Book of Common Prayer
(Sl 70)
Salmo de David. Para o diretor do coro.
40 Esperei com paciência que o Senhor me socorresse;
então ele me ouviu e atendeu ao meu apelo.
2 Tirou-me dum poço de desespero, dum charco de lodo;
pôs os meus pés sobre uma rocha,
fez-me andar num caminho seguro.
3 Deu-me um novo cântico de louvor ao nosso Deus.
Muitos poderão ouvir as coisas maravilhosas que fez
e porão igualmente a sua confiança no Senhor.
4 Felizes são aqueles que põem a sua confiança no Senhor,
que não confiam em gente orgulhosa,
nem que se desvia para a mentira.
5 Senhor, meu Deus,
têm sido muitas as maravilhas que tens feito
e nós estamos sempre no teu pensamento.
Eu queria poder falar de todas as tuas obras maravilhosas,
mas não tenho palavras para o fazer;
ninguém pode ser comparado contigo.
6 Não quiseste holocaustos nem ofertas,
mas abriste-me os ouvidos;
não são animais queimados que reclamas pelo pecado.
7 Então eu disse: “Aqui venho, ó Deus,
como está escrito a meu respeito no livro do Senhor.
8 Deleito-me em fazer a tua vontade, meu Deus,
porque a tua Lei está escrita no meu coração.”
9 Anunciei a toda a gente as boas notícias de justiça;
não fui acanhado, como bem sabes, Senhor.
10 Não conservei para mim a tua justiça,
mas preguei a todo o povo a tua salvação,
o teu amor e a tua verdade através dos tempos.
11 Não me negues, Senhor, a tua misericórdia!
Que o teu amor e verdade me guardem continuamente.
12 Porque os problemas se têm amontoado
e já ultrapassam as minhas forças.
Também o número dos meus pecados é maior do que os cabelos na minha cabeça;
até tenho vergonha de levantar os olhos.
O meu coração enfraquece dentro de mim.
13 Digna-te livrar-me, Senhor!
Vem depressa em meu auxílio!
14 Que aqueles que procuram destruir a minha vida
sejam apanhados pela confusão e vergonha.
15 Que tropecem e caiam os que troçam de mim;
os que com afronta dizem: “É bem feito!”
16 Mas alegrem-se em ti todos os que te buscam.
Que todos os que te amam e à tua salvação digam:
“O Senhor é grande!”
17 Eu sou pobre e necessitado,
mas o Senhor cuida de mim.
Tu és o meu auxílio e o meu libertador, ó meu Deus!
Vem depressa socorrer-me!
Salmo didático de David. Sobre instrumentos de corda. Quando os moradores de Zife vieram dizer a Saul que David estaria escondido entre eles. Para o diretor do coro.
54 Salva-me, ó Deus, pelo teu nome;
defende-me com o teu poder!
2 Ouve a minha oração;
inclina os teus ouvidos ao que vou dizer.
3 Gente estranha se levantou contra mim,
gente violenta e cruel que quer tirar-me a vida
e não se preocupa, sequer,
com o que Deus pensa sobre isso. (Pausa)
4 Mas Deus me ajuda;
o Senhor é quem sustenta a minha vida.
5 Ele anulará o mal dos que andam à espreita,
para darem cabo de mim.
Segundo o que tu próprio prometeste, Senhor,
destrói-os.
6 Com alegria trago-te os meus sacrifícios;
louvarei o teu nome, Senhor, porque tu és bom.
7 Porque me livraste das minhas aflições
e vi cumprido o meu desejo,
em relação aos meus adversários.
Salmo de David. Quando o profeta Natã veio ter com ele, por ter estado com Bate-Seba. Para o diretor do coro.
51 Tem misericórdia de mim, ó Deus,
pois é grande a tua bondade.
Apaga a mancha terrível das minhas transgressões,
pois a tua piedade é sem limites.
2 Lava-me completamente da minha iniquidade;
purifica-me do meu pecado.
3 Porque reconheço as minhas transgressões,
que, aliás, não saem do meu pensamento.
4 Foi contra ti, somente contra ti, que eu pequei
e fiz essa coisa tão baixa aos teus olhos.
As tuas palavras são verdadeiras e o teu julgamento é justo.
5 Eu nasci pecador,
sim, desde o momento em que a minha mãe me concebeu.
6 Tu ficas satisfeito quando há verdade e sinceridade no coração.
Oh! Dá-me essa sabedoria!
7 Purifica-me com hissopo e ficarei de novo limpo;
lava-me e ficarei mais branco do que a neve.
8 Depois de me teres castigado,
devolve-me a alegria, mais uma vez.
9 Não fiques lembrado dos meus pecados;
apaga-os da tua vista.
