Book of Common Prayer
O salmista convida a louvar e celebrar ao Senhor
95 Vinde, cantemos ao Senhor! Cantemos com júbilo à rocha da nossa salvação! 2 Apresentemo-nos ante a sua face com louvores e celebremo-lo com salmos. 3 Porque o Senhor é Deus grande e Rei grande acima de todos os deuses. 4 Nas suas mãos estão as profundezas da terra, e as alturas dos montes são suas. 5 Seu é o mar, pois ele o fez, e as suas mãos formaram a terra seca.
6 Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos! Ajoelhemos diante do Senhor que nos criou. 7 Porque ele é o nosso Deus, e nós, povo do seu pasto e ovelhas da sua mão.
Se hoje ouvirdes a sua voz, 8 não endureçais o coração, como em Meribá e como no dia da tentação no deserto, 9 quando vossos pais me tentaram; provaram-me e viram a minha obra. 10 Quarenta anos estive desgostado com esta geração e disse: é um povo que erra de coração e não tem conhecimento dos meus caminhos. 11 Por isso, jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso.
O Messias sofre, mas triunfa
Salmo de Davi para o cantor-mor, sobre Aijelete-Hás-Saar
22 Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas das palavras do meu bramido e não me auxilias? 2 Deus meu, eu clamo de dia, e tu não me ouves; de noite, e não tenho sossego.
3 Porém tu és Santo, o que habitas entre os louvores de Israel. 4 Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste. 5 A ti clamaram e escaparam; em ti confiaram e não foram confundidos.
6 Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo. 7 Todos os que me veem zombam de mim, estendem os lábios e meneiam a cabeça, dizendo: 8 Confiou no Senhor, que o livre; livre-o, pois nele tem prazer.
9 Mas tu és o que me tiraste do ventre; o que me preservaste estando ainda aos seios de minha mãe. 10 Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe. 11 Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem ajude.
12 Muitos touros me cercaram; fortes touros de Basã me rodearam. 13 Abriram contra mim suas bocas, como um leão que despedaça e que ruge. 14 Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu coração é como cera e derreteu-se dentro de mim. 15 A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar; e me puseste no pó da morte. 16 Pois me rodearam cães; o ajuntamento de malfeitores me cercou; traspassaram-me as mãos e os pés. 17 Poderia contar todos os meus ossos; eles veem e me contemplam. 18 Repartem entre si as minhas vestes e lançam sortes sobre a minha túnica.
19 Mas tu, Senhor, não te alongues de mim; força minha, apressa-te em socorrer-me. 20 Livra a minha alma da espada e a minha predileta, da força do cão. 21 Salva-me da boca do leão; sim, ouve-me desde as pontas dos unicórnios.
22 Então, declararei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da congregação. 23 Vós que temeis ao Senhor, louvai-o; todos vós, descendência de Jacó, glorificai-o; e temei-o todos vós, descendência de Israel. 24 Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem escondeu dele o seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu. 25 O meu louvor virá de ti na grande congregação; pagarei os meus votos perante os que o temem. 26 Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao Senhor os que o buscam; o vosso coração viverá eternamente.
27 Todos os limites da terra se lembrarão e se converterão ao Senhor; e todas as gerações das nações adorarão perante a tua face. 28 Porque o reino é do Senhor, e ele domina entre as nações. 29 Todos os grandes da terra comerão e adorarão, e todos os que descem ao pó se prostrarão perante ele; como também os que não podem reter a sua vida.
30 Uma semente o servirá; falará do Senhor de geração em geração. 31 Chegarão e anunciarão a sua justiça ao povo que nascer, porquanto ele o fez.
O salmista ora para que seja preservado no meio da tentação
Salmo de Davi
141 Senhor, a ti clamo! Escuta-me! Inclina os teus ouvidos à minha voz, quando a ti clamar. 2 Suba a minha oração perante a tua face como incenso, e seja o levantar das minhas mãos como o sacrifício da tarde.
3 Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios. 4 Não inclines o meu coração para o mal, nem para se ocupar de coisas más com aqueles que praticam a iniquidade; e não coma eu das suas delícias. 5 Fira-me o justo, será isso uma benignidade; e repreenda-me, será um excelente óleo, que a minha cabeça não rejeitará; porque continuarei a orar a despeito das maldades deles. 6 Quando os seus juízes forem arremessados da rocha, ouvirão as minhas palavras, pois são agradáveis. 7 Como quando alguém lavra e sulca a terra, são os nossos ossos espalhados à boca da sepultura.
8 Mas os meus olhos te contemplam, ó Deus, Senhor; em ti confio; não desampares a minha alma. 9 Guarda-me dos laços que me armaram; e dos laços corrediços dos que praticam a iniquidade. 10 Caiam os ímpios nas suas próprias redes, até que eu tenha escapado inteiramente.
O salmista ora para que seja livre de inimigos
Salmo de Davi
143 Ó Senhor, ouve a minha oração! Inclina os ouvidos às minhas súplicas; escuta-me segundo a tua verdade e segundo a tua justiça 2 e não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não se achará justo nenhum vivente.
3 Pois o inimigo perseguiu a minha alma; abateu-me até ao chão; fez-me habitar na escuridão, como aqueles que morreram há muito. 4 Pelo que o meu espírito se angustia em mim; e o meu coração em mim está desolado. 5 Lembro-me dos dias antigos; considero todos os teus feitos; medito na obra das tuas mãos. 6 Estendo para ti as minhas mãos; a minha alma tem sede de ti como terra sedenta. (Selá)
7 Ouve-me depressa, ó Senhor! O meu espírito desfalece; não escondas de mim a tua face, para que eu não seja semelhante aos que descem à cova. 8 Faze-me ouvir a tua benignidade pela manhã, pois em ti confio; faze-me saber o caminho que devo seguir, porque a ti levanto a minha alma. 9 Livra-me, ó Senhor, dos meus inimigos; porque em ti é que eu me refugio.
