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Noemi e Rute

1-2 No tempo em que os juízes governavam o povo de Israel, houve um homem efrateu de Belém de Judá chamado Elimeleque que deixou a sua terra, pois havia muita fome e emigrou para Moabe. Acompanharam-no a mulher, Noemi, e os dois filhos do casal, Malom e Quiliom.

Elimeleque faleceu naquela terra e Noemi ficou sozinha com os dois rapazes. Entretanto, estes casaram com duas raparigas de Moabe, Orfa e Rute. Depois de ali terem vivido cerca de 10 anos, tanto Malom como Quiliom morreram e Noemi viu-se de novo desamparada, sem marido e sem filhos.

Noemi regressa a Belém com Rute

Por isso, decidiu regressar a Israel na companhia das noras, pois tinha ouvido que o Senhor abençoara o seu povo, dando-lhe novamente boas colheitas. Na companhia das duas noras, deixou o lugar onde tinham estado a viver e tomaram o caminho que as conduziria de volta a Judá.

Já a caminho resolveu dizer às noras: “Não preferem antes voltar para as vossas famílias em vez de me acompanharem? Se o fizerem, que o Senhor vos recompense pela vossa bondade com que trataram os vossos falecidos maridos e a mim mesma. Que ele vos abençoe, preparando-vos outro casamento feliz!” E abraçou-as e beijou-as e todas choraram de emoção.

10 “Não”, diziam as moças. “Nós vamos viver contigo junto do teu povo.”

11 Porém, Noemi insistiu: “Fariam melhor em voltar para o vosso povo. Sabem bem que já não há hipótese de eu vir a ter filhos que crescessem e casassem convosco. 12 Não, minhas filhas, voltem para as vossas casas, porque já não tenho idade para tornar a casar. E mesmo que isso acontecesse e que esta mesma noite eu concebesse e viesse a ter filhos, 13 iriam esperar tanto tempo até que eles fossem crescidos? Não, com certeza que não. Oh! Como eu lamento que o Senhor me tenha castigado assim! A minha amargura é maior do que a vossa!”

14 E estiveram a chorar algum tempo até que Orfa, abraçando-se à sogra, decidiu dizer-lhes adeus e regressar à casa paterna. No entanto, Rute foi inflexível e quis ficar com Noemi. 15 “Vê”, disse-lhe Noemi, “a tua cunhada já se foi embora para junto da sua família e dos seus deuses. Faz tu também o mesmo.”

16 Mas Rute respondeu-lhe: “Não me forces a deixar-te. Porque eu irei para onde tu fores; onde passares a viver, aí eu também viverei; o teu povo é o meu e o teu Deus é o meu Deus. 17 Quero vir a morrer onde tu morreres e ficar aí sepultada. Que o Senhor me castigue e faça aquilo que quiser se houver alguma coisa, a não ser a morte, que nos separe.” 18 Quando Noemi viu que Rute tinha tomado uma decisão firme e que nada a podia demover, não insistiu mais.

19 Então ambas vieram para Belém. A povoação inteira comoveu-se à sua chegada. “Mas é mesmo Noemi?”, perguntavam as mulheres.

20 Ela respondia: “Não me chamem mais Noemi (agradável), mas sim Mara (amargurada), porque o Todo-Poderoso me tem afligido muito. 21 Parti cheia e regresso vazia. Porque haveriam de chamar-me Noemi, quando o Senhor parece ter-se desviado de mim e me trouxe tamanha calamidade?”

22 O regresso delas a Belém, vindas de Moabe, deu-se no princípio da colheita da cevada.

Rute no campo de Boaz

Noemi tinha em Belém um parente de Elimeleque, seu marido; era um homem muito rico chamado Boaz.

Em certa ocasião, Rute disse a Noemi: “Olha, vou sair pelos campos para ver se apanho as espigas que vão caindo atrás daquele que for amável comigo.” Ela respondeu-lhe: “Pois sim, minha filha, vai lá então!”

E ela foi e aconteceu que o campo para onde foi era precisamente do tal Boaz que era da família de Elimeleque.

Boaz apareceu por lá, vindo da cidade, enquanto Rute ali estava e saudou os ceifeiros: “O Senhor esteja convosco!” E eles responderam: “O Senhor te abençoe!” A seguir, perguntou ao capataz: “Escuta, de quem é aquela rapariga que ali está?”

“É a moabita que veio com Noemi. Pediu-me esta manhã se podia apanhar as espigas que os ceifeiros deixavam caídas e tem estado sempre aqui, exceto quando foi descansar um pouco à sombra.”

Boaz foi ter com ela para lhe falar: “Minha filha, fica aqui connosco neste campo a apanhar espigas. Não precisas de ir a outros campos. Junta-te às moças que aí estão a trabalhar. Já avisei os rapazes para não te incomodarem; quando tiveres sede vai beber à tua vontade.”

10 Ela agradeceu-lhe muito: “Não há razão para seres assim tão amável comigo. Eu não passo duma estrangeira.”

11 “Sim, eu sei. Mas sei também de toda a afeição e carinho que tens mostrado para com a tua sogra, desde a morte do teu marido, e como preferiste deixar o teu pai e a tua mãe para viver entre estranhos. 12 Que o Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas vieste refugiar-te, te abençoe por tudo.”

13 “Agradeço-te muito. Foste muito bom para mim, não sendo eu sequer uma empregada tua!”

14 À hora do almoço, Boaz chamou-a: “Vem comer connosco.” Rute veio sentar-se junto dos ceifeiros e ele serviu-a generosamente, muito mais do que podia comer.

15 Quando a jovem voltou ao trabalho, Boaz disse ao capataz que a deixasse apanhar mesmo entre os feixes sem lhe dizer nada; 16 e que fizessem de propósito deixar cair espigas, sem que ela se sentisse incomodada por as apanhar.

17 Assim, ficou ali o dia todo. Ao fim da tarde, quando foi juntar o que debulhara, contou uns 22 litros! 18 Trouxe o grão para a povoação e entregou-o à sogra, e também o que lhe sobejara do almoço.

19 “Mas tanto!”, exclamou Noemi. “Onde é que andaste hoje a apanhar? Que Deus abençoe quem foi tão generoso contigo!” E Rute contou-lhe tudo o que se passara, dizendo que o dono do campo se chamava Boaz.

20 “Que o Senhor seja louvado, porque continua a ser bondoso para com os vivos, tanto quanto para com os que já morreram!”, exclamou Noemi comovida. “Porque esse homem é um dos nossos parentes mais chegados!”

21 “Ele disse-me para lá ficar a apanhar espigas, atrás dos ceifeiros, até que todo o campo estivesse ceifado.”

22 “Isso é maravilhoso! Ouve bem: faz conforme ele te disse. Fica lá com as outras moças até ao fim da ceifa. Ali estarás mais segura do que em qualquer outro campo!”

23 Rute assim fez, indo lá apanhar espigas até ao fim das ceifas, tanto da cevada como do trigo. E ficou a viver com a sogra.

