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A bênção pela obediência

(Dt 7.12-16; 28.1-14)

26 Não fabriquem ídolos; não deverão prestar culto a imagens esculpidas ou a estátuas. Porque eu sou o Senhor, o vosso Deus. Devem guardar as minhas leis respeitantes ao repouso do sábado e reverenciar o meu tabernáculo. Eu sou o Senhor.

Se andarem conforme as minhas leis e guardarem os meus mandamentos, pondo-os em prática, então vos darei as chuvas a seu tempo, e a terra produzirá abundantes colheitas, as árvores carregar-se-ão de frutos. A ceifa durará até ao tempo da vindima e a vindima até ao tempo das novas sementeiras. Comerão até se fartarem e viverão seguros da terra, porque vos darei paz; poderão dormir sem temores. Afastarei os animais perigosos e as guerras. Perseguirão inimigos, os quais morrerão sob as vossas armas. Cinco porão em fuga uma centena e cem liquidarão dez mil! Derrotarão todos os adversários.

Cuidarei de vocês e vos multiplicarei; cumprirei a minha aliança convosco. 10 Hão de ter uma tal abundância de fruto da terra que nem saberão o que fazer com ele quando chegar nova ceifa! 11 Estabelecerei a minha morada no vosso meio; não vos repudiarei. 12 Andarei no vosso meio, serei o vosso Deus e vocês serão o meu povo. 13 Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirou da terra do Egito para nunca mais serem escravos. Quebrei as vossas cadeias e farei que vivam com dignidade.

O castigo por desobediência

(Dt 28.15-68)

14 Contudo, se não me ouvirem e não me obedecerem, 15 antes desprezarem e rejeitarem as minhas leis, anulando assim a minha aliança, não obedecendo às minhas leis, eis o que vos farei: 16 castigar-vos-ei com terrores repentinos e com pânico, e ainda com a tuberculose e com febres ardentes que consomem os olhos e vão destruindo a vida. Hão de semear em vão, porque serão os vossos inimigos que colherão os frutos. 17 Serei contra vocês e hão de fugir na frente dos que vos atacam; serão governados por quem vos odeia. Até fugirão sem haver ninguém que vos esteja a perseguir.

18 Se continuarem a desobedecer-me, castigar-vos-ei sete vezes mais severamente ainda, por causa dos vossos pecados. 19 Quebrarei a vossa força orgulhosa. Os céus ser-vos-ão como ferro e a terra como bronze. 20 A vossa força se consumirá em vão; porque a vossa terra não vos dará searas, nem as árvores frutos.

21 E se mesmo assim não me obedecerem e não quiserem ouvir-me, mandar-vos-ei sete vezes mais pragas por causa dos vossos pecados. 22 Enviarei animais ferozes que matarão os vossos filhos, destruirão o vosso gado e vos diminuirão de tal forma que os caminhos ficarão desertos.

23 E se ainda mesmo assim isto não vos fizer mudar, antes continuarem a andar segundo os vossos desejos, contrários aos meus, 24 então também eu me oporei ao vosso querer; eu próprio vos ferirei sete vezes mais por causa do vosso pecado. 25 Castigar-vos-ei por terem quebrado a minha aliança, trazendo a guerra contra vocês. Hão de fugir para a cidade, mas mandarei pragas que vos apanharão e acabarão por ser conquistados pelos inimigos. 26 Destruirei os vossos fornecimentos de comida de tal forma que um só forno será largamente suficiente para cozer pão para dez famílias; e continuarão com fome ainda depois de terem recebido o vosso pequeno quinhão.

27 E se continuarem sem me obedecer, então darei largas ao meu furor; 28 mandar-vos-ei um castigo pelos vossos pecados que seja sete vezes mais intenso. 29 Comerão os vossos próprios filhos e filhas; 30 destruirei os santuários pagãos sobre as colinas em que adoraram ídolos; deitarei abaixo os altares de incenso; deixarei que se amontoem os vossos cadáveres por entre os ídolos destruídos; aborrecer-vos-ei. 31 As cidades ficarão desoladas; destruirei os lugares de culto e não aceitarei as vossas ofertas de incenso. 32 Sim, tornarei deserta a terra; os vossos inimigos viverão nela, eles próprios se espantarão com o que vos fiz. 33 Espalhar-vos-ei entre as nações, fazendo desencadear guerras contra vocês por onde forem. A vossa terra ficará desolada e as cidades destruídas. 34 Então por fim a terra descansará e se recomporá dos muitos anos em que não a deixaram repousar; pois manter-se-á desolada todos os anos em que estiverem cativos nas terras dos inimigos. 35 Sim, então a terra descansará e desfrutará dos seus sábados. Poderá recompor-se do repouso que não lhe deram todos os sete anos, quando lá viviam.

36 Os que ficarem vivos serão levados para terras distantes como prisioneiros de guerra e como escravos, e lá viverão em constantes terrores. O som de uma folha levada pelo vento os fará fugir como se estivessem a ser ameaçados por um homem armado. Cairão sem que alguém os persiga. 37 Sim, mesmo sem ninguém a persegui-los, cairão uns sobre os outros na precipitação, como se fugissem de uma batalha em que não conseguissem suster a força do inimigo. 38 Hão de perecer entre as nações e ser destruídos pelos vossos adversários. 39 E os que ainda ficarem desfalecerão nas terras dos inimigos por causa dos seus pecados, os mesmos dos seus pais.

