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Read the Bible from start to finish, from Genesis to Revelation.
Duration: 365 days
Nova Versão Internacional (NVI-PT)
Version
Jeremias 51-52

51 Assim diz o Senhor:

“Vejam! Levantarei um vento destruidor
    contra a Babilônia,
contra o povo de Lebe-Camai[a].
Enviarei estrangeiros para a Babilônia
    a fim de peneirá-la como trigo
    e devastar a sua terra.
No dia de sua desgraça
    virão contra ela de todos os lados.
Que o arqueiro não arme o seu arco
    nem vista a sua armadura.
Não poupem os seus jovens guerreiros,
    destruam completamente
    o seu exército.
Eles cairão mortos na Babilônia[b],
    mortalmente feridos em suas ruas.
Israel e Judá não foram abandonadas
    como viúvas pelo seu Deus,
o Senhor dos Exércitos,
    embora a terra dos babilônios
    esteja cheia de culpa
    diante do Santo de Israel.

“Fujam da Babilônia!
    Cada um por si!
Não sejam destruídos
    por causa da iniqüidade dela.
É hora da vingança do Senhor;
ele lhe pagará o que ela merece.
A Babilônia era um cálice de ouro
    nas mãos do Senhor;
ela embriagou a terra toda.
As nações beberam o seu vinho;
por isso enlouqueceram.
A Babilônia caiu de repente
    e ficou arruinada.
Lamentem-se por ela!
Consigam bálsamo para a sua ferida;
talvez ela possa ser curada.

“‘Gostaríamos de ter curado Babilônia,
    mas ela não pode ser curada;
deixem-na
    e vamos, cada um para a sua própria terra,
pois o julgamento dela chega ao céu,
    eleva-se tão alto quanto as nuvens.

10 “‘O Senhor defendeu o nosso nome;
    venham, contemos em Sião o que
o Senhor, o nosso Deus, tem feito’.

11 “Afiem as flechas,
    peguem os escudos!
O Senhor incitou o espírito
    dos reis dos medos,
porque seu propósito
    é destruir a Babilônia.
O Senhor se vingará,
    se vingará de seu templo.
12 Ergam o sinal para atacar
    as muralhas da Babilônia!
Reforcem a guarda!
Posicionem as sentinelas!
Preparem uma emboscada!
O Senhor executará o seu plano,
o que ameaçou fazer
    contra os habitantes da Babilônia.
13 Você que vive junto a muitas águas
    e está rico de tesouros,
chegou o seu fim,
    a hora de você ser eliminado.
14 O Senhor dos Exércitos
    jurou por si mesmo:
Com certeza a encherei de homens,
    como um enxame de gafanhotos,
e eles gritarão triunfantes sobre você.

15 “Mas foi Deus quem fez a terra
    com o seu poder;
firmou o mundo com a sua sabedoria
    e estendeu os céus
com o seu entendimento.
16 Ao som do seu trovão,
    as águas no céu rugem;
ele faz com que as nuvens se levantem
    desde os confins da terra.
Ele faz relâmpagos para a chuva
    e faz sair o vento de seus depósitos.

17 “São todos eles estúpidos e ignorantes;
cada ourives é envergonhado
    pela imagem que esculpiu.
Suas imagens esculpidas
    são uma fraude,
elas não têm fôlego de vida.
18 Elas são inúteis,
    são objeto de zombaria.
Quando vier o julgamento delas,
    perecerão.
19 Aquele que é a Porção de Jacó
    não é como esses,
pois ele é quem forma todas as coisas,
    e Israel é a tribo de sua propriedade;
Senhor dos Exércitos
    é o seu nome.

20 “Você é o meu martelo,
    a minha arma de guerra.
Com você eu despedaço nações,
    com você eu destruo reinos,
21 com você despedaço
    cavalo e cavaleiro,
com você despedaço
    carro de guerra e cocheiro,
22 com você despedaço homem e mulher,
    com você despedaço velho e jovem,
com você despedaço rapaz e moça,
23 com você despedaço pastor e rebanho,
    com você despedaço lavrador e bois,
com você despedaço
    governadores e oficiais.

24 “Retribuirei à Babilônia e a todos os que vivem na Babilônia toda a maldade que fizeram em Sião diante dos olhos de vocês”, declara o Senhor.

