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Deveres dos sacerdotes e levitas

18 Por isso, o Senhor disse ainda o seguinte a Aarão: “Tu, teus filhos e a tua família são responsáveis por qualquer profanação que se faça no santuário, assim como por toda a incorreção no exercício do vosso serviço sacerdotal. Os teus irmãos, da tribo de Levi, serão os teus assistentes; mas só tu e os teus filhos poderão cumprir os deveres sagrados diante da tenda do testemunho. 3-4 Os levitas terão de ter cuidado em não tocar em nenhum dos objetos sagrados, nem no altar, se não destruir-vos-ei, a eles e a ti. Ninguém que não seja membro da tribo de Levi poderá ajudar-te seja no que for na tenda do encontro.

Não te esqueças de que apenas os sacerdotes deverão cumprir as tarefas sagradas dentro do santuário e em relação com o altar. Se seguires estas ordens, nunca o meu juízo cairá outra vez sobre seja quem for do povo de Israel, e a minha lei não será violada. Só os teus parentes levitas podem ajudar-te no serviço da tenda do encontro. São para ti como um dom do Senhor. Mas tu e os teus filhos, os sacerdotes, executarão pessoalmente o serviço sagrado, incluindo o do altar e tudo o que diz respeito ao interior do véu; o sacerdócio é o vosso serviço especial. Um estranho que tentar realizar essas tarefas deverá morrer.”

As ofertas para os sacerdotes e levitas

O Senhor acrescentou ainda as seguintes instruções: “Dei aos sacerdotes todas as dádivas que me foram trazidas pelo povo; todas estas ofertas a mim apresentadas, num gesto balanceado perante o altar, pertencem a ti e aos teus filhos; é uma lei para sempre. As ofertas de cereais, as ofertas por causa do pecado, assim como as de culpa, são vossas, com exceção do que me é apresentado, queimando no altar; 10 isso deve ser comido só no lugar santíssimo e unicamente por homens.

11 Todos os outros presentes que me forem trazidos, com um gesto de apresentação cerimonial perante o altar, são para vocês, para os vossos filhos e filhas. Porque todos os membros das vossas famílias podem comer disso, a menos que alguém se encontre ritualmente impuro nessa ocasião.

12 Também são para vocês os primeiros frutos que o povo vier oferecer ao Senhor, o melhor do azeite, do vinho novo, do grão e de todas as outras colheitas. 13 As vossas famílias poderão comer disso, a não ser que se encontrem cerimonialmente impuros nessa altura.

14 Assim, tudo o que for dedicado ao Senhor será vosso, 15 incluindo os primogénitos dos casais do povo de Israel e ainda as primeiras crias dos animais. Todavia os primogénitos dos casais do povo de Israel, e também dos animais impuros, que não vos permito comer, desses nunca aceitarão os primeiros nascidos, esses serão redimidos. 16 Em vez deles, haverá um pagamento de 58 gramas de prata, que deverá ser trazido quando já tiverem um mês.

17 No entanto, os primeiros nascidos das vacas, das ovelhas ou das cabras não deverão ser resgatados, mas antes sacrificados ao Senhor. O seu sangue será aspergido sobre o altar e a gordura ardida como oferta queimada. É algo muito agradável ao Senhor. 18 A carne destes animais será vossa, incluindo o peito e a coxa direita, que são apresentados ao Senhor com um gesto de apresentação cerimonial em frente do altar. 19 Sim, dei-te todas estas ofertas de movimento, que o povo de Israel traz ao Senhor; são para ti, e para os teus, como alimento. Isto é uma aliança eterna selada com sal que o Senhor faz contigo e com os teus descendentes.”

20 O Senhor disse a Aarão: “Vocês, os sacerdotes, não possuirão qualquer propriedade, nem qualquer outro rendimento, porque eu sou tudo aquilo de que precisam.

