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Jacob encontra-se com Esaú

33 1-2 Entretanto, a certa altura, reparou e viu à distância Esaú, que se aproximava, acompanhado dos seus 400 homens. Dispôs então a família numa coluna, de forma a ficarem à cabeça as duas criadas das suas mulheres com os filhos; a seguir Leia e os filhos e por fim Raquel e o filho José. Depois Jacob foi para a frente e quando o irmão chegou inclinou-se numa profunda vénia sete vezes. Esaú correu ao seu encontro e abraçou-o afetuosamente, beijando-o, e ambos choraram de emoção.

Esaú observou as mulheres com os filhos e perguntou quem eram. “São os filhos que Deus, na sua bondade, me deu!”

Nesse momento as duas criadas aproximaram-se com os filhos e inclinaram-se numa vénia. A seguir, veio Leia também com os filhos e fez o mesmo. Por fim, foi a vez de Raquel com José virem igualmente cumprimentá-lo.

“Para que foi que enviaste à frente todos aqueles grupos de animais e de gente que encontrei?”, perguntou. “Eram presentes, com o fim de ganhar a tua benevolência!”

“Meu irmão, eu tenho abundância disso tudo! Guarda para ti essas riquezas que te pertencem!”

10 “Não! Peço-te que aceites tudo!”, insistiu. “Porque para mim foi um grande alívio ver a forma amigável como me recebeste. No fundo eu inquietava-me tanto por causa deste encontro contigo como se estivesse diante da face do próprio Deus. 11 Por isso, peço-te que aceites este presente. Deus tem sido muito generoso para comigo e tenho em abundância de tudo.” Finalmente, Esaú aceitou.

12 “Bom, então ponhamo-nos a caminho”, disse Esaú. “Os meus homens e eu próprio vos faremos companhia.”

13 Jacob replicou: “Como podes ver, alguns dos meus filhos ainda são pequeninos. Aliás os rebanhos também têm as crias. Se formos um pouco mais depressa, vão cansar-se e podem morrer. 14 É melhor que vás à frente; nós vamos indo conforme podemos, até nos encontrarmos de novo em Seir.”

15 “Pois bem! Vou deixar, em todo o caso, alguns dos meus homens contigo, para que te ajudem e protejam.”

“Não!”, teimou Jacob. “Tudo nos há de correr bem. A questão é que estejamos em paz os dois.”

16 E Esaú partiu então para Seir.

17 Entretanto, Jacob, com toda a sua gente, foi para Sucote e aí levantou um acampamento, fazendo cabanas para o gado. Por isso, o lugar chama-se Sucote (cabanas).

18 Chegaram enfim, em perfeita segurança, a Siquem, na terra de Canaã, acampando junto à cidade. 19 Comprou a terra em que levantou o acampamento à família de Hamor, o pai de Siquem, pela quantia de cem peças de dinheiro. 20 Depois erigiu naquele mesmo sítio um altar a que chamou o Altar do Deus de Israel.

Dina e Siquem

34 Um dia, Dina, a filha de Leia, quis ir visitar as raparigas das proximidades. Siquem, filho de Hamor o heveu e rei daquela terra, viu-a e deitou-se com ela. E tendo ficado profundamente apaixonado pela moça procurou falar-lhe ao coração de forma a ganhar a sua afeição.

Falou também com o pai, pedindo-lhe que interviesse, porque queria casar com ela. Jacob, naturalmente, veio a saber o que Siquem tinha desonrado a sua filha Dina, mas não disse nada antes que os seus filhos, que estavam a guardar o rebanho naquelas paragens, regressassem a casa. O rei Hamor, pai de Siquem, veio então falar com Jacob, tendo chegado no momento em que também os rapazes regressavam a casa. Estes ficaram tremendamente aborrecidos e tristes com esse facto, pois que o tomaram como um insulto para Israel, como um ultraje que tivesse sido feito a eles próprios.

Hamor disse a Jacob: “O meu filho está verdadeiramente apaixonado pela tua filha e quer a todo o custo casar com ela. Peço-te que a deixes ser sua mulher. Além disso, convidamo-vos a ligarem-se connosco; a viverem aqui no nosso meio e a deixarem as vossas moças casarem com os nossos rapazes e as nossas filhas casarem com os vossos moços. 10 Poderão instalar-se onde quiserem e negociar como quiserem.”

