Salmo 23

Salmo davídico.

O Senhor é o meu pastor; de nada terei falta.
Em verdes pastagens me faz repousar
    e me conduz a águas tranqüilas;
restaura-me o vigor.
Guia-me nas veredas da justiça
    por amor do seu nome.

Mesmo quando eu andar
    por um vale de trevas e morte,
não temerei perigo algum, pois tu estás comigo;
    a tua vara e o teu cajado me protegem.

Preparas um banquete para mim
    à vista dos meus inimigos.
Tu me honras,
    ungindo a minha cabeça com óleo
    e fazendo transbordar o meu cálice.
Sei que a bondade e a fidelidade
    me acompanharão todos os dias da minha vida,
e voltarei à[a] casa do Senhor enquanto eu viver.

Footnotes

  1. 23.6 A Septuaginta e outras versões antigas dizem habitarei na.

A felicidade de termos o Senhor como nosso pastor

Salmo de Davi

23 O Senhor é o meu pastor; nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.

Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.

Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda. Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do Senhor por longos dias.

Salmo 53

Para o mestre de música. De acordo com mahalath[a]. Poema davídico.

Diz o tolo em seu coração:
    “Deus não existe!”
Corromperam-se
    e cometeram injustiças detestáveis;
não há ninguém que faça o bem.

Deus olha lá dos céus
    para os filhos dos homens,
para ver se há alguém
    que tenha entendimento,
alguém que busque a Deus.
Todos se desviaram,
    igualmente se corromperam;
não há ninguém que faça o bem,
    não há nem um sequer.

Será que os malfeitores não aprendem?
Eles devoram o meu povo
    como quem come pão,
e não clamam a Deus!
Olhem! Estão tomados de pavor,
    quando não existe motivo algum para temer!
Pois foi Deus quem espalhou os ossos
    dos que atacaram você;
você os humilhou porque Deus os rejeitou.

Ah, se de Sião viesse a salvação para Israel!
Quando Deus restaurar[b] o seu povo,
    Jacó exultará! Israel se regozijará!

Footnotes

  1. Título Título: Possivelmente uma melodia solene.
  2. 53.6 Ou trouxer de volta os cativos do seu

O ímpio nega a existência de Deus e se corrompe

Masquil de Davi para o cantor-mor, sobre Maalate

53 Disse o néscio no seu coração: Não Deus. Têm-se corrompido e têm cometido abominável iniquidade; não ninguém que faça o bem. Deus olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não quem faça o bem, não há sequer um.

Acaso não têm conhecimento estes obreiros da iniquidade, os quais comem o meu povo como se comessem pão? Eles não invocam a Deus. Eis que se acharam em grande temor, onde temor não havia, porque Deus espalhou os ossos daquele que te cercava; tu os confundiste, porque Deus os rejeitou.

Oh! Se de Sião já viesse a salvação de Israel! Quando Deus fizer voltar os cativos do seu povo, então, se regozijará Jacó e se alegrará Israel.

Salmo 83

Uma canção. Salmo da família de Asafe.

Ó Deus, não te emudeças;
não fiques em silêncio nem te detenhas, ó Deus.
Vê como se agitam os teus inimigos,
como os teus adversários
    te desafiam de cabeça erguida.
Com astúcia conspiram contra o teu povo;
tramam contra aqueles
    que são o teu tesouro.
Eles dizem: “Venham,
    vamos destruí-los como nação,
para que o nome de Israel
    não seja mais lembrado!”

Com um só propósito tramam juntos;
é contra ti que fazem acordo
as tendas de Edom e os ismaelitas,
Moabe e os hagarenos,
Gebal[a], Amom e Amaleque,
a Filístia, com os habitantes de Tiro.
Até a Assíria aliou-se a eles,
e trouxe força aos descendentes de Ló.Pausa

Trata-os como trataste Midiã,
como trataste Sísera e Jabim no rio Quisom,
10 os quais morreram em En-Dor
e se tornaram esterco para a terra.
11 Faze com os seus nobres o que fizeste
    com Orebe e Zeebe,
e com todos os seus príncipes
    o que fizeste com Zeba e Zalmuna,
12 que disseram:
    “Vamos apossar-nos das pastagens de Deus”.

13 Faze-os como folhas secas
    levadas no redemoinho, ó meu Deus,
como palha ao vento.
14 Assim como o fogo consome a floresta
e as chamas incendeiam os montes,
15 persegue-os com o teu vendaval
e aterroriza-os com a tua tempestade.
16 Cobre-lhes de vergonha o rosto
até que busquem o teu nome, Senhor.