21 Quanto à tribo de Levi, vossos familiares receberão em troca dos seus serviços na tenda do encontro, os dízimos de toda a terra de Israel. 22 E assim os israelitas não mais se aproximarão da tenda do encontro; pois se o fizerem cometerão pecado e morrerão. 23 Somente os levitas poderão exercer ali a sua atividade; tornar-se-ão também eles culpados, se não a cumprirem. Portanto, os levitas não possuirão quaisquer propriedades em Israel; isto é uma lei a vigorar permanentemente entre vós, 24 porque os dízimos do povo, oferecidos ao Senhor perante o altar, pertencer-lhes-ão; será isso a parte a que têm direito; é por essa razão que não necessitarão de ter a posse de qualquer propriedade.”

25 Disse o Senhor a Moisés: 26 “Diz aos levitas que deem ao Senhor a décima parte dos dízimos que recebem; esse dízimo dos dízimos deverá ser apresentado ao Senhor perante o altar. 27-29 O Senhor considerará isso como a vossa oferta dos primeiros frutos, das primeiras colheitas de cereais e de vinho que lhe fazem, como se tivessem as vossas próprias terras. Este dízimo será selecionado entre o que de melhor receberam dos dízimos do povo, pois é a porção do Senhor, e será dada a Aarão, o sacerdote.

30 Será considerada como se viesse de terras vossas, dos vossos próprios lagares. 31 Aarão, seus filhos e famílias podem comer isso nas suas casas ou onde desejarem, porque é a compensação que recebem pelo serviço executado na tenda do encontro. 32 Vocês, os levitas, não serão tidos por culpados ao aceitarem os dízimos se deles derem também o dízimo aos sacerdotes. Mas tenham cuidado em não tratar esses donativos sagrados do povo de Israel como coisas vulgares, porque se assim acontecer, morrerão.”

Preceitos de purificação cerimonial

19 O Senhor disse a Moisés e a Aarão: “Diz ao povo de Israel que tragam uma novilha ruiva, sem defeito, que nunca tenha recebido jugo. Deem-na a Eleazar, o sacerdote, que a levará para fora do acampamento; aí alguém a matará na sua frente. Eleazar tomará do seu sangue com os dedos e o aspergirá sete vezes na frente da tenda do encontro. Depois alguém queimará a novilha, fazendo arder a pele, a carne, o sangue e os intestinos, também à vista dele. Eleazar pegará num pau de cedro, num ramo de hissopo, num fio de carmesim e lançará tudo nesse fogo. Depois deverá lavar a roupa que veste, lavar-se e voltar para o acampamento, considerando-se impuro até ao final da tarde. Aquele que queimou o animal também deve lavar a roupa, tomar banho e considerar-se impuro até à noite.

Outra pessoa que não esteja impura juntará as cinzas da novilha e pô-las-á num lugar limpo fora do acampamento, onde serão conservadas como reservas de preparação das águas para as cerimónias de purificação, para tirar o pecado. 10 Aquele que tiver juntado as cinzas da novilha terá de lavar a sua roupa e ter-se-á por impuro até ao fim do dia. Isto é um regulamento permanente para benefício do povo de Israel, assim como também dos estrangeiros que vivam no meio deles.

11 Alguém que tocar num morto será impuro por sete dias, 12 e deverá purificar-se ao terceiro e ao sétimo dia com a água referida anteriormente; e só então ficará limpo. Se não fizer isto ao terceiro dia, continuará impuro até depois do sétimo. 13 Portanto, alguém que tocar num morto e não se purificar da forma indicada estará a manchar o próprio tabernáculo do Senhor, e terá de ser excomungado de Israel. A água de purificação não foi aspergida sobre ele, por isso continua a estar imundo.

14 Quando uma pessoa morrer na sua tenda, há vários regulamentos a observar. Se alguém estiver lá dentro, ou entrar lá nessa altura, ficará impuro durante sete dias. 15 Também todo o recipiente que ali se encontrar que não esteja tapado ficará imundo.