25 “Estou contra você,
    ó montanha destruidora,
você que destrói a terra inteira”,
    declara o Senhor.
“Estenderei minha mão contra você,
eu a farei rolar dos penhascos,
e farei de você
    uma montanha calcinada.
26 Nenhuma pedra sua será cortada
    para servir de pedra angular,
    nem para um alicerce,
pois você estará arruinada para sempre”,
    declara o Senhor.

27 “Ergam um estandarte na terra!
    Toquem a trombeta entre as nações!
Preparem as nações
    para o combate contra ela;
convoquem contra ela estes reinos:
    Ararate, Mini e Asquenaz.
Nomeiem um comandante contra ela;
lancem os cavalos ao ataque
    como um enxame de gafanhotos.
28 Preparem as nações
    para o combate contra ela:
os reis dos medos, seus governadores
    e todos os seus oficiais,
e todos os países que governam.
29 A terra treme e se contorce de dor,
pois permanecem em pé
    os planos do Senhor
    contra a Babilônia:
desolar a terra da Babilônia
    para que fique desabitada.
30 Os guerreiros da Babilônia
    pararam de lutar;
permanecem em suas fortalezas.
A força deles acabou;
tornaram-se como mulheres.
As habitações dela estão incendiadas;
as trancas de suas portas
    estão quebradas.
31 Um emissário vai após outro,
e um mensageiro sai
    após outro mensageiro
para anunciar ao rei da Babilônia
    que sua cidade inteira foi capturada,
32 os vaus do rio foram tomados,
a vegetação dos pântanos foi incendiada,
    e os soldados ficaram aterrorizados.”

33 Assim diz o Senhor dos Exércitos,

Deus de Israel:

“A cidade[c] de Babilônia é como uma eira;
a época da colheita
    logo chegará para ela”.

34 “Nabucodonosor, rei da Babilônia,
    devorou-nos, lançou-nos em confusão,
fez de nós um jarro vazio.
Tal como uma serpente ele nos engoliu,
encheu seu estômago
    com nossas finas comidas
e então nos vomitou.
35 Que a violência
    cometida contra nossa carne[d]
    esteja sobre a Babilônia”,
dizem os habitantes de Sião.
“Que o nosso sangue esteja sobre
    aqueles que moram na Babilônia”,
diz Jerusalém.

36 Por isso, assim diz o Senhor:

“Vejam, defenderei a causa de vocês
    e os vingarei;
secarei o seu mar
    e esgotarei as suas fontes.
37 A Babilônia se tornará
    um amontoado de ruínas,
uma habitação de chacais,
objeto de pavor e de zombaria,
um lugar onde ninguém vive.
38 O seu povo todo
    ruge como leõezinhos,
rosnam como filhotes de leão.
39 Mas, enquanto estiverem excitados,
    prepararei um banquete para eles
e os deixarei bêbados,
    para que fiquem bem alegres
e, então, durmam e jamais acordem”,
    declara o Senhor.
40 “Eu os levarei como cordeiros
    para o matadouro,
como carneiros e bodes.

41 “Como Sesaque[e] será capturada!
    Como o orgulho de toda a terra será tomado!
Que horror a Babilônia
    será entre as nações!
42 O mar se levantará sobre a Babilônia;
    suas ondas agitadas a cobrirão.
43 Suas cidades serão arrasadas,
uma terra seca e deserta,
uma terra onde ninguém mora,
pela qual nenhum homem passa.
44 Castigarei Bel na Babilônia
    e o farei vomitar o que engoliu.
As nações não mais acorrerão a ele.
E a muralha da Babilônia cairá.

45 “Saia dela, meu povo!
Cada um salve a sua própria vida,
    da ardente ira do Senhor.
46 Não desanimem
    nem tenham medo
quando ouvirem rumores na terra;
um rumor chega este ano,
    outro no próximo,
rumor de violência na terra
    e de governante contra governante.
47 Portanto, certamente vêm os dias
    quando castigarei as imagens
    esculpidas da Babilônia;
toda a sua terra será envergonhada,
e todos os seus mortos jazerão
    caídos dentro dela.
48 Então o céu e a terra
    e tudo o que existe neles
gritarão de alegria
    por causa da Babilônia,
pois do norte destruidores a atacarão”,
    declara o Senhor.

