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25 Quando duas pessoas tiverem uma questão entre si e a apresentarem ao tribunal, façam o julgamento e deem razão a quem tem razão e as culpas a quem as tiver. E, se o culpado merecer ser açoitado, o juiz deve-o mandar deitar no chão para ser açoitado na sua presença com o número de açoites que o caso exigir. Até quarenta açoites, em relação com a gravidade da sua falta; mas não lhe darão mais de quarenta açoites, para que o vosso irmão não se sinta humilhado na vossa presença.

Não ates a boca ao boi, quando faz a debulha do trigo.

Se o irmão de um homem morrer sem ter filhos, a viúva não deverá casar fora dessa família; o irmão do seu falecido marido casará com ela e tomá-la-á por mulher. O primeiro filho que ela tiver será tido como filho do falecido, para que o seu nome não seja esquecido. Contudo, se o irmão do homem que morreu recusar cumprir o seu dever, e não quiser tomar por mulher a viúva, então ela irá ter com os anciãos da povoação e lhes dirá: “O irmão do meu falecido marido recusa dar continuidade ao nome do seu irmão; não quer casar comigo.” Os anciãos convocá-lo-ão, conversarão com ele e, se a sua decisão se mantiver, a viúva dirigir-se-á a ele na frente dos anciãos, tirar-lhe-á a sandália do pé e cospir-lhe-á no rosto. E dirá: “Isto é o que acontece àquele que recusa dar continuidade à casa do seu irmão.” 10 A partir de então, a sua casa será considerada como “a casa do homem a quem descalçaram a sandália”!

11 Se dois homens estiverem a lutar um contra o outro e se a mulher de um deles, para intervir a favor do seu marido, agarrar nos testículos do outro, 12 a sua mão deverá ser cortada, sem piedade!

13 Não devem trazer no saco dois pesos, um maior e outro mais pequeno. 14 Na vossa casa não devem ter duas medidas, uma maior e outra mais pequena. 15 Em todas as vossas transações deverão usar medidas justas e pesos corretos, para que tenham uma vida longa e boa na terra que o Senhor, vosso Deus, vos dá. 16 Todo aquele que engana por meio de pesos e de medidas falsificadas é considerado indigno pelo Senhor, vosso Deus.

17 Não se esqueçam nunca daquilo que vos fez Amaleque, quando vinham do Egito. 18 Lembrem-se de que ele combateu convosco e abateu todos os que estavam fracos e cansados, que se deixaram ficar para a retaguarda. Amaleque não teve respeito nem temor por Deus. 19 Por isso, quando o Senhor, vosso Deus, vos tiver dado descanso em relação aos vossos inimigos, na terra prometida, deverão apagar totalmente debaixo do céu tudo o que lembre o nome de Amaleque. Nunca mais se esqueçam disto!

Os primeiros frutos e os dízimos

26 Quando chegarem à terra que o Senhor, vosso Deus, vos dará, depois de a terem conquistado, e quando começarem a viver ali, deverão apresentar ao Senhor, vosso Deus, no lugar que ele tiver escolhido para habitação do seu nome, os primeiros frutos de cada colheita anual. Tragam-nos num cesto e entreguem-nos ao sacerdote em exercício nessa altura e digam-lhe: “Estes dons são a prova do meu agradecimento ao Senhor, meu Deus, por me ter trazido à terra que prometeu aos meus antepassados.” O sacerdote tomará então o cesto da vossa mão e o porá diante do altar do Senhor, vosso Deus. Cada pessoa deverá então dizer diante do Senhor, seu Deus: “O meu antepassado, Jacob, era um velho arameu errante que desceu ao Egito com apenas algumas pessoas. No entanto, ele e os seus descendentes tornaram-se um povo numeroso e forte, uma grande nação. Os egípcios maltrataram-nos e oprimiram-nos, obrigando-nos a fazer trabalhos muito pesados. Então nós clamámos pelo auxílio do Senhor, o Deus dos nossos antepassados. Ele ouviu-nos, viu a nossa aflição, a nossa miséria, a opressão em que vivíamos; tirou-nos de lá por meio de poderosos milagres, com o seu poderoso e forte braço; trouxe-nos para este lugar, dando-nos esta terra na qual jorra leite e mel! 10 Agora, Senhor, como vês, trago-te este símbolo dos primeiros frutos da terra que nos deste.” Cada um colocará então esses frutos na presença do Senhor, seu Deus, e se inclinará em adoração. 11 Depois vão e façam uma festa, alegrando-se por todas as coisas que o Senhor, vosso Deus, vos deu. Comemorem com a vossa família, com os levitas e com os estrangeiros que vivam no vosso meio.

