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Rúben e Gad ficam aquém do Jordão

(Dt 3.12-20)

32 Quando Israel chegou à terra de Jazer e à terra de Gileade, as tribos de Rúben e de Gad, que tinham grandes rebanhos de ovelhas, deram-se conta de como aquela região era ótima para o gado. Por isso, vieram ter com Moisés, com o sacerdote Eleazar e com os chefes das outras tribos e disseram-lhes: 3-4 “O Senhor usou-nos para destruir as populações de toda esta zona; Atarote, Dibom, Jazer, Ninra, Hesbom, Eleale, Sebã, Nebo e Beom. Trata-se de uma região belíssima para criar gado e para os rebanhos pastarem. Pedimos pois que nos deixem ficar aqui com esta terra como a parte que nos caberia na partilha geral e não passaremos para além do Jordão.”

“Ficariam aqui descansados, enquanto os vossos irmãos continuavam a lutar no outro lado do rio?”, perguntou Moisés. “Assim estão a desencorajar o resto do povo a passar para a margem de lá, para a terra que o Senhor lhes deu! Isso é o mesmo que fizeram os vossos pais, quando os mandei de Cades-Barneia para observarem secretamente a terra. Quando regressaram, depois de terem passado pelo vale de Escol, desanimaram o povo, levando-o a desistir de entrar na terra prometida. 10 A ira do Senhor ardeu contra eles e jurou então 11 que todos os que tinham sido tirados do Egito, com mais de 20 anos, nunca haveriam de ver a terra que prometera a Abraão, a Isaque e a Jacob, visto que recusaram obedecer-lhe. 12 As únicas exceções foram Calebe, filho de Jefoné, o quenezeu, e Josué, filho de Num, porque persistiram em seguir o Senhor com todo o seu coração.

13 Assim, o Senhor fez-nos vaguear dum lado para o outro no deserto, durante 40 anos, até que toda aquela geração que praticou o mal morresse. 14 Agora aqui estão vocês, um bando de pecadores, fazendo exatamente a mesma coisa, seguindo o exemplo dos vossos antepassados, aumentando por isso, a ira do Senhor sobre Israel. 15 Se recusarem dessa forma segui-lo, isso fará ficar todo o povo ainda por mais tempo no deserto, e serão vocês os responsáveis pela destruição do seu povo e por terem trazido tamanha catástrofe sobre esta nação inteira!”

16 “De maneira nenhuma!”, esclareceram eles. “A nossa intenção é construir currais e estábulos para o nosso gado e cidades para as nossas crianças; 17 quanto a nós, estamos decididos a ir combater, à frente do povo de Israel, até que os tenhamos estabelecido definitivamente na terra que vão receber. Mas primeiro precisávamos edificar cidades fortificadas aqui para as nossas famílias, para deixá-las em segurança, na eventualidade de algum ataque das populações locais. 18 Não voltaremos à nossa possessão até que o povo tenha ocupado aquilo que é seu por herança. 19 Além disso, não precisamos de ter terra do outro lado do rio; basta-nos aquela com que ficamos aqui nesta zona oriental.”

20 Moisés respondeu-lhes: “Pois sim, está bem, se fizerem tudo o que disseram, e se se armarem para a guerra do Senhor, 21 levando as vossas tropas a atravessar o Jordão até que o Senhor tenha expulsado os seus inimigos; quando a terra estiver enfim subjugada na sua presença, 22 não serão culpados perante o Senhor. Terão cumprido o vosso dever para com o Senhor e todo o resto do povo de Israel. Então a terra que está neste lado oriental será o domínio que o Senhor vos dá. 23 Mas se não fizerem como prometeram, terão pecado contra o Senhor, e podem ter a certeza de que virão a receber o devido castigo. 24 Vão então e construam as cidades de que precisam para as vossas famílias e os estábulos para os vossos rebanhos; façam tudo o que disseram.”