Rute e Boaz na eira

Depois Noemi disse a Rute: “Minha filha, não será tempo de tentar encontrar-te um marido e de seres feliz? Tenho estado a pensar em Boaz; além disso é nosso parente. Eu sei que esta noite ele vai estar a peneirar a cevada na eira. Por isso, faz o que eu te digo: lava-te, perfuma-te, arranja-te bem e vai lá à eira, mas de modo que ele não te veja antes de ter acabado de jantar. Repara onde se vai deitar e depois levanta-lhe a manta e deita-te aos pés dele. Ele próprio te dirá o que deves fazer.”

“Está bem. Vou fazer como me disseste.” E foi à eira nessa noite, seguindo as instruções da sogra.

Depois de ter acabado de comer, Boaz deitou-se satisfeito ao pé dum feixe e adormeceu. Então Rute veio sem fazer barulho, levantou a ponta da manta aos pés, e deitou-se. De repente, por volta da meia noite, ele despertou e sentou-se admirado. Havia uma mulher deitada aos seus pés! “Quem és tu?” “Sou eu, senhor, sou Rute. Faz de mim tua mulher, de acordo com as leis de Deus, pois és o nosso parente mais chegado.”

10 “Que o Senhor te abençoe!”, exclamou ele. “Pois estás a ser ainda mais bondosa para com Noemi do que já tens sido. Seria natural que preferisses um rapaz novo, pobre ou rico. 11 Não te preocupes com mais nada, minha filha. Eu tratarei de todos os detalhes referentes a esse assunto, pois todas as pessoas na cidade sabem bem a mulher virtuosa que és. 12 É verdade que sou vosso parente próximo, no entanto, existe um outro que é ainda mais próximo do que eu. 13 Fica aqui esta noite e pela manhã irei falar-lhe. Se ele quiser casar contigo, está certo; caso contrário, tão certo como vive o Senhor, que serás minha mulher. Fica aqui até de manhã.”

14 Ela ficou ali deitada aos seus pés até de madrugada. Logo cedo, antes que o dia rompesse, levantou-se e foi-se embora, porque tinha-lhe dito: “Que não se venha a saber que uma mulher esteve aqui na eira.” 15 Disse-lhe ainda, “Dá-me o teu manto.” E deitou-lhe dentro seis medidas de cevada, como presente para a sogra, ajudando-a a pô-lo às costas.

16 Ela regressou à cidade. “Então, como foi que se passou tudo, minha filha?”, perguntou-lhe Noemi, quando a jovem chegou a casa. Rute contou-lhe 17 e deu-lhe a cevada da parte de Boaz, sublinhando o facto de Boaz não querer deixá-la regressar sem um presente.

18 Noemi disse-lhe: “Tem paciência até vermos o que acontece, pois Boaz não é homem para descansar enquanto não tiver levado a bom termo o seu intento. Vais ver que hoje mesmo tratará de tudo.”

Boaz casa com Rute

Com efeito, Boaz foi até à praça, junto às portas da cidade, e lá encontrou o tal parente que mencionara. “Olha, chega-te aqui!”, chamou-o ele. “Quero falar-te num assunto.” E sentaram-se os dois. Boaz entretanto chamara dez dos anciãos responsáveis pela cidade, pedindo-lhes para se sentarem também ali como testemunhas.

Boaz disse ao seu parente: “Como sabes, Noemi regressou de Moabe para a nossa terra. Ela pretende vender a propriedade do nosso familiar Elimeleque. Achei por bem dizer-te, na presença dos que estão aqui sentados e anciãos do meu povo, que fiques com o terreno. Se queres usar do teu direito de parente mais próximo, compra a propriedade, mas, se não queres, diz-mo já, para eu saber o que devo fazer, porque tu és o parente mais próximo e a seguir a ti sou eu.” “Pois, sim, compro-a”, disse-lhe.

“Mas repara que o facto de a comprares”, acrescentou Boaz, “implica que cases com Rute, para que possa ter filhos que deem continuidade ao nome da família do marido e venham a herdar as terras.”

“Sendo assim, já não posso fazê-lo”, replicou o homem. “Pois um filho dela viria a ser também herdeiro da minha propriedade. Compra-a tu, então.”

Naqueles dias era costume em Israel, quando um homem transferia para outro um direito de compra, descalçar o sapato e entregá-lo à outra parte; isto como que validava publicamente o contrato. Por isso, quando o outro disse a Boaz para ser ele a comprar a propriedade, descalçou o sapato e deu-lho.

Boaz disse para os anciãos e para a gente que se tinha juntado em volta: “Hoje são testemunhas de que comprei a Noemi a propriedade que pertencia a Elimeleque, a Quiliom e a Malom. 10 Em consequência dessa transação, fico com Rute a moabita, viúva de Malom, como minha mulher, para que possa ter um filho que continue o nome da família do defunto marido.”

11 Todas as pessoas em redor, assim como os anciãos, responderam: “Somos testemunhas. Que o Senhor torne essa mulher que agora entra no teu lar tão fértil como Raquel e Leia, de quem toda a nação de Israel descende! Que possas ser um homem próspero em Efrata e prestigiado em Belém! 12 Que os descendentes que o Senhor te der, dessa jovem mulher, sejam tão numerosos e tão dignos como foram os do nosso antepassado Perez, filho de Tamar e de Judá!”

A genealogia de David

(1 Cr 2.5-15; Mt 1.3-6; Lc 3.31-33)

13 Assim, Boaz casou com Rute. Ela concebeu e teve um filho. 14 E as mulheres da cidade disseram a Noemi: “Bendito seja o Senhor que não deixou de te dar um resgatador! Que venha a ser famoso em Israel! 15 Que venha a dar-te novamente a juventude da alma e seja o teu apoio na velhice, pois é filho da tua nora que tanto te ama e que foi para ti mais afetuosa do que sete filhos!”

16 Noemi criou ela própria o menino. 17 As vizinhas diziam: “É como se Noemi tivesse sido novamente mãe!” E deram ao bebé o nome de Obede. Foi ele o pai de Jessé e o avô do rei David.

18 É esta a sua árvore genealógica, começando com Perez:

Perez,

Hezrom,

19 Rão,

20 Aminadabe,

Nassom,

21 Salmom,

Boaz,

Obede,

22 Jessé

e David.

Noemi e suas noras Orfa e Rute

E sucedeu que, nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra; pelo que um homem de Belém de Judá saiu a peregrinar nos campos de Moabe, ele, e sua mulher, e seus dois filhos. E era o nome deste homem Elimeleque, e o nome de sua mulher, Noemi, e os nomes de seus dois filhos, Malom e Quiliom, efrateus, de Belém de Judá; e vieram aos campos de Moabe e ficaram ali. E morreu Elimeleque, marido de Noemi; e ficou ela com os seus dois filhos, os quais tomaram para si mulheres moabitas; e era o nome de uma Orfa, e o nome da outra, Rute; e ficaram ali quase dez anos. E morreram também ambos, Malom e Quiliom, ficando assim esta mulher desamparada dos seus dois filhos e de seu marido.

