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As reformas de Josias

(2 Rs 22.1-7; 23.4-20)

34 O novo rei de Judá foi Josias. Começou a reinar com a idade de 8 anos e reinou durante 31 anos em Jerusalém. Fez o que era reto aos olhos do Senhor; andou nos caminhos de David, seu antepassado; nunca se afastou deles.

Quando tinha 16 anos, no oitavo ano do seu reinado, começou a buscar o Deus de David, seu antepassado, seguindo nos seus caminhos, sem se desviar deles nem para a direita nem para a esquerda. Quatro anos mais tarde iniciou o processo de limpeza de Judá e de Jerusalém, destruindo os santuários pagãos dos postes ídolos de Achera e os altares dos altos. Deu-se ao cuidado de ir verificar, pessoalmente, nos próprios locais, se tudo tinha sido destruído; os altares a Baal, os altares de incenso, os postes ídolos de Achera, as imagens, tudo teve a preocupação de reduzir a pó, e até de mandar lançar esse entulho sobre os túmulos daqueles que tinham praticado o culto da idolatria e que, entretanto, tinham morrido. Os ossos dos que tinham sido sacerdotes desses deuses mandou queimar sobre os próprios altares dos ídolos, num ato público de reforma e de purificação do pecado da idolatria.

Depois dirigiu-se às povoações de Manassés, Efraim, Simeão, e até à distante Naftali, e fez o mesmo. Destruiu os altares pagãos idólatras, reduziu a pó as imagens dos postes ídolos de Achera, derrubou os altares de incenso; por toda a parte da terra de Israel fez o mesmo. Por fim, regressou a Jerusalém.

Durante o décimo oitavo ano do seu reinado, após ter purificado a terra e o próprio templo, designou Safã, filho de Azalias, e Maaseia, governador de Jerusalém, assim como Joá, filho de Jeoacaz, secretário real, para que ficassem com o cargo de repararem o templo do Senhor, seu Deus.

Organizaram então um sistema de recolha de donativos para a casa de Deus; foram ter com o sumo sacerdote Hilquias e entregaram-lhe o dinheiro que os levitas porteiros tinham recolhido das ofertas das tribos de Manassés e de Efraim, bem como das restantes populações de Israel e de Judá, de Benjamim e dos habitantes de Jerusalém. 10 Entregaram esse dinheiro aos empreiteiros e encarregados das obras de consolidação e restauração da casa do Senhor, 11 para pagarem aos carpinteiros e pedreiros, e para pagarem a aquisição de materiais: blocos de pedras lavradas, para construção, e madeira para as traves e pranchas; reconstruiu, assim, aquilo que outros reis antes de si tinham deixado degradar-se.

12 Os operários trabalharam aplicadamente, sob as ordens de Jaate e Obadias, levitas do subclã de Merari. Zacarias e Mesulão, do subclã de Coate, eram os superintendentes de toda a obra. Os levitas, que eram músicos hábeis, tocavam música, enquanto a obra se fazia. 13 Outro grupo de levitas dirigia o trabalho dos operários não qualificados, que apenas transportavam material; outros eram escrivães, contra-mestres e fiscais.

O livro da Lei é encontrado

(2 Rs 22.8-20)

14 Um dia, quando Hilquias, o sumo sacerdote, andava pelo templo, onde se dirigia regularmente para registar o dinheiro dos donativos recolhidos nas entradas, achou um velho livro que verificou ser, precisamente, a Lei do Senhor dada através de Moisés.

15 “Safã!”, exclamou Hilquias dirigindo-se ao secretário do rei. “Olha o que eu encontrei aqui no templo! A Lei do Senhor!” E passou-lhe o livro para as mãos. 16 Safã pegou nele e levou-o ao rei, com quem tinha uma audiência para dar conta dos avanços que a obra ia registando.

17 “Foram abertas as caixas dos donativos e o dinheiro, depois de contado e registado, foi entregue aos supervisores para pagarem aos operários”, disse ao rei. 18 Seguidamente, referiu a questão do livro da Lei, contando como Hilquias o achara, e começou a lê-lo para o rei.

