Nas profundezas lamacentas eu me afundo;
    não tenho onde firmar os pés.
Entrei em águas profundas;
    as correntezas me arrastam.
Cansei-me de pedir socorro;
    minha garganta se abrasa.
Meus olhos fraquejam
    de tanto esperar pelo meu Deus.
Os que sem razão me odeiam
    são mais do que os fios de cabelo
    da minha cabeça;
muitos são os que me prejudicam sem motivo,
muitos, os que procuram destruir-me.
Sou forçado a devolver o que não roubei.

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