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Purificação após o parto

12 O Senhor disse a Moisés para dar as seguintes instruções ao povo de Israel: “Quando nascer uma criança, se for rapaz a mãe será cerimonialmente impura por 7 dias, sob as mesmas restrições que durante os seus períodos menstruais. No oitavo dia o menino será circuncidado. E durante os 33 dias seguintes, enquanto a mãe recupera da sua impureza ritual, não deverá tocar em nada que seja sagrado, nem entrar no tabernáculo. Se for uma menina que tiver nascido, a impureza da mãe prolongar-se-á por duas semanas, durante as quais ficará sob as mesmas restrições que durante os seus períodos menstruais. Depois, durante mais 66 dias, continuará a recuperar da sua impureza.

Quando acabarem estes dias de purificação, por um menino ou por uma menina, deverá trazer um cordeiro de um ano como holocausto, mais um pombo de pouca idade, ou uma rola, para expiação do pecado. Deverá trazê-los até ao sacerdote, à porta da tenda do encontro, e este oferecê-lo-á ao Senhor para fazer expiação por ela. Assim será limpa novamente depois da sua perda de sangue. Isto é o que deverá fazer depois do nascimento do filho.

Mas se for demasiado pobre para poder obter um cordeiro, poderá trazer duas rolas ou dois pombinhos. Um deles será para o holocausto e o outro para a oferta de expiação do pecado. O sacerdote fará a expiação por ela, com estes animais, e será limpa novamente.”

Leis referentes à lepra

13 O Senhor disse a Moisés e a Aarão: “Se alguém notar na sua pele um inchaço ou uma crosta ou um empolamento, deverá ser suspeito de estar com lepra. Será levado a Aarão, o sacerdote, ou a um dos seus filhos, para ser observado. Se o pelo desse sítio afetado se tiver tornado branco e tiver a aparência de algo mais profundo que a pele, é porque se trata de lepra; o sacerdote terá de o declarar impuro.

Mas se a mancha branca não der a impressão de ser mais funda que a pele, e se o pelo não se tiver tornado branco, o sacerdote pô-lo-á de quarentena durante sete dias. Ao fim desse tempo, ao sétimo dia, o sacerdote o examinará de novo; se a mancha não se tiver alterado nem alastrado na pele, então o sacerdote mantê-lo-á retirado ainda por mais sete dias, examinando-o de novo ao fim desse tempo. Se a mancha se tiver tornado menos carregada, e não se tiver espalhado, então o sacerdote o declarará sarado. Tratava-se apenas duma lesão superficial. A pessoa só terá de lavar a roupa e tudo continuará normalmente para si. Mas se a mancha alastrar, após ter sido observada pelo sacerdote, deverá voltar junto dele; o sacerdote o examinará e, se for o caso, deverá declará-lo impuro; está leproso.

Quando alguém suspeito de lepra for trazido ao sacerdote, 10 este verá se há um inchaço branco na pele, se o pelo naquele sítio se tornou branco e se aparece carne viva. 11 Se estes sintomas se confirmarem, é sem dúvida um caso declarado de lepra. O sacerdote deverá declará-lo impuro. Essa pessoa não ficará de quarentena para observação posterior, porque está diagnosticado definitivamente o mal.

12 Contudo, se o sacerdote vir que a lepra irrompeu e se espalhou por todo o corpo, da cabeça aos pés, 13 tanto quanto se pode ver, então o sacerdote o declarará sarado da lepra, visto que se tornou todo branco. Está portanto limpo. 14 Mas se aparecer carne viva nalgum sítio, a pessoa será declarada impura. 15 A lepra está provada pela carne viva que apareceu. 16 No entanto, se a carne viva se fizer mais tarde branca, o leproso deverá voltar ao sacerdote, 17 para que este o examine novamente. Se aquela parte se tiver tornado, com efeito, completamente branca, então o sacerdote o declarará limpo.

18 No caso de uma pessoa ter uma ferida na pele, 19 e vier depois a sarar, tendo ficado no entanto um inchaço branco ou uma mancha avermelhada, a pessoa deve ir ter com o sacerdote para ser examinada. 20 Se o sacerdote vir que aquela afeção é mais funda que a pele, e se o pelo se tornou branco, então deverá declará-la impura, porque foi lepra que brotou da ferida anterior. 21 No entanto, se o sacerdote vir que não há pelo branco no sítio, e que não dá a impressão de ser mais fundo que a pele, e se tiver tornado escura, a pessoa ficará de quarentena durante sete dias. 22 Durante esse espaço de tempo, se a mancha se espalhar, o sacerdote considerá-la-á impura; está leprosa. 23 No entanto se não se tiver alastrado, nem se tiver tornado maior, é porque se trata simplesmente de uma inflamação superficial; o sacerdote declará-la-á limpa.

