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Os israelitas oprimidos

Estes são os nomes dos filhos de Israel que vieram com ele para o Egito com as suas famílias:

Rúben, Simeão, Levi, Judá,

Issacar, Zebulão, Benjamim,

Dan, Naftali, Gad e Aser.

Foram ao todo com ele 70 pessoas. José já estava no Egito.

Tanto José como cada um dos irmãos foram morrendo, tendo desaparecido toda aquela geração. Entretanto, os seus descendentes multiplicaram-se imenso, de tal forma que depressa se tornaram uma grande nação, enchendo toda aquela terra de Gosen onde habitavam.

Então chegou ao trono um rei que não conhecia José; e disse ao seu povo: “Estes israelitas tornaram-se um perigo, porque são muitos e fortes. 10 Vamos pois tomar medidas convenientes para pôr fim a isto. Caso contrário, se vier uma guerra, juntar-se-ão aos nossos inimigos, lutando contra nós, e dessa forma fugirão do país.”

11 Assim, os egípcios começaram a oprimi-los e impuseram-lhes capatazes que os subjugaram com cargas insuportáveis, enquanto estavam a trabalhar na construção das cidades de entreposto Pitom e Ramessés. 12 No entanto, quanto mais os subjugavam mais se reproduziam; de forma que os egípcios se alarmavam. 13 Por isso, tornavam a escravidão dos israelitas 14 ainda mais amarga, forçando-os a trabalhar sem descanso nos campos, com toda a espécie de pesadas cargas e duros trabalhos, com barro e tijolos.

15 Então o Faraó, o rei do Egito, deu instruções às parteiras dos hebreus, que se chamavam Sifrá e Puá, 16 para que quando lhes nascessem filhos, se fossem meninos, os matassem, se fossem meninas, as deixassem viver. 17 Só que as parteiras temiam Deus e não obedeceram ao rei. Deixaram viver os meninos igualmente. 18 Por isso, o rei mandou chamá-las e perguntou-lhes: “Porque é que não fizeram o que eu mandei e não mataram os meninos?”

19 “Porque as mulheres hebreias”, responderam-lhe, “são muito rápidas a terem os bebés, de forma que quando lá chegamos é sempre depois do tempo. Nisso não são como as egípcias.”

20 Deus abençoou as parteiras e o povo de Israel continuou a multiplicar-se e foi-se tornando muito forte. 21 Deus deu a essas mulheres filhos e uma família próspera, porque temeram a sua vontade.

22 Perante isto o Faraó mandou ao seu povo que pegassem em todos os meninos recém-nascidos dos hebreus e os lançassem ao rio Nilo, mas que às meninas lhes poupassem a vida.

O nascimento de Moisés

Por essa altura, havia um moço hebreu que era casado com uma rapariga da tribo de Levi, tal como ele. Estes tiveram um menino; a mãe deu-se conta de que o bebé era formoso e escondeu-o em casa durante três meses. Quando já não podia tê-lo escondido sem que o soubessem, fez uma cesta de canas de papiro, cobriu-a de betume, para a tornar impermeável, pôs dentro o menino e deixou-a entre os juncos na margem do rio Nilo. A irmã do bebé ficou um pouco afastada a ver o que lhe acontecia.

E o que lhe aconteceu foi isto: A princesa, filha do Faraó, veio tomar banho no rio na companhia das aias. Andava por ali a passear na margem quando descobriu a pequena cesta entre os juncos, mandando logo uma criada buscá-la.

Quando a abriu, viu lá dentro um menino a chorar e isto comoveu-a muito. “É com certeza um menino dos hebreus!”, disse ela. Nessa altura, a irmã do bebé aproximou-se e perguntou-lhe: “Deseja que vá procurar uma mulher hebreia que dê leite ao menino?”

“Sim, vai!”, respondeu-lhe a princesa. E a moça correu a casa a chamar a mãe.

A princesa disse-lhe: “Leva o bebé para a tua casa e amamenta-o. Pagar-te-ei por isso.” A mãe foi e criou-o. 10 Algum tempo depois, quando o menino já estava mais crescido, trouxe-o à princesa que o adotou como seu filho e lhe deu o nome de Moisés, “porque”, disse ela, “o tirei da água.”

