bozra ficará em ruínas e desolada; ela se tornará objeto de afronta e de maldição, e todas as suas cidades serão ruínas para sempre”.

14 Ouvi uma mensagem
    da parte do Senhor;
um mensageiro foi mandado
    às nações para dizer:
“Reúnam-se para atacar Edom!
    Preparem-se para a batalha!”

15 “Agora eu faço de você
    uma nação pequena
    entre as demais,
desprezada pelos homens.
16 O pavor que você inspira
    e o orgulho de seu coração
    o enganaram,
a você, que vive nas fendas das rochas,
que ocupa os altos das colinas.
Ainda que você, como a águia,
    faça o seu ninho nas alturas,
de lá eu o derrubarei”,
    declara o Senhor.
17 “Edom se tornará objeto de terror;
todos os que por ali passarem
    ficarão chocados e zombarão
por causa de todas as suas feridas.
18 Como foi com a destruição
    de Sodoma e Gomorra,
e das cidades vizinhas”,
    diz o Senhor,
“ninguém mais habitará ali,
    nenhum homem residirá nela.

19 “Como um leão
    que sobe da mata do Jordão
    em direção aos pastos verdejantes,
subitamente eu caçarei Edom
pondo-o fora de sua terra.
Quem é o escolhido
    que designarei para isso?
Quem é como eu
    que possa me desafiar?
E que pastor pode me resistir[j]?”
20 Por isso, ouçam o que
    o Senhor planejou contra Edom,
o que preparou contra
    os habitantes de Temã:
Os menores do rebanho
    serão arrastados,
e as pastagens ficarão devastadas
    por causa deles.
21 Ao som de sua queda a terra tremerá;
o grito deles ressoará
    até o mar Vermelho.
22 Vejam! Uma águia,
    subindo e planando,
    estende as asas sobre Bozra.
Naquele dia,
    a coragem dos guerreiros de Edom
    será como a de uma mulher que está dando à luz.

Mensagem acerca de Damasco

23 Acerca de Damasco:

“Hamate e Arpade estão atônitas,
    pois ouviram más notícias.
Estão desencorajadas,
    perturbadas como o mar agitado.
24 Damasco tornou-se frágil,
ela se virou para fugir,
e o pânico tomou conta dela;
angústia e dor dela se apoderaram,
dor como a de uma mulher
    em trabalho de parto.
25 Como está abandonada
    a cidade famosa,
a cidade da alegria!
26 Por isso, os seus jovens
    cairão nas ruas
e todos os seus guerreiros
    se calarão naquele dia”,
declara o Senhor dos Exércitos.
27 “Porei fogo nas muralhas de Damasco,
    que consumirá as fortalezas
    de Ben-Hadade”.

Mensagem acerca de Quedar e de Hazor

28 Acerca de Quedar e os reinos de Hazor, que Nabucodonosor, rei da Babilônia, derrotou:

Assim diz o Senhor:

“Preparem-se, ataquem Quedar
    e destruam o povo do oriente.
29 Tomem suas tendas e seus rebanhos,
suas cortinas com todos
    os seus utensílios e camelos.
Gritem contra eles:
    ‘Há terror por todos os lados!’

30 “Fujam rapidamente!
Escondam-se em cavernas profundas,
    vocês habitantes de Hazor”,
    diz o Senhor.
“Nabucodonosor, rei da Babilônia,
    fez planos e projetos contra vocês.

31 “Preparem-se e ataquem uma nação
    que vive tranqüila e confiante”,
declara o Senhor,
“uma nação que não tem portas
    nem trancas,
    e que vive sozinha.
32 Seus camelos se tornarão despojo
    e suas grandes manadas, espólio.
Espalharei ao vento
    aqueles que rapam a cabeça[k],
e de todos os lados trarei a sua ruína”,
    declara o Senhor.
33 “Hazor se tornará
    uma habitação de chacais,
uma ruína para sempre.
Ninguém mais habitará ali,
nenhum homem residirá nela.”

Mensagem acerca de Elão

34 Esta é a palavra do Senhor que veio ao profeta Jeremias acerca de Elão, no início do reinado de Zedequias, rei de Judá:

35 Assim diz o Senhor dos Exércitos:

“Vejam, quebrarei o arco de Elão,
    a base de seu poder.
36 Farei com que os quatro ventos,
    que vêm dos quatro cantos do céu,
    soprem contra Elão.
E eu os dispersarei aos quatro ventos,
e não haverá nenhuma nação
    para onde não sejam levados
    os exilados de Elão.
37 Farei com que Elão trema
    diante dos seus inimigos,
diante daqueles que desejam
    tirar-lhe a vida.
Trarei a desgraça sobre eles,
a minha ira ardente”,
    declara o Senhor.
“Farei com que a espada os persiga
até que eu os tenha eliminado.
38 Porei meu trono em Elão
    e destruirei seu rei e seus líderes”,
declara o Senhor.