12 De três em três anos haverá um dízimo especial. Nesse ano deverão dar todos os vossos dízimos aos levitas, aos estrangeiros, aos órfãos e às viúvas dentro das vossas cidades, para que fiquem satisfeitos. 13 Declararão então perante o Senhor, vosso Deus: “Dei todos os meus dízimos aos levitas, aos estrangeiros, aos órfãos e às viúvas, tal como me ordenaste; não esqueci nem violei nenhum dos teus regulamentos. 14 Não toquei em nenhum dízimo, enquanto estava cerimonialmente impuro ou quando estava de luto, nem disso ofereci pela memória dum morto. Obedeci ao Senhor, meu Deus, e fiz tudo o que me ordenaste. 15 Olha desde a tua santa habitação no céu e abençoa o teu povo e a terra que nos deste, tal como prometeste aos nossos pais; uma terra donde jorrem leite e mel!”

Obediência aos mandamentos do Senhor

16 Deverão obedecer de todo o coração a todos estes mandamentos e regulamentos que o Senhor, vosso Deus, hoje vos dá. 17 Declararam hoje que ele é o vosso Deus e prometeram obedecer-lhe e guardar as suas leis e ordenações, cumprindo tudo o que vos diz para fazerem. 18 O Senhor hoje também declara que são o seu próprio povo, como tinha prometido antes, e que deverão obedecer às suas leis. 19 Se assim fizerem, fará de vocês a maior nação entre todas as outras e receberão louvores, honra e fama; contudo, para poder atingir essa fama e prestígio terão de ser um povo santo para o Senhor, vosso Deus; é isso que requer de vós.

O altar no monte Ebal

27 Então Moisés e os anciãos de Israel deram ainda mais estas instruções ao povo, para que as cumprissem: “Quando passarem para o lado de lá do rio Jordão e entrarem na terra prometida, que o Senhor, vosso Deus, vos dá, peguem em pedras grandes, 3-4 tiradas do próprio leito do rio, e escrevam nelas a Lei de Deus. Assim entrarão numa terra onde jorra leite e mel e que o Senhor, Deus dos vossos antepassados, vos prometeu e ali levantarão um monumento na outra margem, no monte Ebal; cubram as pedras com cal. 5-6 Construam ali um altar ao Senhor, vosso Deus. Usem pedras não talhadas e ofereçam sobre esse altar holocaustos ao Senhor, vosso Deus. Sacrifiquem ofertas de paz e celebrem uma festa com grande júbilo na presença do Senhor, vosso Deus. Escrevam as palavras desta Lei com toda a clareza.”

Maldição do monte Ebal

Depois Moisés e os sacerdotes levitas dirigiram-se a todo o Israel desta maneira. “Israelitas, ouçam bem! Hoje tornaram-se o povo do Senhor, vosso Deus. 10 Ouçam aquilo que o Senhor, vosso Deus, vos ordena e obedeçam a todos estes mandamentos que hoje vos dou.”

11 Nesse mesmo dia, Moisés deu esta ordem ao povo: 12 Quando tiverem passado para a terra prometida, as tribos de Simeão, de Levi, de Judá, de Issacar, de José e de Benjamim pôr-se-ão sobre o monte Gerizim para proclamar uma bênção ao povo; 13 as tribos de Rúben, de Gad, de Aser, de Zebulão, de Dan e de Naftali estarão no monte Ebal para proclamarem uma maldição.

14 Os levitas colocar-se-ão entre eles e gritarão a todo o Israel:

15 “Maldito quem fizer e adorar um ídolo, mesmo em segredo, seja esculpido em madeira ou feito de metal fundido, porque o Senhor odeia esses deuses feitos pela mão do homem.” E todo o povo responderá: “Assim seja!”

16 “Maldito é quem desprezar o pai ou a mãe.”

E todo o povo responderá: “Assim seja!”

17 “Maldito é quem alterar as marcas que distinguem o seu campo do outro do vizinho.”

E todo o povo responderá: “Assim seja!”

18 “Maldito é quem se aproveita dum cego e o explora.”