Moisés mata um egípcio e foge

11 Quando Moisés era já homem, ia ter com os seus irmãos de raça e começou a dar-se conta das terríveis condições em que viviam e trabalhavam. Certa vez, viu um egípcio a bater num dos seus irmãos hebreus e não se conteve. 12 Olhou para um lado e para o outro, para se certificar que ninguém o via, matou o egípcio e enterrou o corpo na areia para o esconder.

13 No dia seguinte, tendo ido de novo visitar os seus irmãos, deparou com dois deles a agredirem-se. Interpelando o agressor, disse-lhe: “Que é que estás a fazer? Estás a bater num dos teus próprios irmãos!”

14 O homem respondeu: “Quem te nomeou chefe e juiz sobre nós? Queres matar-me como mataste aquele egípcio?” Moisés, constatando que o seu ato tinha sido descoberto, encheu-se de medo.

15 Na verdade, o Faraó soube disso e mandou que Moisés fosse preso e executado. Este, contudo, fugiu para a terra de Midiã. Estava ele sentado junto dum poço, 16 quando sete raparigas, filhas dum sacerdote de Midiã, se chegaram para tirar água e encher as pias para dar de beber aos rebanhos do pai. 17 Mas alguns pastores começaram a repeli-las. Moisés interveio, defendendo-as, e depois tirou ele mesmo água para os rebanhos.

18 Quando voltaram para casa, o pai, Reuel, perguntou-lhes: “Vocês hoje vieram mais cedo! Como foi isso?”

19 “Foi um egípcio que não só nos defendeu dos pastores, que começaram a atacar-nos, como até nos tirou água e deu a beber aos rebanhos.”

20 “Bom, e onde está ele?”, perguntou o pai. “Não me digam que o deixaram lá! Vão já buscá-lo, para que coma ao menos connosco!”

21 Depois Moisés aceitou mesmo o convite de Reuel para ficar a viver com eles, e veio a casar com uma das filhas que lhe deu por mulher, Zípora. 22 Tiveram um filho a quem Moisés chamou, Gerson,[a] porque ele se considerava um estrangeiro em terra estranha.

23 Anos mais tarde o rei do Egito morreu, mas os israelitas continuavam a sofrer sob o peso das suas cargas, escravizados e chorando amargamente perante Deus. 24 Ora Deus ouviu os seus clamores lá do céu e achou ter chegado o momento de cumprir a aliança feita com Abraão, Isaque e Jacob. 25 E Deus viu e atentou para a condição dos israelitas.

A sarça ardente

Um dia em que Moisés levou a pastar os rebanhos de Jetro seu sogro, sacerdote de Midiã, no deserto perto de Horebe, o monte de Deus, apareceu-lhe o anjo do Senhor numa chama de fogo dentro de uma sarça, e a sarça não se consumia. Moisés disse para si mesmo: “Isto é extraordinário! Porque é que a sarça não se consome? Tenho de ir ver isto.” E quando o Senhor viu que Moisés se aproximara para ver melhor, Deus chamou-o do meio da sarça: “Moisés! Moisés!” Ao que ele respondeu: “Pronto! Aqui estou!”

“Não te aproximes. Descalça-te, porque estás em terreno sagrado. Eu sou o Deus do teu pai, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacob.”

Moisés desviou o olhar, porque teve receio de olhar para Deus. O Senhor continuou: “Tenho visto a aflição do meu povo no Egito, e tenho ouvido os seus clamores sob a opressão daqueles que os tiranizam. Por isso, desci a livrá-los dos egípcios e a tirá-los dali para uma belíssima e vasta terra, uma terra onde jorra leite e mel, onde habitam os cananeus, os hititas, os amorreus, os perizeus, os heveus e os jebuseus.

Sim, o choro do povo de Israel tem subido até mim, e tenho visto as duras condições de vida com que os egípcios os oprimem. 10 Por isso, vou enviar-te ao Faraó para que lhe peças que te deixe levar o meu povo para fora do Egito.”