39 “Contudo, restaurarei a sorte de Elão
    em dias vindouros”,
declara o Senhor.

Mensagem acerca da Babilônia

50 Esta é a palavra que o Senhor falou pelo profeta Jeremias acerca da Babilônia e da terra dos babilônios:

“Anunciem e proclamem
    entre as nações,
ergam um sinal e proclamem;
    não escondam nada.
Digam: ‘A Babilônia foi conquistada;
Bel foi humilhado,
Marduque está apavorado.
As imagens da Babilônia
estão humilhadas
    e seus ídolos apavorados’.
Uma nação vinda do norte a atacará,
arrasará a sua terra e não deixará nela
    nenhum habitante;
tanto homens como animais fugirão.

“Naqueles dias e naquela época”,
    declara o Senhor,
“o povo de Israel
    e o povo de Judá virão juntos,
chorando e buscando
    o Senhor, o seu Deus.
Perguntarão pelo caminho para Sião
    e voltarão o rosto na direção dela.
Virão e se apegarão ao Senhor
numa aliança permanente
    que não será esquecida.

“Meu povo tem sido ovelhas perdidas;
seus pastores as desencaminharam
e as fizeram perambular pelos montes.
Elas vaguearam por montanhas e colinas
e se esqueceram de seu próprio curral.
Todos que as encontram as devoram.
Os seus adversários disseram:
‘Não somos culpados,
    pois elas pecaram contra o Senhor,
    sua verdadeira pastagem,
o Senhor, a esperança
    de seus antepassados’.

“Fujam da Babilônia;
    saiam da terra dos babilônios
e sejam como os bodes
    que lideram o rebanho.
Vejam! Eu mobilizarei
    e trarei contra a Babilônia uma coalizão
    de grandes nações do norte.
Elas tomarão posição de combate
    contra ela e a conquistarão.
Suas flechas serão
    como guerreiros bem treinados,
    que não voltam de mãos vazias.
10 Assim a Babilônia[l] será saqueada;
    todos os que a saquearem se fartarão”,
declara o Senhor.

11 “Ainda que você
    esteja alegre e exultante,
você que saqueia a minha herança;
ainda que você seja brincalhão
como uma novilha solta no pasto,
    e relinche como os garanhões,
12 sua mãe se envergonhará
    profundamente;
aquela que lhe deu à luz
    ficará constrangida.
Ela se tornará a menor das nações,
    um deserto, uma terra seca e árida.
13 Por causa da ira do Senhor
    ela não será habitada,
mas estará completamente desolada.
Todos os que passarem pela Babilônia
    ficarão chocados e zombarão
por causa de todas as suas feridas.

14 “Tomem posição de combate
    em volta da Babilônia,
todos vocês que empunham o arco.
Atirem nela! Não poupem flechas,
    pois ela pecou contra o Senhor.
15 Soem contra ela um grito de guerra
    de todos os lados!
Ela se rende, suas torres caem
    e suas muralhas são derrubadas.
Esta é a vingança do Senhor;
    vinguem-se dela!
Façam a ela o que ela fez aos outros!
16 Eliminem da Babilônia o semeador
    e o ceifeiro, com a sua foice na colheita.
Por causa da espada do opressor,
que cada um volte
    para o seu próprio povo,
e cada um fuja para a sua própria terra.

17 “Israel é um rebanho disperso,
    afugentado por leões.
O primeiro a devorá-lo
    foi o rei da Assíria;
e o último a esmagar os seus ossos
    foi Nabucodonosor, rei da Babilônia”.

18 Portanto, assim diz

o Senhor dos Exércitos,

o Deus de Israel:

“Castigarei o rei da Babilônia
    e a sua terra assim como
castiguei o rei da Assíria.
19 Mas trarei Israel de volta
    a sua própria pastagem
e ele pastará no Carmelo e em Basã;
e saciará o seu apetite
    nos montes de Efraim e em Gileade.
20 Naqueles dias, naquela época”,
    declara o Senhor,
“se procurará pela iniqüidade de Israel,
    mas nada será achado,
pelos pecados de Judá,
    mas nenhum será encontrado,
pois perdoarei o remanescente
    que eu poupar.

