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Portuguese New Testament: Easy-to-Read Version (VFL)
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Marcos 4-5

A parábola do semeador

(Mt 13.1-9; Lc 8.4-8)

Jesus voltou a ensinar à beira do lago e uma grande multidão se juntou à sua volta. Ele se sentou então num barco que estava no lago, enquanto as pessoas o escutavam da praia. Jesus lhes ensinava muitas coisas mediante parábolas; ele dizia:

—Certo homem saiu para semear. Enquanto semeava, uma parte das sementes caiu pelo caminho e foi comida pelos pássaros. Outra parte caiu num terreno onde havia muitas pedras. Essas sementes brotaram rapidamente, pois a terra não era profunda. O sol, porém, queimou todas as plantas e elas secaram pois não tinham raiz. Outra parte das sementes caiu no meio de espinhos. Os espinhos cresceram ao redor das plantas e as sufocaram e por isso elas não deram frutos. Outra parte ainda caiu em terra boa. Elas brotaram, cresceram, deram frutos e produziram trinta, sessenta e até mesmo cem vezes mais.

E depois disso, lhes disse:

—Aquele que pode ouvir, ouça.

Por que Jesus ensina por parábolas?

(Mt 13.10-17; Lc 8.9-10)

10 Quando Jesus ficou só, aqueles que estavam ao redor dele vieram com os doze apóstolos e lhe perguntaram sobre o significado das parábolas. 11 Jesus lhes respondeu:

—A vocês é revelado o mistério do reino de Deus. Mas, aos de fora, tudo é ensinado por meio de parábolas. 12 Dessa forma,

“eles olharão e olharão, mas não conseguirão ver;
    eles escutarão e ouvirão, mas não conseguirão entender.
Isto acontecerá para que eles não venham a arrepender-se e a
    ser perdoados de seus pecados”.(A)

Jesus explica a parábola do semeador

(Mt 13.18-23; Lc 8.11-15)

13 Jesus, então, lhes perguntou:

—Vocês não entendem esta parábola? Como, então, poderão entender as outras parábolas? 14 O semeador semeia a mensagem de Deus. 15 Algumas pessoas são como as sementes que caíram à beira do caminho. Elas ouvem a mensagem de Deus, mas logo depois Satanás vem e tira a mensagem que havia sido plantada nelas. 16 Outras pessoas são como as sementes que caíram no meio das pedras. Elas ouvem a mensagem de Deus e a recebem rapidamente e com alegria, 17 mas duram pouco, pois não têm raiz. Elas abandonam a fé assim que as dificuldades e perseguições chegam por causa da mensagem. 18 Outras pessoas são como as sementes que caíram entre os espinhos. Elas ouvem a mensagem de Deus, 19 mas as preocupações com as coisas desta vida, a ilusão das riquezas e o desejo de outras coisas chegam e sufocam a mensagem, e ela não dá frutos.[a] 20 Outras pessoas, ainda, são como as sementes que caíram em terra boa. Elas são aquelas que ouvem a mensagem de Deus, aceitam-na e produzem frutos. Umas produzem trinta, outras sessenta, e outras ainda cem vezes mais.

A necessidade de prestar atenção a Jesus

(Lc 8.16-18)

21 E Jesus continuou:

—Por acaso o lampião é colocado debaixo de uma bacia ou debaixo de uma cama? Não, ele é colocado sobre um velador. 22 Pois tudo o que está escondido virá a ser descoberto, e tudo o que está em segredo virá a ser revelado. 23 Aquele que pode ouvir, ouça.

24 Depois, Jesus lhes disse:

—Prestem muita atenção a tudo o que vocês ouvem, pois quanto mais atenção vocês tiverem, mais entendimento vocês terão[b]. E além disso, Deus ainda irá dar mais entendimento a vocês. 25 Quem tem, receberá ainda mais, mas aquele que não tem, até o que ele tem será tirado dele.