25 “Faremos precisamente conforme nos mandas”, replicaram as gentes de Gad e de Rúben. 26 “Os nossos filhos, mulheres, rebanhos e gado ficarão aqui nas cidades de Gileade. 27 Mas todos os que nos alistarmos iremos lutar pelo Senhor, tal como nos mandaste.”

28 Moisés deu assim a sua aprovação à pretensão deles, dizendo ao sacerdote Eleazar, a Josué e aos líderes de Israel: 29 “Se todos os homens das tribos de Gad e de Rúben, que estão recrutados para as guerras do Senhor, forem convosco para além do Jordão, quando a terra for conquistada, deverão dar-lhe o território de Gileade; 30 mas se recusarem, terão de aceitar aquela que lhes for distribuída, entre todos, no país de Canaã.”

31 As tribos de Gad e de Rúben disseram de novo: “Estamos dispostos a fazer conforme o mandamento do Senhor; 32 seguiremos todo o exército do Senhor até Canaã, mas depois a nossa terra será aqui deste lado do Jordão.”

33 Assim, Moisés distribuiu o território do rei Siom dos amorreus e do rei Ogue de Basã, incluindo terras e cidades, às tribos de Gad e de Rúben, assim como à meia tribo de Manassés, filho de José.

34 O povo de Gad construiu as seguintes cidades: Dibom, Atarote, Aroer, 35 Atarote-Sofã, Jazer, Jogboa, 36 Bete-Nimra, Bete-Harã; todas cidades fortificadas e com currais.

37 O povo de Rúben edificou: Hesbom, Eleale, Quiriataim, 38 Nebo, Baal-Meom e Sibma. Os israelitas mais tarde mudaram o nome de algumas cidades que tinham conquistado e reconstruído.

39 Os descendentes de Maquir, filho de Manassés, foram à terra de Gileade e expulsaram os amorreus na zona que conquistaram. 40 Por isso, Moisés deu também aos maquiritas terra em Gileade e passaram a viver ali. 41 Os homens de Jair, outro agregado da tribo de Manassés, ocuparam igualmente muitas cidades de Gileade, e alterou-se o nome da sua área para Havote-Jair (Aldeias de Jair). 42 Entretanto, um homem chamado Noba, à frente dum destacamento militar, foi a Quenate e conquistou-a, assim como as aldeias dos arredores, ocupando-as e dando àquele sítio o seu próprio nome.

O percurso do povo no deserto

33 Este foi o itinerário da nação de Israel, desde a altura em que Moisés e Aarão os tiraram para fora do Egito. Moisés tinha escrito todas essas deslocações, conforme as instruções dadas pelo Senhor.

Deixaram a cidade de Ramessés, no Egito, no dia 15 do primeiro mês, no dia a seguir à Páscoa. Partiram corajosamente e triunfantes à vista de todos os egípcios, que estavam entretanto a enterrar os filhos mais velhos de cada família, mortos pelo Senhor. Foi uma grande derrota para os deuses dos egípcios.

Depois de saírem de Ramessés, ficaram em Sucote,

depois em Etã, à beira do deserto,

e a seguir em Pi-Hairote, perto de Baal-Zefom, onde acamparam no sopé do monte Migdol.

Dali passaram pelo meio do mar Vermelho e caminharam por três dias no deserto de Etã, tendo acampado em Mara.

Depois de deixarem Mara, vieram até Elim, onde há doze fontes e setenta palmeiras, tendo ali permanecido bastante tempo.

10 Após terem deixado Elim vieram acampar junto do mar Vermelho, 11 e depois no deserto de Sim;

12 seguidamente em Dofca

13 e em Alus

14 e em Refidim, onde lhes faltou água.