21 “Ataquem a terra de Merataim
    e aqueles que moram em Pecode.
Persigam-nos, matem-nos
    e destruam-nos totalmente”,
declara o Senhor.
    “Façam tudo o que lhes ordenei.
22 Há ruído de batalha na terra;
    grande destruição!
23 Quão quebrado e destroçado
    está o martelo de toda a terra!
Quão arrasada está a Babilônia
    entre as nações!
24 Preparei uma armadilha para você,
    ó Babilônia,
e você foi apanhada antes de percebê-lo;
    você foi achada e capturada
porque se opôs ao Senhor.
25 O Senhor abriu o seu arsenal
    e trouxe para fora as armas da sua ira,
pois o Soberano, o Senhor dos Exércitos,
    tem trabalho para fazer
    na terra dos babilônios.
26 Venham contra ela
    dos confins da terra.
Arrombem os seus celeiros;
    empilhem-na como feixes de cereal.
Destruam-na totalmente
    e não lhe deixem nenhum remanescente.
27 Matem todos os seus
    jovens guerreiros!
Que eles desçam para o matadouro!
Ai deles! Pois chegou o seu dia,
a hora de serem castigados.
28 Escutem os fugitivos
    e refugiados vindos da Babilônia,
declarando em Sião como o Senhor,
    o nosso Deus, se vingou,
como se vingou de seu templo.

29 “Convoquem flecheiros
    contra a Babilônia,
todos aqueles que empunham o arco.
Acampem-se todos ao redor dela;
    não deixem ninguém escapar.
Retribuam a ela conforme os seus feitos;
    façam com ela tudo o que ela fez.
Porque ela desafiou o Senhor,
    o Santo de Israel.
30 Por isso, os seus jovens cairão nas ruas
e todos os seus guerreiros
    se calarão naquele dia”,
declara o Senhor.
31 “Veja, estou contra você,
    ó arrogante”,
declara o Soberano,
    o Senhor dos Exércitos,
“pois chegou o seu dia,
    a sua hora de ser castigada.
32 A arrogância tropeçará e cairá,
    e ninguém a ajudará a se levantar.
Incendiarei as suas cidades,
    e o fogo consumirá tudo ao seu redor”.

33 Assim diz o Senhor dos Exércitos:

“O povo de Israel está sendo oprimido,
    e também o povo de Judá.
Todos os seus captores
    os prendem à força,
recusando deixá-los ir.
34 Contudo, o Redentor deles é forte;
    Senhor dos Exércitos é o seu nome.
Ele mesmo defenderá a causa deles,
    e trará descanso à terra,
mas inquietação
    aos que vivem na Babilônia.

35 “Uma espada contra os babilônios!”,
    declara o Senhor;
“contra os que vivem na Babilônia
    e contra seus líderes e seus sábios!
36 Uma espada contra
    os seus falsos profetas!
Eles se tornarão tolos.
Uma espada contra os seus guerreiros!
Eles ficarão apavorados.
37 Uma espada contra os seus cavalos,
contra os seus carros de guerra
e contra todos os estrangeiros
    em suas fileiras!
Eles serão como mulheres.
Uma espada contra os seus tesouros!
Eles serão saqueados.
38 Uma espada contra as suas águas!
Elas secarão.
Porque é uma terra
    de imagens esculpidas,
e eles enlouquecem
    por causa de seus ídolos horríveis.

39 “Por isso, criaturas do deserto e hienas
    nela morarão,
e as corujas nela habitarão.
Ela jamais voltará a ser povoada
nem haverá quem nela viva no futuro.
40 Como Deus destruiu
    Sodoma e Gomorra
    e as cidades vizinhas”,
diz o Senhor,
“ninguém mais habitará ali,
nenhum homem residirá nela.