10 Cria em mim, ó Deus, um coração limpo
e dá-me um espírito renovado e firme.
11 Não me afastes da tua presença;
não me prives do teu Santo Espírito.
12 Dá-me novamente a alegria da tua salvação;
quero obedecer-te decididamente.
13 Poderei, assim, ensinar os teus caminhos aos transgressores
e os pecadores voltar-se-ão para ti.
14 Não me condenes à morte, meu Deus.
Só tu podes livrar-me!
Cantarei intensamente a tua justiça.
15 Senhor, abre os meus lábios
e a minha boca te louvará plenamente.
16 Tu não te satisfazes com sacrifícios,
senão eu os ofereceria de bom grado.
Não estás interessado em holocaustos de animais.
17 Para ti o verdadeiro sacrifício
é um espírito rendido a teus pés e arrependido.
Um coração humilhado e magoado
tu não desprezarás, ó Deus.
18 Abençoa a Sião, segundo a tua boa vontade
erige as muralhas de Jerusalém!
19 Então te agradarás com os holocaustos oferecidos pelos justos,
e oferecerão novilhos sobre o teu altar.
20 Acabe convocou todo o povo e os profetas para o monte Carmelo. 21 Elias falou assim ao povo: “Até quando coxearão entre dois caminhos? Se o Senhor é Deus, sigam-no! Se Baal é que é Deus, então sigam-no antes a ele!”
22 E depois acrescentou: “Sou o único profeta do Senhor que ficou vivo, mas Baal tem 450 profetas. 23 Tragam dois novilhos. Os profetas de Baal que escolham um deles e cortem-no em peças e coloquem-nas sobre o seu altar, mas sem acender fogo. Quanto a mim, prepararei o outro novilho e o porei sobre a lenha, sem lhe pôr fogo. 24 Depois orem ao vosso deus e eu orarei ao Senhor. Aquele que responder, mandando fogo para acender a lenha, esse é o verdadeiro Deus!” E o povo todo concordou com esse teste.
25 Elias voltou-se para os profetas de Baal: “Primeiro vocês, porque são muitos; escolham um dos novilhos, preparem-no e clamem ao vosso deus; mas não acendam o fogo.”
26 Eles preparam um dos animais, puseram-no sobre o seu altar e clamaram a Baal toda a manhã, gritando: “Ó Baal, ouve-nos!” Mas não se via resposta alguma. Começaram mesmo a fazer danças em volta do altar.
27 Por volta do meio-dia, Elias ria-se deles: “Têm de gritar ainda mais alto para chamar a atenção do vosso deus! Talvez esteja a conversar com alguém, ou tenha ido tratar de algum assunto, ou pode estar a viajar; quem sabe até se não estará a dormitar um pouco e precise de ser despertado!”
28 “Eles gritavam cada vez mais alto e, segundo o seu costume, laceravam-se a si próprios com facas e espadas, cobrindo-se de sangue. 29 Assim estiveram, desesperados, até à altura do sacrifício da tarde, sem que se visse qualquer reação, ou se ouvisse alguma voz, ou houvesse uma resposta fosse de que tipo fosse.”
30 Então Elias chamou o povo para junto de si: “Cheguem-se todos aqui!” Toda a gente se concentrou à sua volta, enquanto arranjava o altar do Senhor, que tinha sido derrubado. 31 Pegou em doze pedras para representarem cada uma das tribos dos descendentes de Jacob, a quem a palavra do Senhor tinha sido dirigida, dizendo: “Teu nome será Israel.” 32 Empregou-as para levantar o altar do Senhor. Depois cavou um rego em volta, com a largura aproximada de um metro. 33 Dispôs a lenha sobre o altar e cortou o novilho em pedaços que arrumou sobre a lenha. 34 “Encham quatro cântaros de água!”, mandou ele. “Deitem-na sobre as peças de carne e sobre a lenha!” Depois de terem feito o que ordenara, insistiu: “Façam outra vez a mesma coisa.” Eles obedeceram. “Agora façam o mesmo uma terceira vez!” E fizeram. 35 A água escorria para o rego em volta do altar, enchendo-o.
36 Chegando a altura da oferta do sacrifício da tarde, o profeta Elias subiu ao altar e orou assim: “Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, prova hoje que és o Deus de Israel e que eu sou teu servo; prova que tudo o que eu tenho feito é por tua ordem. 37 Ó Senhor, responde-me! Responde-me, para que este povo saiba que tu és Deus e queres que o seu coração se arrependa.”
38 Então veio fogo do Senhor e queimou a carne do holocausto, a madeira do altar, as pedras, a terra, a ponto de fazer evaporar a água do rego! 39 Quando o povo viu aquilo, caiu com os seus rostos em terra, clamando: “O Senhor é Deus! O Senhor é Deus!”