E todo o povo responderá: “Assim seja!”

19 “Maldito é quem for injusto para com um estrangeiro, um órfão ou uma viúva.”

E todo o povo responderá: “Assim seja!”

20 “Maldito é quem comete adultério com uma das mulheres do seu pai, visto que ela pertence ao pai.”

E todo o povo responderá: “Assim seja!”

21 “Maldito é quem tiver relação sexual com um animal.”

E todo o povo responderá: “Assim seja!”

22 “Maldito é quem tiver relações sexuais com a sua irmã, mesmo que se trate de uma meia-irmã.”

E todo o povo responderá: “Assim seja!”

23 “Maldito é quem tiver relações sexuais com a sogra.”

E todo o povo responderá: “Assim seja!”

24 “Maldito é quem assassinar secretamente outra pessoa.”

E todo o povo responderá: “Assim seja!”

25 “Maldito é quem aceitar um pagamento para matar uma pessoa inocente.”

E todo o povo responderá: “Assim seja!”

26 “Maldito é quem não põe em prática as palavras deste livro da Lei.”

E todo o povo responderá: “Assim seja!”

A pena de açoites

25 Quando houver contenda entre alguns, e vierem a juízo para que os juízes os julguem, ao justo justificarão e ao injusto condenarão. E será que, se o injusto merecer açoites, o juiz o fará deitar e o fará açoitar diante de si, quanto bastar pela sua injustiça, por certa conta. Quarenta açoites lhe fará dar, não mais; para que, porventura, se lhe fizer dar mais açoites do que estes, teu irmão não fique envilecido aos teus olhos. Não atarás a boca ao boi, quando trilhar.

A obrigação de um homem casar com a viúva do seu irmão

Quando alguns irmãos morarem juntos, e algum deles morrer e não tiver filho, então, a mulher do defunto não se casará com homem estranho de fora; seu cunhado entrará a ela, e a tomará por mulher, e fará a obrigação de cunhado para com ela. E será que o primogênito que ela der à luz estará em nome de seu irmão defunto, para que o seu nome se não apague em Israel.

Porém, se o tal homem não quiser tomar sua cunhada, subirá, então, sua cunhada à porta dos anciãos e dirá: Meu cunhado recusa suscitar a seu irmão nome em Israel; não quer fazer para comigo o dever de cunhado. Então, os anciãos da sua cidade o chamarão e com ele falarão; e, se ele ficar nisto e disser: Não quero tomá-la; então, sua cunhada se chegará a ele aos olhos dos anciãos, e lhe descalçará o sapato do pé, e lhe cuspirá no rosto, e protestará, e dirá: Assim se fará ao homem que não edificar a casa de seu irmão; 10 e o seu nome se chamará em Israel: A casa do descalçado.

11 Quando pelejarem dois homens, um contra o outro, e a mulher de um chegar para livrar seu marido da mão do que o fere, e ela estender a sua mão, e lhe pegar pelas suas vergonhas, 12 então, cortar-lhe-ás a mão; não a poupará teu olho.

Pesos e medidas justos

13 Na tua bolsa não terás diversos pesos, um grande e um pequeno. 14 Na tua casa não terás duas sortes de efa, um grande e um pequeno. 15 Peso inteiro e justo terás, efa inteiro e justo terás, para que se prolonguem os teus dias na terra que te dará o Senhor, teu Deus. 16 Porque abominação é ao Senhor, teu Deus, todo aquele que faz isso, todo aquele que faz injustiça.

Amaleque será destruído

17 Lembra-te do que te fez Amaleque no caminho, quando saíeis do Egito; 18 como te saiu ao encontro no caminho e te derribou na retaguarda todos os fracos que iam após ti, estando tu cansado e afadigado; e não temeu a Deus. 19 Será, pois, que, quando o Senhor, teu Deus, te tiver dado repouso de todos os teus inimigos em redor, na terra que o Senhor, teu Deus, te dará por herança, para possuí-la, então, apagarás a memória de Amaleque de debaixo do céu; não te esqueças.