41 “Vejam! Vem vindo um povo do norte;
    uma grande nação
e muitos reis se mobilizam
    desde os confins da terra.
42 Eles empunham o arco e a lança;
    são cruéis e não têm misericórdia,
e o seu barulho é como
    o bramido do mar.
Vêm montados em seus cavalos,
    em formação de batalha,
para atacá-la, ó cidade[m] de Babilônia.
43 Quando o rei da Babilônia
    ouviu relatos sobre eles,
as suas mãos amoleceram.
A angústia tomou conta dele,
dores como as de uma mulher
    que está dando à luz.
44 Como um leão
    que sobe da mata do Jordão
em direção aos pastos verdejantes,
    subitamente eu caçarei a Babilônia
pondo-a fora de sua terra.
    Quem é o escolhido
que designarei para isso?
Quem é como eu que possa me desafiar?
E que pastor pode me resistir?”
45 Por isso ouçam o que o
    Senhor planejou contra a Babilônia,
o que ele preparou
    contra a terra dos babilônios:
os menores do rebanho
    serão arrastados,
e as pastagens ficarão devastadas
    por causa deles.
46 Ao som da tomada da Babilônia
    a terra tremerá;
o grito deles ressoará entre as nações.

51 Assim diz o Senhor:

“Vejam! Levantarei um vento destruidor
    contra a Babilônia,
contra o povo de Lebe-Camai[n].
Enviarei estrangeiros para a Babilônia
    a fim de peneirá-la como trigo
    e devastar a sua terra.
No dia de sua desgraça
    virão contra ela de todos os lados.
Que o arqueiro não arme o seu arco
    nem vista a sua armadura.
Não poupem os seus jovens guerreiros,
    destruam completamente
    o seu exército.
Eles cairão mortos na Babilônia[o],
    mortalmente feridos em suas ruas.
Israel e Judá não foram abandonadas
    como viúvas pelo seu Deus,
o Senhor dos Exércitos,
    embora a terra dos babilônios
    esteja cheia de culpa
    diante do Santo de Israel.

“Fujam da Babilônia!
    Cada um por si!
Não sejam destruídos
    por causa da iniqüidade dela.
É hora da vingança do Senhor;
ele lhe pagará o que ela merece.
A Babilônia era um cálice de ouro
    nas mãos do Senhor;
ela embriagou a terra toda.
As nações beberam o seu vinho;
por isso enlouqueceram.
A Babilônia caiu de repente
    e ficou arruinada.
Lamentem-se por ela!
Consigam bálsamo para a sua ferida;
talvez ela possa ser curada.

“‘Gostaríamos de ter curado Babilônia,
    mas ela não pode ser curada;
deixem-na
    e vamos, cada um para a sua própria terra,
pois o julgamento dela chega ao céu,
    eleva-se tão alto quanto as nuvens.

10 “‘O Senhor defendeu o nosso nome;
    venham, contemos em Sião o que
o Senhor, o nosso Deus, tem feito’.

11 “Afiem as flechas,
    peguem os escudos!
O Senhor incitou o espírito
    dos reis dos medos,
porque seu propósito
    é destruir a Babilônia.
O Senhor se vingará,
    se vingará de seu templo.
12 Ergam o sinal para atacar
    as muralhas da Babilônia!
Reforcem a guarda!
Posicionem as sentinelas!
Preparem uma emboscada!
O Senhor executará o seu plano,
o que ameaçou fazer
    contra os habitantes da Babilônia.
13 Você que vive junto a muitas águas
    e está rico de tesouros,
chegou o seu fim,
    a hora de você ser eliminado.
14 O Senhor dos Exércitos
    jurou por si mesmo:
Com certeza a encherei de homens,
    como um enxame de gafanhotos,
e eles gritarão triunfantes sobre você.

15 “Mas foi Deus quem fez a terra
    com o seu poder;
firmou o mundo com a sua sabedoria
    e estendeu os céus
com o seu entendimento.
16 Ao som do seu trovão,
    as águas no céu rugem;
ele faz com que as nuvens se levantem
    desde os confins da terra.
Ele faz relâmpagos para a chuva
    e faz sair o vento de seus depósitos.

17 “São todos eles estúpidos e ignorantes;
cada ourives é envergonhado
    pela imagem que esculpiu.
Suas imagens esculpidas
    são uma fraude,
elas não têm fôlego de vida.
18 Elas são inúteis,
    são objeto de zombaria.
Quando vier o julgamento delas,
    perecerão.
19 Aquele que é a Porção de Jacó
    não é como esses,
pois ele é quem forma todas as coisas,
    e Israel é a tribo de sua propriedade;
Senhor dos Exércitos
    é o seu nome.

20 “Você é o meu martelo,
    a minha arma de guerra.
Com você eu despedaço nações,
    com você eu destruo reinos,
21 com você despedaço
    cavalo e cavaleiro,
com você despedaço
    carro de guerra e cocheiro,
22 com você despedaço homem e mulher,
    com você despedaço velho e jovem,
com você despedaço rapaz e moça,
23 com você despedaço pastor e rebanho,
    com você despedaço lavrador e bois,
com você despedaço
    governadores e oficiais.