11 “Mas eu não sou a pessoa indicada para tal!”, exclamou Moisés.

12 Deus insistiu: “Eu estarei seguramente contigo. E a prova de que sou eu próprio que te envia será a seguinte: Quando tiveres levado o meu povo para fora do Egito havereis de adorar Deus aqui mesmo, nesta montanha.”

13 Moisés replicou ainda: “Se eu for ter com o povo de Israel e lhe disser que foi o Deus dos nossos pais quem me enviou, eles vão perguntar-me de que Deus é que eu estou a falar. E o que é que eu lhes digo?”

14 “Que foi o Deus Que é”, foi a resposta. “Diz assim: o eu sou foi quem me mandou. 15 Sim, diz-lhes: O Senhor[b], o Deus dos nossos antepassados Abraão, Isaque e Jacob mandou-me vir ter convosco. Porque este é o meu nome eterno, através de todas as gerações.

16 Reúne então todos os anciãos e conta-lhes como o Senhor, o Deus dos seus antepassados, te apareceu aqui nesta sarça a arder e aquilo que eu te disse: Vim ter com o meu povo e vi o que lhe está a acontecer no Egito. 17 Prometo que hei de salvá-los das cargas e da humilhação que estão a sofrer, e que hei de levá-los para a terra que está agora ocupada pelos cananeus, hititas, amorreus, perizeus, heveus e pelos jebuseus, uma terra onde jorra leite e mel.

18 Os anciãos do povo de Israel hão de aceitar a tua mensagem e irão contigo falar com o rei do Egito. E dir-lhe-ão: O Senhor, o Deus dos hebreus, apresentou-se a nós e mandou-nos que fôssemos a três dias de caminho no deserto oferecer-lhe sacrifícios de adoração. Deixa-nos pois ir.

19 Eu sei que o rei do Egito não vos deixará ir a não ser sob uma pressão muito forte. 20 Por isso, hei de estender a mão para castigar o Egito com maravilhas que se realizarão ali até que, por fim, vos deixe ir.

21 E farei com que os egípcios vos encham de presentes, quando se forem embora. Não hão de deixar o Egito de mãos vazias. 22 Cada mulher irá pedir à vizinha e à mulher do seu patrão toda a espécie de coisas de prata e ouro e dos tecidos mais finos com que vestirão os vossos filhos; e assim despojarão o Egito do que tem de melhor!”

Footnotes

  1. 2.22 Em hebraico, Gerson significa estrangeiro ali.
  2. 3.15 A palavra hebraica que traduzimos por Senhor é Jahwe, que etimologicamente se assemelha à expressão aquele que é.

Os descendentes de Jacó no Egito

Estes, pois, são os nomes dos filhos de Israel, que entraram no Egito com Jacó; cada um entrou com sua casa: Rúben, Simeão, Levi e Judá; Issacar, Zebulom e Benjamim; Dã, Naftali, Gade e Aser. Todas as almas, pois, que descenderam de Jacó foram setenta almas; José, porém, estava no Egito. Sendo, pois, José falecido, e todos os seus irmãos, e toda aquela geração, os filhos de Israel frutificaram, e aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente; de maneira que a terra se encheu deles.

Depois, levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José, o qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito e mais poderoso do que nós. 10 Eia, usemos sabiamente para com ele, para que não se multiplique, e aconteça que, vindo guerra, ele também se ajunte com os nossos inimigos, e peleje contra nós, e suba da terra. 11 E os egípcios puseram sobre eles maiorais de tributos, para os afligirem com suas cargas. E edificaram a Faraó cidades de tesouros, Pitom e Ramessés. 12 Mas, quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam e tanto mais cresciam; de maneira que se enfadavam por causa dos filhos de Israel. 13 E os egípcios faziam servir os filhos de Israel com dureza; 14 assim, lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em tijolos, e com todo o trabalho no campo, com todo o seu serviço, em que os serviam com dureza.