A parábola da semente

26 E Jesus continuou:

—O reino de Deus é assim: Um homem joga a semente na terra. 27 Quer ele esteja dormindo ou acordado, noite e dia, a semente brota e cresce e ele não sabe como isso acontece. 28 Pois a terra produz os grãos por si mesma. Primeiro aparece a planta, depois a espiga e depois os grãos que enchem a espiga. 29 E o homem corta a espiga assim que os grãos amadurecem, pois chegou o tempo da colheita.

A parábola da semente de mostarda

(Mt 13.31-32,34-35; Lc 13.18-19)

30 E Jesus lhes disse ainda:

—O que nós poderíamos dizer a respeito do reino de Deus? A que nós poderíamos compará-lo? 31 O reino de Deus é como uma semente de mostarda, que é a menor de todas as sementes quando é plantada na terra. 32 Depois de plantada, porém, a semente brota e a planta cresce, tornando-se a maior de todas as hortaliças. E ela produz grandes ramos a ponto de as aves dos céus poderem fazer ninhos à sua sombra.

33 Jesus lhes transmitiu a mensagem de Deus com parábolas como estas, ensinando-lhes até o ponto que podiam entender. 34 Ele somente lhes ensinava por meio de parábolas, mas quando estava sozinho com os seus discípulos, explicava tudo para eles.

Jesus acalma a tempestade

(Mt 8.23-27; Lc 8.22-25)

35 Naquele dia, quando estava anoitecendo, Jesus disse aos discípulos:

—Vamos atravessar o lago para chegar até o outro lado.

36 Então, deixando a multidão, entraram no barco onde Jesus estava e o levaram; e outros barcos o seguiram. 37 Uma ventania muito forte começou a soprar e as ondas batiam contra o barco com tal força que ele já estava quase cheio de água. 38 E Jesus estava na parte de trás do barco, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e lhe perguntaram:

—Mestre, estamos afundando! O senhor não se importa?

39 Jesus levantou-se e, depois de repreender o vento, disse para o mar:

—Pare! Fique calmo!

O vento, então, parou de soprar e tudo ficou calmo. 40 Depois, Jesus lhes disse:

—Por que vocês estão com medo? Vocês não têm fé?

41 Os discípulos, porém, sentiam muito medo, e perguntavam uns aos outros:

—Quem é este homem que até o vento e as águas lhe obedecem?

Jesus cura um geraseno

(Mt 8.28-34; Lc 8.26-39)

Depois de terem atravessado o lago, eles chegaram à região dos gerasenos[c]. Assim que Jesus saiu do barco, um homem, possuído por um demônio, foi ao seu encontro. Ele vinha do cemitério, pois morava entre os túmulos. Ninguém conseguia prendê-lo nem mesmo com correntes. Por várias vezes, suas mãos e seus pés tinham sido presos com correntes, mas ele sempre quebrava as correntes e ninguém conseguia dominá-lo. Ele sempre andava pelos túmulos e pelos montes, noite e dia, gritando e ferindo-se com pedras.

Quando viu Jesus de longe, o homem correu até ele, caiu de joelhos diante dele e gritou bem alto, dizendo:

—O que o senhor quer de mim, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Eu lhe imploro que o senhor jure por Deus que não vai me torturar.

(Ele pediu isso porque Jesus estava dizendo: “Demônio, saia desse homem!”) E Jesus lhe perguntou:

—Qual é o seu nome?

E ele respondeu:

—Meu nome é Legião,[d] pois somos muitos.

10 Mas o homem continuou a insistir, pedindo que Jesus não os mandasse para fora daquela região.

11 Havia uma grande manada de porcos pastando num morro ali perto. 12 Os demônios pediram a Jesus:

—Permita-nos entrar naqueles porcos.

13 E Jesus permitiu que eles saíssem. Então os demônios deixaram o homem e entraram nos porcos. E estes, que eram mais ou menos dois mil porcos, se atiraram morro abaixo, para dentro do lago, onde se afogaram.

14 Os homens que tomavam conta dos porcos fugiram e contaram tudo isso tanto para os que estavam na cidade como para os que estavam nos campos, e todo o povo correu para ver o que tinha acontecido. 15 Quando se aproximaram de Jesus, viram o homem que tinha a multidão de demônios sentado, vestido, no seu perfeito juízo; e ficaram com muito medo. 16 Os que tinham visto todas aquelas coisas contaram tudo o que tinha acontecido com o homem que tinha o demônio e com os porcos. 17 E todo o povo, então, começou a implorar a Jesus para que saísse daquela região.