17 Sejam eles humilhados e aterrorizados
    para sempre;
pereçam em completa desgraça.
18 Saibam eles que tu, cujo nome é Senhor,
somente tu, és o Altíssimo sobre toda a terra.

Footnotes

  1. 83.7 Isto é, Biblos.

As nações congregam-se contra Israel, e o salmista suplica a Deus que o livre

Cântico e salmo de Asafe

83 Ó Deus, não estejas em silêncio! Não cerres os ouvidos nem fiques impassível, ó Deus! Porque eis que teus inimigos se alvoroçam, e os que te aborrecem levantaram a cabeça. Astutamente formam conselho contra o teu povo e conspiram contra os teus protegidos. Disseram: Vinde, e desarraiguemo-los para que não sejam nação, nem haja mais memória do nome de Israel. Porque à uma se conluiaram; aliaram-se contra ti: As tendas de Edom, dos ismaelitas, de Moabe, dos agarenos, de Gebal, de Amom, de Amaleque e a Filístia com os moradores de Tiro. Também a Assíria se ligou a eles; foram eles o braço dos filhos de Ló. (Selá)

Faze-lhes como fizeste a Midiã, como a Sísera, como a Jabim na ribeira de Quisom, 10 os quais foram destruídos em En-Dor; vieram a servir de estrume para a terra. 11 Faze aos seus nobres como a Orebe, e como a Zeebe; e a todos os seus príncipes como a Zeba e como a Zalmuna, 12 que disseram: Tomemos para nós, em possessão hereditária, as famosas habitações de Deus.

13 Deus meu, faze-os como que impelidos por um tufão, como a palha diante do vento. 14 Como o fogo que queima um bosque, e como a chama que incendeia as brenhas, 15 assim persegue-os com a tua tempestade e assombra-os com o teu torvelinho. 16 Encham-se de vergonha as suas faces, para que busquem o teu nome, Senhor. 17 Confundam-se e assombrem-se perpetuamente; envergonhem-se e pereçam. 18 Para que saibam que tu, a quem só pertence o nome de Jeová, és o Altíssimo sobre toda a terra.

Salmo 113

Aleluia!

Louvem, ó servos do Senhor,
louvem o nome do Senhor!
Seja bendito o nome do Senhor,
desde agora e para sempre!
Do nascente ao poente,
seja louvado o nome do Senhor!

O Senhor está exaltado
    acima de todas as nações;
e acima dos céus está a sua glória.
Quem é como o Senhor, o nosso Deus,
    que reina em seu trono nas alturas,
mas se inclina para contemplar
    o que acontece nos céus e na terra?

Ele levanta do pó o necessitado
e ergue do lixo o pobre,
para fazê-los sentar-se com príncipes,
com os príncipes do seu povo.
Dá um lar à estéril,
e dela faz uma feliz mãe de filhos.

Aleluia!

Exortação a louvar a Deus pela sua grandeza e por amor da sua bondade para com os pobres

113 Louvai ao Senhor! Louvai, servos do Senhor, louvai o nome do Senhor. Seja bendito o nome do Senhor, desde agora e para sempre. Desde o nascimento do sol até ao ocaso, seja louvado o nome do Senhor.

Exaltado está o Senhor, acima de todas as nações, e a sua glória, sobre os céus. Quem é como o Senhor, nosso Deus, que habita nas alturas; que se curva para ver o que está nos céus e na terra; que do pó levanta o pequeno e, do monturo, ergue o necessitado, para o fazer assentar com os príncipes, sim, com os príncipes do seu povo; que faz com que a mulher estéril habite em família e seja alegre mãe de filhos? Louvai ao Senhor!

Salmo 143

Salmo davídico.

Ouve, Senhor, a minha oração,
dá ouvidos à minha súplica;
responde-me
    por tua fidelidade e por tua justiça.
Mas não leves o teu servo a julgamento,
pois ninguém é justo diante de ti.

O inimigo persegue-me
    e esmaga-me ao chão;
ele me faz morar nas trevas,
    como os que há muito morreram.
O meu espírito desanima;
o meu coração está em pânico.
Eu me recordo dos tempos antigos;
medito em todas as tuas obras
e considero o que as tuas mãos têm feito.
Estendo as minhas mãos para ti;
como a terra árida, tenho sede de ti.Pausa

Apressa-te em responder-me, Senhor!
    O meu espírito se abate.
Não escondas de mim o teu rosto,
    ou serei como os que descem à cova.
Faze-me ouvir do teu amor leal pela manhã,
    pois em ti confio.
Mostra-me o caminho que devo seguir,
    pois a ti elevo a minha alma.
Livra-me dos meus inimigos, Senhor,
    pois em ti eu me abrigo.
10 Ensina-me a fazer a tua vontade,
    pois tu és o meu Deus;
que o teu bondoso Espírito
    me conduza por terreno plano.