Então, se levantou ela com as suas noras e voltou dos campos de Moabe, porquanto, na terra de Moabe, ouviu que o Senhor tinha visitado o seu povo, dando-lhe pão. Pelo que saiu do lugar onde estivera, e as suas duas noras, com ela. E, indo elas caminhando, para voltarem para a terra de Judá, disse Noemi às suas duas noras: Ide, voltai cada uma à casa de sua mãe; e o Senhor use convosco de benevolência, como vós usastes com os falecidos e comigo. O Senhor vos dê que acheis descanso cada uma em casa de seu marido. E, beijando-as ela, levantaram a sua voz, e choraram, 10 e disseram-lhe: Certamente, voltaremos contigo ao teu povo. 11 Porém Noemi disse: Tornai, minhas filhas, por que iríeis comigo? Tenho eu ainda no meu ventre mais filhos, para que vos fossem por maridos? 12 Tornai, filhas minhas, ide-vos embora, que já mui velha sou para ter marido; ainda quando eu dissesse: Tenho esperança, ou ainda que esta noite tivesse marido, e ainda tivesse filhos, 13 esperá-los-íeis até que viessem a ser grandes? Deter-vos-íeis por eles, sem tomardes marido? Não, filhas minhas, que mais amargo é a mim do que a vós mesmas; porquanto a mão do Senhor se descarregou contra mim. 14 Então, levantaram a sua voz e tornaram a chorar; e Orfa beijou a sua sogra; porém Rute se apegou a ela.

15 Pelo que disse: Eis que voltou tua cunhada ao seu povo e aos seus deuses; volta tu também após a tua cunhada. 16 Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me afaste de ti; porque, aonde quer que tu fores, irei eu e, onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. 17 Onde quer que morreres, morrerei eu e ali serei sepultada; me faça assim o Senhor e outro tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti. 18 Vendo ela, pois, que de todo estava resolvida para ir com ela, deixou de lhe falar nisso.

19 Assim, pois, foram-se ambas, até que chegaram a Belém; e sucedeu que, entrando elas em Belém, toda a cidade se comoveu por causa delas, e diziam: Não é esta Noemi? 20 Porém ela lhes dizia: Não me chameis Noemi; chamai-me Mara, porque grande amargura me tem dado o Todo-Poderoso. 21 Cheia parti, porém vazia o Senhor me fez tornar; por que, pois, me chamareis Noemi? Pois o Senhor testifica contra mim, e o Todo-Poderoso me tem afligido tanto. 22 Assim, Noemi voltou, e com ela, Rute, a moabita, sua nora, que voltava dos campos de Moabe; e chegaram a Belém no princípio da sega das cevadas.

Rute vai rebuscar espigas

E tinha Noemi um parente de seu marido, homem valente e poderoso, da geração de Elimeleque; e era o seu nome Boaz. E Rute, a moabita, disse a Noemi: Deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas atrás daquele em cujos olhos eu achar graça. E ela lhe disse: Vai, minha filha. Foi, pois, e chegou, e apanhava espigas no campo após os segadores; e caiu-lhe em sorte uma parte do campo de Boaz, que era da geração de Elimeleque. E eis que Boaz veio de Belém e disse aos segadores: O Senhor seja convosco. E disseram-lhe eles: O Senhor te abençoe. Depois, disse Boaz a seu moço que estava posto sobre os segadores: De quem é esta moça? E respondeu o moço que estava posto sobre os segadores e disse: Esta é a moça moabita que voltou com Noemi dos campos de Moabe. Disse-me ela: Deixa-me colher espigas e ajuntá-las entre as gavelas após os segadores. Assim, ela veio e, desde pela manhã, está aqui até agora, a não ser um pouco que esteve sentada em casa.

Boaz fala a Rute benignamente

Então, disse Boaz a Rute: Não ouves, filha minha? Não vás colher a outro campo, nem tampouco passes daqui; porém aqui te ajuntarás com as minhas moças. Os teus olhos estarão atentos no campo que segarem, e irás após elas; não dei ordem aos moços, que te não toquem? Tendo tu sede, vai aos vasos e bebe do que os moços tirarem. 10 Então, ela caiu sobre o seu rosto, e se inclinou à terra, e disse-lhe: Por que achei graça em teus olhos, para que faças caso de mim, sendo eu uma estrangeira? 11 E respondeu Boaz e disse-lhe: Bem se me contou quanto fizeste à tua sogra, depois da morte de teu marido, e deixaste a teu pai, e a tua mãe, e a terra onde nasceste, e vieste para um povo que, dantes, não conheceste. 12 O Senhor galardoe o teu feito, e seja cumprido o teu galardão do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar. 13 E disse ela: Ache eu graça em teus olhos, senhor meu, pois me consolaste e falaste ao coração da tua serva, não sendo eu nem ainda como uma das tuas criadas. 14 E, sendo já hora de comer, disse-lhe Boaz: Achega-te aqui, e come do pão, e molha o teu bocado no vinagre. E ela se assentou ao lado dos segadores, e ele lhe deu do trigo tostado, e comeu e se fartou, e ainda lhe sobejou. 15 E, levantando-se ela a colher, Boaz deu ordem aos seus moços, dizendo: Até entre as gavelas deixai-a colher e não lhe embaraceis. 16 E deixai cair alguns punhados, e deixai-os ficar, para que os colha, e não a repreendais. 17 E esteve ela apanhando naquele campo até à tarde e debulhou o que apanhou, e foi quase um efa de cevada. 18 E tomou-o e veio à cidade; e viu sua sogra o que tinha apanhado; também tirou e deu-lhe o que lhe sobejara depois de fartar-se. 19 Então, disse-lhe sua sogra: Onde colheste hoje e onde trabalhaste? Bendito seja aquele que te reconheceu. E relatou à sua sogra com quem tinha trabalhado e disse: O nome do homem com quem hoje trabalhei é Boaz. 20 Então, Noemi disse à sua nora: Bendito seja do Senhor, que ainda não tem deixado a sua beneficência nem para com os vivos nem para com os mortos. Disse-lhe mais Noemi: Este homem é nosso parente chegado e um dentre os nossos remidores. 21 E disse Rute, a moabita: Também ainda me disse: Com os moços que tenho te ajuntarás, até que acabem toda a sega que tenho. 22 E disse Noemi à sua nora, Rute: Melhor é, filha minha, que saias com as suas moças, para que noutro campo não te encontrem. 23 Assim, ajuntou-se com as moças de Boaz, para colher, até que a sega das cevadas e dos trigos se acabou; e ficou com a sua sogra.

Rute vai deitar-se aos pés de Boaz

E disse-lhe Noemi, sua sogra: Minha filha, não hei de eu buscar descanso, para que fiques bem? Ora, pois, não é Boaz, com cujas moças estiveste, de nossa parentela? Eis que esta noite padejará a cevada na eira. Lava-te, pois, e unge-te, e veste as tuas vestes, e desce à eira; porém não te dês a conhecer ao homem, até que tenha acabado de comer e beber. E há de ser que, quando ele se deitar, notarás o lugar em que se deitar; então, entra, e descobrir-lhe-ás os pés, e te deitarás, e ele te fará saber o que deves fazer. E ela lhe disse: Tudo quanto me disseres farei.

Então, foi para a eira e fez conforme tudo quanto sua sogra lhe tinha ordenado. Havendo, pois, Boaz comido e bebido, e estando já o seu coração alegre, veio deitar-se ao pé de um monte de cereais; então, veio ela de mansinho, e lhe descobriu os pés, e se deitou.

