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Ordem para deixar Horebe

Este livro regista as palavras que Moisés comunicou ao povo de Israel, quando estavam acampados no vale de Arabá, no deserto de Moabe, do lado nascente do rio Jordão, em frente de Sufe, entre Parã e Tofel, dum lado, e Labão, Hazerote e Di-Zaabe, do outro. 2-3 Estas palavras foram-lhes dirigidas no primeiro dia do décimo primeiro mês, 40 anos após terem deixado o monte Horebe, ainda que sejam apenas 11 dias de viagem a pé, do monte Horebe até Cades-Barneia, indo pelo monte Seir, conforme tudo o que o Senhor tinha confiado a Moisés para lhes transmitir. Na altura em que estas palavras foram proferidas, já o rei Siom dos amorreus tinha sido derrotado em Hesbom e o rei Ogue de Basã também já fora vencido em Astarote, perto de Edrei.

Assim falou Moisés a Israel, expondo toda a Lei que Deus lhe dissera para comunicar ao povo: Foi há 40 anos, no monte Horebe, que o Senhor, nosso Deus, nos disse: “Ficaram aqui bastante tempo. Agora vão e ocupem as montanhas dos amorreus, o vale de Arabá, os montes, o Negueve e toda a planície costeira de Canaã e do Líbano; toda a área que vai do Mediterrâneo até ao grande rio Eufrates. Dou-vos todo este território; possuam-no, pois trata-se da terra que o Senhor prometeu aos vossos antepassados Abraão, Isaque e Jacob, e a todos os seus descendentes.”

Moisés nomeia auxiliares

(Êx 18.13-27)

Por essa altura, eu disse-vos: “Preciso de ajuda. Vocês são um fardo demasiado grande para eu levar sozinho, 10 porque o Senhor, vosso Deus, vos multiplicou como as estrelas. 11 Que o Senhor, Deus dos vossos pais, vos multiplique mil vezes ainda e vos abençoe como prometeu! 12 Que pode um só homem fazer perante todas as vossas disputas e problemas? 13 Escolham alguns homens de cada tribo, que sejam pessoas de bom senso, compreensivas e com experiência de vida, e nomeá-los-ei como vossos chefes.”

14 Vocês concordaram. 15 Por isso, tomei os homens que selecionaram, alguns de cada tribo, e designei-os para assistentes administrativos, por escalões de mil, cem, cinquenta e dez pessoas, 16 para deliberarem quanto às questões que lhes fossem apresentadas, e para prestarem assistência geral em cada dia. Instruí-os para que fossem sempre perfeitamente justos, mesmo com os estrangeiros. 17 “Quando tomarem decisões”, disse-lhes, “nunca favoreçam um indivíduo porque é rico, por exemplo. Sejam justos com todos, tanto grandes como pequenos. Não temam o desagrado das pessoas, pois estão a julgar em nome de Deus. Tragam-me algum caso cuja dificuldade vos ultrapasse e eu o resolverei.” 18 Aliás, dei-vos outras instruções nessa altura.

Moisés envia espias

(Nm 13.1-33)

19-20 Deixámos então o monte Horebe e atravessámos o grande e terrível deserto, tendo finalmente chegado às colinas dos amorreus, para onde o Senhor, nosso Deus, nos tinha dirigido. Estávamos em Cades-Barneia e eu disse ao povo: 21 “O Senhor Deus deu-nos esta terra. Vão e conquistem-na. Nada receiem e não duvidem!”

22 Mas vocês replicaram: “Primeiramente, enviemos espias para descobrirem o melhor caminho para lá entrar e para escolherem as cidades que devemos capturar primeiro.”

23 Isto pareceu-nos uma boa ideia. Por isso, escolhi doze espias, um de cada tribo. 24 Eles atravessaram as colinas e vieram até ao vale de Escol, 25 tendo regressado com amostras dos frutos da terra. Bastava vê-los para nos convencermos de que se tratava, na verdade, de uma ótima terra, essa que o Senhor, nosso Deus, nos dera!