11 Depois foi a vez de Siquem falar ao pai e aos irmãos de Dina: “Peço-vos muito a vossa simpatia e que a deixem ser minha mulher”, suplicou. “Poderei dar-vos tudo o que quiserem. 12 Pagarei o que me pedirem como dote, para que possa tê-la por mulher.”

13 Contudo, os irmãos dela mentiram-lhe, enganando-o; isso por causa da ação ultrajante que Siquem tinha praticado. 14 Por isso, disseram: “Não podemos autorizar porque não estás circuncidado. Seria uma desgraça para ela casar com um homem nas tuas condições. 15 A menos que faças o que te dissermos e que todo o homem entre vocês se circuncide. 16 Nesse caso, poderá haver casamentos entre nós, poderemos viver aqui e unirmo-nos, de forma a tornarmo-nos um só povo. 17 De outra forma, tomaremos a rapariga e iremos embora.”

18 Tanto Hamor como o filho, Siquem, concordaram satisfeitos. 19 Este não perdeu tempo em satisfazer o seu pedido, pelo muito que amava Dina. Ele tinha a certeza que nenhum dos outros homens da cidade se oporia àquela ideia, porque era muito respeitado no meio da sua gente. 20 Portanto, Hamor e Siquem apresentaram-se perante o conselho da cidade e expuseram o assunto:

21 “Esta gente é nossa amiga. Convidemo-los a viverem entre nós; negociemos com eles e que se façam casamentos livremente entre eles e nós. 22 Mas isto só poderá fazer-se sob uma condição, que todos os homens entre nós sejam circuncidados, tal como eles. 23 Se aceitarmos esta condição, tudo o que eles têm, gado, animais e bens, virá a ser nosso, e a nossa terra tornar-se-á mais rica. Vamos, demos o nosso consentimento ao que pedem e poderão estabelecer-se aqui connosco.”

24 Todos estiveram de acordo, tendo todos sido circuncidados. 25 Contudo, três dias mais tarde, quando as suas feridas ainda estavam mal curadas, muito doridas e sensíveis, dois dos irmãos de Dina, Simeão e Levi, pegaram nas espadas, entraram na cidade sem encontrar oposição de ninguém, e assassinaram todos os homens, 26 incluindo Hamor e Siquem. Recuperaram Dina da casa de Siquem e regressaram ao acampamento. 27 Depois vieram os filhos de Jacob e saquearam a cidade; tudo por causa da desonra que ali tinha sido feita contra a sua irmã. 28 Levaram o que encontraram tanto dentro como fora da povoação: ovelhas, gado bovino e jumentos. 29 E levaram ainda mulheres e crianças, despojando-os de tudo o que tinham em casa.

30 Jacob teve de dizer a Simeão e a Levi: “Vocês tornaram-me repelente para com o povo desta terra, os cananeus e os perizeus. Sendo nós tão poucos, facilmente virão contra nós para nos destruir.”

31 “Seria justo que ele tivesse tratado a nossa irmã como uma prostituta?”, retorquiram.

Jacob volta a Betel

35 Depois disto, Deus disse a Jacob para ir até Betel e estabelecer-se lá. “Levanta ali um altar”, acrescentou Deus, “para adorares a Deus que te apareceu quando fugias do teu irmão Esaú.”

Jacob deu também instruções a toda a sua gente para destruirem os ídolos que tivessem trazido consigo, se purificassem e vestissem roupa limpa. “Porque vamos para Betel”, disse, “e tenho a intenção de construir lá um altar a Deus que respondeu às minhas orações, na altura em que atravessava grande angústia e tristeza, e que sempre esteve comigo por onde tenho andado.”

Então deram a Jacob todos os ídolos que traziam, os pendentes das pulseiras, os brincos das orelhas, e enterraram tudo debaixo dum carvalho perto de Siquem. Depois partiram dali. E Deus semeou o terror sobre as povoações de toda aquela região, de tal forma que não houve ninguém que tivesse coragem para os perseguir. Por fim, chegaram a Luz, também chamada Betel, em Canaã. Jacob erigiu um altar e chamou-lhe Deus de Betel, porque tinha sido ali mesmo que Deus lhe aparecera quando fugia de Esaú.

Pouco depois faleceu Débora, a velha ama de Rebeca, tendo sido enterrada sob um carvalho num vale um pouco abaixo de Betel, a que puseram o nome de Carvalho do Choro.