As primícias da terra

26 E será que, quando entrares na terra que o Senhor, teu Deus, te dará por herança, e a possuíres, e nela habitares, então, tomarás das primícias de todos os frutos da terra que trouxeres da tua terra, que te dá o Senhor, teu Deus, e as porás num cesto, e irás ao lugar que escolher o Senhor, teu Deus, para ali fazer habitar o seu nome. E virás ao sacerdote, que naqueles dias for, e dir-lhe-ás: Hoje, declaro perante o Senhor, teu Deus, que entrei na terra que o Senhor jurou a nossos pais dar-nos. E o sacerdote tomará o cesto da tua mão e o porá diante do altar do Senhor, teu Deus. Então, protestarás perante o Senhor, teu Deus, e dirás: Siro miserável foi meu pai, e desceu ao Egito, e ali peregrinou com pouca gente; porém ali cresceu até vir a ser nação grande, poderosa e numerosa. Mas os egípcios nos maltrataram, e nos afligiram, e sobre nós puseram uma dura servidão. Então, clamamos ao Senhor, Deus de nossos pais; e o Senhor ouviu a nossa voz e atentou para a nossa miséria, e para o nosso trabalho, e para a nossa opressão. E o Senhor nos tirou do Egito com mão forte, e com braço estendido, e com grande espanto, e com sinais, e com milagres; e nos trouxe a este lugar e nos deu esta terra, terra que mana leite e mel. 10 E eis que agora eu trouxe as primícias dos frutos da terra que tu, ó Senhor, me deste. Então, as porás perante o Senhor, teu Deus, e te inclinarás perante o Senhor, teu Deus. 11 E te alegrarás por todo o bem que o Senhor, teu Deus, te tem dado a ti e a tua casa, tu, e o levita, e o estrangeiro que está no meio de ti.

Oração daquele que deu os dízimos

12 Quando acabares de dizimar todos os dízimos da tua novidade, no ano terceiro, que é o ano dos dízimos, então, a darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas portas e se fartem. 13 E dirás perante o Senhor, teu Deus: Tirei o que é consagrado de minha casa e dei também ao levita, e ao estrangeiro, e ao órfão e à viúva, conforme todos os teus mandamentos que me tens ordenado; nada traspassei dos teus mandamentos, nem deles me esqueci. 14 Disso não comi na minha tristeza e disso nada tirei para imundícia, nem disso dei para algum morto; obedeci à voz do Senhor, meu Deus; conforme tudo o que me ordenaste, tenho feito. 15 Olha desde a tua santa habitação, desde o céu, e abençoa o teu povo, a Israel, e a terra que nos deste, como juraste a nossos pais, terra que mana leite e mel.

16 Neste dia, o Senhor, teu Deus, te manda fazer estes estatutos e juízos; guarda-os, pois, e faze-os com todo o teu coração e com toda a tua alma. 17 Hoje, declaraste ao Senhor que te será por Deus, e que andarás nos seus caminhos, e guardarás os seus estatutos, e os seus mandamentos, e os seus juízos, e darás ouvidos à sua voz. 18 E o Senhor, hoje, te fez dizer que lhe serás por povo seu próprio, como te tem dito, e que guardarás todos os seus mandamentos. 19 Para assim te exaltar sobre todas as nações que fez, para louvor, e para fama, e para glória, e para que sejas um povo santo ao Senhor, teu Deus, como tem dito.

A ordem de levantar um padrão e gravar nele a lei

27 E deram ordem, Moisés e os anciãos, ao povo de Israel, dizendo: Guardai todos estes mandamentos que hoje vos ordeno: Será, pois, que, no dia em que passares o Jordão à terra que te der o Senhor, teu Deus, levantar-te-ás umas pedras grandes e as caiarás. E, havendo-o passado, escreverás nelas todas as palavras desta lei, para entrares na terra que te der o Senhor, teu Deus, terra que mana leite e mel, como te disse o Senhor, Deus de teus pais. Será, pois, que, quando houveres passado o Jordão, levantareis estas pedras, que hoje vos ordeno, no monte Ebal, e as caiarás. E ali edificarás um altar ao Senhor, teu Deus, um altar de pedras; não alçarás ferro sobre elas. De pedras inteiras edificarás o altar do Senhor, teu Deus; e sobre ele oferecerás holocaustos ao Senhor, teu Deus. Também sacrificarás ofertas pacíficas, e ali comerás perante o Senhor, teu Deus, e te alegrarás. E, nestas pedras, escreverás todas as palavras desta lei, exprimindo-as bem.