As parteiras poupam a vida aos recém-nascidos

15 E o rei do Egito falou às parteiras das hebreias (das quais o nome de uma era Sifrá, e o nome da outra, Puá) 16 e disse: Quando ajudardes no parto as hebreias e as virdes sobre os assentos, se for filho, matai-o; mas, se for filha, então, viva. 17 As parteiras, porém, temeram a Deus e não fizeram como o rei do Egito lhes dissera; antes, conservavam os meninos com vida. 18 Então, o rei do Egito chamou as parteiras e disse-lhes: Por que fizestes isto, que guardastes os meninos com vida? 19 E as parteiras disseram a Faraó: É que as mulheres hebreias não são como as egípcias; porque são vivas e já têm dado à luz os filhos antes que a parteira venha a elas. 20 Portanto, Deus fez bem às parteiras. E o povo se aumentou e se fortaleceu muito. 21 E aconteceu que, como as parteiras temeram a Deus, estabeleceu-lhes casas. 22 Então, ordenou Faraó a todo o seu povo, dizendo: A todos os filhos que nascerem lançareis no rio, mas a todas as filhas guardareis com vida.

O nascimento de Moisés

E foi-se um varão da casa de Levi e casou com uma filha de Levi. E a mulher concebeu, e teve um filho, e, vendo que ele era formoso, escondeu-o três meses. Não podendo, porém, mais escondê-lo, tomou uma arca de juncos e a betumou com betume e pez; e, pondo nela o menino, a pôs nos juncos à borda do rio. E a irmã do menino postou-se de longe, para saber o que lhe havia de acontecer. E a filha de Faraó desceu a lavar-se no rio, e as suas donzelas passeavam pela borda do rio; e ela viu a arca no meio dos juncos, e enviou a sua criada, e a tomou. E, abrindo-a, viu o menino, e eis que o menino chorava; e moveu-se de compaixão dele e disse: Dos meninos dos hebreus é este. Então, disse sua irmã à filha de Faraó: Irei eu a chamar uma ama das hebreias, que crie este menino para ti? E a filha de Faraó disse-lhe: Vai. E foi-se a moça e chamou a mãe do menino. Então, lhe disse a filha de Faraó: Leva este menino e cria-mo; eu te darei teu salário. E a mulher tomou o menino e criou-o. 10 E, sendo o menino já grande, ela o trouxe à filha de Faraó, a qual o adotou; e chamou o seu nome Moisés e disse: Porque das águas o tenho tirado.

Moisés mata um egípcio e foge para Midiã

11 E aconteceu naqueles dias que, sendo Moisés já grande, saiu a seus irmãos e atentou nas suas cargas; e viu que um varão egípcio feria a um varão hebreu, de seus irmãos. 12 E olhou a uma e a outra banda, e, vendo que ninguém ali havia, feriu ao egípcio, e escondeu-o na areia. 13 E tornou a sair no dia seguinte, e eis que dois varões hebreus contendiam; e disse ao injusto: Por que feres o teu próximo? 14 O qual disse: Quem te tem posto a ti por maioral e juiz sobre nós? Pensas matar-me, como mataste o egípcio? Então, temeu Moisés e disse: Certamente este negócio foi descoberto. 15 Ouvindo, pois, Faraó este caso, procurou matar a Moisés; mas Moisés fugiu de diante da face de Faraó, e habitou na terra de Midiã, e assentou-se junto a um poço. 16 E o sacerdote de Midiã tinha sete filhas, as quais vieram a tirar água, e encheram as pias para dar de beber ao rebanho de seu pai. 17 Então, vieram os pastores e lançaram-nas dali; Moisés, porém, levantou-se, e defendeu-as, e abeberou-lhes o rebanho. 18 E, vindo elas a Reuel, seu pai, ele disse: Por que tornastes hoje tão depressa? 19 E elas disseram: Um homem egípcio nos livrou da mão dos pastores; e também nos tirou água em abundância e abeberou o rebanho. 20 E disse a suas filhas: E onde está ele? Por que deixastes o homem? Chamai-o para que coma pão. 21 E Moisés consentiu em morar com aquele homem; e ele deu a Moisés sua filha Zípora, 22 a qual teve um filho, e ele chamou o seu nome Gérson, porque disse: Peregrino fui em terra estranha.