Depois da passagem de Jacob por Betel, a caminho de Padan-Arã, Deus apareceu-lhe uma vez mais e abençoou-o; 10 tendo-lhe dito: “Não te chamarás mais Jacob, mas Israel. 11 Eu sou o Deus Todo-Poderoso! Frutifica e multiplica-te! De ti sairá uma nação e uma multidão de povos, e haverá reis entre os teus descendentes. 12 Dar-te-ei a terra que ofereci a Abraão e a Isaque; não só a ti como aos teus descendentes.”

13 Deus subiu dele, do lugar onde falara com ele. 14 Após esse aparecimento Jacob fez uma coluna de pedra no lugar em que Deus lhe aparecera, derramou vinho sobre ela, como oferta a Deus, e ungiu-a com óleo. 15 Chamou a esse lugar, Betel, porque Deus lhe tinha falado ali.

A morte de Raquel e Isaque

16 Deixando Betel, ele e os seus continuaram em direção a Efrata. Raquel começou a ter as dores de parto quando ainda estavam a uma certa distância desse local. 17 Após um parto muito difícil, a parteira exclamou: “Não tenhas medo! É outro rapaz!” 18 Raquel, antes de dar o seu último suspiro, porque morreu, teve ainda tempo de chamar ao menino Ben-Oni (filho do meu sofrimento). Mas o pai preferiu chamar-lhe Benjamim (filho da direita).[a]

19 Foi pois desta forma que Raquel faleceu. E enterraram-na junto ao caminho de Efrata, também chamada Belém. 20 Jacob levantou um memorial de pedras sobre o seu túmulo. Ainda lá está atualmente.

21 Israel prosseguiu a sua viagem e acampou para lá da torre de Eder. 22 Foi nessa altura que Rúben dormiu com Bila, concubina do seu pai. Contudo, Jacob veio a sabê-lo.

Seguem-se os nomes dos doze filhos de Jacob.

23 Os filhos de Leia:

Rúben, o filho mais velho de Jacob,

Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulão.

24 Os filhos de Raquel:

José e Benjamim.

25 Os filhos de Bila, a criada de Raquel:

Dan e Naftali.

26 E os filhos de Zilpa, a criada de Leia:

Gad e Aser.

Estes são pois os filhos que lhe nasceram em Padan-Arã.

27 Jacob chegou por fim junto de seu pai Isaque, em Mamre, em Quiriate-Arba, agora chamada Hebrom, onde também tinha vivido Abraão. 28-29 Isaque morreu algum tempo depois com a avançada idade de 180 anos, tendo sido sepultado pelos seus dois filhos Esaú e Jacob.

Footnotes

  1. 35.18 Ou: filho do sul.

O encontro de Esaú e Jacó

33 E levantou Jacó os olhos e olhou, e eis que vinha Esaú, e quatrocentos homens com ele. Então, repartiu os filhos entre Leia, e Raquel, e as duas servas. E pôs as servas e seus filhos na frente e a Leia e a seus filhos, atrás; porém a Raquel e José, os derradeiros. E ele mesmo passou adiante deles e inclinou-se à terra sete vezes, até que chegou a seu irmão. Então, Esaú correu-lhe ao encontro e abraçou-o; e lançou-se sobre o seu pescoço e beijou-o; e choraram. Depois, levantou os seus olhos, e viu as mulheres e os meninos, e disse: Quem são estes contigo? E ele disse: Os filhos que Deus graciosamente tem dado a teu servo. Então, chegaram as servas, elas e os seus filhos, e inclinaram-se. E chegou também Leia com seus filhos, e inclinaram-se; e, depois, chegaram José e Raquel e inclinaram-se. E disse Esaú: De que te serve todo este bando que tenho encontrado? E ele disse: Para achar graça aos olhos de meu senhor. Mas Esaú disse: Eu tenho bastante, meu irmão; seja para ti o que tens. 10 Então, disse Jacó: Não! Se, agora, tenho achado graça a teus olhos, peço-te que tomes o meu presente da minha mão, porquanto tenho visto o teu rosto, como se tivesse visto o rosto de Deus; e tomaste contentamento em mim. 11 Toma, peço-te, a minha bênção, que te foi trazida; porque Deus graciosamente ma tem dado, e porque tenho de tudo. E instou com ele, até que a tomou.