40 Elias mandou que agarrassem os profetas de Baal: “Não deixem escapar um só!” Apanharam-nos a todos. Elias levou-os para o ribeiro de Quisom e matou-os ali.
O valor de conhecer a Cristo
3 Haja pois o que houver, meus irmãos, tenham alegria no Senhor. É verdade que estou sempre a dizer-vos a mesma coisa, mas não me importo, pois isso representa uma segurança para vocês.
2 Cuidado com os cães, cuidado com esses homens que fazem o mal, cuidado com os que querem obrigar-vos à mutilação da carne. 3 Porque nós, que adoramos a Deus em Espírito, somos os únicos que são verdadeiramente circuncidados, confiando em Jesus Cristo, e não no que é meramente humano.
4 Eu bem poderia confiar nas minhas qualificações pessoais; não me faltam vantagens humanas. 5 Fui circuncidado ao oitavo dia. Pertenço ao povo de Israel pela linha de geração da tribo de Benjamim, portanto, dos hebreus cem por cento. Além disso fui, no tocante à Lei, fariseu. 6 Quanto a zelo, bem o manifestei na perseguição que empreendi contra a igreja. Na minha vida pessoal fui irrepreensível na obediência à justiça da Lei.
7 Contudo, tudo isso, que para mim era uma razão de orgulho, agora considero-o desperdício, devido ao que Cristo fez na minha vida. 8 E vou até mais longe: nada há que se possa comparar com o valor imenso que representa o conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele é que desprezei todas essas coisas e as considero como lixo, na certeza de ganhar Cristo. 9 Não confio mais na minha justiça ou na minha capacidade para obedecer à Lei de Deus, antes confio em Cristo para minha salvação. Porque a maneira de Deus nos tornar justos diante dele depende da fé. 10 Assim, eu posso realmente conhecer a Cristo e experimentar o grande poder que o ressuscitou da morte. Posso aprender o que significa sofrer com ele, participar da sua morte, 11 para que, como quer que tal venha a acontecer, possa também experimentar a ressurreição.
Prosseguindo para o alvo
12 Bem sei que não sou perfeito que não cheguei ainda a essa meta. Mas prossigo na minha carreira, fazendo tudo o que é preciso até chegar a essa meta, pois foi para isso mesmo que Cristo me cativou. 13 Repito, irmãos, não penso que tenha atingido esse alvo, mas uma só coisa me interessa, é que, esquecendo as dificuldades do passado, avanço para o fim que está proposto diante de mim. 14 Prossigo assim para o alvo, tendo em vista a recompensa a receber no céu, por Cristo Jesus.
15 Todos nós que já somos adultos na fé vamos concordar nestas coisas. E se num ponto ou noutro a vossa opinião for diferente, Deus vos manifestará a sua vontade. 16 Contudo, em relação às convicções que nos são comuns, avancemos juntos.
João Batista prepara o caminho
(Mc 1.2-8; Lc 3.1-18; Jo 1.19-28)
3 Por esses dias, apareceu João Batista a pregar no deserto da Judeia: 2 “Arrependam-se! O reino dos céus está próximo!” 3 Já o profeta Isaías tinha anunciado este trabalho de João:
“A voz gritando no deserto:
‘Façam um caminho para o Senhor.
Façam-lhe um caminho direito.’ ”[a]
4 A roupa dele era feita de pelo de camelo tecido, usava um cinto de cabedal e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. 5 Gente de Jerusalém e de todo o vale do Jordão, e até de todas as partes da Judeia, iam ao deserto para o ver e ouvir. 6 Confessavam os seus pecados e João batizava-os no rio Jordão.
7 Ao ver muitos fariseus e saduceus que queriam também ser batizados, dizia-lhes: “Raça de víboras! Quem vos avisou para fugir do julgamento de Deus que há de vir? 8 Têm de provar que abandonaram o pecado, praticando obras que mostrem arrependimento.
9 E não pensem que estão em segurança por descenderem de Abraão; isso não basta. Pois digo-vos que até destas pedras do deserto Deus pode fazer nascer filhos de Abraão! 10 O machado do seu julgamento está suspenso sobre as vossas vidas, prestes a cortar as raízes e a derrubar-vos. Sim, toda a árvore que não dá bom fruto será abatida e lançada no fogo.
11 Eu batizo com água quem se arrepende; mas vem aí outro, muito maior do que eu, tão grande que nem sou digno de lhe levar as sandálias. Ele vai batizar-vos com o Espírito Santo e com fogo. 12 Na sua mão tem a pá e limpará a eira. Arrecadará o grão no celeiro; mas queimará a palha com fogo que jamais se apaga.”
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