16 Se um indivíduo fora no campo tocar no cadáver de alguém que tenha morrido, combatendo ou doutra maneira qualquer, ou mesmo que tenha tocado apenas no osso dum esqueleto ou numa sepultura ficará impuro por sete dias.

17 Para tornar a purificar-se, terá de juntar, num vaso em que haja água duma fonte natural, as cinzas da bezerra queimada oferecida por expiação do pecado. 18 Depois alguém que esteja puro tomará ramos de hissopo, mergulhá-los-á na água e salpicará a tenda, os recipientes e as pessoas que se tornaram imundas, por lá terem entrado na ocasião da morte, ou por terem tocado em alguém que foi morto ou que morreu de qualquer outra maneira, ou que tenha tocado num sepulcro. 19 Isto terá lugar no terceiro e no sétimo dia; então a pessoa impura terá de lavar a roupa que veste e tomar banho; nessa tarde ficará então livre da impureza.

20 Mas se alguém que se tornou impuro nada fizer para se purificar, será expulso porque manchou o santuário do Senhor; não deu ocasião a que a água da purificação fosse aspergida sobre si, por isso permanece imundo. 21 Isto é uma lei para sempre.

O homem que salpicar com essa água deverá posteriormente lavar a sua roupa; e quem tocar nessa água também ficará impuro até à noite. 22 Tudo em que uma pessoa impura tocar ficará igualmente impuro até ao final da tarde.”

Moisés faz sair água do rochedo

(Êx 17.1-7)

20 O povo de Israel chegou ao deserto de Zim no primeiro mês do ano e acampou em Cades. E aconteceu que Miriam morreu e foi ali sepultada.

Ora não havia água bastante para beberem naquele lugar, por isso o povo novamente se rebelou contra Moisés e Aarão, juntando-se em protesto. “Teria valido muito mais que tivéssemos perecido com os nossos irmãos castigados pelo Senhor!”, gritaram eles para Moisés. “Trouxeram-nos deliberadamente para este deserto para se verem livres de nós e do nosso gado. Por que razão nos tiraram do Egito e fizeram vir para este sítio horrível? Onde está essa tal terra tão fértil, de frutos maravilhosos, com aqueles figos, vinhas e romãs de que nos falaram? Aqui nem sequer há água bastante para matarmos a sede!”

Moisés e Aarão afastaram-se e foram até à entrada da tenda do encontro, onde se inclinaram até ao chão. A glória do Senhor apareceu-lhes, e disse a Moisés: “Vai buscar a vara. Convoquem os dois o povo e à vista deles falem à rocha que ali está e digam-lhe para deixar jorrar água. Eles beberão água dessa rocha que será suficiente para os saciar a eles e ao gado!”

Moisés obedeceu. Foi buscar a vara ao lugar, onde estava guardada na presença do Senhor. 10 Depois convocaram o povo e juntaram-no perto da rocha, dizendo: “Ouçam, vocês, rebeldes! Iremos tirar água desta rocha?”

11 Moisés levantou depois a vara e bateu duas vezes na rocha, tendo a água imediatamente jorrado. O povo e o gado puderam beber à vontade.

12 Mas o Senhor disse a Moisés e a Aarão: “Visto que não creram em mim e não me santificaram aos olhos do povo de Israel, não serão vocês a introduzi-los na terra que lhes prometi!”

13 Este lugar passou a chamar-se Meribá (contenda), porque o povo de Israel contendeu com o Senhor que lhes mostrou ser santo.

O rei de Edom nega passagem aos israelitas

14 Enquanto se encontrava em Cades, Moisés enviou mensageiros ao rei de Edom com esta declaração:

“Somos descendentes do teu irmão Israel. Sabes já a nossa atribulada história. 15 Os nossos antepassados desceram para o Egito e lá ficaram muito tempo, onde os egípcios os maltrataram. 16 No entanto, quando clamámos ao Senhor, ele ouviu-nos e mandou o seu anjo que nos tirou do Egito; agora estamos aqui em Cades, acampados perto das fronteiras da tua terra. 17 Pedimos-te, por isso, que nos deixes atravessar o teu país. Seremos cuidadosos; não pisaremos terra cultivada, nem iremos pelas vinhas; nem sequer pretendemos beber a água das tuas fontes. Limitar-nos-emos ao caminho principal e não o deixaremos até que tenhamos atravessado a fronteira do outro lado.”