12 E disse: Caminhemos, e andemos; e eu partirei adiante de ti. 13 Porém ele lhe disse: Meu senhor sabe que estes filhos são tenros e que tenho comigo ovelhas e vacas de leite; se as afadigarem somente um dia, todo o rebanho morrerá. 14 Ora, passe o meu senhor diante da face de seu servo; e eu irei como guia pouco a pouco, conforme o passo do gado que está diante da minha face e conforme o passo dos meninos, até que chegue a meu senhor, em Seir.

15 E Esaú disse: Deixarei logo contigo desta gente que está comigo. E ele disse: Para que é isso? Basta que eu ache graça aos olhos de meu senhor. 16 Assim, tornou Esaú aquele dia pelo seu caminho a Seir. 17 Jacó, porém, partiu para Sucote, e edificou para si uma casa, e fez cabanas para o seu gado; por isso, chamou o nome daquele lugar Sucote.

Jacó chega a Siquém e levanta um altar

18 E chegou Jacó salvo à cidade de Siquém, que está na terra de Canaã, quando vinha de Padã-Arã; e fez o seu assento diante da cidade. 19 E comprou uma parte do campo, em que estendera a sua tenda, da mão dos filhos de Hamor, pai de Siquém, por cem peças de dinheiro. 20 E levantou ali um altar e chamou-lhe Deus, o Deus de Israel.

Diná e os siquemitas

34 E saiu Diná, filha de Leia, que esta dera a Jacó, a ver as filhas da terra. E Siquém, filho de Hamor, heveu, príncipe daquela terra, viu-a, e tomou-a, e deitou-se com ela, e humilhou-a. E apegou-se a sua alma com Diná, filha de Jacó, e amou a moça, e falou afetuosamente à moça. Falou também Siquém a Hamor, seu pai, dizendo: Toma-me esta por mulher. Quando Jacó ouviu que fora contaminada Diná, sua filha, estavam os seus filhos no campo com o gado; e calou-se Jacó até que viessem. E saiu Hamor, pai de Siquém, a Jacó, para falar com ele. E vieram os filhos de Jacó do campo; e, ouvindo isso, entristeceram-se os varões e iraram-se muito, pois aquele fizera doidice em Israel, deitando-se com a filha de Jacó, o que não se devia fazer assim.

Então, falou Hamor com eles, dizendo: A alma de Siquém, meu filho, está namorada da vossa filha; dai-lha, peço-vos, por mulher. Aparentai-vos conosco, dai-nos as vossas filhas e tomai as nossas filhas para vós; 10 e habitareis conosco; e a terra estará diante da vossa face; habitai, e negociai nela, e tomai possessão nela. 11 E disse Siquém ao pai dela e aos irmãos dela: Ache eu graça a vossos olhos e darei o que me disserdes. 12 Aumentai muito sobre mim o dote e a dádiva, e darei o que me disserdes; dai-me somente a moça por mulher.

13 Então, responderam os filhos de Jacó a Siquém e a Hamor, seu pai, enganosamente, e falaram, porquanto havia contaminado a Diná, sua irmã. 14 E disseram-lhes: Não podemos fazer isso, que déssemos a nossa irmã a um varão não circuncidado; porque isso seria uma vergonha para nós. 15 Nisso, porém, consentiremos a vós: se fordes como nós, que se circuncide todo macho entre vós; 16 então, dar-vos-emos as nossas filhas, e tomaremos nós as vossas filhas, e habitaremos convosco, e seremos um só povo. 17 Mas, se não nos ouvirdes e não vos circuncidardes, tomaremos a nossa filha e ir-nos-emos.

18 E suas palavras foram boas aos olhos de Hamor e aos olhos de Siquém, filho de Hamor. 19 E não tardou o jovem em fazer isto; porque a filha de Jacó lhe agradava, e ele era o mais honrado de toda a casa de seu pai. 20 Vieram, pois, Hamor e Siquém, seu filho, à porta da sua cidade e falaram aos varões da sua cidade, dizendo: 21 Estes varões são pacíficos conosco; portanto, habitarão nesta terra e negociarão nela; eis que a terra é larga de espaço diante da sua face; tomaremos nós as suas filhas por mulheres e lhes daremos as nossas filhas. 22 Mas somente consentirão aqueles varões habitar conosco, para que sejamos um só povo, se todo macho entre nós se circuncidar, como eles são circuncidados. 23 O seu gado, e as suas possessões, e todos os seus animais não serão nossos? Consintamos somente com eles, e habitarão conosco. 24 E deram ouvidos a Hamor e a Siquém, seu filho, todos os que saíam da porta da cidade; e foi circuncidado todo macho, de todos os que saíam pela porta da sua cidade.