24 “Retribuirei à Babilônia e a todos os que vivem na Babilônia toda a maldade que fizeram em Sião diante dos olhos de vocês”, declara o Senhor.

25 “Estou contra você,
    ó montanha destruidora,
você que destrói a terra inteira”,
    declara o Senhor.
“Estenderei minha mão contra você,
eu a farei rolar dos penhascos,
e farei de você
    uma montanha calcinada.
26 Nenhuma pedra sua será cortada
    para servir de pedra angular,
    nem para um alicerce,
pois você estará arruinada para sempre”,
    declara o Senhor.

27 “Ergam um estandarte na terra!
    Toquem a trombeta entre as nações!
Preparem as nações
    para o combate contra ela;
convoquem contra ela estes reinos:
    Ararate, Mini e Asquenaz.
Nomeiem um comandante contra ela;
lancem os cavalos ao ataque
    como um enxame de gafanhotos.
28 Preparem as nações
    para o combate contra ela:
os reis dos medos, seus governadores
    e todos os seus oficiais,
e todos os países que governam.
29 A terra treme e se contorce de dor,
pois permanecem em pé
    os planos do Senhor
    contra a Babilônia:
desolar a terra da Babilônia
    para que fique desabitada.
30 Os guerreiros da Babilônia
    pararam de lutar;
permanecem em suas fortalezas.
A força deles acabou;
tornaram-se como mulheres.
As habitações dela estão incendiadas;
as trancas de suas portas
    estão quebradas.
31 Um emissário vai após outro,
e um mensageiro sai
    após outro mensageiro
para anunciar ao rei da Babilônia
    que sua cidade inteira foi capturada,
32 os vaus do rio foram tomados,
a vegetação dos pântanos foi incendiada,
    e os soldados ficaram aterrorizados.”

33 Assim diz o Senhor dos Exércitos,

Deus de Israel:

“A cidade[p] de Babilônia é como uma eira;
a época da colheita
    logo chegará para ela”.

34 “Nabucodonosor, rei da Babilônia,
    devorou-nos, lançou-nos em confusão,
fez de nós um jarro vazio.
Tal como uma serpente ele nos engoliu,
encheu seu estômago
    com nossas finas comidas
e então nos vomitou.
35 Que a violência
    cometida contra nossa carne[q]
    esteja sobre a Babilônia”,
dizem os habitantes de Sião.
“Que o nosso sangue esteja sobre
    aqueles que moram na Babilônia”,
diz Jerusalém.

36 Por isso, assim diz o Senhor:

“Vejam, defenderei a causa de vocês
    e os vingarei;
secarei o seu mar
    e esgotarei as suas fontes.
37 A Babilônia se tornará
    um amontoado de ruínas,
uma habitação de chacais,
objeto de pavor e de zombaria,
um lugar onde ninguém vive.
38 O seu povo todo
    ruge como leõezinhos,
rosnam como filhotes de leão.
39 Mas, enquanto estiverem excitados,
    prepararei um banquete para eles
e os deixarei bêbados,
    para que fiquem bem alegres
e, então, durmam e jamais acordem”,
    declara o Senhor.
40 “Eu os levarei como cordeiros
    para o matadouro,
como carneiros e bodes.

41 “Como Sesaque[r] será capturada!
    Como o orgulho de toda a terra será tomado!
Que horror a Babilônia
    será entre as nações!
42 O mar se levantará sobre a Babilônia;
    suas ondas agitadas a cobrirão.
43 Suas cidades serão arrasadas,
uma terra seca e deserta,
uma terra onde ninguém mora,
pela qual nenhum homem passa.
44 Castigarei Bel na Babilônia
    e o farei vomitar o que engoliu.
As nações não mais acorrerão a ele.
E a muralha da Babilônia cairá.

45 “Saia dela, meu povo!
Cada um salve a sua própria vida,
    da ardente ira do Senhor.
46 Não desanimem
    nem tenham medo
quando ouvirem rumores na terra;
um rumor chega este ano,
    outro no próximo,
rumor de violência na terra
    e de governante contra governante.
47 Portanto, certamente vêm os dias
    quando castigarei as imagens
    esculpidas da Babilônia;
toda a sua terra será envergonhada,
e todos os seus mortos jazerão
    caídos dentro dela.
48 Então o céu e a terra
    e tudo o que existe neles
gritarão de alegria
    por causa da Babilônia,
pois do norte destruidores a atacarão”,
    declara o Senhor.