18 Contudo, a resposta do rei de Edom foi:

“Não autorizo! Se tentarem entrar na minha terra irei ao vosso encontro com o meu exército!”

19 Os embaixadores de Israel protestaram:

“Mas senhor, nós apenas pretendemos passar pela entrada principal e nem da água dos poços queremos beber, a não ser pagando aquilo que nos pedirem. Só queremos passar para o outro lado da fronteira.”

20 Mas o rei foi intransigente.

“Mantenham-se afastados!”

E fazendo mobilizar o exército, deslocou para a fronteira uma grande força militar. 21 Por causa dessa recusa de Edom em deixar Israel passar pela sua terra, 22 foram obrigados a voltar para trás, indo de Cades até ao monte Hor.

A morte de Aarão

23 Então o Senhor disse a Moisés e a Aarão, perto ainda da terra de Edom: 24 “Chegou o tempo de Aarão morrer, pois não deverá entrar na terra que dei ao povo de Israel, em consequência de os dois terem alterado as minhas ordens quanto à água em Meribá. 25 Tu, Moisés, levarás Aarão e o seu filho Eleazar até ao cimo do monte Hor; 26 ali tirarás as vestes sacerdotais a Aarão e as vestirás a Eleazar, o seu filho. Aarão será recolhido e ali morrerá.”

27 Moisés fez conforme o Senhor lhe ordenara. Os três subiram juntos ao monte Hor, à vista de toda a gente. 28 Quando chegaram ao cimo, Moisés tirou as vestes sagradas a Aarão, vestiu-as a Eleazar, seu filho, e Aarão morreu sobre o monte. 29 Moisés e Eleazar regressaram. O povo, ao ser informado da morte de Aarão, chorou-o por trinta dias.

Os deveres e direitos dos sacerdotes e dos levitas

18 Então, disse o Senhor a Arão: Tu, e teus filhos, e a casa de teu pai contigo, levareis sobre vós a iniquidade do santuário; e tu e teus filhos contigo levareis sobre vós a iniquidade do vosso sacerdócio. E também farás chegar contigo a teus irmãos, a tribo de Levi, a tribo de teu pai, para que se ajuntem a ti e te sirvam; mas tu e teus filhos contigo estareis perante a tenda do Testemunho. E eles farão a tua guarda, a guarda de toda a tenda; mas não se chegarão aos utensílios do santuário e ao altar, para que não morram, tanto eles como vós. Mas se ajuntarão a ti e farão a guarda da tenda da congregação em todo o ministério da tenda; e o estranho não se chegará a vós. Vós, pois, fareis a guarda do santuário e a guarda do altar, para que não haja outra vez furor sobre os filhos de Israel. E eu, eis que tenho tomado vossos irmãos, os levitas, do meio dos filhos de Israel; a vós são dados em dádiva pelo Senhor, para administrar o ministério da tenda da congregação. Mas tu e teus filhos contigo guardareis o vosso sacerdócio em todo o negócio do altar, e no que estiver dentro do véu, isto administrareis; eu vos tenho dado o vosso sacerdócio em dádiva ministerial, e o estranho que se chegar morrerá.

