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O mapa das nações

10 Os descendentes de Noé são os seguintes: Sem, Cam e Jafete que lhe nasceram antes do dilúvio.

Os descendentes de Jafete

(1 Cr 1.5-7)

Os filhos de Jafete foram:

Gomer, Magogue, Madai, Javã, Tubal, Meseque e Tiras.

Os filhos de Gomer:

Asquenaz, Rifat e Togarma.

Os filhos de Javã:

Elisá, Társis, Quitim e Dodanim. Os descendentes destes tornaram-se povos marítimos, conquistando terra além-mar, formando nações, cada uma com a sua língua.

Os descendentes de Cam

(1 Cr 1.8-16)

Os filhos de Cam foram:

Cuche, Mizraim[a], Pute e Canaã.

Os filhos de Cuche:

Seba, Havila, Sabta, Rama e Sabteca.

Os filhos de Ramá:

Sabá e Dedã.

Um dos descendentes de Cuche foi Nimrode que se tornou um dos homens mais poderosos da Terra. Era um grande caçador e Deus ajudou-o de tal forma que o povo costumava dizer: “Que o Senhor te faça um grande caçador, à maneira de Nimrode!” 10 O seu reino incluía grandes cidades como Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar.[b] 11 Daqui estendeu-se para a Assíria onde edificou Nínive, Reobote-Ir, Cala, 12 Resen, entre Nínive e Cala, que era a maior cidade daquele império.

13 As famílias que descenderam de Mizraim foram os ludeus, anameus, leabeus, naftueus, 14 patruseus e caslueus, de onde descenderam os filisteus, e os caftoreus.

15 Entre os descendentes de Canaã contam-se Sídon, o seu filho primogénito, e Hete. 16 Canaã foi também o antepassado dos jebuseus, amorreus, girgaseus, 17 heveus, arqueus, sineus, 18 arvadeus, zemareus e hamateus. Depois disso, espalharam-se as famílias dos cananeus. 19 O seu território estendia-se desde Sídon a Gerar, chegando ao limite de Gaza. Chegaram mesmo a Sodoma e Gomorra e a Admá e Zeboim perto de Lasa.

20 Estes são os descendentes de Cam que se espalharam, formando povos e nações com as suas diferentes línguas.

Os descendentes de Sem

(1 Cr 1.17-23)

21 Sem, o irmão mais velho de Jafete, teve também filhos. Todos os filhos de Eber são descendentes de Sem.

22 Sem teve como filhos Elão, Assur,[c] Arfaxade, Lude e Aram.

23 Este último foi pai de Uz, Hul, Geter e Mas.[d]

24 Arfaxade gerou Sala e este gerou Eber.

25 Eber teve dois filhos:

Pelegue, porque foi durante a sua vida que os povos de todo o mundo começaram a separar-se e a dispersar-se, e Joctã.

26 Os filhos de Joctã foram Almodade, Selefe, Hazarmavet, Jera, 27 Hadorão, Uzal, Dicla, 28 Obal, Abimael, Sabá, 29 Ofir, Havila e Jobabe.

30 Todos estes descendentes de Joctã viveram entre Messa e Sefar que é uma montanha do oriente.

31 Estes são os descendentes de Sem, segundo os povos e as nações que foram formando, com as suas línguas próprias e a localização geográfica respetiva.

32 É esta a relação dos descendentes de Noé, a partir dos quais se formaram as nações da Terra depois do dilúvio.

A torre de Babel

11 Naquele tempo toda a humanidade falava uma só língua. Deslocando-se e espalhando-se em direção ao oriente, os homens descobriram uma planície na terra de Sinar e depressa a povoaram. E começaram a falar em construir uma grande cidade, para o que fizeram tijolos de terra bem cozida, para servir de pedra de construção e usaram alcatrão em vez de argamassa. Depois eles disseram: “Vamos construir uma cidade com uma torre altíssima, que chegue até aos céus; dessa forma, o nosso nome será honrado por todos e jamais seremos dispersos pela face da Terra!”

O Senhor desceu para ver a cidade e a torre que estavam a levantar. “Vejamos se isto é o que eles já são capazes de fazer; sendo um só povo, com uma só língua, não haverá limites para tudo o que ousarem fazer. Vamos descer e fazer com que a língua deles comece a diferenciar-se, de forma que uns não entendam os outros.”

E foi dessa forma que o Senhor os espalhou sobre toda a face da Terra, tendo cessado a construção daquela cidade. Por isso, ficou a chamar-se Babel,[e] porque foi ali que o Senhor confundiu a língua dos homens e espalhou-os por toda a Terra.