15 De Refidim foram até ao deserto de Sinai.

16 A partir do deserto de Sinai foram estas as etapas que percorreram:

Quibrote-Hatava

17 Hazerote

18 Ritma

19 Rimon-Perez

20 Libna

21 Rissa

22 Queelata

23 Sefer

24 Harada

25 Maquelote

26 Taate

27 Tera

28 Mitca

29 Hasmona

30 Moserote

31 Bene-Jaacã

32 Hor-Hagidgade

33 Jotbatá

34 Abrona

35 Eziom-Geber

36 Cades no deserto de Zim

37 e monte de Hor no fim da terra de Edom. 38 Enquanto se encontravam junto do monte de Hor, Aarão o sacerdote foi mandado pelo Senhor subir à montanha e aí morrer. Isto ocorreu 40 anos depois do povo de Israel ter deixado o Egito. Ele morreu no primeiro dia do quinto mês do ano quarenta, 39 quando tinha 123 anos de idade.

40 Foi então que o rei cananeu de Arade, que vivia no Negueve, a sul de Canaã, ouviu que o povo de Israel se aproximava da sua terra.

41 Depois os israelitas partiram do monte de Hor e foram acampar em Zalmona,

42 e depois em Punom,

43 e em Obote,

44 e em Ié-Abarim, perto da fronteira de Moabe.

45 Dali foram para Dibom-Gad,

46 e depois para Almon-Diblataim.

47 Vindo a acampar nas montanhas de Abarim, perto do monte Nebo.

48 Finalmente chegaram às planícies de Moabe, nas margens do rio Jordão defronte de Jericó. 49 Enquanto estiveram nessa área, acamparam em diversos sítios ao longo do Jordão, desde Bete-Jesimote até Abel-Sitim, nas planícies de Moabe.

50 Foi durante o tempo que ali estiveram que o Senhor disse a Moisés para transmitir ao povo de Israel o seguinte: 51 “Quando passarem para o outro lado do Jordão, para a terra de Canaã, 52 deverão expulsar toda a gente que lá viver e destruir os seus ídolos, imagens feitas de pedra e de metal, assim como os santuários pagãos que têm sobre as colinas e onde adoram os seus deuses. 53 Dei-vos essa terra. Tomem-na e vivam lá. 54 Reparti-la-ão proporcionalmente ao tamanho das vossas tribos. As tribos maiores terão naturalmente partes maiores; as áreas mais pequenas irão para as tribos menores. 55 Se se negarem a lançar fora o povo que aí vive, os que lá ficarem farão arder os vossos olhos, e serão como espinhos na vossa carne. 56 E destruir-vos-ei tal como planeei destruí-los a eles.”

Os limites de Canaã

34 O Senhor mandou Moisés dizer assim ao povo: “Quando entrarem na terra de Canaã, que vos dou como vossa pátria, terão a sul, por limite, o deserto de Zim, junto à fronteira de Edom. A fronteira do sul começará com o mar Salgado[a], e continuará pela subida de Acrabim, na direção de Zim. O ponto mais a sul será Cades-Barneia, donde seguirá para Hazar-Adar e para Azmom. Depois a linha de fronteira seguirá em direção à Ribeira do Egito, descendo até ao mar Mediterrâneo.

Este mar constituirá a vossa fronteira a ocidente.

A norte, a linha fronteiriça começará no mar Mediterrâneo e prosseguirá para o nascente até ao monte Hor, seguindo sobre a entrada de Hamate, através de Zedade e Zifron, até Hazar-Enã.

10 Quanto à fronteira oriental, começará em Hazar-Enã, descendo até Sefã, 11 e depois até Ribla, a oriente de Aim. Dali descreverá um largo semi-círculo, indo primeiro para o sul e depois para o poente até passar a ponta sul do mar da Galileia,[b] 12 seguindo ao longe do rio Jordão, terminando de novo no mar Salgado.

13 Este é pois o território que deverão repartir entre vós. Será partilhado por nove tribos e meia, 14-15 porque as tribos de Rúben, de Gad e a meia tribo de Manassés já receberam terra no lado nascente do Jordão, diante de Jericó.”