Disse mais o Senhor a Arão: E eu, eis que te tenho dado a guarda das minhas ofertas alçadas, com todas as coisas santas dos filhos de Israel; por causa da unção as tenho dado a ti e a teus filhos por estatuto perpétuo. Isto terás das coisas santíssimas do fogo: todas as suas ofertas, com todas as suas ofertas de manjares, e com todas as suas expiações do pecado, e com todas as suas expiações da culpa, que me restituírem; elas serão coisas santíssimas para ti e para teus filhos. 10 No lugar santíssimo o comerás; todo varão o comerá; santidade será para ti. 11 Também isto será teu: a oferta alçada dos seus dons com todas as ofertas movidas dos filhos de Israel; a ti, a teus filhos, e a tuas filhas contigo, as tenho dado por estatuto perpétuo; todo o que estiver limpo na tua casa as comerá. 12 Todo o melhor do azeite e todo o melhor do mosto e do grão, as suas primícias que derem ao Senhor, as tenho dado a ti. 13 Os primeiros frutos de tudo que houver na terra, que trouxerem ao Senhor, serão teus; todo o que estiver limpo na tua casa os comerá. 14 Toda coisa consagrada em Israel será tua. 15 Tudo o que abrir a madre, de toda a carne que trouxerem ao Senhor, tanto de homens como de animais, será teu; porém os primogênitos dos homens resgatarás; também os primogênitos dos animais imundos resgatarás. 16 Os que, pois, deles se houverem de resgatar resgatarás, da idade de um mês, segundo a tua avaliação, por cinco siclos de dinheiro, segundo o siclo do santuário, que é de vinte geras. 17 Mas o primogênito de vaca, ou primogênito de ovelha, ou primogênito de cabra não resgatarás; santos são; o seu sangue espargirás sobre o altar, e a sua gordura queimarás em oferta queimada de cheiro suave ao Senhor. 18 E a carne deles será tua, assim como será teu o peito do movimento e o ombro direito. 19 Todas as ofertas alçadas das santidades, que os filhos de Israel oferecerem ao Senhor, tenho dado a ti, e a teus filhos, e a tuas filhas contigo, por estatuto perpétuo; concerto perpétuo de sal perante o Senhor é, para ti e para a tua semente contigo. 20 Disse também o Senhor a Arão: Na sua terra possessão nenhuma terás, e no meio deles nenhuma parte terás; eu sou a tua parte e a tua herança no meio dos filhos de Israel.

21 E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo seu ministério que exercem, o ministério da tenda da congregação. 22 E nunca mais os filhos de Israel se chegarão à tenda da congregação, para que não levem sobre si o pecado e morram. 23 Mas os levitas administrarão o ministério da tenda da congregação e eles levarão sobre si a sua iniquidade; pelas vossas gerações estatuto perpétuo será; e no meio dos filhos de Israel nenhuma herança herdarão. 24 Porque os dízimos dos filhos de Israel, que oferecerem ao Senhor em oferta alçada, tenho dado por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse: No meio dos filhos de Israel nenhuma herança herdareis. 25 E falou o Senhor a Moisés, dizendo: 26 Também falarás aos levitas e dir-lhes-ás: Quando receberdes os dízimos dos filhos de Israel, que eu deles vos tenho dado em vossa herança, deles oferecereis uma oferta alçada ao Senhor: o dízimo dos dízimos. 27 E contar-se-vos-á a vossa oferta alçada como grão da eira e como plenitude do lagar. 28 Assim também oferecereis ao Senhor uma oferta alçada de todos os vossos dízimos, que receberdes dos filhos de Israel, e deles dareis a oferta alçada do Senhor a Arão, o sacerdote. 29 De todos os vossos dons oferecereis toda oferta alçada do Senhor; do melhor deles, a sua santa parte. 30 Dir-lhes-ás, pois: Quando oferecerdes o melhor deles, como novidade da eira e como novidade do lagar, se contará aos levitas. 31 E o comereis em todo lugar, vós e a vossa casa, porque vosso galardão é pelo vosso ministério na tenda da congregação. 32 Pelo que não levareis sobre vós o pecado, quando deles oferecerdes o melhor; e não profanareis as coisas santas dos filhos de Israel, para que não morrais.