Desde Sem a Abrão

(1 Cr 1.24-27)

10 A linha de descendentes de Sem incluía Arfaxade, nascido dois anos após o dilúvio, quando Sem tinha 100 anos de idade. 11 E depois ainda viveu mais 500 anos e teve muitos filhos e filhas.

12 Arfaxade tinha 35 anos, quando lhe nasceu Sala. 13 Viveu ainda 403 anos e teve muitos filhos e filhas.

14 Sala tinha 30 anos, quando Eber nasceu. 15 E viveu depois 403 anos, tendo tido muitos filhos e filhas.

16 Aos 34 anos Eber teve Pelegue. 17 Viveu mais 430 anos com muitos filhos e filhas.

18 Pelegue contava 30 anos, ao nascer-lhe Reu. 19 Viveu ainda 209 anos com muitos filhos e filhas.

20 Reu, aos 32 anos, teve Serugue. 21 Viveu depois disso 207 anos, tendo tido muitos filhos e filhas.

22 Serugue, quando contava 30 anos, teve Naor. 23 Viveu, com muitos filhos e filhas, 200 anos depois disso.

24 Com 29 anos Naor foi pai de Tera. 25 Depois viveu ainda 119 anos, tendo tido muitos filhos e filhas.

26 Tera, aos 70 anos, tinha três filhos: Abrão, Naor e Harã.

27 Esta é a lista de descendentes de Tera.

Tera foi pai de Abrão, Naor e Harã. Harã tinha, por sua vez, um filho chamado Lot. 28 Harã morreu ainda novo, na terra onde tinha nascido, em Ur da Caldeia, e o seu pai Tera ainda era vivo. 29 Entretanto, Abrão casou com Sarai, enquanto Naor casou-se com Milca, que era filha de Harã e irmã de Isca. 30 Mas Sarai era estéril, não tinha filhos.

31 Então Tera pegou em Abrão, seu filho, e em Lot, seu neto, mais a sua nora Sarai e deixou Ur da Caldeia, para ir para a terra de Canaã. Contudo, ficaram-se pela cidade de Harã e estabeleceram-se ali, 32 até que Tera morreu aos 205 anos.

A chamada de Abrão

12 O Senhor disse a Abrão: “Deixa a tua terra e a tua família, e a casa do teu pai, e vai para a terra que te vou mostrar. Farei que sejas pai de uma grande nação. Abençoar-te-ei e tornarei o teu nome famoso. Tu próprio serás uma bênção para muitos outros. Abençoarei todos os que te fizerem bem; mas amaldiçoarei os que te fizerem mal. Por teu intermédio serão abençoados todos os povos da Terra.”

Assim, Abrão partiu como o Senhor lhe tinha ordenado; e Lot foi também com ele. Tinha então Abrão 75 anos. E na companhia da sua mulher Sarai e de Lot, seu sobrinho, com tudo o que tinham, gado e criados que obtiveram em Harã, chegaram a Canaã.

Lá, vieram até um lugar perto de Siquem, e acamparam junto dum carvalho em Moré. Eram os cananeus quem habitava aquela área. Então o Senhor apareceu a Abrão e disse-lhe: “Darei esta terra à tua descendência.” E Abrão construiu ali um altar para comemorar a visita que o Senhor lhe fizera.

Depois deixou aquele lugar e viajou mais para o sul, para uma terra montanhosa, entre Betel a ocidente e Ai a oriente. Parou aí, levantou outro altar ao Senhor e invocou o nome do Senhor.

Continuou depois, lentamente, a deslocar-se em direção ao sul, para o Negueve, parando frequentemente.

Abrão no Egito

10 Por essa altura, havia uma fome terrível naquela zona; então Abrão desceu ao Egito. 11 Ao aproximar-se dessa nova terra, pediu a Sarai, a sua mulher, que dissesse às pessoas que era sua irmã. “Tu és muito bonita”, disse-lhe, 12 “e quando os egípcios te virem, calculando que és a minha mulher, matar-me-ão para ficar contigo. 13 Mas se disseres que és a minha irmã, tratar-me-ão bem, por interesse por ti, e a minha vida será poupada.”

14 Com efeito, quando chegaram ao Egito, toda a gente começou a falar na beleza dela. 15 As pessoas da corte do rei, do Faraó, foram gabá-la diante dele, e o Faraó mandou instalá-la no seu palácio. 16 Ao mesmo tempo, por amor dela, fez muito bem a Abrão, dando-lhe presentes valiosos como gado, jumentos, camelos, e homens e mulheres como criados.