49 “A Babilônia cairá
    por causa dos mortos de Israel,
assim como os mortos de toda a terra
    caíram por causa da Babilônia.
50 Vocês que escaparam da espada,
    saiam! Não permaneçam!
Lembrem-se do Senhor
    numa terra distante,
e pensem em Jerusalém.

51 “Vocês dirão: ‘Estamos envergonhados
    pois fomos insultados
e a vergonha cobre o nosso rosto,
porque estrangeiros penetraram
    nos lugares santos
    do templo do Senhor’.

52 “Portanto, certamente vêm os dias”,
    declara o Senhor,
“quando castigarei
    as suas imagens esculpidas,
e por toda a sua terra
    os feridos gemerão.
53 Mesmo que a Babilônia chegue ao céu
    e fortifique no alto a sua fortaleza,
enviarei destruidores contra ela”,
    declara o Senhor.

54 “Vem da Babilônia o som de um grito;
o som de grande destruição
    vem da terra dos babilônios.
55 O Senhor destruirá a Babilônia;
    ele silenciará o seu grande ruído.
Ondas de inimigos avançarão
    como grandes águas;
o rugir de suas vozes ressoará.
56 Um destruidor virá contra a Babilônia;
seus guerreiros serão capturados,
e seus arcos serão quebrados.
Pois o Senhor é um
    Deus de retribuição;
ele retribuirá plenamente.
57 Embebedarei os seus líderes
    e os seus sábios;
os seus governadores,
    os seus oficiais e os seus guerreiros.
Eles dormirão para sempre
    e jamais acordarão”,
declara o Rei,
    cujo nome é Senhor dos Exércitos.

58 Assim diz o Senhor dos Exércitos:

“A larga muralha da Babilônia
    será desmantelada
e suas altas portas serão incendiadas.
Os povos se exaurem por nada,
o trabalho das nações não passa
    de combustível para as chamas”.

59 Esta é a mensagem que Jeremias deu ao responsável pelo acampamento, Seraías, filho de Nerias, filho de Maaséias, quando ele foi à Babilônia com o rei Zedequias de Judá, no quarto ano do seu reinado. 60 Jeremias escreveu num rolo todas as desgraças que sobreviriam à Babilônia, tudo que fora registrado acerca da Babilônia. 61 Ele disse a Seraías: “Quando você chegar à Babilônia, tenha o cuidado de ler todas estas palavras em alta voz. 62 Então diga: Ó Senhor, disseste que destruirás este lugar, para que nem homem nem animal viva nele, pois ficará em ruínas para sempre. 63 Quando você terminar de ler este rolo, amarre nele uma pedra e atire-o no Eufrates. 64 Então diga: Assim Babilônia afundará para não mais se erguer, por causa da desgraça que trarei sobre ela. E seu povo cairá”.

Aqui terminam as palavras de Jeremias.

A Queda de Jerusalém

52 Zedequias tinha vinte e um anos quando se tornou rei, e reinou onze anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Hamutal, filha de Jeremias, de Libna. Ele fez o que o Senhor reprova, assim como fez Jeoaquim. A ira do Senhor havia sido provocada em Jerusalém e em Judá de tal forma que ele teve que tirá-los da sua presença.

Zedequias se rebelou contra o rei da Babilônia.

Então, no nono ano do reinado de Zedequias, no décimo mês, Nabucodonosor, rei da Babilônia, marchou contra Jerusalém com todo o seu exército. Acamparam fora da cidade e construíram torres de assalto ao redor dela. A cidade ficou sob cerco até o décimo primeiro ano do rei Zedequias.

Ao chegar o nono dia do quarto mês a fome era tão severa que não havia comida para o povo. Então o muro da cidade foi rompido. O rei e todos os soldados fugiram e saíram da cidade, à noite, na direção do jardim real, pela porta entre os dois muros, embora os babilônios estivessem cercando a cidade. Foram para a Arabá[f], mas os babilônios perseguiram o rei Zedequias e o alcançaram na planície de Jericó. Todos os seus soldados se separaram dele e se dispersaram, e ele foi capturado.