24 Se uma pessoa se queimar de alguma maneira, e o sítio da queimadura se tornar avermelhado ou branco, 25 então o sacerdote deverá examiná-la; e se o cabelo se tiver tornado branco, e a aparência for de algo mais profundo que a pele, é porque se trata de lepra que brotou da queimadura. O sacerdote deverá declará-la impura; está leprosa. 26 Mas se o sacerdote vir que não há naquele sítio pelo branco e que aquela branquidão não tem aspeto de ser mais profunda que a pele, e que se vai esbatendo, o sacerdote pô-lo-á de quarentena durante sete dias, 27 tornando a examinar a pessoa ao fim desse tempo. Se a mancha se tiver espalhado, o sacerdote considerá-la-á impura; está leprosa. 28 Mas se não se tiver alastrado e for esmorecendo, é uma mera lesão da pele e o sacerdote deverá declará-la limpo; não há lepra.

29 Se um homem, ou uma mulher, tiverem uma chaga na cabeça ou na barba, 30 o sacerdote terá de o examinar. Se a infeção parecer mais profunda que a pele e o cabelo se tornar amarelo, o sacerdote deverá considerá-lo imundo; está leproso. 31 Mas se o exame do sacerdote revelar que essa afeção é apenas superficial e que o pelo naquele sítio é preto, então ficará de quarentena por sete dias. 32 Após esse tempo será examinado de novo; se a afeção não tiver alastrado, não tiver aparecido pelo amarelo e não parecer mais funda que a pele, 33 deverá rapar todo o cabelo à volta da afeção, mas não no próprio sítio, e o sacerdote voltará a pô-lo de quarentena por mais sete dias. 34 Depois será outra vez examinado ao sétimo dia; e se a mancha se não tiver alastrado nem tiver aspeto de ser mais profunda que a pele, então o sacerdote declará-lo-á limpo; depois de lavar a sua roupa essa pessoa poderá ir em paz. 35 No entanto, se mais tarde a mancha começar a espalhar-se, 36 o sacerdote terá de o examinar de novo e mesmo que não veja o pelo amarelecer, deverá declará-lo impuro. 37 Mas se notar que parou na sua evolução, e que há cabelo preto naquele sítio, é porque está curado e não há lepra. O sacerdote deverá considerá-lo limpo.

38 Se um homem ou uma mulher tiverem empolamentos brancos (ou transparentes) na sua pele, 39 que vão escurecendo progressivamente, é porque não se trata de lepra, mas de uma infeção vulgar que brotou nessa área da pele; está limpo.

40 Se o cabelo dum homem começar a cair, não é por isso que é impuro, ainda que venha a ficar completamente calvo. 41 Se lhe cair o cabelo na parte da frente da cabeça será naturalmente uma calvície, mas não se poderá considerar leproso; está puro.

42 Contudo, se na parte calva da cabeça houver uma mancha avermelhada, então sim, poderá tratar-se de lepra a despontar. 43 Nesse caso o sacerdote examinará a pessoa e se houver um inchaço branco começando a avermelhar, parecendo lepra, 44 é porque está certamente leprosa, e o sacerdote deverá declará-la impura.

45 Alguém que se constate que é leproso deverá rasgar a sua roupa, destapar a cabeça e não se pentear; cobrir o lábio superior e clamar: ‘Impuro! Impuro!’ 46 Todo o tempo que durar a doença estará impuro e deverá viver fora do acampamento.

47 Quando se declarar lepra nalguma peça de vestuário de lã ou de linho, 48 de tecido ou tricotada, ou em qualquer espécie de couro, ou em algo fabricado com peles, 49 e apareça uma mancha cinzenta ou avermelhada, é provavelmente lepra. Deverá ser levado ao sacerdote para que examine. 50 Este manterá o objeto ou peça de vestuário fechado durante sete dias. 51 Ao sétimo dia tornará a observá-lo; se a mancha tiver alastrado é porque se trata de lepra maligna; está impuro. 52 Terá de queimar essa roupa ou objeto, seja de que tecido for; linho, lã, malha ou pele, pois trata-se de algo maligno. Terá de ser destruído pelo fogo.

53 Contudo, se quando o examinar de novo ao sétimo dia, a mancha não tiver alastrado, 54 o sacerdote mandará que essa coisa seja lavada e de novo isolada por mais sete dias; 55 após o que, se a mancha não tiver mudado de cor, mesmo que não tenha alastrado, será lepra e deverá ser queimada, porque está infetada tanto de fora como da parte de dentro do tecido. 56 Se o sacerdote vir que a mancha se esvaneceu depois da lavagem, então cortará essa parte do tecido, da pele ou da malha. 57 Contudo, se tornar a aparecer, é porque se trata de lepra; deverá ser queimado. 58 Se depois de ter sido lavado aqueles vestígios tiverem desaparecido, poderá ser usado novamente; está limpo.