A água da separação

19 Falou mais o Senhor a Moisés e a Arão, dizendo: Este é o estatuto da lei, que o Senhor ordenou, dizendo: Dize aos filhos de Israel que te tragam uma bezerra ruiva sem defeito, que não tenha mancha, e sobre que não subiu jugo. E a dareis a Eleazar, o sacerdote; e a tirará fora do arraial, e se degolará diante dele. E Eleazar, o sacerdote, tomará do seu sangue com o dedo e dele espargirá para a frente da tenda da congregação sete vezes. Então, queimará a bezerra perante os seus olhos; o seu couro, e a sua carne, e o seu sangue, com o seu esterco se queimará. E o sacerdote tomará um pedaço de madeira de cedro, e hissopo, e carmesim, e os lançará no meio do incêndio da bezerra. Então, o sacerdote lavará as suas vestes, e banhará a sua carne em água, e, depois, entrará no arraial, e o sacerdote será imundo até à tarde. Também o que a queimou lavará as suas vestes com água, e em água banhará a sua carne, e imundo será até à tarde. E um homem limpo ajuntará a cinza da bezerra e a porá fora do arraial, num lugar limpo, e estará ela em guarda para a congregação dos filhos de Israel, para a água da separação; expiação é. 10 E o que apanhou a cinza da bezerra lavará as suas vestes e será imundo até à tarde; isto será por estatuto perpétuo aos filhos de Israel e ao estrangeiro que peregrina no meio deles.

11 Aquele que tocar a algum morto, cadáver de algum homem, imundo será sete dias. 12 Ao terceiro dia, se purificará com a água e, ao sétimo dia, será limpo; mas, se ao terceiro dia se não purificar, não será limpo ao sétimo dia. 13 Todo aquele que tocar a algum morto, cadáver de algum homem que estiver morto, e não se purificar, contamina o tabernáculo do Senhor; e aquela alma será extirpada de Israel; porque a água da separação não foi espargida sobre ele, imundo será; está nele ainda a sua imundícia. 14 Esta é a lei, quando morrer algum homem em alguma tenda: todo aquele que entrar naquela tenda e todo aquele que estiver naquela tenda será imundo sete dias. 15 Também todo o vaso aberto, sobre que não houver pano atado, será imundo. 16 E todo aquele que sobre a face do campo tocar a algum que for morto pela espada, ou outro morto, ou aos ossos de algum homem, ou a uma sepultura, será imundo sete dias. 17 Para um imundo, pois, tomarão do pó da queima da expiação e sobre ele porão água viva num vaso. 18 E um homem limpo tomará hissopo, e o molhará naquela água, e a espargirá sobre aquela tenda, e sobre todo fato, e sobre as almas que ali estiverem, como também sobre aquele que tocar os ossos, ou a algum que foi morto, ou que faleceu, ou uma sepultura. 19 E o limpo, ao terceiro e sétimo dias, espargirá sobre o imundo; e, ao sétimo dia, o purificará; e lavará as suas vestes, e se banhará na água, e à tarde será limpo.

20 Porém o que for imundo e se não purificar, a tal alma do meio da congregação será extirpada; porquanto contaminou o santuário do Senhor; a água da separação sobre ele não foi espargida; imundo é. 21 Isto lhes será por estatuto perpétuo; e o que espargir a água da separação lavará as suas vestes; e o que tocar a água da separação será imundo até à tarde. 22 E tudo o que o imundo tocar também será imundo; e a alma que o tocar será imunda até à tarde.

A morte de Miriã

20 Chegando os filhos de Israel, toda a congregação, ao deserto de Zim, no mês primeiro, o povo ficou em Cades; e Miriã morreu ali e ali foi sepultada.