Rebelião contra o Senhor

(Nm 14.1-45)

26 Contudo, recusaram-se a ir conquistá-la e rebelaram-se contra a ordem do Senhor, vosso Deus. 27 Lamentaram-se e murmuraram nas vossas tendas: “O Senhor deve odiar-nos, trazendo-nos do Egito até aqui, para sermos assassinados por estes amorreus. 28 Porque é que precisamos de ir para lá? Os nossos irmãos que foram observar a terra aterrorizaram-nos com o seu relato; dizem que o povo da terra é forte e de alta estatura e que tem cidades fortificadas com muralhas altíssimas até ao céu! Até viram lá gigantes descendentes de Anaque!”[a]

29 E disse-vos: “Não estejam com medo! 30 O Senhor Deus é o vosso chefe e lutará em vosso favor com o seu poder divino, tal como no Egito. 31 Sabem como o Senhor, vosso Deus, cuidou de vocês dia após dia, aqui no deserto, e que foi como um pai para cada um!”

32 Mas de nada serviu tudo o que vos disse. Recusaram-se a crer no Senhor, vosso Deus, 33 que vos tinha conduzido em todos os momentos, selecionando os melhores lugares para acamparem, guiando-vos clara e seguramente por meio duma coluna de fogo durante a noite e duma nuvem durante o dia.

34 O Senhor ouviu os vossos lamentos e ficou muito irado. 35 Garantiu então que nem uma só pessoa de toda a vossa geração viveria o tempo bastante para poder ver a boa terra que prometera aos vossos antepassados, 36 à exceção de Calebe, filho de Jefoné, o qual, pelo facto de ter seguido inteiramente o Senhor, haveria de receber como herança pessoal uma parte da terra em que já tinha penetrado.

37 Mesmo comigo, o Senhor também ficou zangado, por vossa causa, e disse-me: “Não entrarás na terra prometida! 38 Será antes o teu assistente, Josué, filho de Num, quem lá fará entrar o povo. Anima-o a preparar-se para tomar a liderança. 39 A terra será dada às crianças que ainda não distinguem o que é bom do que é mau, das quais agora dizem temer que venham a morrer no deserto. 40 Quanto a vocês, voltem para trás e tornem a atravessar o deserto em direção ao mar Vermelho.”

41 Então confessaram: “Pecámos! Estamos agora decididos a entrar na terra e a lutar por ela, tal como o Senhor, nosso Deus, nos disse.” Pegaram em armas e pensaram que seria fácil subir à montanha.

42 No entanto, o Senhor ordenou-me: “Diz-lhes para não o fazerem, porque não irei com eles; serão vencidos pelos seus inimigos.”

43 Comuniquei-vos esse aviso, mas não quiseram ouvir-me. Desobedeceram novamente às ordens do Senhor e insistiram em subir à montanha. 44 Os amorreus que lá viviam vieram ao vosso encontro, perseguiram-vos como se fossem um enxame de abelhas e feriram-vos; isto passou-se entre Seir e Horma. 45 Regressaram e choraram então perante o Senhor, sem que este, contudo, vos escutasse. 46 E assim ficaram naquele sítio, em Cades, durante muito tempo.

Jornadas no deserto

Então voltámos para trás, através do deserto, para o mar Vermelho, pois fora assim que o Senhor me mandara. Durante muitos anos vagueámos à volta do monte Seir.

Por fim, o Senhor disse-me: “Já estiveram aqui bastante tempo. Voltem para o norte. Informem o povo de que deverão atravessar a terra dos seus parentes, os edomitas, descendentes de Esaú, que vivem aqui em Seir. Os edomitas estão desconfiados e têm medo de vocês; portanto sejam cautelosos. Não provoquem nenhum conflito, pois não vos darei sequer um torrão dessa terra, porque lhes dei toda esta região acidentada do monte Seir. Paguem-lhes todo o alimento ou água de que precisarem enquanto passarem por lá.”

O Senhor, vosso Deus, tem cuidado de vocês e tem-vos abençoado durante estes 40 anos que têm andado por este grande deserto; nada vos faltou em nenhum momento.

Dessa forma, passámos através de Edom onde viviam os nossos parentes, percorrendo o caminho de Arabá que vai para o sul para Elate e para Eziom-Geber, e continuámos para o norte em direção do deserto de Moabe.