Boaz promete a Rute casar com ela

E sucedeu que, pela meia-noite, o homem estremeceu e se voltou; e eis que uma mulher jazia a seus pés. E disse ele: Quem és tu? E ela disse: Sou Rute, tua serva; estende, pois, tua aba sobre a tua serva, porque tu és o remidor. 10 E disse ele: Bendita sejas tu do Senhor, minha filha; melhor fizeste esta tua última beneficência do que a primeira, pois após nenhuns jovens foste, quer pobres quer ricos. 11 Agora, pois, minha filha, não temas; tudo quanto disseste te farei, pois toda a cidade do meu povo sabe que és mulher virtuosa. 12 Porém, agora, é muito verdade que eu sou remidor; mas ainda outro remidor há mais chegado do que eu. 13 Fica-te aqui esta noite, e será que, pela manhã, se ele te redimir, bem está, ele te redima; porém, se te não quiser redimir, vive o Senhor, que eu te redimirei; deita-te aqui até à manhã.

14 Ficou-se, pois, deitada a seus pés até pela manhã e levantou-se antes que pudesse um conhecer a outro, porquanto disse: Não se saiba que alguma mulher veio à eira. 15 Disse mais: Dá cá o roupão que tens sobre ti e segura-o. E ela segurou-o; e ele mediu seis medidas de cevada e lhas pôs em cima; então, entrou na cidade. 16 E veio à sua sogra, a qual disse: Como se te passaram as coisas, minha filha? E ela lhe contou tudo quanto aquele homem lhe fizera. 17 Disse mais: Estas seis medidas de cevada me deu, porque me disse: Não vás vazia à tua sogra. 18 Então, disse ela: Sossega, minha filha, até que saibas como irá o caso, porque aquele homem não descansará até que conclua hoje este negócio.

Boaz casa com Rute

E Boaz subiu à porta e assentou-se ali; e eis que o remidor de que Boaz tinha falado ia passando e disse-lhe: Ó fulano, desvia-te para cá e assenta-te aqui. E desviou-se para ali e assentou-se. Então, tomou dez homens dos anciãos da cidade e disse: Assentai-vos aqui. E assentaram-se. Então, disse ao remidor: Aquela parte da terra que foi de Elimeleque, nosso irmão, Noemi, que tornou da terra dos moabitas, a vendeu. E disse eu: Manifestá-lo-ei em teus ouvidos, dizendo: Toma-a diante dos habitantes e diante dos anciãos do meu povo; se a hás de redimir, redime-a e, se não se houver de redimir, declara-mo, para que o saiba, pois outro não há, senão tu, que a redima, e eu depois de ti. Então, disse ele: Eu a redimirei. Disse, porém, Boaz: No dia em que tomares a terra da mão de Noemi, também a tomarás da mão de Rute, a moabita, mulher do falecido, para suscitar o nome do falecido sobre a sua herdade. Então, disse o remidor: Para mim não a poderei redimir, para que não cause dano à minha herdade; redime tu a minha remissão para ti, porque eu não a poderei redimir.

Havia, pois, já de muito tempo este costume em Israel, quanto à remissão e contrato, para confirmar todo negócio, que o homem descalçava o sapato e o dava ao seu próximo; e isto era por testemunho em Israel. Disse, pois, o remidor a Boaz: Toma-a para ti. E descalçou o sapato. Então, Boaz disse aos anciãos e a todo o povo: Sois, hoje, testemunhas de que tomei tudo quanto foi de Elimeleque, e de Quiliom, e de Malom da mão de Noemi; 10 e de que também tomo por mulher a Rute, a moabita, que foi mulher de Malom, para suscitar o nome do falecido sobre a sua herdade, para que o nome do falecido não seja desarraigado dentre seus irmãos e da porta do seu lugar; disto sois hoje testemunhas. 11 E todo o povo que estava na porta e os anciãos disseram: Somos testemunhas; o Senhor faça a esta mulher, que entra na tua casa, como a Raquel e como a Leia, que ambas edificaram a casa de Israel; e há-te já valorosamente em Efrata e faze-te nome afamado em Belém. 12 E seja a tua casa como a casa de Perez (que Tamar teve de Judá), da semente que o Senhor te der desta moça.

Rute dá à luz Obede, avô de Davi

13 Assim, tomou Boaz a Rute, e ela lhe foi por mulher; e ele entrou a ela, e o Senhor lhe deu conceição, e ela teve um filho. 14 Então, as mulheres disseram a Noemi: Bendito seja o Senhor, que não deixou, hoje, de te dar remidor, e seja o seu nome afamado em Israel. 15 Ele te será recriador da alma e conservará a tua velhice, pois tua nora, que te ama, o teve, e ela te é melhor do que sete filhos. 16 E Noemi tomou o filho, e o pôs no seu regaço, e foi sua ama. 17 E as vizinhas lhe deram um nome, dizendo: A Noemi nasceu um filho. E chamaram o seu nome Obede. Este é o pai de Jessé, pai de Davi.

18 Estas são, pois, as gerações de Perez: Perez gerou a Esrom, 19 e Esrom gerou a Arão, e Arão gerou a Aminadabe, 20 e Aminadabe gerou a Naassom, e Naassom gerou a Salmom, 21 e Salmom gerou a Boaz, e Boaz gerou a Obede, 22 e Obede gerou a Jessé, e Jessé gerou a Davi.

Fome em Judá

No tempo em que os juízes governavam Israel, houve uma grande fome naquele país. Um homem chamado Elimeleque, que era de Belém[a], cidade de Judá, foi viver durante algum tempo em Moabe com a sua mulher e os seus dois filhos. A sua mulher se chamava Noemi e os seus filhos, Malom e Quiliom. Eles eram efrateus[b] de Belém e, por causa da fome, foram para o país de Moabe e ali ficaram.

Passado algum tempo, Elimeleque, o marido de Noemi, morreu e Noemi ficou sozinha com os seus dois filhos. Eles se casaram com mulheres moabitas: uma se chamava Orfa e a outra, Rute. Dez anos depois, Malom e Quiliom também morreram e Noemi ficou sozinha, sem marido e sem filhos.

Noemi volta para casa

Um dia Noemi soube que o SENHOR tinha abençoado ao seu povo com boas colheitas e resolveu sair de Moabe, com as suas duas noras, e regressar a Judá. Por isso, Noemi e as noras deixaram o lugar onde tinham vivido juntas e partiram para Judá.

No caminho, porém, Noemi disse às suas noras:

—É melhor que cada uma de vocês volte para a casa da sua mãe. Vocês têm sido muito boas para comigo e para com os meus falecidos filhos. Que o SENHOR também seja bom com vocês e as abençoe! Que o SENHOR permita que se casem e que cada uma viva em paz nos seus lares!

Então Noemi beijou as suas duas noras e se despediu delas, mas elas começaram a chorar 10 e lhe disseram:

—Nós queremos ir com a senhora para junto do seu povo.