E não havia água para a congregação; então, se congregaram contra Moisés e contra Arão. E o povo contendeu com Moisés, e falaram, dizendo: Antes tivéssemos expirado quando expiraram nossos irmãos perante o Senhor! E por que trouxestes a congregação do Senhor a este deserto, para que morramos ali, nós e os nossos animais? E por que nos fizestes subir do Egito, para nos trazer a este lugar mau? Lugar não de semente, nem de figos, nem de vides, nem de romãs, nem de água para beber. Então, Moisés e Arão se foram de diante da congregação, à porta da tenda da congregação e se lançaram sobre o seu rosto; e a glória do Senhor lhes apareceu.

Moisés fere a rocha, e as águas saem

E o Senhor falou a Moisés, dizendo: Toma a vara e ajunta a congregação, tu e Arão, teu irmão, e falai à rocha perante os seus olhos, e dará a sua água; assim, lhes tirarás água da rocha e darás a beber à congregação e aos seus animais. Então, Moisés tomou a vara de diante do Senhor, como lhe tinha ordenado.

10 E Moisés e Arão reuniram a congregação diante da rocha, e Moisés disse-lhes: Ouvi agora, rebeldes: porventura, tiraremos água desta rocha para vós? 11 Então, Moisés levantou a sua mão e feriu a rocha duas vezes com a sua vara, e saíram muitas águas; e bebeu a congregação e os seus animais. 12 E o Senhor disse a Moisés e a Arão: Porquanto não me crestes a mim, para me santificar diante dos filhos de Israel, por isso não metereis esta congregação na terra que lhes tenho dado. 13 Estas são as águas de Meribá, porque os filhos de Israel contenderam com o Senhor; e o Senhor se santificou neles.

Moisés solicita passagem pelo Edom

14 Depois, Moisés desde Cades mandou mensageiros ao rei de Edom, dizendo: Assim diz teu irmão Israel: Sabes todo o trabalho que nos sobreveio; 15 como nossos pais desceram ao Egito, e nós no Egito habitamos muitos dias; e como os egípcios nos maltrataram, a nós e a nossos pais; 16 e clamamos ao Senhor, e ele ouviu a nossa voz, e mandou um anjo, e nos tirou do Egito; e eis que estamos em Cades, cidade na extremidade dos teus termos. 17 Deixa-nos, pois, passar pela tua terra; não passaremos pelo campo, nem pelas vinhas, nem beberemos a água dos poços; iremos pela estrada real; não nos desviaremos para a direita nem para a esquerda, até que passemos pelos teus termos. 18 Porém Edom lhe disse: Não passarás por mim, para que, porventura, eu não saia à espada ao teu encontro. 19 Então, os filhos de Israel lhe disseram: Subiremos pelo caminho igualado, e, se eu e o meu gado bebermos das tuas águas, darei o preço delas; sem fazer alguma outra coisa, deixa-me somente passar a pé. 20 Porém ele disse: Não passarás. E saiu-lhe Edom ao encontro com muita gente e com mão forte. 21 Assim, recusou Edom deixar passar a Israel pelo seu termo; pelo que Israel se desviou dele.

A morte de Arão

22 Então, partiram de Cades; e os filhos de Israel, toda a congregação, vieram ao monte Hor. 23 E falou o Senhor a Moisés e a Arão no monte Hor, nos termos da terra de Edom, dizendo: 24 Arão recolhido será a seu povo, porque não entrará na terra que tenho dado aos filhos de Israel, porquanto rebeldes fostes à minha palavra, nas águas de Meribá. 25 Toma a Arão e a Eleazar, seu filho, e faze-os subir ao monte Hor. 26 E despe a Arão as suas vestes e veste-as a Eleazar, seu filho, porque Arão será recolhido e morrerá ali. 27 Fez, pois, Moisés como o Senhor lhe ordenara; porque subiram ao monte Hor perante os olhos de toda a congregação. 28 E Moisés despiu a Arão as vestes e as vestiu a Eleazar, seu filho; e morreu Arão ali sobre o cume do monte; e desceram Moisés e Eleazar do monte. 29 Vendo, pois, toda a congregação que Arão era morto, choraram a Arão trinta dias, isto é, toda a casa de Israel.