19 Ao ouvir as palavras da Lei de Deus, o rei rasgou a roupa que trazia vestida, em sinal de desespero. 20 Mandou convocar Hilquias, Aicão, o filho de Safã, Abdom, filho de Mica, Safã, o secretário real, e Asaías, conselheiro pessoal do rei. 21 “Vão consultar o Senhor, em meu nome e em nome dos que restam do povo de Israel e de Judá, a respeito do que está escrito neste livro que acaba de se encontrar. É que o Senhor deve estar muito irado contra nós, visto que os nossos antepassados não prestaram atenção ao que diz o Senhor, nem puseram em prática o que está escrito neste livro.”

22 Hilquias e outros enviados do rei foram ter com Hulda, a profetisa, mulher de Salum, filho de Tocate e neto de Hasra. Salum estava encarregado do guarda-roupa real e morava no bairro de Misné em Jerusalém.

23 Quando lhe contaram a causa da perturbação do rei, respondeu: “Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: ‘Digam ao homem que vos enviou: 24 O Senhor destruirá esta cidade e a sua população, e todas as maldições escritas no livro, que foi lido diante do rei de Judá, se concretizarão. 25 Pois o meu povo abandonou-me, queimou incenso a outros deuses e tornou a minha ira tão intensa, por causa da obra das suas mãos, que o meu furor contra este lugar não poderá ser sustido.’ 26 Mas vão ter com o rei de Judá, que vos enviou para consultarem o Senhor, e transmitam-lhe: É isto que o Senhor Deus de Israel diz a respeito da mensagem que ouviram: 27 ‘Visto que te entristeceste e te humilhaste diante de Deus, quando leste o livro e os seus avisos de que esta terra haveria de ser amaldiçoada e ficaria desolada, e visto que rasgaste a tua roupa, chorando perante mim de tristeza, darei ouvidos aos teus rogos. 28 Só enviarei o mal que prometi sobre esta cidade e o seu povo após a tua morte.’ ”

Foi esta a mensagem que levaram ao rei.

Josias renova a aliança com o Senhor

(2 Rs 23.1-3)

29 Este mandou chamar os anciãos de Judá e de Jerusalém. 30 Também reuniu os sacerdotes e levitas, juntamente com todo o povo, desde o maior até ao mais pequeno, que o acompanharam até ao templo. Ali, o rei leu-lhes as palavras do livro que fora achado no templo, as palavras da aliança que Deus estabelecera com o seu povo. 31 De pé, diante de toda a gente, o rei estabeleceu uma aliança com o Senhor e comprometeu-se a seguir os seus mandamentos, leis e preceitos, com todo o coração e com toda a sua alma, fazendo o que estava escrito naquele livro.

32 Fez também com que toda a gente de Jerusalém e de Benjamim que ali se encontrava se comprometesse a fazer o mesmo. Desta forma os habitantes de Jerusalém passaram a observar a aliança feita com o Deus dos seus antepassados.

33 Josias retirou todos os ídolos das áreas habitadas por judeus e exigiu que todos adorassem o Senhor, o seu Deus. Durante o resto da vida de Josias, o povo continuou a servir ao Senhor, o Deus dos seus antepassados.

A celebração da Páscoa

(2 Rs 23.21-23)

35 Josias anunciou que a Páscoa para o Senhor seria celebrada no dia 14 do primeiro mês[a] em Jerusalém; o cordeiro pascal seria morto no final desse dia. Restabeleceu as funções dos sacerdotes, instigando-os a retomar o serviço no templo. Emitiu também a seguinte ordem aos levitas que se tinham consagrado e que se dedicavam ao ensino em Israel: “Visto que a arca está definitivamente depositada no templo que Salomão mandou construir, e sendo que não precisam mais de a carregar aos ombros, apliquem o vosso tempo ao serviço do Senhor, vosso Deus, junto do seu povo. Distribuam-se conforme os turnos de atividade em que estavam organizados os vossos antecessores, tal como foram agrupados por David, rei de Israel, e pelo seu filho Salomão. Cada turno dará assistência particular a um clã do povo que venha trazer as suas oferendas ao templo. Matem o cordeiro pascal e santifiquem-se; preparem-se para dar assistência ao povo que se apresentar; sigam todas as instruções do Senhor, dadas através de Moisés.”