17 No entanto, o Senhor mandou umas pragas terríveis sobre o Faraó e os que viviam com ele, por causa de Sarai estar ali a viver. 18 Foi então que o Faraó mandou chamar Abrão e o acusou severamente: “Que é isto que me fizeste? Porque não me disseste logo que era tua mulher? 19 Porque é que me ias deixar casar com ela dizendo que era a tua irmã? Pega nela e vai-te daqui!” 20 E mandou-o embora do país, sob escolta de soldados que os acompanharam; a ele, a Sarai, e a todos e tudo quanto tinham.

Footnotes

  1. 10.6 Posteriormente veio a designar o Egito.
  2. 10.10 Isto é, Babilónia.
  3. 10.22 Isto é, Assíria.
  4. 10.23 Ou Meseque. Ver 1 Cr 1.17.
  5. 11.9 Isto é, confundir.

Jesus é tentado

(Mc 1.12-13; Lc 4.1-13)

Depois disto, Jesus foi levado pelo Espírito Santo ao deserto para ser tentado pelo Diabo. Durante quarenta dias e quarenta noites nada comeu; por fim, sentiu fome. Então o Tentador instigou-o a arranjar alimento, dizendo: “Se és o Filho de Deus, manda a estas pedras que se transformem em pão.”

Mas Jesus respondeu: “Não! Porque as Escrituras dizem:

‘Nem só de pão viverá o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.’ ”[a]

Depois o Diabo levou-o à cidade santa[b], ao telhado do templo: “Se és o Filho de Deus, salta! Pois, segundo as Escrituras:

‘Deus dará ordens aos seus anjos a teu respeito.
Eles te susterão com as suas mãos,
para que não tropeces nas pedras do caminho.’ ”[c]

Jesus retorquiu-lhe: “Mas as Escrituras também dizem:

‘Não deves provocar o Senhor, teu Deus.’ ”[d]

Por fim, o Diabo levou-o a um monte muito alto e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a sua glória: “Tudo isto te darei se te ajoelhares e me adorares.”

10 “Vai-te, Satanás! As Escrituras dizem:

‘Adorarás o Senhor, teu Deus. Só a ele servirás.’ ”[e]

11 Então o Diabo foi-se embora e os anjos vieram e serviam-no.

Jesus começa a pregar

(Mc 1.14-15; Lc 4.14-15)

12 Quando Jesus soube que João tinha sido preso, saiu da Judeia e voltou para casa, em Nazaré na Galileia. 13 Porém, cedo deixou Nazaré e mudou-se para Cafarnaum, junto ao mar da Galileia, perto de Zebulão e Naftali. 14 Assim, cumpriu-se a profecia de Isaías:

15 “A terra de Zebulão e de Naftali,
uma estrada para o mar, além do Jordão,
na Galileia onde vivem tantos gentios,
16 o povo que anda nas trevas viu uma grande luz,
uma luz que brilhou sobre todos os
que vivem na terra da sombra da morte.”[f]

17 Dali em diante, Jesus começou a pregar: “Deixem os vossos pecados e voltem-se para Deus, pois o reino dos céus está próximo.”

A chamada dos primeiros discípulos

(Mc 1.16-20; Lc 5.2-11)

18 Certo dia, caminhando ao longo da costa do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos; Simão, também chamado Pedro, e André, que num barco pescavam com uma rede, pois eram pescadores por ofício. 19 Então chamou-os: “Venham e sigam-me. Farei de vocês pescadores de pessoas!” 20 No mesmo instante, deixaram as redes e seguiram-no.

21 Avançando dali, viu na praia outros dois irmãos, Tiago e João, num barco a remendar as redes, na companhia de Zebedeu seu pai. Também chamou estes para o seguirem. 22 Logo pararam o trabalho e, deixando o pai, foram com Jesus.

Jesus cura os enfermos

(Mc 3.7-12; Lc 6.17-19)

23 Jesus andava por toda a Galileia ensinando nas sinagogas e pregando as boas novas do reino dos céus. E curava toda a casta de doenças e enfermidades entre o povo. 24 A fama dos seus milagres espalhou-se para lá dos limites da Galileia, de tal modo que em breve começaram a aparecer muitos enfermos em busca de cura, vindo mesmo de regiões tão distantes como a Síria. Qualquer que fosse a doença ou mal, mesmo os possessos dos demónios, os loucos e os paralíticos, a todos curava. 25 Multidões enormes seguiam-no, vindas da Galileia, das Dez Cidades, de Jerusalém e da Judeia, e até do outro lado do Jordão.

Footnotes

  1. 4.4 Dt 8.3.
  2. 4.5 O texto refere-se a Jerusalém.
  3. 4.6 Sl 91.11-12.
  4. 4.7 Dt 6.16.
  5. 4.10 Dt 6.13.
  6. 4.16 Is 9.1-2.