Falou mais Moisés, juntamente com os sacerdotes levitas, a todo o Israel, dizendo: Escuta e ouve, ó Israel! Neste dia, vieste a ser por povo ao Senhor, teu Deus. 10 Portanto, obedecerás à voz do Senhor, teu Deus, e farás os seus mandamentos e os seus estatutos que hoje te ordeno.

As maldições que serão lançadas do monte Ebal

11 E Moisés deu ordem, naquele dia, ao povo, dizendo: 12 Quando houverdes passado o Jordão, estes estarão sobre o monte Gerizim, para abençoarem o povo: Simeão, e Levi, e Judá, e Issacar, e José, e Benjamim. 13 E estes estarão, para amaldiçoar, sobre o monte Ebal: Rúben, e Gade, e Aser, e Zebulom, e Dã, e Naftali. 14 E os levitas protestarão a todo o povo de Israel em alta voz e dirão:

15 Maldito o homem que fizer imagem de escultura ou de fundição, abominação ao Senhor, obra da mão do artífice, e a puser em um lugar escondido! E todo o povo responderá e dirá: Amém!

16 Maldito aquele que desprezar a seu pai ou a sua mãe! E todo o povo dirá: Amém!

17 Maldito aquele que arrancar o termo do seu próximo! E todo o povo dirá: Amém!

18 Maldito aquele que fizer que o cego erre do caminho! E todo o povo dirá: Amém!

19 Maldito aquele que perverter o direito do estrangeiro, do órfão e da viúva! E todo o povo dirá: Amém!

20 Maldito aquele que se deitar com a mulher de seu pai, porquanto descobriu a ourela de seu pai! E todo o povo dirá: Amém!

21 Maldito aquele que se deitar com algum animal! E todo o povo dirá: Amém!

22 Maldito aquele que se deitar com sua irmã, filha de seu pai ou filha de sua mãe! E todo o povo dirá: Amém!

23 Maldito aquele que se deitar com sua sogra! E todo o povo dirá: Amém!

24 Maldito aquele que ferir o seu próximo em oculto! E todo o povo dirá: Amém!

25 Maldito aquele que tomar suborno para matar a alguma pessoa inocente! E todo o povo dirá: Amém!

26 Maldito aquele que não confirmar as palavras desta lei, não as cumprindo! E todo o povo dirá: Amém!

Jesus prediz a negação de Pedro

(Mt 26.30-35; Lc 22.31-34; Jo 13.37-38)

27 Então Jesus disse-lhes: “Todos irão abandonar-me, porque as Escrituras dizem: ‘Ferirei o pastor e espalhar-se-ão as ovelhas.’[a] 28 Mas depois de eu ressuscitar, irei para a Galileia e lá me encontrarei convosco.”

29 Pedro disse-lhe: “Façam os outros o que fizerem, nunca te abandonarei!”

30 Mas Jesus disse: “A verdade é que esta mesma noite, antes que o galo cante pela segunda vez, negar-me-ás três vezes!”

31 “Não!”, insistiu Pedro. “Nem que tenha de morrer contigo, nunca te negarei!” E todos garantiram o mesmo.

Getsemane

32 Entretanto, chegaram ao lugar chamado Getsemane, onde disse aos discípulos: “Sentem-se aqui enquanto vou orar.”

33 Levando consigo Pedro, Tiago e João, começou a encher-se de pavor e angústia. 34 E disse-lhes: “A minha alma está cheia de uma tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem.”

35 Indo um pouco mais adiante, prostrou-se na terra e orou para que, se fosse possível, não chegasse a terrível hora que o esperava: 36 “Pai, a ti tudo é possível! Afasta de mim este cálice. Todavia, desejo a tua vontade e não a minha.”

37 Voltando então para junto dos três discípulos, encontrou-os a dormir: “Simão! Adormeceste? Nem mesmo uma hora pudeste velar comigo? 38 Vigiem e orem para não serem vencidos pela tentação, pois embora o espírito seja corajoso o corpo é fraco!”

39 E retirou-se outra vez para orar, repetindo as suas súplicas. 40 Voltou de novo para junto dos discípulos e encontrou-os outra vez a dormir, porque tinham os olhos pesados de sono. E não sabiam o que dizer.

41 Na terceira vez que voltou a ir ter com eles, disse: “Ainda estão a dormir e a descansar? Basta! Chegou a hora! Vou ser entregue nas mãos dos pecadores! 42 Levantem-se, vamos andando! Olhem, já aí vem aquele que me traiu!”