O rei contribuiu com 30 000 cordeiros e cabritos, para as ofertas de celebração da Páscoa, e ainda com 3000 bois. Os governantes fizeram também contribuições voluntárias aos sacerdotes e aos levitas. Hilquias, Zacarias e Jeiel, os supervisores do templo, deram aos sacerdotes 2600 ovelhas e cabritos e 300 bois, como ofertas de Páscoa. Os líderes levitas, Conanias, Semaías e Netanel, com os seus irmãos Hasabias, Jeiel e Jozabade, deram 5000 cordeiros pascais e 500 bois aos levitas.

10 Quando tudo estava organizado e os sacerdotes se encontravam nos seus lugares, com os levitas formados em turnos de serviço, conforme as instruções reais, 11 os levitas começaram a matar os cordeiros pascais, apresentando o sangue aos sacerdotes, que com ele aspergiam o altar, enquanto outros levitas arrancavam a pele dos animais. 12 Amontoavam seguidamente os corpos dos animais mortos, para que cada tribo apresentasse o seu holocausto ao Senhor, como está escrito na Lei de Moisés; fizeram o mesmo com os bois. 13 Então, de acordo com as instruções da Lei, assaram os cordeiros e cozeram as ofertas sagradas em caldeiras, panelas e sertãs, apressando-se a reparti-las entre o povo, para que comesse. 14 A seguir, os levitas prepararam uma refeição para si e para os sacerdotes, pois tinham estado ocupados desde a manhã até à noite, oferecendo a gordura dos holocaustos.

15 Os cantores, os filhos de Asafe, estavam nos seus lugares, segundo as diretrizes dadas pelo rei David, Asafe, Hemã e Jedutun, o profeta do rei. Os porteiros encontravam-se nas entradas do templo e não tiveram necessidade de abandonar os seus lugares, porque as refeições foram-lhes trazidas pelos outros levitas seus irmãos.

16 Assim se completou toda a cerimónia da Páscoa num só dia; todos os holocaustos foram queimados sobre o altar do Senhor, conforme as ordens de Josias. 17 Os israelitas presentes em Jerusalém participaram nesta celebração da Páscoa, seguida da festa dos pães sem fermento, durante os sete dias posteriores. 18 Não tinha havido, desde os dias do profeta Samuel, uma celebração de Páscoa assim, nem nenhum dos reis de Israel fez uma festividade que envolvesse tantos sacerdotes, levitas, povo de Jerusalém e de todas as partes de Judá e de Israel. 19 Esta Páscoa teve lugar no décimo oitavo ano do reinado de Josias.

A morte de Josias

(2 Rs 23.28-30)

20 Algum tempo depois, o rei Neco do Egito levou o seu exército a combater contra os assírios em Carquemis, na margem do rio Eufrates, e Josias declarou-lhe guerra. 21 O rei Neco do Egito enviou-lhe embaixadores com a seguinte mensagem: “Não estou interessado em lutar contigo, ó rei de Judá! O meu intuito é unicamente fazer guerra ao rei da Assíria! Não te metas comigo! Deus disse-me que não me detivesse. Não interfiras com as ordens de Deus, senão serás destruído, pois Deus está do meu lado.”

22 Contudo, Josias recusou alterar a sua posição e conduziu o exército à batalha, no vale de Megido. Tirou as roupas reais, para que o inimigo não o reconhecesse; Josias não quis acreditar que a mensagem de Neco era de Deus. 23 Os archeiros inimigos atingiram gravemente o rei Josias. “Tirem-me daqui, do meio da batalha!”, clamou ele aos seus ajudantes.

24 Tiraram-no então do carro de combate, levaram-no para outro carro e conduziram-no a Jerusalém, onde acabou por morrer. Foi sepultado no cemitério real. Todo o reino de Judá e a população de Jerusalém choraram a sua morte.

25 Jeremias compôs uma lamentação sobre Josias. Os cantores e cantoras do templo cantaram nas exéquias fúnebres e ainda hoje se cantam as lamentações fúnebres da cerimónia do seu enterro, pois foram incorporadas no Livro da Lamentações.

26 Outros feitos de Josias e as suas louváveis ações, a forma como seguiu o livro da Lei do Senhor, 27 está tudo escrito no Livro dos Reis de Israel e de Judá.