59 Estas são as leis respeitantes à lepra em vestuário de lã ou de linho, ou em qualquer coisa feita de pele ou de couro, para se saber se deve ser declarado limpo ou impuro.”

A purificação da lepra

14 O Senhor deu a Moisés as seguintes regulamentações respeitantes a uma pessoa cuja lepra desaparece: “O sacerdote sairá fora do acampamento para a examinar. Se chegar à conclusão de que a lepra se foi, deverá requerer dois pássaros vivos de uma espécie que seja permitida comer, e ainda um pedaço de madeira de cedro, um fio carmesim e alguns ramos de hissopo, para serem usados na cerimónia de purificação de alguém que foi curado. O sacerdote mandará que uma das aves seja morta dentro dum recipiente de barro, mas sob água a correr. O outro pássaro que ficou vivo será molhado no sangue que está no vaso, juntamente com a madeira de cedro, o fio de escarlate e os ramos de hissopo. Depois o sacerdote aspergirá o sangue sete vezes sobre a pessoa curada de lepra e declará-la-á limpa, soltando a ave viva para que voe livremente sobre os campos.

Seguidamente, a pessoa curada deverá lavar a sua roupa, rapar todo o pelo do corpo, lavar-se para ficar limpa, e só depois voltará a viver no interior do acampamento. Contudo, ainda deverá permanecer durante sete dias fora da sua tenda. Ao sétimo dia rapará todo o cabelo da cabeça, da barba, das sobrancelhas, lavará a sua roupa, lavar-se a si próprio, e só então será declarado inteiramente limpo da sua lepra.

10 No dia seguinte, no oitavo dia, pegará em dois cordeiros machos, uma cordeirinha no primeiro ano de vida, todos sem nenhum defeito físico, em 6,6 litros de farinha moída muito fina, amassada com azeite; trará ainda 1/3 de um litro de azeite, 11 e o sacerdote que examina colocará a pessoa com as suas ofertas perante o Senhor à entrada da tenda do encontro.

12 O sacerdote tomará dois cordeiros e 1/3 de um litro de azeite e oferecê-lo-á ao Senhor como oferta pela culpa, e isso com um gesto de apresentação cerimonial perante o altar. 13 Seguidamente, matará o cordeiro no lugar em que se degolam as ofertas pelo pecado e os holocaustos, no pátio. Esta oferta pela culpa será dada ao sacerdote para o seu alimento, como acontece com a oferta pelo pecado. Trata-se de algo santíssimo. 14 O sacerdote tomará do sangue desta expiação de culpa e porá um pouco sobre a ponta da orelha direita da pessoa que tem de purificar-se, assim como sobre os dedos polegares da mão direita e do pé direito.

15 Depois o sacerdote tomará do azeite e o derramará sobre a palma da sua própria mão esquerda; 16 molhará nele o dedo da mão direita e com este salpicará sete vezes na presença do Senhor. 17 Deste azeite, o que lhe ficar, porá ainda na ponta da orelha direita da pessoa que está a purificar-se, assim como no dedo polegar da mão direita e no do pé direito, como fez com o sangue da expiação de culpa. 18 O resto do azeite da sua mão será usado para ungir a pessoa, pondo-o sobre a sua cabeça. Assim, o sacerdote fará expiação por ela perante o Senhor.

19 Seguidamente, o sacerdote deverá apresentar a oferta pelo pecado e de novo executar o ritual de resgate pela pessoa que está sendo purificada da lepra. A seguir, o sacerdote matará o animal para o holocausto; 20 oferecê-lo-á com a oferta de cereais, sobre o altar, fazendo expiação pela pessoa, que desta forma será considerada finalmente purificada.

21 Se for tão pobre que não possa oferecer dois cordeiros, trará somente um que seja macho, para a expiação de culpa, a fim de ser apresentado na cerimónia de expiação, fazendo o gesto de apresentação cerimonial; trará ainda 2,2 litros de fina farinha branca, amassada com azeite, para a oferta de cereais, e 1/3 de um litro de azeite. 22 Trará também duas rolas ou dois pombos novinhos, conforme o que conseguir alcançar, e usará um deles para a expiação do pecado e o outro para o holocausto.

23 Deverá trazê-los ao sacerdote à entrada da tenda do encontro, ao oitavo dia, para a cerimónia da purificação na presença do Senhor. 24 O sacerdote tomará o cordeiro para a expiação de culpa, assim como 1/3 de um litro de azeite e os dará com um gesto de apresentação cerimonial perante o altar como oferta ao Senhor. 25 Depois matará o cordeiro da expiação de culpa e porá do seu sangue sobre a ponta da orelha direita da pessoa, a favor de quem se está realizando a cerimónia, assim como sobre o polegar da sua mão direita e do seu pé direito.