11 Preserva-me a vida, Senhor,
    por causa do teu nome;
por tua justiça, tira-me desta angústia.
12 E no teu amor leal,
    aniquila os meus inimigos;
destrói todos os meus adversários,
    pois sou teu servo.

O salmista ora para que seja livre de inimigos

Salmo de Davi

143 Ó Senhor, ouve a minha oração! Inclina os ouvidos às minhas súplicas; escuta-me segundo a tua verdade e segundo a tua justiça e não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não se achará justo nenhum vivente.

Pois o inimigo perseguiu a minha alma; abateu-me até ao chão; fez-me habitar na escuridão, como aqueles que morreram há muito. Pelo que o meu espírito se angustia em mim; e o meu coração em mim está desolado. Lembro-me dos dias antigos; considero todos os teus feitos; medito na obra das tuas mãos. Estendo para ti as minhas mãos; a minha alma tem sede de ti como terra sedenta. (Selá)

Ouve-me depressa, ó Senhor! O meu espírito desfalece; não escondas de mim a tua face, para que eu não seja semelhante aos que descem à cova. Faze-me ouvir a tua benignidade pela manhã, pois em ti confio; faze-me saber o caminho que devo seguir, porque a ti levanto a minha alma. Livra-me, ó Senhor, dos meus inimigos; porque em ti é que eu me refugio.

10 Ensina-me a fazer a tua vontade, pois és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terra plana. 11 Vivifica-me, ó Senhor, por amor do teu nome; por amor da tua justiça, tira a minha alma da angústia. 12 E, por tua misericórdia, desarraiga os meus inimigos e destrói a todos os que angustiam a minha alma, pois sou teu servo.

23 Quando você se assentar
    para uma refeição
    com alguma autoridade,
    observe com atenção
    quem está diante de você,
e encoste a faca à sua própria garganta,
    se estiver com grande apetite.
Não deseje as iguarias que lhe oferece,
    pois podem ser enganosas.

Não esgote suas forças
    tentando ficar rico;
tenha bom senso!
As riquezas desaparecem
    assim que você as contempla;
elas criam asas
    e voam como águias pelo céu.

Não aceite a refeição
    de um hospedeiro invejoso[a],
nem deseje as iguarias que lhe oferece;
pois ele só pensa nos gastos.
Ele lhe diz: “Coma e beba!”,
mas não fala com sinceridade.
Você vomitará o pouco que comeu,
e desperdiçará a sua cordialidade.

Não vale a pena conversar com o tolo,
pois ele despreza a sabedoria
    do que você fala.

10 Não mude de lugar
    os antigos marcos de propriedade,
nem invada as terras dos órfãos,
11 pois aquele que defende
    os direitos[b] deles é forte.
Ele lutará contra você para defendê-los.

12 Dedique à disciplina o seu coração,
e os seus ouvidos
    às palavras que dão conhecimento.

13 Não evite disciplinar a criança;
se você a castigar com a vara,
    ela não morrerá.
14 Castigue-a, você mesmo, com a vara,
e assim a livrará da sepultura[c].

15 Meu filho, se o seu coração for sábio,
    o meu coração se alegrará.
16 Sentirei grande alegria
    quando os seus lábios falarem com retidão.

17 Não inveje os pecadores
    em seu coração;
melhor será que tema sempre o Senhor.
18 Se agir assim, certamente haverá
    bom futuro para você,
e a sua esperança não falhará.

19 Ouça, meu filho, e seja sábio;
guie o seu coração pelo bom caminho.
20 Não ande com os que
    se encharcam de vinho,
nem com os que
    se empanturram de carne.
21 Pois os bêbados e os glutões
    se empobrecerão,
e a sonolência os vestirá de trapos.

22 Ouça o seu pai, que o gerou;
não despreze sua mãe
    quando ela envelhecer.
23 Compre a verdade e não abra mão dela,
nem tampouco da sabedoria, da disciplina
    e do discernimento.
24 O pai do justo exultará de júbilo;
quem tem filho sábio nele se alegra.
25 Bom será que se alegrem
    seu pai e sua mãe
e que exulte a mulher que o deu à luz!