49 “A Babilônia cairá
    por causa dos mortos de Israel,
assim como os mortos de toda a terra
    caíram por causa da Babilônia.
50 Vocês que escaparam da espada,
    saiam! Não permaneçam!
Lembrem-se do Senhor
    numa terra distante,
e pensem em Jerusalém.

51 “Vocês dirão: ‘Estamos envergonhados
    pois fomos insultados
e a vergonha cobre o nosso rosto,
porque estrangeiros penetraram
    nos lugares santos
    do templo do Senhor’.

52 “Portanto, certamente vêm os dias”,
    declara o Senhor,
“quando castigarei
    as suas imagens esculpidas,
e por toda a sua terra
    os feridos gemerão.
53 Mesmo que a Babilônia chegue ao céu
    e fortifique no alto a sua fortaleza,
enviarei destruidores contra ela”,
    declara o Senhor.

54 “Vem da Babilônia o som de um grito;
o som de grande destruição
    vem da terra dos babilônios.
55 O Senhor destruirá a Babilônia;
    ele silenciará o seu grande ruído.
Ondas de inimigos avançarão
    como grandes águas;
o rugir de suas vozes ressoará.
56 Um destruidor virá contra a Babilônia;
seus guerreiros serão capturados,
e seus arcos serão quebrados.
Pois o Senhor é um
    Deus de retribuição;
ele retribuirá plenamente.
57 Embebedarei os seus líderes
    e os seus sábios;
os seus governadores,
    os seus oficiais e os seus guerreiros.
Eles dormirão para sempre
    e jamais acordarão”,
declara o Rei,
    cujo nome é Senhor dos Exércitos.

58 Assim diz o Senhor dos Exércitos:

“A larga muralha da Babilônia
    será desmantelada
e suas altas portas serão incendiadas.
Os povos se exaurem por nada,
o trabalho das nações não passa
    de combustível para as chamas”.

59 Esta é a mensagem que Jeremias deu ao responsável pelo acampamento, Seraías, filho de Nerias, filho de Maaséias, quando ele foi à Babilônia com o rei Zedequias de Judá, no quarto ano do seu reinado. 60 Jeremias escreveu num rolo todas as desgraças que sobreviriam à Babilônia, tudo que fora registrado acerca da Babilônia. 61 Ele disse a Seraías: “Quando você chegar à Babilônia, tenha o cuidado de ler todas estas palavras em alta voz. 62 Então diga: Ó Senhor, disseste que destruirás este lugar, para que nem homem nem animal viva nele, pois ficará em ruínas para sempre. 63 Quando você terminar de ler este rolo, amarre nele uma pedra e atire-o no Eufrates. 64 Então diga: Assim Babilônia afundará para não mais se erguer, por causa da desgraça que trarei sobre ela. E seu povo cairá”.

Aqui terminam as palavras de Jeremias.

A Queda de Jerusalém

52 Zedequias tinha vinte e um anos quando se tornou rei, e reinou onze anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Hamutal, filha de Jeremias, de Libna. Ele fez o que o Senhor reprova, assim como fez Jeoaquim. A ira do Senhor havia sido provocada em Jerusalém e em Judá de tal forma que ele teve que tirá-los da sua presença.

Zedequias se rebelou contra o rei da Babilônia.

Então, no nono ano do reinado de Zedequias, no décimo mês, Nabucodonosor, rei da Babilônia, marchou contra Jerusalém com todo o seu exército. Acamparam fora da cidade e construíram torres de assalto ao redor dela. A cidade ficou sob cerco até o décimo primeiro ano do rei Zedequias.

Ao chegar o nono dia do quarto mês a fome era tão severa que não havia comida para o povo. Então o muro da cidade foi rompido. O rei e todos os soldados fugiram e saíram da cidade, à noite, na direção do jardim real, pela porta entre os dois muros, embora os babilônios estivessem cercando a cidade. Foram para a Arabá[s], mas os babilônios perseguiram o rei Zedequias e o alcançaram na planície de Jericó. Todos os seus soldados se separaram dele e se dispersaram, e ele foi capturado.

Ele foi levado ao rei da Babilônia em Ribla, na terra de Hamate, que o sentenciou. 10 Em Ribla, o rei da Babilônia mandou executar os filhos de Zedequias diante de seus olhos, e também matou todos os nobres de Judá. 11 Então mandou furar os olhos de Zedequias e prendê-lo com correntes de bronze e o levou para a Babilônia, onde o manteve na prisão até o dia de sua morte.