A traição de Simeão e Levi

25 E aconteceu que, ao terceiro dia, quando estavam com a mais violenta dor, dois filhos de Jacó, Simeão e Levi, irmãos de Diná, tomaram cada um a sua espada, e entraram afoitamente na cidade, e mataram todo macho. 26 Mataram também a fio de espada a Hamor, e a seu filho Siquém; e tomaram Diná da casa de Siquém e saíram. 27 Vieram os filhos de Jacó aos mortos e saquearam a cidade, porquanto haviam contaminado a sua irmã. 28 As suas ovelhas, e as suas vacas, e os seus jumentos, e o que na cidade e o que no campo havia tomaram; 29 e toda a sua fazenda, e todos os seus meninos, e as suas mulheres levaram presos e despojaram-nos de tudo o que havia em casa. 30 Então, disse Jacó a Simeão e a Levi: Tendes-me turbado, fazendo-me cheirar mal entre os moradores desta terra, entre os cananeus e ferezeus; sendo eu pouco povo em número, ajuntar-se-ão, e ficarei destruído, eu e minha casa. 31 E eles disseram: Faria, pois, ele a nossa irmã, como a uma prostituta?

Deus manda Jacó a Betel a levantar um altar

35 Depois, disse Deus a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel e habita ali; faze ali um altar ao Deus que te apareceu quando fugiste diante da face de Esaú, teu irmão. Então, disse Jacó à sua família e a todos os que com ele estavam: Tirai os deuses estranhos que há no meio de vós, e purificai-vos, e mudai as vossas vestes. E levantemo-nos e subamos a Betel; e ali farei um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia e que foi comigo no caminho que tenho andado. Então, deram a Jacó todos os deuses estranhos que tinham em suas mãos e as arrecadas que estavam em suas orelhas; e Jacó os escondeu debaixo do carvalho que está junto a Siquém.

E partiram; e o terror de Deus foi sobre as cidades que estavam ao redor deles, e não seguiram após os filhos de Jacó. Assim, chegou Jacó a Luz, que está na terra de Canaã (esta é Betel), ele e todo o povo que com ele havia. E edificou ali um altar e chamou aquele lugar El-Betel, porquanto Deus ali se lhe tinha manifestado quando fugia diante da face de seu irmão.

A morte de Débora

E morreu Débora, a ama de Rebeca, e foi sepultada ao pé de Betel, debaixo do carvalho cujo nome chamou Alom-Bacute.

E apareceu Deus outra vez a Jacó, vindo de Padã-Arã, e abençoou-o. 10 E disse-lhe Deus: O teu nome é Jacó; não se chamará mais o teu nome Jacó, mas Israel será o teu nome. E chamou o seu nome Israel. 11 Disse-lhe mais Deus: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; frutifica e multiplica-te; uma nação e multidão de nações sairão de ti, e reis procederão de ti. 12 E te darei a ti a terra que tenho dado a Abraão e a Isaque e à tua semente depois de ti darei a terra. 13 E Deus subiu dele, do lugar onde falara com ele. 14 E Jacó pôs uma coluna no lugar onde falara com ele, uma coluna de pedra; e derramou sobre ela uma libação e deitou sobre ela azeite. 15 E chamou Jacó o nome daquele lugar, onde Deus falara com ele, Betel.

O nascimento de Benjamim e a morte de Raquel

16 Partiram de Betel, e, havendo ainda um pequeno espaço de terra para chegar a Efrata, teve um filho Raquel e teve trabalho em seu parto. 17 E aconteceu que, tendo ela trabalho em seu parto, lhe disse a parteira: Não temas, porque também este filho terás. 18 E aconteceu que, saindo-se-lhe a alma (porque morreu), chamou o seu nome Benoni; mas seu pai o chamou Benjamim. 19 Assim, morreu Raquel e foi sepultada no caminho de Efrata; esta é Belém. 20 E Jacó pôs uma coluna sobre a sua sepultura; esta é a coluna da sepultura de Raquel até o dia de hoje. 21 Então, partiu Israel e estendeu a sua tenda além de Migdal-Éder.