26 Meu filho, dê-me o seu coração;
mantenha os seus olhos
    em meus caminhos,
27 pois a prostituta é uma cova profunda,
e a mulher pervertida[d] é um poço estreito.
28 Como o assaltante, ela fica de tocaia,
e multiplica entre os homens os infiéis.

29 De quem são os ais?
    De quem as tristezas?
    E as brigas, de quem são?
    E os ferimentos desnecessários?
    De quem são os olhos vermelhos[e]?
30 Dos que se demoram bebendo vinho,
dos que andam à procura
    de bebida misturada.
31 Não se deixe atrair pelo vinho
    quando está vermelho,
quando cintila no copo
    e escorre suavemente!
32 No fim, ele morde como serpente
e envenena como víbora.
33 Seus olhos verão coisas estranhas,
e sua mente imaginará coisas distorcidas.
34 Você será como quem
    dorme no meio do mar,
como quem se deita
    no alto das cordas do mastro.
35 E dirá: “Espancaram-me,
    mas eu nada senti!
Bateram em mim, mas nem percebi!
Quando acordarei
    para que possa beber mais uma vez?”

Footnotes

  1. 23.6 Hebraico: de olhos maus.
  2. 23.11 Hebraico: o resgatador.
  3. 23.14 Hebraico: Sheol. Essa palavra também pode ser traduzida por profundezas, pó ou morte.
  4. 23.27 Ou adúltera
  5. 23.29 Ou embaçados

23 Quando te assentares a comer com um governador, atenta bem para o que se te pôs diante; e põe uma faca à tua garganta, se és homem glutão. Não cobices os seus manjares gostosos, porque são pão de mentiras. Não te canses para enriqueceres; dá de mão à tua própria sabedoria. Porventura, fitarás os olhos naquilo que não é nada? Porque, certamente, isso se fará asas e voará ao céu como a águia. Não comas o pão daquele que tem os olhos malignos, nem cobices os seus manjares gostosos. Porque, como imaginou na sua alma, assim é; ele te dirá: Come e bebe; mas o seu coração não estará contigo. Vomitarias o bocado que comeste e perderias as tuas suaves palavras. Não fales aos ouvidos do tolo, porque desprezará a sabedoria das tuas palavras. 10 Não removas os limites antigos, nem entres nas herdades dos órfãos, 11 porque o seu Redentor é forte; ele pleiteará a sua causa contra ti. 12 Aplica à disciplina o teu coração e os teus ouvidos, às palavras do conhecimento. 13 Não retires a disciplina da criança, porque, fustigando-a com a vara, nem por isso morrerá. 14 Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno. 15 Filho meu, se o teu coração for sábio, alegrar-se-á o meu coração, sim, o meu próprio. 16 E exultará o meu íntimo, quando os teus lábios falarem coisas retas. 17 Não tenha o teu coração inveja dos pecadores; antes, sê no temor do Senhor todo o dia. 18 Porque deveras há um fim bom; não será malograda a tua esperança.

19 Ouve tu, filho meu, e sê sábio e dirige no caminho o teu coração. 20 Não estejas entre os beberrões de vinho, nem entre os comilões de carne. 21 Porque o beberrão e o comilão cairão em pobreza; e a sonolência faz trazer as vestes rotas.

22 Ouve a teu pai, que te gerou, e não desprezes a tua mãe, quando vier a envelhecer. 23 Compra a verdade e não a vendas; sim, a sabedoria, e a disciplina, e a prudência. 24 Grandemente se regozijará o pai do justo, e o que gerar a um sábio se alegrará nele. 25 Alegrem-se teu pai e tua mãe, e regozije-se a que te gerou. 26 Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos observem os meus caminhos. 27 Porque cova profunda é a prostituta, e poço estreito, a estranha. 28 Também ela, como um salteador, se põe a espreitar e multiplica entre os homens os iníquos.

29 Para quem são os ais? Para quem, os pesares? Para quem, as pelejas? Para quem, as queixas? Para quem, as feridas sem causa? E para quem, os olhos vermelhos? 30 Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando bebida misturada. 31 Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. 32 No seu fim, morderá como a cobra e, como o basilisco, picará. 33 Os teus olhos olharão para as mulheres estranhas, e o teu coração falará perversidades. 34 E serás como o que dorme no meio do mar e como o que dorme no topo do mastro 35 e dirás: Espancaram-me, e não me doeu; bateram-me, e não o senti; quando virei a despertar? Ainda tornarei a buscá-la outra vez.