11 Noemi lhes disse:

—Minhas filhas, voltem para as suas casas. Porque querem ir comigo? Não tenho mais filhos com quem vocês possam se casar. 12 Vão, minhas filhas, voltem. Já não tenho filhos e sou velha demais para me casar outra vez.[c] E mesmo que me casasse e ficasse grávida hoje à noite, 13 certamente vocês não iriam esperar até eles crescerem e se tornarem homens. Não seria possível para vocês ficarem tanto tempo sem se casar. Voltem, minhas filhas, a vida é pior para mim do que para vocês, porque o SENHOR está contra mim.[d]

14 As noras começaram a chorar de novo. Orfa, então, beijou a sua sogra e se despediu dela, mas Rute ficou com ela.

15 Noemi, então, lhe disse:

—A sua cunhada voltou para o seu povo e para adorar os seus deuses. Volte você também.

16 Mas Rute lhe disse:

—Não me obrigue a deixá-la e ficar longe da senhora!

Para aonde a senhora for, eu também irei;
    onde a senhora viver, eu também viverei.
O seu povo será o meu povo,
    o seu Deus será o meu Deus.
17 Onde a senhora morrer, eu também morrerei
    e aí serei enterrada.
Que o SENHOR me castigue duramente
    se eu não cumprir esta promessa:
    nada, a não ser a morte, poderá nos separar![e]

18 Quando Noemi viu que Rute estava decidida a ir com ela, deixou de insistir. 19 Assim as duas continuaram a viagem até Belém. Chegando lá, toda a população ficou agitada. Todos falavam delas e as mulheres perguntavam:

—Não é esta Noemi?

20 Mas ela dizia:

—Não me chamem mais de Noemi[f]. A partir de agora devem me chamar de Mara[g],
    porque o Deus Todo-Poderoso me fez muito infeliz.
21 Quando saí daqui, tinha muito,
    mas agora o SENHOR
me fez regressar sem nada.
    Por isso não me chamem Noemi,
porque o SENHOR Todo-Poderoso
    me fez sofrer muito.

22 Foi assim que Noemi regressou com a sua nora Rute, a moabita, de Moabe. Elas chegaram a Belém quando a colheita da cevada estava prestes a começar.

Rute conhece a Boaz

Havia um homem rico e importante que vivia em Belém, o seu nome era Boaz. Como era parente[h] de Elimeleque, ele era um dos responsáveis por Noemi.

Um dia, Rute, a moabita, disse a Noemi:

—Deixe-me ir ao campo para ver se acho alguma pessoa boa que me permita apanhar as espigas que os trabalhadores costumam deixar cair.[i]

Noemi lhe disse:

—Está bem, minha filha, vá.

Rute foi então para o campo e ia atrás dos trabalhadores. Ela começou a apanhar as espigas que os trabalhadores deixavam cair e, por acaso, aquela parte do campo pertencia a Boaz, um parente de Elimeleque.

Pouco tempo depois, Boaz chegou de Belém e cumprimentou os seus trabalhadores, dizendo:

—Que o SENHOR esteja com vocês!

E eles responderam:

—Que o SENHOR abençoe você!

Depois Boaz perguntou ao encarregado dos seus trabalhadores:

—Quem é aquela jovem?

E ele respondeu:

—É a jovem moabita, que veio com Noemi. Ela me pediu que a deixasse andar atrás dos trabalhadores para apanhar as espigas que eles deixassem cair. Chegou aqui de manhã cedo e até agora não parou de trabalhar. Ela só descansou um pouco na sombra.

Então Boaz disse a Rute:

—Ouça, minha filha,[j] não precisa ir trabalhar em outro campo. Fique com as outras mulheres que trabalham para mim. Vá aonde elas forem apanhar espigas. Eu vou dar ordem aos meus trabalhadores para não incomodarem você. Quando você tiver sede, pode beber da água dos potes que os meus trabalhadores encheram.

10 Rute inclinou-se respeitosamente[k] e disse a Boaz:

—Por que é que o senhor me trata assim tão bem, a mim, que sou uma estrangeira?

11 Boaz lhe respondeu:

—É que me contaram todo o bem que você fez pela sua sogra depois que o seu marido morreu. Me contaram como você deixou a sua família e o seu país para vir morar com ela aqui, com um povo que você não conhecia. 12 Que o SENHOR recompense você pelo que tem feito! Que o SENHOR, o Deus de Israel, a abençoe ricamente por ter procurado proteção debaixo das suas asas.

13 Ela disse:

—O senhor foi muito bom comigo ao me receber muito bem, e eu nem sequer sou uma das suas trabalhadoras.

14 Na hora do almoço, Boaz disse a Rute:

—Venha comer conosco aqui. Molhe o seu pão no molho de vinagre.

Então ela sentou-se com os trabalhadores e Boaz lhe deu grão de trigo torrado. Ela comeu até ficar satisfeita e ainda sobrou comida. 15 Depois do almoço ela se levantou e continuou apanhando espigas.

Enquanto isso, Boaz disse aos seus trabalhadores:

—Deixem que ela apanhe espigas, até as que estão entre os feixes, e não a repreendam! 16 Também deixem cair espigas de propósito para que ela as possa apanhar, e não lhe façam mal!

17 Rute esteve apanhando espigas no campo até o fim da tarde. Depois retirou os grãos das espigas e os colocou num saco. Os grãos chegaram a pesar mais de vinte quilos[l]. 18 Depois ela regressou com os grãos à cidade. Ao chegar em casa, Rute mostrou para Noemi o que tinha apanhado e lhe deu o que tinha sobrado do seu almoço.

19 Noemi lhe perguntou:

—Onde você esteve trabalhando hoje para apanhar tantas espigas? Que seja abençoado o homem que se importou com você!

Então Rute contou para Noemi o que Boaz tinha feito para ajudá-la.

Ela disse:

—O homem com quem trabalhei hoje chama-se Boaz.

20 Noemi disse para Rute:

—Que o SENHOR, que é bom para com os vivos e para com os mortos, o abençoe.

Depois acrescentou:

—Boaz é um dos nossos parentes mais próximos,[m] e por isso ele é um dos responsáveis pela nossa proteção.[n]

21 Rute, a moabita, disse:

—Ele também me disse para continuar trabalhando no seu campo com as suas trabalhadoras até o fim da colheita.

22 Noemi disse para Rute:

—Filha, é bom que siga trabalhando com elas. Alguém poderia lhe fazer mal se você for trabalhar em outros campos.

23 Assim Rute ficou apanhando espigas com as mulheres até o fim da colheita da cevada e do trigo. No entanto, ela continuava morando com Noemi.

Rute e Boaz

Certo dia, Noemi, a sogra de Rute, disse a ela:

—Minha filha, tenho que achar um bom lar para você. Tenho estado pensando em Boaz. Ele é um dos nossos parentes[o] e você já o conhece porque tem estado trabalhando com as suas trabalhadoras. Esta noite ele vai estar trabalhando no lugar onde se retira o grão das espigas de cevada. Faça isto: tome um bom banho, coloque perfume, vista-se com o seu melhor vestido e vá a esse lugar. Não deixe que Boaz a veja[p] até ele ter comido e bebido. Depois observe bem o lugar onde ele vai se deitar. Quando ele estiver dormindo, aproxime-se dele, levante a manta dele e deite-se aos seus pés. Então ele lhe dirá o que você deve fazer.