Jeoacaz rei de Judá

(2 Rs 23.31-35)

36 O seu filho Jeoacaz foi escolhido pelo povo para ser o novo rei em Jerusalém. Tinha 23 anos quando começou a reinar e reinou durante 3 meses em Jerusalém. Foi deposto pelo rei do Egito, que impôs a Judá um tributo de 3400 quilos de prata e 34 quilos de ouro. O rei do Egito colocou no seu lugar Eliaquim, irmão do rei anterior, mudando-lhe o nome para Joaquim. Entretanto, Jeoacaz foi levado pelo Faraó Neco, como prisioneiro para o Egito.

Joaquim rei de Judá

(2 Rs 23.36–24.7)

Tinha Joaquim 25 anos quando começou a reinar e reinou 11 anos em Jerusalém. Fez o que era mau aos olhos do Senhor, seu Deus. Nabucodonozor, rei da Babilónia, atacou Jerusalém e levou-o, amarrado com cadeias de bronze para a Babilónia. Nabucodonozor levou também parte das taças de ouro do templo e outros objetos, colocando-os no seu próprio templo na Babilónia.

O resto dos acontecimentos da vida de Joaquim, e todas as coisas horríveis que praticou, está registado no Livro dos Reis de Judá. O seu filho Jeconias subiu ao trono em seu lugar.

Jeconias rei de Judá

(2 Rs 24.8-17)

Jeconias tinha 18 anos quando começou a reinar e reinou 3 meses e 10 dias em Jerusalém. Foi um mau reinado aos olhos do Senhor. 10 Na primavera seguinte foi levado para a Babilónia pelo rei Nabucodonozor. Nessa altura, muitos tesouros do templo foram também levados para a Babilónia e Nabucodonozor designou como rei, em seu lugar, o seu parente, Zedequias.

Zedequias rei de Judá

(2 Rs 24.18-20; Jr 39.1-10; 52.1-30)

11 Zedequias tinha 21 anos quando se tornou rei e reinou 11 anos em Jerusalém. 12 Fez o que era mau aos olhos do Senhor, seu Deus, tendo recusado dar ouvidos aos conselhos do profeta Jeremias, que lhe transmitia as mensagens do Senhor. 13 Rebelou-se contra Nabucodonozor, apesar de lhe ter jurado lealdade. Zedequias era um homem duro e obstinado, que sempre resistia às ordens do Senhor, o Deus de Israel. 14 Todas as altas personagens da nação, incluindo os sacerdotes principais, prestavam culto aos ídolos das nações vizinhas e poluíam o templo do Senhor em Jerusalém.

A queda de Jerusalém

(2 Rs 24.20–25.21; Jr 39.1-10; 52.4-27)

15 O Senhor, o Deus dos seus antepassados, enviou-lhes profetas, repetidas vezes, que os avisavam insistentemente, pois tinha compaixão do seu povo e do seu templo. 16 O povo ria-se das mensagens de Deus, desprezava a sua palavra e troçava dos profetas. Até que não foi mais possível conter a ira do Senhor; deixou de ser possível empreender uma reforma do povo.

17 O Senhor trouxe o rei da Babilónia contra ele, que matou os jovens, quando fugiam para dentro do próprio templo, não tendo piedade de ninguém, nem mesmo das moças ou dos velhos; Deus usou o rei da Babilónia para os destruir completamente. 18 Este também levou consigo todos os utensílios do templo, objetos grandes e pequenos, assim como os tesouros da casa de Deus e do palácio real. Tomou também consigo os filhos do rei e os altos dignitários. 19 O seu exército deitou fogo ao templo, derrubou as muralhas de Jerusalém, queimou as casas apalaçadas e destruiu tudo o que havia de precioso no templo. 20 Aos sobreviventes levou-os como escravos para a Babilónia, colocando-os ao seu serviço pessoal e dos seus filhos. Mais tarde, o reino da Babilónia foi vencido pelo rei da Pérsia.

21 Assim se cumpriu a palavra do Senhor, comunicada através de Jeremias, que a terra deveria repousar durante 70 anos, para compensar os anos em que o povo recusou observar os períodos de repouso[b].