Jesus é traído e preso

(Mt 26.47-56; Lc 22.47-50; Jo 18.3-11)

43 Naquele momento, enquanto assim falava, Judas, um dos doze, chegou com muito povo armado de espadas e paus, enviado pelos principais sacerdotes, pelos especialistas na Lei e pelos anciãos. 44 Judas tinha-lhes dito que o entregaria com um sinal: “Saberão quem é quando o cumprimentar com um beijo. Então podem prendê-lo e levá-lo em segurança.”

45 Judas chegou e aproximou-se logo de Jesus, exclamando: “Mestre!” E beijou-o. 46 Então prenderam Jesus, segurando-o bem.

47 Alguém, contudo, puxou de uma espada e, atacando o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe a orelha.

48 Jesus perguntou-lhes: “Sou algum assaltante perigoso para que venham assim prender-me armados desta maneira com espadas e paus para me levarem preso? 49 Todos os dias estava convosco a ensinar no templo e não me prenderam. Mas estas coisas estão a acontecer para que se cumpra o que está escrito a meu respeito.”

50 Naquela altura, todos o abandonaram e fugiram. 51 Havia, contudo, um jovem que o seguia à distância, envolvido apenas num lençol. Quando a multidão tentou agarrá-lo, 52 ele escapou, largando o lençol, e fugiu nu.

O tribunal judaico

(Mt 26.57-68; Lc 22.54-55, 63-71; Jo 18.12-13, 19-24)

53 Jesus foi conduzido à residência do sumo sacerdote, onde todos os principais sacerdotes, outros líderes e os especialistas na Lei já se juntavam.

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Footnotes

  1. 14.27 Zc 13.7.

Pedro é avisado(A)

27 E disse-lhes Jesus: Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim, porque escrito está: Ferirei o pastor, e as ovelhas se dispersarão. 28 Mas, depois que eu houver ressuscitado, irei adiante de vós para a Galileia. 29 E disse-lhe Pedro: Ainda que todos se escandalizem, nunca, porém, eu. 30 E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás. 31 Mas ele disse com mais veemência: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de modo nenhum te negarei. E da mesma maneira diziam todos também.

Jesus no Getsêmani(B)

32 E foram a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu oro. 33 E tomou consigo a Pedro, e a Tiago, e a João e começou a ter pavor e a angustiar-se. 34 E disse-lhes: A minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui e vigiai. 35 E, tendo ido um pouco mais adiante, prostrou-se em terra; e orou para que, se fosse possível, passasse dele aquela hora. 36 E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres. 37 E, chegando, achou-os dormindo e disse a Pedro: Simão, dormes? Não podes vigiar uma hora? 38 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. 39 E foi outra vez e orou, dizendo as mesmas palavras. 40 E, voltando, achou-os outra vez dormindo, porque os seus olhos estavam carregados, e não sabiam o que responder-lhe. 41 E voltou terceira vez e disse-lhes: Dormi agora e descansai. Basta; é chegada a hora. Eis que o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores. 42 Levantai-vos, vamos; eis que está perto o que me trai.

Jesus é preso(C)

43 E logo, falando ele ainda, veio Judas, que era um dos doze, da parte dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e dos anciãos, e, com ele, uma grande multidão com espadas e porretes. 44 Ora, o que o traía tinha-lhes dado um sinal, dizendo: Aquele que eu beijar, esse é; prendei-o e levai-o com segurança. 45 E, logo que chegou, aproximou-se dele e disse-lhe: Rabi, Rabi. E beijou-o. 46 E lançaram-lhe as mãos e o prenderam. 47 E um dos que ali estavam presentes, puxando da espada, feriu o servo do sumo sacerdote e cortou-lhe uma orelha. 48 E, respondendo Jesus, disse-lhes: Saístes com espadas e porretes a prender-me, como a um salteador? 49 Todos os dias estava convosco ensinando no templo, e não me prendestes; mas isto é para que as Escrituras se cumpram. 50 Então, deixando-o, todos fugiram.

51 E um jovem o seguia, envolto em um lençol sobre o corpo nu. E lançaram-lhe as mãos, 52 mas ele, largando o lençol, fugiu nu.

Jesus perante o Sinédrio(D)

53 E levaram Jesus ao sumo sacerdote, e ajuntaram-se todos os principais dos sacerdotes, e os anciãos, e os escribas.

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