Rute disse:

—Vou fazer o que diz.

Ela desceu até o lugar onde se retira o grão das espigas e fez tudo o que a sua sogra tinha lhe dito. Boaz comeu, bebeu e ficou satisfeito. Então se deitou ao lado de um monte de cevada. E Rute chegou silenciosamente, levantou a manta que cobria os pés dele e deitou-se.

No meio da noite, Boaz acordou assustado e procurou fugir, mas viu que a pessoa deitada ao seu lado era uma mulher. Então Boaz lhe perguntou:

—Quem é você?

Ela disse:

—Sou Rute, a sua serva. Proteja-me debaixo das suas asas,[q] pois o senhor é o protetor da nossa família[r].

10 Ele lhe respondeu:

—O SENHOR a abençoe, minha filha. Esta sua boa ação é mais nobre do que a sua primeira, porque veio falar comigo em vez de procurar por algum jovem, pobre ou rico. 11 Agora, minha filha, não tenha medo. Vou fazer tudo o que me pediu, porque todos sabem que você é uma mulher de boas qualidades. 12 Realmente eu sou um dos parentes que tem a obrigação de protegê-la e casar-se com você, mas há outro parente que tem mais direito do que eu. 13 Fique aqui esta noite. Amanhã, se o outro parente quiser ser responsável por você,[s] tudo bem, que o seja. Porém, se ele não quiser, prometo diante do SENHOR que eu tomarei conta de você. Fique aqui até o amanhecer.

14 E ela ficou ali com ele até quase amanhecer, mas levantou-se antes disso para que ninguém a visse. Boaz pensou: “Ninguém deve saber que ela esteve neste lugar”.

15 E disse a Rute:

—Traga aqui o seu manto e segure-o.

Ela segurou o manto, e ele colocou vinte quilos de cevada no manto e a ajudou a pôr o manto no ombro. Depois ela voltou para a cidade.

16 Quando Rute chegou na casa da sua sogra, ela lhe perguntou:

—Como foi, minha filha?

Então Rute contou-lhe tudo o que Boaz tinha feito por ela. 17 E lhe disse:

—Ele também me deu estes vinte quilos de cevada e me disse que era para eu não voltar de mãos vazias para a casa da senhora, minha sogra.

18 Noemi disse:

—Fique aqui até saber o que irá acontecer. Boaz não vai descansar hoje, até que tudo fique resolvido.

Boaz e o tal parente

Boaz foi à porta da cidade[t] e sentou-se. Nesse momento, passou por ali o tal parente[u] que ele tinha mencionado a Rute. Então Boaz o chamou:

—Amigo, venha aqui e sente-se.

E ele foi e sentou-se. Boaz também chamou dez líderes da cidade e lhes disse:

—Sentem-se.

E eles se sentaram. Boaz disse ao outro parente:

—Noemi, a mulher que voltou de Moabe, está disposta a vender o terreno que pertenceu ao nosso parente Elimeleque. Quero lhe informar disso diante dos líderes do povo, que estão sentados aqui, para ver se deseja comprar o terreno. Você é o parente mais próximo e tem esse direito. Se quiser comprá-lo, então, compre-o. Se não quiser, diga-me, pois, depois de você, eu sou o parente mais próximo. Então o outro parente disse:

—Eu comprarei o terreno.

E Boaz lhe disse:

—Quando você comprar o terreno de Noemi, também terá que se casar com Rute, a moabita, mulher do falecido Malom[v], para que o seu nome e a sua herança sejam restaurados.[w]

Ao ouvir isto, o parente disse:

—Nesse caso, não posso usar o meu direito de comprar o terreno. Isso seria a ruína da minha herança. Compre você o terreno, eu não posso comprá-lo.

(Naquele tempo, para confirmar um negócio, era costume em Israel uma das duas pessoas tirar uma das suas sandálias e dá-la ao outro.) Quando o parente disse a Boaz: “Compre você o terreno”, ele tirou uma sandália do pé e a deu a Boaz.[x]

Boaz disse então aos líderes do povo e a todo o povo presente:

—Vocês são testemunhas hoje de que compro de Noemi tudo o que pertenceu a Elimeleque e aos seus filhos Quiliom e Malom. 10 Também recebo por esposa a moabita Rute, viúva de Malom. Recebo-a por esposa para que o nome de Malom se mantenha na herança e, ao mesmo tempo, seu nome não desapareça nem da família nem do seu povo. Disto vocês são testemunhas!

11 Então os líderes e todos os que ali estavam disseram:

—Sim, somos testemunhas. Que o SENHOR faça com que essa mulher, que hoje entra em sua casa, seja como Raquel e Lia, que são as mães do povo de Israel. Que seja poderoso em Efrata e que o seu nome seja famoso em Belém! 12 Que os filhos que o SENHOR lhe der dessa jovem sejam tantos como os filhos da família de Perez, filho de Tamar e Judá.

13 Assim Boaz tomou Rute por esposa e dormiu com ela. O SENHOR a abençoou, e ela ficou grávida e teve um filho. 14 Então as mulheres da cidade disseram a Noemi:

—Louvado seja o SENHOR que lhe deu um neto.[y] Que o seu nome seja famoso em Israel. 15 Ele cuidará de você na sua velhice, porque foi a sua nora, que ama você, a que lhe deu o neto. Ela é melhor para você do que sete filhos.

16 Então Noemi pegou o menino no colo e cuidou dele. 17 As vizinhas lhe deram o nome de Obede, dizendo:

—Agora Noemi tem um filho.

Obede foi o pai de Jessé e avô de Davi.

Rute e a família de Boaz

18 Este é o registro da família de Perez:

Perez foi o pai de Esrom

19 e Esrom foi o pai de Rame.

Rame foi o pai de Aminadabe

20 e Aminadabe foi o pai de Naassom.

Naassom foi o pai de Salmom

21 e Salmom foi o pai de Boaz.

Boaz foi o pai de Obede

22 e Obede foi o pai de Jessé.

Jessé foi o pai de Davi.