Depois o Senhor avisou-nos: “Também não devem atacar os moabitas, visto que não vos darei nada da região de Ar. Pertence aos descendentes de Lot.” 10 (Antes viviam ali os emitas, uma tribo muito grande, gente tão alta como os gigantes de Anaquim. 11 Tanto os emitas como os anaquins são frequentemente referidos como sendo refaítas; mas os moabitas chamam-lhes emitas. 12 Antigamente os horeus viviam em Seir, mas foram aniquilados e expulsos pelos edomitas, os descendentes de Esaú, tal como os israelitas lançaram depois fora o povo de Canaã, cuja terra lhes tinha sido destinada pelo Senhor.)

13 “Agora atravessem o ribeiro de Zerede”, disse-nos o Senhor, e assim fizemos.

14-17 Desta forma, levámos 38 anos para finalmente atravessar o ribeiro de Zerede vindos de Cades-Barneia. Pois o Senhor tinha estipulado que isso não haveria de acontecer antes que todos os homens que naquela altura tinham idade para combater tivessem morrido. Até que, por fim, o Senhor disse-me:

18 “Hoje Israel atravessará a fronteira de Moabe, em Ar, 19 entrando na terra dos amonitas, mas não os ataques, porque não te vou dar a terra deles; eu dei-a aos descendentes de Lot.” 20 (Aquela terra também tinha sido habitada pelos refaítas, aos quais os amonitas chamavam zamezumeus. 21 Eram uma tribo grande e poderosa, de estatura tão alta como os anaquins; mas o Senhor destruiu-os, quando os amonitas apareceram e passaram a viver ali. 22 O Senhor também tinha ajudado os descendentes de Esaú no monte Seir, pois aniquilou os horeus que lá viviam antes deles. 23 Outra situação idêntica ocorreu quando o povo de Caftor invadiu e destruiu a tribo de Avim que vivia em povoações espalhadas por aquela zona, chegando até Gaza.)

A derrota do rei Siom de Hesbom

(Nm 21.21-30)

24 Então o Senhor disse: “Atravessem o ribeiro de Arnom e penetrem na terra do amorreu Siom, rei de Hesbom. Conquistem essa terra e declarem-lhe guerra. 25 A partir de agora farei com que os povos de toda a Terra tremam com receio, angustiando-se com a vossa aproximação.”

26 Então enviei mensageiros desde o deserto de Quedemote ao rei Siom de Hesbom com uma proposta de paz: 27 “Deixa-nos passar pela tua terra. Não nos afastaremos do caminho central, não pisaremos os campos cultivados, nem dum lado nem do outro. 28 Toda a comida de que precisarmos, comprá-la-emos, assim como também a própria água que bebermos. Tudo o que pretendemos é unicamente autorização para atravessar o teu território. 29 Os edomitas de Seir já nos deixaram passar pelo seu país, assim como os moabitas, cuja capital é Ar; o nosso objetivo é chegarmos até ao Jordão, atravessá-lo e entrar na terra que o Senhor, nosso Deus, nos deu.” 30 Mas o rei Siom recusou; aliás, foi o Senhor, o vosso Deus, que permitiu que se tornasse obstinado e fosse destruído às mãos de Israel; foi isso que aconteceu.

31 Então o Senhor disse-me: “Comecei por dar-te a terra do rei Siom. Quando a conquistarem, pertencerá a Israel.”

32 O rei Siom fez-nos guerra, mobilizando as suas forças em Jaaz. 33 Mas o Senhor, nosso Deus, esmagou-o, e nós abatemo-lo, juntamente com os seus filhos e todo o seu exército, 34 e conseguimos conquistar-lhe todas as cidades e destruir tudo, incluindo mulheres e crianças. 35 Nada deixámos com vida, à exceção do gado que trouxemos como despojo de guerra, com outras coisas ainda, resultado do saque feito às cidades tomadas. 36 Conquistámos tudo desde Aroer até Gileade; portanto todo o território que tem por limite o vale de Arnom, incluindo as cidades dessa zona. Não houve uma só cidade que tivesse podido resistir-nos; foi o Senhor, nosso Deus, quem nos deu tudo isso. 37 Contudo, não nos intrometemos com o povo de Amon, nem nos aproximámos do ribeiro de Jaboque, nem das povoações das colinas, zonas em que o Senhor, nosso Deus, nos tinha proibido de entrar.