A morte do rei do Egito

23 E aconteceu, depois de muitos destes dias, morrendo o rei do Egito, que os filhos de Israel suspiraram por causa da servidão e clamaram; e o seu clamor subiu a Deus por causa de sua servidão. 24 E ouviu Deus o seu gemido e lembrou-se Deus do seu concerto com Abraão, com Isaque e com Jacó; 25 e atentou Deus para os filhos de Israel e conheceu-os Deus.

Deus fala com Moisés do meio da sarça ardente

E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto e veio ao monte de Deus, a Horebe. E apareceu-lhe o Anjo do Senhor em uma chama de fogo, no meio de uma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia. E Moisés disse: Agora me virarei para lá e verei esta grande visão, porque a sarça se não queima. E, vendo o Senhor que se virava para lá a ver, bradou Deus a ele do meio da sarça e disse: Moisés! Moisés! E ele disse: Eis-me aqui. E disse: Não te chegues para cá; tira os teus sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa. Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para Deus.

E disse o Senhor: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores. Portanto, desci para livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel; ao lugar do cananeu, e do heteu, e do amorreu, e do ferezeu, e do heveu, e do jebuseu. E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel chegou a mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem. 10 Vem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito. 11 Então, Moisés disse a Deus: Quem sou eu, que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel? 12 E Deus disse: Certamente eu serei contigo; e isto te será por sinal de que eu te enviei: quando houveres tirado este povo do Egito, servireis a Deus neste monte.

13 Então, disse Moisés a Deus: Eis que quando vier aos filhos de Israel e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me disserem: Qual é o seu nome? Que lhes direi? 14 E disse Deus a Moisés: Eu Sou o Que Sou. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: Eu Sou me enviou a vós. 15 E Deus disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, me enviou a vós; este é meu nome eternamente, e este é meu memorial de geração em geração. 16 Vai, e ajunta os anciãos de Israel, e dize-lhes: O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, me apareceu, dizendo: Certamente vos tenho visitado e visto o que vos é feito no Egito. 17 Portanto, eu disse: Far-vos-ei subir da aflição do Egito à terra do cananeu, e do heteu, e do amorreu, e do ferezeu, e do heveu, e do jebuseu, a uma terra que mana leite e mel. 18 E ouvirão a tua voz; e irás, tu e os anciãos de Israel, ao rei do Egito, e dir-lhe-eis: O Senhor, o Deus dos hebreus, nos encontrou; agora, pois, deixa-nos ir caminho de três dias para o deserto, para que sacrifiquemos ao Senhor, nosso Deus. 19 Eu sei, porém, que o rei do Egito não vos deixará ir, nem ainda por uma mão forte. 20 Porque eu estenderei a minha mão e ferirei ao Egito com todas as minhas maravilhas que farei no meio dele; depois, vos deixará ir. 21 E eu darei graça a esse povo aos olhos dos egípcios; e acontecerá que, quando sairdes, não saireis vazios, 22 porque cada mulher pedirá à sua vizinha e à sua hóspeda vasos de prata, e vasos de ouro, e vestes, os quais poreis sobre vossos filhos e sobre vossas filhas; e despojareis ao Egito.

A morte de João Batista

(Mc 6.14-29; Lc 9.7-9)

14 Quando o governador Herodes ouviu falar da fama de Jesus, disse aos seus homens: “Deve ser João Batista que voltou à vida; por isso, faz tais milagres.” Com efeito, Herodes tinha prendido João, acorrentando-o no cárcere, por causa de Herodíade, que era mulher de seu irmão Filipe. Visto que João lhe dizia com insistência: “Não te é lícito tomá-la por mulher.” Por sua vontade, teria matado João, mas receava que houvesse tumultos, pois o povo inteiro tinha João na conta de profeta.