Ele foi levado ao rei da Babilônia em Ribla, na terra de Hamate, que o sentenciou. 10 Em Ribla, o rei da Babilônia mandou executar os filhos de Zedequias diante de seus olhos, e também matou todos os nobres de Judá. 11 Então mandou furar os olhos de Zedequias e prendê-lo com correntes de bronze e o levou para a Babilônia, onde o manteve na prisão até o dia de sua morte.

12 No décimo dia do quinto mês, no décimo nono ano de Nabucodonosor, rei da Babilônia, Nebuzaradã, comandante da guarda imperial, que servia o rei da Babilônia, veio a Jerusalém. 13 Ele incendiou o templo do Senhor, o palácio real e todas as casas de Jerusalém. Todos os edifícios importantes foram incendiados por ele. 14 O exército babilônio, sob o comandante da guarda imperial, derrubou todos os muros em torno de Jerusalém. 15 Nebuzaradã deportou para a Babilônia alguns dos mais pobres e o povo que restou na cidade, juntamente com o restante dos artesãos[g] e aqueles que tinham se rendido ao rei da Babilônia. 16 Mas Nebuzaradã deixou para trás o restante dos mais pobres da terra para trabalhar nas vinhas e campos.

17 Os babilônios despedaçaram as colunas de bronze, os estrados móveis e o mar de bronze que ficavam no templo do Senhor e levaram todo o bronze para a Babilônia. 18 Também levaram embora as panelas, pás, tesouras de pavio, bacias de aspersão, tigelas e todos os utensílios de bronze usados no serviço do templo. 19 O comandante da guarda imperial levou embora as pias, os incensários, as bacias de aspersão, as panelas, os candeeiros, as tigelas e as bacias usadas para as ofertas derramadas, tudo que era feito de ouro puro ou de prata.

20 O bronze tirado das duas colunas, o mar e os doze touros de bronze debaixo dele, e os estrados móveis, que o rei Salomão fizera para o templo do Senhor, eram mais do que se podia pesar. 21 Cada uma das colunas tinha oito metros e dez centímetros de altura e cinco metros e quarenta centímetros de circunferência[h]; cada uma tinha quadro dedos de espessura e era oca. 22 O capitel de bronze no alto de uma coluna tinha dois metros e vinte e cinco centímetros de altura e era ornamentado com uma peça entrelaçada e romãs de bronze em volta, tudo de bronze. A outra coluna, com suas romãs, era igual. 23 Havia noventa e seis romãs nos lados; o número total de romãs acima da peça entrelaçada ao redor era de cem.

24 O comandante da guarda tomou como prisioneiros o sumo sacerdote Seraías, o sacerdote adjunto Sofonias e os três guardas das portas. 25 Dos que ainda estavam na cidade, tomou o oficial encarregado dos homens de combate e sete conselheiros reais. Também tomou o secretário, que era o oficial maior encarregado do alistamento do povo da terra, e sessenta de seus homens que foram encontrados na cidade. 26 O comandante Nebuzaradã tomou todos eles e os levou ao rei da Babilônia em Ribla. 27 Ali, em Ribla, na terra de Hamate, o rei fez com que fossem executados.

Assim Judá foi para o cativeiro, longe de sua terra. 28 Este é o número dos que Nebuzaradã levou para o exílio:

No sétimo ano, 3.023 judeus;

29 no décimo oitavo ano de Nabucodonosor,

832 de Jerusalém;

30 em seu vigésimo terceiro ano,

745 judeus levados ao exílio pelo comandante da guarda imperial, Nebuzaradã.

Foram ao todo 4.600 judeus.

Joaquim é Libertado

31 No trigésimo sétimo ano do exílio do rei Joaquim de Judá, no ano em que Evil-Merodaque[i] tornou-se rei de Babilônia, ele libertou Joaquim, rei de Judá, da prisão no vigésimo quinto dia do décimo segundo mês. 32 Ele falou bondosamente com ele e deu-lhe um assento de honra mais elevado do que os dos outros reis que estavam com ele na Babilônia. 33 Desse modo Joaquim tirou as roupas da prisão e pelo resto da vida comeu à mesa do rei. 34 O rei da Babilônia deu a Joaquim uma pensão diária até o dia de sua morte.

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