A derrota do rei Ogue de Basã

(Nm 21.33-35)

Depois voltámo-nos contra a terra de Basã do rei Ogue. Este mobilizou imediatamente o seu exército e atacou-nos em Edrei. Mas o Senhor disse-me que não o temesse. “Todo o seu povo e a sua terra serão vossos”, disse-me o Senhor. “Farás com ele o mesmo que fizeste ao rei Siom dos amorreus em Hesbom.”

Assim, o Senhor, nosso Deus, ajudou-nos a lutar contra o rei Ogue e contra o seu povo, e matá-los a todos. Conquistámos as suas sessenta povoações, tendo ocupado inteiramente a região de Argobe de Basã. Eram cidades fortificadas, rodeadas por altas muralhas, e com as entradas vedadas por fortes portões. Apoderámo-nos igualmente das cidades desprotegidas. Destruímos assim o reino de Basã, tal como fizemos com o reino de Siom em Hesbom, liquidando toda a população de homens, mulheres e crianças. Conservámos, no entanto, o gado que repartimos por todos nós.

Possuíamos agora toda a terra dos dois reis amorreus, a nascente do rio Jordão, todo o território desde o vale de Arnom até ao monte Hermon. (Os sidónios chamam ao monte Hermon, Siriom, enquanto os amorreus dão-lhe o nome de Senir.) 10 Tínhamos conquistado todas as cidades do planalto, todo o Gileade e Basã, até às cidades de Salca e de Edrei. 11 O rei Ogue de Basã era o último dos gigantes de Refaim. A sua cama de ferro, que ainda se pode ver em Rabá, uma das cidades dos amonitas, e mede 4,5 metros de comprimento por 2 de largo.

A divisão da terra

(Nm 32.1-42)

12 Foi por essa altura que dei a terra conquistada às tribos de Rúben e de Gad. Dei-lhes a área que vai de Aroer, na ribeira de Arnom, mais metade do monte Gileade, incluindo as suas povoações. 13 A meia tribo de Manassés recebeu o resto de Gileade e tudo o que tinha constituído o reino de Ogue, a região de Argobe. (Basã é por vezes também chamada a terra dos refaítas.) 14 O agregado de Jair, da tribo de Manassés, conquistou toda a região de Argobe, ou seja, Basã, até às fronteiras dos gesuritas e dos maacatitas; deram a esse território o seu próprio nome, chamando-lhe Havote-Jair (Aldeias de Jair), e é assim que ainda hoje é conhecido. 15 Então dei Gileade ao agregado de Maquir. 16 As tribos de Rúben e de Gad receberam a área que se estende desde o ribeiro de Jaboque, em Gileade, que era a fronteira dos amonitas, até ao meio da depressão onde corre o rio Arnom. 17 Também tiveram a Arabá, limitada a ocidente pelo Jordão, com uma fronteira entre Quinerete e o monte Pisga, até ao mar de Arabá, também chamado mar Salgado.

18 Por essa ocasião lembrei às tribos de Rúben e de Gad, assim como à meia tribo de Manassés que, apesar do Senhor, seu Deus, lhes ter dado aquela terra, não poderiam estabelecer-se definitivamente antes que os seus guerreiros tivessem levado os seus irmãos das outras tribos a atravessar o Jordão e a ocupar a terra que o Senhor lhes tinha dado. 19 “Contudo, as vossas mulheres e os meninos”, disse-lhes, “poderão ficar a viver aqui nas cidades que o Senhor vos deu, ocupando-se do muito gado que têm, até ao vosso regresso, após o Senhor vos ter dado a vitória, a vocês e às outras tribos. 20 Depois de eles terem conquistado a terra que o Senhor, vosso Deus, lhes deu, do outro lado do rio Jordão, poderão regressar ao vosso próprio território.”

O Senhor proíbe Moisés de atravessar o Jordão

21 A seguir, disse a Josué: “Viste o que o Senhor, vosso Deus, fez a estes dois reis. Farás o mesmo a todos os reinos do outro lado do Jordão. 22 Não receies aquelas nações, porque o Senhor, vosso Deus, lutará por vocês.”