Todavia, numa festa de anos de Herodes, a filha de Herodíade agradou-lhe muito pela forma como dançou. Então jurou dar-lhe o que ela quisesse. A jovem, incitada pela mãe, pediu: “Dá-me a cabeça de João Batista numa bandeja!” O rei ficou triste com o pedido mas, comprometido pelo juramento feito diante dos convidados, ordenou que lhe fosse dado o que ela pedira. 10 Assim João foi degolado no cárcere; 11 a sua cabeça foi trazida numa bandeja e entregue à jovem, que a levou à mãe. 12 Os discípulos de João foram buscar o corpo e sepultaram-no, contando a Jesus o sucedido.

Jesus alimenta 5000 homens

(Mc 6.32-44; Lc 9.10-17; Jo 6.1-13)

13 Depois de ter recebido a notícia, Jesus saiu sozinho num barco para uma região deserta, a fim de ficar a sós. O povo, vendo para onde se tinha dirigido, seguiu-o por terra, vindo de muitas vilas. 14 Quando Jesus saiu do barco, já lá se encontrava uma enorme multidão; teve compaixão deles e curou os que estavam doentes.

15 Ao cair da tarde, os discípulos foram ter com ele e disseram-lhe: “Este lugar é deserto e a hora já vai avançada. Manda o povo retirar-se, para ir às aldeias comprar o que comer.”

16 Jesus, porém, respondeu: “Não é preciso serem eles a ir. Deem-lhes vocês de comer!” 17 E disseram: “Mas como? Temos só cinco pães e dois peixes!” 18 Ao que respondeu: “Tragam-mos aqui!” 19 Então mandou o povo sentar-se sobre a erva e, tomando os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e abençoou-os. Depois, partiu os pães em pedaços e deu-os aos discípulos, para que os levassem à multidão. 20 Todos comeram até ficar satisfeitos. E quando as sobras foram recolhidas enchiam doze cestos. 21 Nesse dia, a multidão era de uns 5000 homens, não falando em mulheres e crianças.

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A morte de João Batista(A)

14 Naquele tempo, ouviu Herodes, o tetrarca, a fama de Jesus. E disse aos seus criados: Este é João Batista; ressuscitou dos mortos, e, por isso, estas maravilhas operam nele. Porque Herodes tinha prendido João e tinha-o manietado e encerrado no cárcere por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe; porque João lhe dissera: Não te é lícito possuí-la. E, querendo matá-lo, temia o povo, porque o tinham como profeta. Festejando-se, porém, o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante dele e agradou a Herodes, pelo que prometeu, com juramento, dar-lhe tudo o que pedisse. E ela, instruída previamente por sua mãe, disse: Dá-me aqui num prato a cabeça de João Batista. E o rei afligiu-se, mas, por causa do juramento e dos que estavam à mesa com ele, ordenou que se lhe desse. 10 E mandou degolar João no cárcere, 11 e a sua cabeça foi trazida num prato e dada à jovem, e ela a levou a sua mãe. 12 E chegaram os seus discípulos, e levaram o corpo, e o sepultaram, e foram anunciá-lo a Jesus.

A primeira multiplicação dos pães e peixes(B)

13 E Jesus, ouvindo isso, retirou-se dali num barco, para um lugar deserto, apartado; e, sabendo-o o povo, seguiu-o a pé desde as cidades. 14 E Jesus, saindo, viu uma grande multidão e, possuído de íntima compaixão para com ela, curou os seus enfermos. 15 E, sendo chegada a tarde, os seus discípulos aproximaram-se dele, dizendo: O lugar é deserto, e a hora é já avançada; despede a multidão, para que vão pelas aldeias e comprem comida para si. 16 Jesus, porém, lhes disse: Não é mister que vão; dai-lhes vós de comer. 17 Então, eles lhe disseram: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes. 18 E ele disse: Trazei-mos aqui. 19 Tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a erva, tomou os cinco pães e os dois peixes, e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou, e, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos, à multidão. 20 E comeram todos e saciaram-se, e levantaram dos pedaços que sobejaram doze cestos cheios. 21 E os que comeram foram quase cinco mil homens, além das mulheres e crianças.

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