40 Mas por fim, se confessarem o seu pecado e as iniquidades que os pais praticaram contra mim, que fizeram que se voltassem contra mim, 41 e eu contra eles, e os levasse para as terras dos seus inimigos; se por fim os seus maus corações se humilharem e aceitarem o castigo que lhes enviei por causa dos seus pecados, 42 então me lembrarei da minha aliança feita a Abraão, a Isaque e a Jacob, e da terra que ficou desolada. 43 A terra desfrutará dos sábados, enquanto está desolada, e por fim aceitarão o castigo por terem rejeitado as minhas leis e desprezado os meus regulamentos. 44 Apesar de tudo o que fizeram, não os destruirei totalmente nem invalidarei a minha aliança com eles, porque sou o Senhor, o seu Deus. 45 Pois trouxe os seus antepassados do Egito, perante a admiração das nações que observavam tudo isso. Eu sou o Senhor.”

46 Estas foram as leis, mandamentos e instruções que o Senhor deu ao povo de Israel, por meio de Moisés, junto ao monte Sinai.

Normas para coisas consagradas

27 O Senhor disse a Moisés: “Diz ao povo de Israel que quando uma pessoa fizer um voto especial de se dedicar ela própria ao Senhor, deverá fazer o seguinte pagamento no lugar da pessoa: Um homem entre os 20 e os 60 anos de idade pagará 575 gramas de prata, segundo os pesos do santuário. Uma mulher entre os 20 e os 60 anos pagará 345 gramas de prata. Um rapaz dos 5 aos 20 anos pagará 230 gramas; e uma rapariga 115 gramas. Um menino de um mês até aos cinco anos será avaliado em 58 gramas e uma menina em 35 gramas. Um homem acima dos 60 anos deverá pagar 175 gramas e uma mulher 115 gramas. Mas se a pessoa for tão pobre que não possa pagar esse montante, deverá ser levada perante o sacerdote que avaliará em função dos meios de que dispõe.

Se se tratar de um animal de uma espécie que é permitida oferecer como sacrifício que se faz voto de oferecer ao Senhor, será coisa santa. 10 O voto não pode ser alterado. Aquele que o fez não poderá nem alterar a sua intenção de o dar a Deus, nem substituí-lo, seja o bom pelo mau, seja o mau pelo bom. Se vier a fazê-lo, tanto um como o outro pertencerão a Deus. 11-12 Mas se o animal for impuro, de uma espécie que não é permitida oferecer como sacrifício, o dono deve trazê-lo ao sacerdote para que o avalie. 13 Se o homem pretender resgatá-lo, deverá pagar mais vinte por cento do que o valor estabelecido pelo sacerdote.

14-15 Se alguém dá a sua casa ao Senhor e depois deseja resgatá-la, o sacerdote decidirá o valor e a pessoa pagará essa quantia mais um quinto; e a casa voltará a ser novamente sua.

16 Se uma pessoa dedicar uma parte do seu campo ao Senhor, avaliá-la-á em função do que pode ser semeado ali. Uma área que requeira 220 litros de semente de cevada, será avaliada em 575 gramas de prata. 17 Se o campo for consagrado no ano de jubileu, o seu valor é aquele que foi indicado. 18 Mas se for depois desse ano, a avaliação será em proporção ao número de anos que restam até ao próximo jubileu. 19 Se a pessoa decidir resgatar o campo, pagará um quinto mais além da avaliação do sacerdote, e poderá reaver o campo. 20 Mas se decidir não resgatá-lo, ou se o tiver vendido a outra pessoa, não deverá voltar à sua posse. 21 Quando chegar o jubileu ficará pertença do Senhor, como um campo que lhe é consagrado, e será dado aos sacerdotes.

22 Se um homem dedicar ao Senhor um campo que comprou, mas que não faz parte da propriedade familiar, 23 o sacerdote fará a estimativa do seu valor até ao ano do jubileu, e dará logo esse montante ao Senhor; 24 no ano do jubileu o campo voltará à posse do primeiro proprietário a quem tinha sido comprado. 25 Todas as avaliações serão efetuadas de acordo com os pesos do templo, cujo peso-base, o siclo, equivale a 11,5 gramas.

26 Não poderão consagrar ao Senhor o primeiro nascido de um boi ou de um cordeiro, porque esse já lhe pertence. 27 Mas se for o primeiro a nascer de um animal impuro, que não pode ser usado nos sacrifícios, porque não está na lista daqueles que o Senhor aceita, então o seu dono pagará a estimativa do sacerdote, acrescido de um quinto; 28 se o dono não o resgatar, o sacerdote poderá vendê-lo. Contudo, nada que tenha sido consagrado ao Senhor, pessoas, animais ou campos herdados, deverá ser vendido ou resgatado, porque são santíssimos para o Senhor.

29 Ninguém que tenha sido sentenciado à morte pelos tribunais poderá pagar uma multa no lugar da condenação. Terá certamente de morrer.

30 Os dízimos e produtos da terra, sejam cereais seja fruta, pertencem ao Senhor; é coisa sagrada. 31 Se alguém desejar reaver esses produtos, terá de juntar mais um quinto ao seu valor. 32 Também ao Senhor pertence a décima parte dos animais do vosso gado e dos vossos rebanhos; quer dizer, o décimo dos animais que passam sob a vara, ao serem contados. 33 O que é dado como dízimo ao Senhor não pode ser escolhido na base de ser bom ou ser mau; além disso não haverá substituições; porque se alguma substituição tiver sido feita, ambos, o original e o substituto, pertencerão ao Senhor, e não poderão ser resgatados.”

34 Estes são os mandamentos que o Senhor deu a Moisés junto ao monte Sinai, para serem comunicados ao povo de Israel.