Footnotes

  1. 1.1 Belém Uma pequena cidade na terra de Judá onde iria nascer o rei Davi.
  2. 1.2 efrateus Descendentes da família de Efrata. Ver 4.11; 1Cr 4.4 e Mq 5.2.
  3. 1.12 me casar outra vez Literalmente, “estar com um homem”.
  4. 1.13 Voltem (…) contra mim ou “Isso me faria sofrer mais por causa de vocês. O SENHOR está contra mim”.
  5. 1.17 Que o SENHOR (…) poderá nos separar Literalmente, “Assim me faça o SENHOR, e mais, se outra coisa a não ser a morte me separar de você”.
  6. 1.20 Noemi Este nome significa “doce” ou “feliz”.
  7. 1.20 Mara Este nome significa “amargurada” ou “infeliz”.
  8. 2.1 parente Naquele tempo em Israel, quando um homem morria sem deixar filhos, um dos seus parentes devia se casar com a viúva, para que ela pudesse ter filhos e assim dar continuidade à família e aos bens do falecido. Ver Dt 25.5,6; Rt 2.20; 4.10.
  9. 2.2 Segundo a lei de Moisés, uma parte da colheita deveria ser deixada para os pobres. Ver Lv 23.22.
  10. 2.8 minha filha Termo carinhoso.
  11. 2.10 inclinou-se respeitosamente Literalmente, “caiu sobre o seu rosto e inclinou-se por terra”.
  12. 2.17 mais de vinte quilos Literalmente, “um efa”. Ver a tabela de pesos e medidas.
  13. 2.20 um (…) próximos Isso se refere não só ao parentesco mas também à responsabilidade que o parente tinha de proteger a família do falecido.
  14. 2.20 um dos responsáveis pela nossa proteção Literalmente, “um dos nossos redentores”. O redentor era a pessoa encarregada de proteger a família do parente falecido. Muitas vezes ele redimia os seus parentes pobres da escravidão e dava-lhes a liberdade. Ver Dt 25.5,6.
  15. 3.2 nossos parentes Ver nota em 2.1.
  16. 3.3 Não deixe que Boaz a veja ou “Não tenha contato com ele”.
  17. 3.9 Proteja-me debaixo das suas asas Com estas palavras Rute pede a Boaz que a proteja casando-se com ela. Ver 2.12.
  18. 3.9 protetor da nossa família Literalmente, “o resgatador”.
  19. 3.13 ser responsável por você Literalmente, “redimi-la” ou “resgatá-la da pobreza”. Aqui não se refere só a se casar com Rute, mas também a aceitar a responsabilidade de tomar conta da Noemi e de comprar o terreno que tinha pertencido ao seu marido, terreno que depois iria pertencer aos filhos de Rute.
  20. 4.1 porta da cidade Lugar de entrada e de reunião da cidade. Era ali que se faziam os negócios e se administrava a justiça. Ver Dt 25.7.
  21. 4.1 parente Ver nota em 2.1.
  22. 4.5 mulher do falecido Malom Literalmente, “mulher do falecido”.
  23. 4.5 o seu nome (…) sejam restaurados Isto significa que, para o propósito da herança, o primeiro filho ou filha de Rute seria considerado filho(a) de Malom e seria a ele(a) que iria pertencer o terreno comprado pelo parente.
  24. 4.8 a deu a Boaz Segundo a LXX. O TM não tem estas palavras.
  25. 4.14 neto Literalmente, “parente próximo” ou “protetor”. As mulheres usaram essa palavra referindo-se ao menino, indicando que quando fosse homem tomaria conta de Noemi.

A parábola do semeador

Passado não muito tempo, Jesus começou a percorrer as cidades e vilas para anunciar as boas novas do reino de Deus. Fazia-se acompanhar dos doze discípulos. Com ele iam algumas mulheres que ele tinha curado de espíritos maus e de doenças; entre elas contavam-se Maria Madalena, a quem tinha livrado de sete demónios; Joana, mulher de Cuza (encarregado de negócios de Herodes); Susana e muitas outras que, com os seus próprios meios, contribuíam para o sustento de Jesus e dos discípulos.

A parábola do semeador

(Mt 13.1-10; Mc 4.1-9)

Uma imensa multidão, oriunda de todas as cidades, veio ter com ele. Ele falou-lhes por meio de uma parábola: “Certo homem foi semear. Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho e foram pisadas; vieram as aves do céu e comeram-nas. Outras caíram em solo pedregoso e cresceram. Mas murcharam, por falta de humidade. Outras caíram no meio de espinhos que em pouco tempo sufocaram os rebentos. Mas outras caíram em solo fértil e quando cresceram deram uma colheita cem vezes maior.” Tendo dito isto, exclamou em alta voz: “Quem tem ouvidos, ouça!”

Razão das parábolas

(Mt 13.10-23; Mc 4.10-20)

Os discípulos perguntaram-lhe o que queria dizer aquela parábola. 10 Ele respondeu: “É-vos concedido conhecer os mistérios do reino de Deus; mas aos outros somente por parábolas, de modo que veem, mas ficam sem ver, ouvem, mas não entendem.

11 O que a parábola quer dizer é o seguinte: A semente é a mensagem de Deus. 12 Os que estão à beira do caminho são os que a ouviram, mas depois vem o Diabo e tira-lhes a palavra do coração, não deixando que as pessoas creiam e sejam salvas. 13 As semeadas em solo pedregoso são os que ouvem a palavra com alegria. Todavia, não deitam raízes; têm fé por algum momento, mas quando chega o momento da tentação desfalecem. 14 As semeadas entre os espinhos são aqueles que ouvem, mas que no meio das preocupações, da riqueza e dos prazeres da vida, deixam que seja abafada, pelo que fica sem fruto. 15 Mas o bom solo são aqueles que, com coração bom e honesto, ouvem a palavra e dão fruto com perseverança.”

A luz do candeeiro

(Mc 4.21-25)

16 “Ninguém acende uma lâmpada para escondê-la num recipiente ou debaixo da cama, mas coloca-a num candeeiro, para que aqueles que entrarem em casa vejam a luz. 17 Pois nada há oculto que não venha a mostrar-se, nem há nada encoberto que não venha a ser conhecido e a manifestar-se. 18 Tomem cuidado como ouvem, pois quem tiver receberá; mas a quem não tem até o que tiver lhe será tirado.”

A mãe e os irmãos de Jesus

(Mt 12.46-50; Mc 3.31-35)

19 Uma vez, a mãe e os irmãos de Jesus foram ter com ele, mas por causa da multidão não conseguiram entrar na casa onde ele estava. 20 Alguém disse-lhe: “A tua mãe e irmãos estão lá fora e querem ver-te.” 21 Jesus respondeu-lhes: “A minha mãe e os meus irmãos são todos aqueles que ouvem a mensagem de Deus e lhe obedecem.”

Jesus acalma a tempestade

(Mt 8.23-27; Mc 4.36-41)

22 Certo dia, Jesus entrou num barco com os discípulos e disse-lhes: “Vamos atravessar para a outra margem do lago.” 23 Durante a travessia ele adormeceu. Entretanto, levantou-se uma tempestade e um vendaval no lago, o barco começou a meter água e corriam grande perigo.

24 Logo os discípulos foram acordá-lo, gritando: “Mestre, Mestre, estamos quase a morrer!”

Levantando-se, ele repreendeu o vento e as vagas e fez-se uma grande calma. 25 Depois perguntou-lhes: “Onde está a vossa fé?”

Eles, tomados de medo e admiração, perguntavam uns aos outros: “Mas quem é este que dá ordens aos próprios ventos e à água que lhe obedecem?”

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As mulheres que serviam a Jesus com os seus bens

E aconteceu, depois disso, que andava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do Reino de Deus; e os doze iam com ele, e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com suas fazendas.

A parábola do semeador(A)

E, ajuntando-se uma grande multidão, e vindo ter com ele gente de todas as cidades, disse por parábolas: Um semeador saiu a semear a sua semente, e, quando semeava, caiu alguma junto do caminho e foi pisada, e as aves do céu a comeram. E outra caiu sobre pedra e, nascida, secou-se, pois que não tinha umidade. E outra caiu entre espinhos, e, crescendo com ela os espinhos, a sufocaram; E outra caiu em boa terra e, nascida, produziu fruto, cento por um. Dizendo ele estas coisas, clamava: Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça.