10 Ensina-me a fazer a tua vontade, pois és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terra plana. 11 Vivifica-me, ó Senhor, por amor do teu nome; por amor da tua justiça, tira a minha alma da angústia. 12 E, por tua misericórdia, desarraiga os meus inimigos e destrói a todos os que angustiam a minha alma, pois sou teu servo.
A carta de Jeremias aos cativos da Babilônia
29 E estas são as palavras da carta que Jeremias, o profeta, enviou, de Jerusalém, ao resto dos anciãos do cativeiro, como também aos sacerdotes, e aos profetas, e a todo o povo que Nabucodonosor havia transportado de Jerusalém para a Babilônia,
4 Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, a todos os que foram transportados, que eu fiz transportar de Jerusalém para a Babilônia: 5 Edificai casas e habitai-as; plantai jardins e comei o seu fruto. 6 Tomai mulheres e gerai filhos e filhas; tomai mulheres para vossos filhos e dai vossas filhas a maridos, para que tenham filhos e filhas; multiplicai-vos ali e não vos diminuais. 7 Procurai a paz da cidade para onde vos fiz transportar; e orai por ela ao Senhor, porque, na sua paz, vós tereis paz. 8 Porque assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Não vos enganem os vossos profetas que estão no meio de vós, nem os vossos adivinhos, nem deis ouvidos aos vossos sonhos que sonhais. 9 Porque eles vos profetizam falsamente em meu nome; não os enviei, diz o Senhor.
10 Porque assim diz o Senhor: Certamente que, passados setenta anos na Babilônia, vos visitarei e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando-vos a trazer a este lugar. 11 Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais. 12 Então, me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei. 13 E buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.
13 Porque convosco falo, gentios, que, enquanto for apóstolo dos gentios, glorificarei o meu ministério; 14 para ver se de alguma maneira posso incitar à emulação os da minha carne e salvar alguns deles. 15 Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os mortos? 16 E, se as primícias são santas, também a massa o é; se a raiz é santa, também os ramos o são. 17 E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar deles e feito participante da raiz e da seiva da oliveira, 18 não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti. 19 Dirás, pois: Os ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado. 20 Está bem! Pela sua incredulidade foram quebrados, e tu estás em pé pela fé; então, não te ensoberbeças, mas teme. 21 Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, teme que te não poupe a ti também. 22 Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas, para contigo, a benignidade de Deus, se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira, também tu serás cortado. 23 E também eles, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; porque poderoso é Deus para os tornar a enxertar. 24 Porque, se tu foste cortado do natural zambujeiro e, contra a natureza, enxertado na boa oliveira, quanto mais esses, que são naturais, serão enxertados na sua própria oliveira!
A ressurreição de Lázaro
11 Estava, então, enfermo um certo Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta. 2 E Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com unguento e lhe tinha enxugado os pés com os seus cabelos, cujo irmão, Lázaro, estava enfermo. 3 Mandaram-lhe, pois, suas irmãs dizer: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas. 4 E Jesus, ouvindo isso, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela. 5 Ora, Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro. 6 Ouvindo, pois, que estava enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde estava. 7 Depois disso, disse aos seus discípulos: Vamos outra vez para a Judeia. 8 Disseram-lhe os discípulos: Rabi, ainda agora os judeus procuravam apedrejar-te, e tornas para lá? 9 Jesus respondeu: Não há doze horas no dia? Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo. 10 Mas, se andar de noite, tropeça, porque nele não há luz. 11 Assim falou e, depois, disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono. 12 Disseram, pois, os seus discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo. 13 Mas Jesus dizia isso da sua morte; eles, porém, cuidavam que falava do repouso do sono. 14 Então, Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto, 15 e folgo, por amor de vós, de que eu lá não estivesse, para que acrediteis. Mas vamos ter com ele. 16 Disse, pois, Tomé, chamado Dídimo, aos condiscípulos: Vamos nós também, para morrermos com ele.
17 Chegando, pois, Jesus, achou que já havia quatro dias que estava na sepultura. 18 (Ora, Betânia distava de Jerusalém quase quinze estádios.) 19 E muitos dos judeus tinham ido consolar a Marta e a Maria, acerca de seu irmão. 20 Ouvindo, pois, Marta que Jesus vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou assentada em casa. 21 Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. 22 Mas também, agora, sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá. 23 Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar. 24 Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último Dia. 25 Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; 26 e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá. Crês tu isso? 27 Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo.
Maria unge com unguento os pés de Jesus(A)
12 Foi, pois, Jesus seis dias antes da Páscoa a Betânia, onde estava Lázaro, o que falecera e a quem ressuscitara dos mortos. 2 Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. 3 Então, Maria, tomando uma libra de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento. 4 Então, um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, o que havia de traí-lo, disse: 5 Por que não se vendeu este unguento por trezentos dinheiros, e não se deu aos pobres? 6 Ora, ele disse isso não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão, e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava. 7 Disse, pois, Jesus: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto. 8 Porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes.
9 E muita gente dos judeus soube que ele estava ali; e foram, não só por causa de Jesus, mas também para ver a Lázaro, a quem ressuscitara dos mortos. 10 E os principais dos sacerdotes tomaram deliberação para matar também a Lázaro,
Copyright 2009 Sociedade Bíblica do Brasil. Todos os direitos reservados / All rights reserved.