16 Disse mais o Senhor a Moisés: 17 “Serão os seguintes, os homens encarregados de proceder à repartição da terra: Eleazar, o sacerdote, Josué, filho de Num, 18 e um chefe de cada tribo, 19 conforme a seguinte lista:

de Judá, Calebe, filho de Jefoné;

20 de Simeão, Samuel, filho de Amiude;

21 de Benjamim, Elidade, filho de Quislon;

22 de Dan, Buqui, filho de Jogli;

23 de Manassés, Haniel, filho de Efode;

24 de Efraim, Quemuel, filho de Siftã;

25 de Zebulão, Elizafã, filho de Parnaque;

26 de Issacar, Paltiel, filho de Azã;

27 de Aser, Aiude, filho de Selomi;

28 de Naftali, Pedael, filho de Amiude.”

29 São estes pois os nomes daqueles que o Senhor designou para supervisionar a divisão do território pelas tribos.

Footnotes

  1. 34.3 Também conhecido como mar Morto.
  2. 34.11 Antigamente conhecido por mar de Quinerete. Ver Dt 3.17; Js 11.2; 12.3; 13.27.

Jesus fala outra vez da sua morte e ressurreição

(Mt 17.22-23; Lc 9.43-45)

30 Deixando aquela região, percorreram a Galileia, onde Jesus procurava evitar toda e qualquer atividade pública, 31 para poder dedicar mais tempo a ensinar os discípulos. E dizia-lhes: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, hão de matá-lo mas, três dias depois de ser morto, ressuscitará.” 32 Eles, porém, não compreendiam e tinham medo de lhe fazer perguntas.

Quem é o maior?

(Mt 18.1-5; Lc 9.46-48)

33 Chegaram a Cafarnaum. Quando se encontravam instalados na casa onde iam ficar, perguntou-lhes: “Que vinham a discutir pelo caminho?” 34 Mas tinham vergonha de responder, porque a discussão era sobre qual deles seria o mais importante. 35 Então sentou-se e, chamando-os para junto de si disse: “Quem quiser ser o primeiro será o último e o servo de todos.”

36 Tomando uma criancinha, colocou-a no meio deles, acolheu-a nos braços e disse-lhes: 37 “Quem receber uma criancinha como esta, em meu nome, é a mim que recebe. E quem me receber não é a mim que recebe, mas aquele que me enviou.”

Quem não é contra nós é por nós

(Mt 10.42; Lc 9.49-50)

38 João, um dos seus discípulos, disse-lhe: “Mestre, vimos alguém que se servia do teu nome para expulsar demónios, mas dissemos-lhe que não o fizesse, por não pertencer ao nosso grupo.”

39 “Não o proíbam! Porque ninguém que faça milagres em meu nome vai logo falar mal de mim. 40 Quem não é contra nós está do nosso lado. 41 Se alguém vos der nem que seja um copo de água, por serem de Cristo, é realmente como vos digo, não deixará de ter a sua recompensa.

Não levar os outros a pecar

(Mt 18.8-9; Lc 17.1-2)

42 Quem fizer tropeçar na fé um destes pequeninos que creem em mim, mais valia a esse homem amarrarem-lhe uma mó ao pescoço e ser atirado ao mar. 43-44 Se a tua mão te fizer pecar, corta-a! Mais vale entrar na vida com uma só mão do que ir parar com ambas ao fogo do inferno, que nunca se apaga! 45-46 Se o teu pé te fizer pecar, corta-o! Mais vale entrar na vida coxo do que ser lançado com ambos os pés no inferno. 47 E se o teu olho te fizer pecar, arranca-o! Melhor é entrar no reino de Deus só com um olho do que ser lançado com ambos no inferno, 48 onde os bichos nunca morrem e o fogo nunca se apaga.[a] 49 Porque todos serão como que temperados pelo fogo.

50 O sal é bom para temperar, mas se perder o sabor como pode tornar-se de novo salgado? Vocês devem ter as qualidades do sal e viver em paz uns com os outros.”

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Footnotes

  1. 9.48 Is 66.24.