12 No décimo dia do quinto mês, no décimo nono ano de Nabucodonosor, rei da Babilônia, Nebuzaradã, comandante da guarda imperial, que servia o rei da Babilônia, veio a Jerusalém. 13 Ele incendiou o templo do Senhor, o palácio real e todas as casas de Jerusalém. Todos os edifícios importantes foram incendiados por ele. 14 O exército babilônio, sob o comandante da guarda imperial, derrubou todos os muros em torno de Jerusalém. 15 Nebuzaradã deportou para a Babilônia alguns dos mais pobres e o povo que restou na cidade, juntamente com o restante dos artesãos[t] e aqueles que tinham se rendido ao rei da Babilônia. 16 Mas Nebuzaradã deixou para trás o restante dos mais pobres da terra para trabalhar nas vinhas e campos.

17 Os babilônios despedaçaram as colunas de bronze, os estrados móveis e o mar de bronze que ficavam no templo do Senhor e levaram todo o bronze para a Babilônia. 18 Também levaram embora as panelas, pás, tesouras de pavio, bacias de aspersão, tigelas e todos os utensílios de bronze usados no serviço do templo. 19 O comandante da guarda imperial levou embora as pias, os incensários, as bacias de aspersão, as panelas, os candeeiros, as tigelas e as bacias usadas para as ofertas derramadas, tudo que era feito de ouro puro ou de prata.

20 O bronze tirado das duas colunas, o mar e os doze touros de bronze debaixo dele, e os estrados móveis, que o rei Salomão fizera para o templo do Senhor, eram mais do que se podia pesar. 21 Cada uma das colunas tinha oito metros e dez centímetros de altura e cinco metros e quarenta centímetros de circunferência[u]; cada uma tinha quadro dedos de espessura e era oca. 22 O capitel de bronze no alto de uma coluna tinha dois metros e vinte e cinco centímetros de altura e era ornamentado com uma peça entrelaçada e romãs de bronze em volta, tudo de bronze. A outra coluna, com suas romãs, era igual. 23 Havia noventa e seis romãs nos lados; o número total de romãs acima da peça entrelaçada ao redor era de cem.

24 O comandante da guarda tomou como prisioneiros o sumo sacerdote Seraías, o sacerdote adjunto Sofonias e os três guardas das portas. 25 Dos que ainda estavam na cidade, tomou o oficial encarregado dos homens de combate e sete conselheiros reais. Também tomou o secretário, que era o oficial maior encarregado do alistamento do povo da terra, e sessenta de seus homens que foram encontrados na cidade. 26 O comandante Nebuzaradã tomou todos eles e os levou ao rei da Babilônia em Ribla. 27 Ali, em Ribla, na terra de Hamate, o rei fez com que fossem executados.

Assim Judá foi para o cativeiro, longe de sua terra. 28 Este é o número dos que Nebuzaradã levou para o exílio:

No sétimo ano, 3.023 judeus;

29 no décimo oitavo ano de Nabucodonosor,

832 de Jerusalém;

30 em seu vigésimo terceiro ano,

745 judeus levados ao exílio pelo comandante da guarda imperial, Nebuzaradã.

Foram ao todo 4.600 judeus.

Joaquim é Libertado

31 No trigésimo sétimo ano do exílio do rei Joaquim de Judá, no ano em que Evil-Merodaque[v] tornou-se rei de Babilônia, ele libertou Joaquim, rei de Judá, da prisão no vigésimo quinto dia do décimo segundo mês. 32 Ele falou bondosamente com ele e deu-lhe um assento de honra mais elevado do que os dos outros reis que estavam com ele na Babilônia. 33 Desse modo Joaquim tirou as roupas da prisão e pelo resto da vida comeu à mesa do rei. 34 O rei da Babilônia deu a Joaquim uma pensão diária até o dia de sua morte.