E os seus discípulos o interrogaram, dizendo: Que parábola é esta? 10 E ele disse: A vós vos é dado conhecer os mistérios do Reino de Deus, mas aos outros, por parábolas, para que, vendo, não vejam e, ouvindo, não entendam. 11 Esta é, pois, a parábola: a semente é a palavra de Deus; 12 e os que estão junto do caminho, estes são os que ouvem; depois, vem o diabo e tira-lhes do coração a palavra, para que se não salvem, crendo; 13 e os que estão sobre pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria, mas, como não têm raiz, apenas creem por algum tempo e, no tempo da tentação, se desviam; 14 e a que caiu entre espinhos, esses são os que ouviram, e, indo por diante, são sufocados com os cuidados, e riquezas, e deleites da vida, e não dão fruto com perfeição; 15 e a que caiu em boa terra, esses são os que, ouvindo a palavra, a conservam num coração honesto e bom e dão fruto com perseverança.

A parábola da candeia(B)

16 E ninguém, acendendo uma candeia, a cobre com algum vaso ou a põe debaixo da cama; mas põe-na no velador, para que os que entram vejam a luz. 17 Porque não há coisa oculta que não haja de manifestar-se, nem escondida que não haja de saber-se e vir à luz. 18 Vede, pois, como ouvis, porque a qualquer que tiver lhe será dado, e a qualquer que não tiver até o que parece ter lhe será tirado.

A família de Jesus(C)

19 E foram ter com ele sua mãe e seus irmãos e não podiam aproximar-se dele, por causa da multidão. 20 E foi-lhe dito: Estão fora tua mãe e teus irmãos, que querem ver-te. 21 Mas, respondendo ele, disse-lhes: Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a executam.

Jesus apazigua a tempestade(D)

22 E aconteceu que, num daqueles dias, entrou num barco com seus discípulos e disse-lhes: Passemos para a outra banda do lago. E partiram. 23 E, navegando eles, adormeceu; e sobreveio uma tempestade de vento no lago, e o barco enchia-se de água, estando eles em perigo. 24 E, chegando-se a ele, o despertaram, dizendo: Mestre, Mestre, estamos perecendo. E ele, levantando-se, repreendeu o vento e a fúria da água; e cessaram, e fez-se bonança. 25 E disse-lhes: Onde está a vossa fé? E eles, temendo, maravilharam-se, dizendo uns aos outros: Quem é este, que até aos ventos e à água manda, e lhe obedecem?

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As mulheres que acompanhavam Jesus

Depois disto Jesus iniciou uma viagem por todas as cidades e vilas, proclamando e anunciando as Boas Novas do reino de Deus. Iam com ele os seus doze discípulos e algumas das mulheres que tinham sido curadas de demônios e doenças: Maria, chamada Madalena (de quem tinham saído sete demônios); Joana, mulher de Cuza (que era administrador da casa do rei Herodes); Susana e muitas outras. Estas mulheres ajudavam a Jesus e seus discípulos com o que elas possuíam.

A parábola do semeador

(Mt 13.1-9; Mc 4.1-9)

Uma grande multidão se ajuntava e pessoas de várias vilas tinham ido ouvir a Jesus. Ele então contou a todos esta parábola:

—Certo homem saiu para semear. Enquanto semeava, uma parte das sementes caiu pelo caminho e foi pisada pelas pessoas e comida pelas aves do céu. Outra parte caiu num terreno onde havia muitas pedras e, quando começou a brotar, secou por falta de umidade. Outra parte das sementes caiu entre espinhos. Os espinhos cresceram junto com as plantas e as sufocaram. Uma outra parte ainda caiu em terra boa e, ao crescer, produziu cem vezes mais grãos do que foi semeado.

E, depois de dizer estas coisas, exclamou:

—Prestem bastante atenção no que eu acabei de lhes falar!

Explicação da parábola

(Mt 13.10-17; Mc 4.10-12)

Os discípulos lhe perguntaram o que ele queria dizer com aquela parábola. 10 Jesus então lhes disse:

—A vocês é dado o privilégio de conhecer os segredos do reino de Deus, mas a todas as outras pessoas tudo é dito por meio de parábolas, para que

“olhem, mas não enxerguem,
    ouçam, mas não compreendam”(A).

Jesus explica a parábola do semeador

(Mt 13.18-23; Mc 4.13-20)

11 —O que a parábola quer dizer é o seguinte: A semente é a mensagem de Deus. 12 As sementes que caíram pelo caminho representam aqueles que ouvem a mensagem. Mas em seguida vem o Diabo e tira a mensagem de seus corações, para que não acreditem e sejam salvos. 13 As sementes que caíram sobre o terreno onde havia muitas pedras representam aqueles que recebem a mensagem com grande alegria, mas que não têm raiz. Eles acreditam por um tempo mas, quando são postos à prova, abandonam a fé. 14 As sementes que caíram entre os espinhos representam os que ouvem a mensagem mas, por causa das preocupações, das riquezas e dos prazeres da vida, são sufocados e o seu fruto nunca amadurece. 15 Aquelas sementes, porém, que caíram em terreno bom representam os que têm corações bons e honestos. Quando eles ouvem a mensagem, a retêm e, pela sua persistência, produzem frutos.

A necessidade de prestar atenção a Jesus

(Mc 4.21-25)

16 —Ninguém acende um lampião e o cobre com uma jarra ou o coloca debaixo da cama. Ele é colocado em cima de uma mesa, para que as pessoas que entram possam ver a luz. 17 Isto acontece porque não há nada escondido que não venha a ser revelado, nem nada que seja secreto e que não venha a ser conhecido. 18 Por isso, tenham cuidado em como vocês ouvem o que eu falo. Quem tem receberá ainda mais, mas aquele que não tem, até o que ele pensa que tem lhe será tirado.

A verdadeira família de Jesus são seus discípulos

(Mt 12.46-50; Mc 3.31-35)

19 A mãe e os irmãos de Jesus foram até onde ele estava, mas por causa da multidão não puderam se aproximar. 20 Então disseram a Jesus:

—Sua mãe e seus irmãos estão lá fora procurando por você.

21 Ele respondeu:

—Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a mensagem de Deus e a praticam.

Jesus acalma a tempestade

(Mt 8.23-27; Mc 4.35-41)

22 Certo dia Jesus entrou com os seus discípulos num barco e lhes disse:

—Atravessemos para o outro lado do lago.

E eles partiram. 23 Enquanto navegavam, Jesus adormeceu. Veio uma tempestade de vento no lago e o barco começou a se encher de água, correndo eles o perigo de afundarem. 24 Então acordaram a Jesus e lhe disseram:

—Mestre, Mestre! Nós vamos morrer!

Jesus se levantou e repreendeu o vento e as ondas. Tudo se acalmou e o lago ficou tranquilo. 25 Depois Jesus lhes disse:

—Onde está a sua fé? Eles, porém, estavam com medo e assustados e diziam uns aos outros:

—Quem é este homem que repreende o vento e as águas e eles obedecem?

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