Ciro ajuda os exilados a regressarem

(Esd 1.1-3)

22 No primeiro ano do rei Ciro, da Pérsia, cumprindo-se a profecia do Senhor, pronunciada pela boca de Jeremias, o Senhor despertou o espírito deste rei, levando-o a fazer a seguinte proclamação, através de todo o reino, a qual enviou também por escrito.

23 Assim fala Ciro, rei da Pérsia,

Todos os reinos da Terra me foram dados pelo Senhor, o Deus dos céus, que me deu instruções para que lhe construísse um templo em Jerusalém, na terra de Judá. Todos os que são seu povo devem subir, e que o Senhor, o seu Deus, seja com eles!

Footnotes

  1. 35.1 Mês de Abibe ou Nisan. Entre a lua nova do mês de março e o mês de abril.
  2. 36.21 Em Israel, segundo Lv 25.1-7, a terra devia ser deixada em repouso durante um ano, de sete em sete anos, mas esta lei nem sempre foi respeitada. Segundo Lv 26.33-35, se o povo fosse levado para o exílio, devido à sua desobediência, a terra deveria ter um repouso sabático.

Jesus é condenado

19 Então Pilatos mandou açoitar Jesus. Os soldados fizeram uma coroa de espinhos e colocaram-lha na cabeça, vestindo-lhe um manto cor de púrpura. “Viva, ó rei dos judeus!” E batiam-lhe.

Pilatos apareceu de novo: “Vou tornar a trazê-lo, mas que fique bem entendido que não o acho culpado de coisa nenhuma.” Jesus surgiu com uma coroa de espinhos e uma túnica cor de púrpura. Pilatos disse: “Eis o Homem!”

Ao vê-lo, os principais sacerdotes e os guardas do templo começaram a gritar: “Crucifica-o! Crucifica-o!”

“Levem-no e crucifiquem-no vocês”, disse Pilatos, “que eu não acho que seja culpado de nada.”

Os judeus responderam-lhe: “Pela nossa Lei deve morrer, porque se intitulou Filho de Deus.”

Quando Pilatos ouviu isto, ficou mais assustado do que nunca. Tornando a levar Jesus para dentro do palácio, perguntou-lhe: “De onde és tu?” Mas Jesus não deu resposta. 10 “Não queres dizer nada?”, insistiu Pilatos. “Não compreendes que tenho poder para te soltar ou para te crucificar?”

11 Jesus disse: “Não terias poder nenhum sobre mim se não te tivesse sido dado do alto. Por isso, ainda maior é o pecado de quem me trouxe aqui.”

12 Pilatos tentou ainda soltá-lo, mas os judeus avisaram-no: “Se soltares esse homem, não és amigo de César. Quem se proclama rei é culpado de rebelião contra César!”

13 Perante estas palavras, Pilatos tornou a levar-lhes Jesus e presidiu à sessão do tribunal, na plataforma de lajes, que em hebraico se chama Gabatá. 14 Era agora cerca do meio-dia da véspera da Páscoa. E Pilatos disse aos judeus: “Aqui têm o vosso rei!”

15 “Fora com ele!”, clamavam. “Fora com ele! Crucifica-o!”

“O quê? Crucificar o vosso rei?”, perguntou Pilatos.

“Não temos outro rei senão o César”, gritaram os principais sacerdotes.

16 Então Pilatos entregou-lhes Jesus para ser crucificado.

Jesus é crucificado

(Mt 27.32-44; Mc 15.21-32; Lc 23.26-43)

Pegaram nele e levaram-no para fora da cidade. 17 Carregando a cruz, Jesus foi para o local a que chamavam “Lugar da Caveira” (em hebraico, Gólgota). 18 Ali o crucificaram na companhia de dois outros homens, um de cada lado. 19 E Pilatos pôs por cima dele uma tabuleta que dizia:

jesus de nazaré, rei dos judeus.

20 Muitos judeus puderam ler estes dizeres, porque o sítio onde Jesus foi crucificado ficava perto da cidade. A tabuleta estava escrita em hebraico, latim e grego.

21 Os principais sacerdotes disseram a Pilatos. “Muda a frase de modo que, em vez de ‘rei dos Judeus’, fique o que ele disse de si: ‘Eu sou o rei dos Judeus.’ ”

22 Mas Pilatos respondeu: “O que escrevi, escrevi.”

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