[w]Como está deserta a cidade,
    antes tão cheia de gente!
Como se parece com uma viúva,
    a que antes era grandiosa entre as nações!
A que era a princesa das províncias
    agora tornou-se uma escrava.
Chora amargamente à noite,
    as lágrimas rolam por seu rosto.
De todos os seus amantes
    nenhum a consola.
Todos os seus amigos a traíram;
    tornaram-se seus inimigos.
Em aflição e sob trabalhos forçados,
    Judá foi levado ao exílio.
Vive entre as nações
    sem encontrar repouso.
Todos os que a perseguiram a capturaram
    em meio ao seu desespero.
Os caminhos para Sião pranteiam,
    porque ninguém comparece
    às suas festas fixas.
Todas as suas portas estão desertas,
seus sacerdotes gemem,
    suas moças se entristecem,
e ela se encontra em angústia profunda.
Seus adversários são os seus chefes;
    seus inimigos estão tranqüilos.
O Senhor lhe trouxe tristeza
    por causa dos seus muitos pecados.
Seus filhos foram levados ao exílio,
    prisioneiros dos adversários.
Todo o esplendor fugiu da cidade[x] de Sião.
Seus líderes são como corças
    que não encontram pastagem;
sem forças fugiram diante do perseguidor.
Nos dias da sua aflição e do seu desnorteio
    Jerusalém se lembra de todos os tesouros
que lhe pertenciam nos tempos passados.
Quando o seu povo caiu nas mãos do inimigo,
    ninguém veio ajudá-la.
Seus inimigos olharam para ela
    e zombaram da sua queda.
Jerusalém cometeu graves pecados;
    por isso tornou-se impura.
Todos os que a honravam agora a desprezam,
    porque viram a sua nudez;
ela mesma geme e se desvia deles.
Sua impureza prende-se às suas saias;
    ela não esperava que chegaria o seu fim.
Sua queda foi surpreendente;
    ninguém veio consolá-la.
“Olha, Senhor, para a minha aflição,
    pois o inimigo triunfou.”
10 O adversário saqueia todos os seus tesouros;
ela viu nações pagãs entrarem
    em seu santuário,
sendo que tu as tinhas proibido
    de participar das tuas assembléias.
11 Todo o seu povo se lamenta
    enquanto vai em busca de pão;
e, para sobreviverem,
    trocam tesouros por comida.
“Olha, Senhor, e considera,
    pois tenho sido desprezada.
12 Vocês não se comovem,
    todos vocês que passam por aqui?
Olhem ao redor e vejam
    se há sofrimento maior do que
    o que me foi imposto,
    e que o Senhor trouxe sobre mim
no dia em que se acendeu a sua ira.
13 Do alto ele fez cair fogo
    sobre os meus ossos.
Armou uma rede para os meus pés
    e me derrubou de costas.
Deixou-me desolada,
    e desfalecida o dia todo.
14 Os meus pecados foram
    amarrados num jugo;
suas mãos os ataram todos juntos,
    e os colocaram em meu pescoço;
o Senhor abateu a minha força.
Ele me entregou àqueles
    que não consigo vencer.
15 O Senhor dispersou todos os guerreiros
    que me apoiavam;
convocou um exército contra mim
    para destruir os meus jovens.
O Senhor pisou no seu lagar
    a virgem, a cidade de Judá.
16 É por isso que eu choro;
    as lágrimas inundam os meus olhos.
Ninguém está por perto para consolar-me,
    não há ninguém que restaure o meu espírito.
Meus filhos estão desamparados
    porque o inimigo prevaleceu.”
17 Suplicante, Sião estende as mãos,
    mas não há quem a console.
O Senhor decretou que os vizinhos de Jacó
    se tornem seus adversários;
Jerusalém tornou-se coisa imunda entre eles.
18 “O Senhor é justo,
    mas eu me rebelei contra a sua ordem.
Ouçam, todos os povos;
    olhem para o meu sofrimento.
Meus jovens e minhas moças
    foram para o exílio.
19 Chamei os meus aliados,
    mas eles me traíram.
Meus sacerdotes e meus líderes
    pereceram na cidade,
enquanto procuravam comida
    para poderem sobreviver.
20 Veja, Senhor, como estou angustiada!
Estou atormentada no íntimo,
e no meu coração me perturbo
    pois tenho sido muito rebelde.
Lá fora, a espada a todos consome;
    dentro, impera a morte.
21 Os meus lamentos têm sido ouvidos,
    mas não há ninguém que me console.
Todos os meus inimigos
    sabem da minha agonia;
eles se alegram com o que fizeste.
Quem dera trouxesses o dia que anunciaste
    para que eles ficassem como eu!
22 Que toda a maldade deles
    seja conhecida diante de ti;
faze com eles o que fizeste comigo
    por causa de todos os meus pecados.
Os meus gemidos são muitos
    e o meu coração desfalece.”

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