18 Quando Jesus estava entrando no barco, o homem que tinha sido curado pediu-lhe:

—Deixe-me ir com o senhor.

19 Jesus, porém, não o permitiu, mas lhe pediu disse:

—Vá para a sua própria casa e para o seu próprio povo, e conte a eles tudo o que o Senhor tem feito por você e também como ele teve misericórdia de você.

20 O homem, então, foi embora e começou a contar a todas as pessoas em Decápolis tudo quanto Jesus tinha feito por ele. E todos ficavam maravilhados.

Jesus ressuscita uma menina e cura uma mulher

(Mt 9.18-26; Lc 8.40-56)

21 Jesus voltou para o outro lado do lago e uma grande multidão se reuniu em volta dele na praia. 22 Um homem chamado Jairo, chefe da sinagoga, também foi. Assim que viu a Jesus, ajoelhou-se aos seus pés, 23 e insistentemente começou a suplicar:

—Minha filhinha está morrendo! Eu lhe peço que venha e coloque as suas mãos sobre ela, para que seja curada e que viva.

24 Jesus foi com ele e uma grande multidão o seguia, apertando-o de todos os lados.

25 Havia na multidão uma mulher que há doze anos sofria de hemorragia. 26 Ela já tinha sofrido muito e já tinha gasto tudo o que possuía tratando-se com vários médicos, mas ao invés de melhorar, ia piorando cada vez mais. 27 Quando ouviu falar de Jesus, atravessou pelo meio da multidão e, aproximando-se por trás dele, tocou nas suas roupas. 28 Ela dizia consigo mesma: “Se eu puder ao menos tocar nas roupas dele, ficarei curada”. 29 Assim que tocou nele, o sangue parou de correr e ela sentiu em seu corpo que estava curada da sua enfermidade. 30 No mesmo instante Jesus percebeu que havia saído poder dele. Virou-se então para a multidão e perguntou:

—Quem tocou na minha roupa?

31 Os seus discípulos disseram:

—Está vendo que a multidão o empurra de todos os lados e ainda pergunta quem o tocou?

32 Jesus, porém, continuou a olhar para todos para ver quem tinha feito aquilo. 33 A mulher, então, tremendo de medo e ciente do que havia acontecido, se lhe aproximou, e tendo se ajoelhado aos seus pés, lhe disse toda a verdade. 34 Jesus disse a ela:

—Filha, a tua fé a curou! Vá em paz; você está curada da sua enfermidade.

Jesus ressuscita a filha de Jairo

35 Jesus ainda estava falando quando alguns homens chegaram, vindos da casa de Jairo, chefe da sinagoga, dizendo:

—A sua filha já morreu, Jairo. Não há mais razão para continuar incomodando o Mestre.

36 Jesus tinha ouvido[e] o que os homens tinham dito ao chefe da sinagoga e lhe disse:

—Não tenha medo; simplesmente tenha fé.

37 E Jesus não deixou que ninguém o acompanhasse a não ser Pedro, Tiago e João, o irmão de Tiago. 38 Eles chegaram à casa do chefe da sinagoga, e lá Jesus viu às pessoas desesperadas, chorando muito e lamentando-se alto. 39 Ele entrou e disse a todos:

—Por que todo este desespero e todo este choro? A menina não está morta; ela está apenas dormindo.

40 Todos caçoaram dele. Então, pedindo a todos que se retirassem, levou os pais da criança e os três que estavam com ele para o quarto onde estava a menina. 41 Depois, pegou na mão dela e disse:

Talita cumi!—(que quer dizer: “Menina, eu lhe mando que se levante!”).

42 No mesmo instante a menina se levantou e começou a andar pelo quarto, e todos ficaram muito admirados. (A menina tinha doze anos.) 43 Jesus, então, lhes ordenou que de jeito nenhum contassem nada daquilo a ninguém e também que dessem de comer à menina.

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