23 Nessa altura, fiz um pedido ao Senhor. 24-25 “Ó Senhor Deus, peço-te que me deixes entrar na terra prometida, essa boa terra que está para além do Jordão, com as suas belas montanhas, assim como o Líbano, onde nos levará toda a grandeza e todo o poder que tens vindo a revelar-nos. Que outro deus pode haver, no céu ou na Terra, capaz de fazer tudo o que fizeste por nós?”

26 Contudo, o Senhor estava muito zangado comigo, por vossa causa, e não me deixou entrar na terra. “Basta! Não me fales mais nesse assunto”, ordenou-me. 27 “Sobe ao monte Pisga e de lá poderás olhar em todas as direções; verás assim a terra à distância, mas não atravessarás o Jordão. 28 Manda a Josué que te substitua, e encoraja-o, porque será ele quem levará o povo para o lado de lá e quem conquistará a terra que irás ver do cimo da montanha.” 29 Assim ficámos neste vale, perto de Bete-Peor.

Footnotes

  1. 1.28 Os descendentes de Anaque, ou anaquins, representam os antigos habitantes da terra hoje pertencente ao território de Israel.

Jesus fala de novo da sua morte

(Mt 20.17-19; Lc 18.31-33)

32 De subida a caminho de Jerusalém, Jesus ia andando à frente. Os discípulos estavam espantados e as pessoas que seguiam atrás estavam cheias de medo. Então, Jesus tomou os doze à parte e começou a falar-lhes no que ia acontecer-lhe: 33 “Ouçam: vamos para Jerusalém. Lá o Filho do Homem será entregue aos principais sacerdotes e especialistas na Lei que o condenarão à morte. Entregá-lo-ão aos gentios, 34 que farão troça dele, cuspirão nele, o açoitarão e matarão; mas três dias depois ressuscitará.”

O pedido de Tiago e João

(Mt 20.20-28; Lc 22.24-27)

35 Tiago e João, filhos de Zebedeu, disseram-lhe: “Mestre, queremos pedir-te um favor.”

36 “O que querem que vos faça?”, perguntou-lhes.

37 Responderam-lhe eles: “Concede-nos que, na tua glória, um de nós se sente à tua direita e o outro à tua esquerda.”

38 “Não sabem o que pedem!”, disse-lhes Jesus. “São capazes de beber do cálice de que vou beber ou de receber o batismo com que devo ser batizado?”

39 “Somos, sim!”, disseram.

Jesus respondeu-lhes: “Beberão do meu cálice e serão batizados com o meu batismo, 40 mas não me compete dizer quem se sentará à minha direita ou à minha esquerda. Esses lugares são para quem eles foram preparados.”

41 Quando os outros dez discípulos souberam disto, ficaram indignados com Tiago e João. 42 Mas Jesus reuniu-os e disse: “Como sabem, os que são considerados líderes entre os gentios dominam sobre eles e os que entre eles são grandes tratam-nos autoritariamente. 43 No vosso meio, porém, não é assim. Quem quiser ser grande no vosso meio será vosso servo. 44 E quem quiser ser o primeiro no vosso meio será como o escravo de todos. 45 Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgate de muitos.”

A cura do cego Bartimeu

(Mt 20.29-34; Lc 18.35-43)

46 Entretanto, chegaram a Jericó. Quando, mais tarde, ele e os discípulos deixavam a cidade, seguia-os grande multidão. E aconteceu que um pedinte cego, chamado Bartimeu, filho de Timeu, estava sentado junto à estrada. 47 Ouvindo dizer que era Jesus de Nazaré, começou a clamar: “Jesus, Filho de David, tem misericórdia de mim!”

48 Muita gente repreendia-o para que se calasse, mas ele clamava cada vez mais alto: “Filho de David, tem misericórdia de mim!”

49 Jesus parou e disse: “Chamem-no.” E chamaram-no. “És um homem com sorte; vai que ele te chamou.” 50 Bartimeu despiu a capa que trazia, atirou-a para um lado, pôs-se de pé de um salto e encaminhou-se na direção de Jesus.

51 “Que queres que te faça?”, perguntou Jesus. “Mestre, quero ver!”

52 “Está bem. A tua fé curou-te!” E no mesmo instante o cego ficou a ver. E foi atrás de Jesus pela estrada fora.

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