22 E aconteceu que, habitando Israel naquela terra, foi Rúben e deitou-se com Bila, concubina de seu pai; e Israel soube-o. E eram doze os filhos de Jacó: 23 os filhos de Leia: Rúben, o primogênito de Jacó, depois Simeão e Levi, Judá, Issacar e Zebulom; 24 os filhos de Raquel: José e Benjamim; 25 os filhos de Bila, serva de Raquel: Dã e Naftali; 26 os filhos de Zilpa, serva de Leia: Gade e Aser. Estes são os filhos de Jacó, que lhe nasceram em Padã-Arã.

27 E Jacó veio a Isaque, seu pai, a Manre, a Quiriate-Arba (que é Hebrom), onde peregrinaram Abraão e Isaque. 28 E foram os dias de Isaque cento e oitenta anos. 29 E Isaque expirou, e morreu, e foi recolhido aos seus povos, velho e farto de dias; e Esaú e Jacó, seus filhos, o sepultaram.

Jesus envia os doze discípulos

(Mc 3.15-19; Lc 6.14-16; At 1.13)

10 Chamando os doze discípulos, deu-lhes autoridade para expulsar os espíritos impuros e curar toda a espécie de doenças e enfermidades.

Estes são os nomes dos doze apóstolos: Simão, também chamado Pedro; André, irmão de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu; João, irmão de Tiago; Filipe; Bartolomeu; Tomé; Mateus, o cobrador de impostos; Tiago, filho de Alfeu; Tadeu; Simão, o zelote e Judas Iscariotes que viria a traí-lo.

Jesus envia os doze discípulos

(Mc 6.7-13; Lc 9.2-6; 10.4-12)

Jesus enviou os doze com as seguintes instruções: “Não vão aos gentios nem aos samaritanos, mas só às ovelhas perdidas de Israel. Vão e anunciem-lhes que o reino dos céus está próximo. Curem os doentes, deem vida aos mortos, sarem os leprosos e expulsem os demónios. Deem gratuitamente, tal como gratuitamente receberam!

Não prendam a bolsa à cintura com ouro prata ou cobre, 10 nem saco de viagem com uma muda de roupa e calçado, nem sequer um bordão. Porque digno é o trabalhador do seu sustento. 11 Na cidade ou aldeia em que entrarem, procurem uma pessoa digna e fiquem na sua casa até à vossa partida. 12 Ao entrarem na casa, saúdem os presentes. 13 Se de facto for uma casa digna da vossa saudação, deixem-lhe a vossa paz; se não for digna, que a vossa paz volte para vocês. 14 Se uma qualquer cidade ou casa não vos receber, quando saírem, sacudam até o pó que se pegou aos vossos pés. 15 É realmente como vos digo: as cidades ímpias de Sodoma e Gomorra estarão em melhor situação no dia do juízo do que essa cidade!

Perseguições aos discípulos

(Mc 13.11-13; Lc 10.3; 21.12-19)

16 Agora envio-vos como ovelhas para o meio de lobos. Sejam cautelosos como as serpentes e simples como as pombas. 17 Tenham cuidado com os homens. Levar-vos-ão aos tribunais e açoitar-vos-ão nas suas sinagogas. 18 Conduzir-vos-ão diante de governadores e reis, por minha causa, para darem testemunho a eles e aos gentios. 19 Quando vos entregarem, não se preocupem com o que vão dizer, porque vos serão inspiradas as palavras a dizer naquele momento. 20 Pois não serão vocês quem falará, mas o Espírito do vosso Pai celestial, falará pela vossa boca!

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Os doze e a sua missão

10 E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem e para curarem toda enfermidade e todo mal. Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu; Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.

Jesus enviou estes doze e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho das gentes, nem entrareis em cidade de samaritanos; mas ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel; e, indo, pregai, dizendo: É chegado o Reino dos céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai. Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos; 10 nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bordão, porque digno é o operário do seu alimento. 11 E, em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai saber quem nela seja digno e hospedai-vos aí até que vos retireis. 12 E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a; 13 e, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz. 14 E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés. 15 Em verdade vos digo que, no Dia do Juízo, haverá menos rigor para o país de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade.

16 Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas. 17 Acautelai-vos, porém, dos homens, porque eles vos entregarão aos sinédrios e vos açoitarão nas suas sinagogas; 18 e sereis até conduzidos à presença dos governadores e dos reis, por causa de mim, para lhes servir de testemunho, a eles e aos gentios. 19 Mas, quando vos entregarem, não vos dê cuidado como ou o que haveis de falar, porque, naquela mesma hora, vos será ministrado o que haveis de dizer. 20 Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós.

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