26 O sacerdote depois derramará algum do azeite sobre a palma da sua própria mão esquerda 27 e com o dedo da outra mão aspergi-lo-á sete vezes perante o Senhor. 28 Mais ainda, porá desse azeite sobre a ponta da orelha direita da pessoa e sobre o polegar da sua mão direita e do seu pé direito, tal como fizera com o sangue da expiação de culpa. 29 O resto do azeite que lhe ficou na mão servirá para ungir a pessoa, derramando-o sobre a sua cabeça. Será assim que o sacerdote fará expiação por ela perante o Senhor.

30 Depois deve oferecer as duas rolas ou os dois pombinhos, conforme o que tiver podido arranjar. 31 Um dos dois animais é para a expiação do pecado e o outro para o holocausto, para serem sacrificados com a oferta de cereais. E o sacerdote fará a expiação pela pessoa na presença do Senhor. 32 São pois estas as leis referentes àqueles que são purificados da lepra, mas que não podem trazer os sacrifícios normalmente requeridos para essa cerimónia.”

33 Então o Senhor disse a Moisés e a Aarão: 34 “Quando chegarem à terra de Canaã, a qual eu vos dei, e eu puser a lepra nalguma casa ali, 35 o seu proprietário deverá vir comunicá-lo ao sacerdote: ‘Parece-me que haverá lepra na minha casa.’ 36 O sacerdote mandará que a casa seja despejada e fique vazia antes de ir examiná-la, de forma a que não haja necessidade de considerar tudo o que lá estava dentro impuro. 37 Se ele vir que as paredes apresentam umas concavidades esverdeadas ou avermelhadas, que parecem ser mais fundas que as paredes, 38 mandará fechar a casa por sete dias; 39 ao sétimo tornará a observar. Se as pequenas manchas se tiverem espalhado, 40 o sacerdote mandará deitar abaixo aquela parte da parede que está afetada e lançará as pedras num lugar impuro fora da cidade. 41 Depois fará raspar as paredes da casa, no interior, e o que tiver caído dessa raspagem será lançado no mesmo lugar impuro no exterior da cidade. 42 Pôr-se-ão outras pedras no lugar das que foram tiradas, e se refarão novamente as paredes.

43 Se as manchas tornarem a aparecer, 44 o sacerdote virá e observará; se constatar que as manchas se espalharam, é porque é lepra; a casa está impura. 45 Deverá então dar ordens para que a casa seja destruída e que as pedras, madeira e barro, que constituíam o material com que a casa era feita, sejam lançados fora da cidade num lugar impuro.

46 Alguém que tiver entretanto penetrado lá dentro, enquanto ela estava fechada, será impuro até ao cair da noite. 47 Alguém que tenha dormido ou comido lá dentro deverá lavar a sua roupa.

48 Mas se, quando o sacerdote tiver vindo observá-la pela segunda vez, as manchas não tiverem reaparecido, após a nova feitura das paredes, então declarará a casa limpa e considerará que a lepra desapareceu. 49 Fará também uma cerimónia de purificação, usando duas aves, madeiras de cedro, fio escarlate e ramos de hissopo. 50 Matará uma das aves sobre água corrente, dentro de um recipiente de barro; 51 molhará a madeira de cedro, assim como o fio escarlate, o ramo de hissopo, e igualmente a outra ave que ficou viva, com o sangue da ave morta sobre água a correr, e salpicará a casa sete vezes. 52 Ele purificará a casa com o sangue da ave, com a água da fonte, com a ave viva, com a madeira de cedro, com o hissopo e com o fio escarlate. Desta forma, a casa ficará limpa. 53 Depois deixará a outra ave livre, voando sobre os campos em redor da cidade. É desta maneira que se fará o resgate da casa e a sua purificação.

54 São pois estes os regulamentos respeitantes aos vários sítios em que a lepra pode aparecer: 55 na roupa, numa casa, 56 no inchaço da pele de uma pessoa, numa ferida, num empolamento. 57 Desta forma, saberão efetivamente quando está impuro e quando está limpo. Esta é a lei da lepra.”

Impurezas do homem

15 O Senhor disse a Moisés e a Aarão que dessem ao povo mais estas ordenações: “Alguém que tenha um corrimento dos seus órgãos fica cerimonialmente impuro; seja de carácter contínuo, regular ou que se interrompa por alguma razão.

A cama onde dormir ou o sítio onde se sentar ficará impuro. Da mesma forma, quem tocar a cama desse homem fica cerimonialmente impuro até ao cair da noite; deverá lavar-se bem como a sua roupa. Alguém que se sente no sítio onde esse homem também se sentou, enquanto estava impuro, fica também cerimonialmente impuro até à noite; deverá lavar-se bem como a sua roupa.

As mesmas instruções se aplicam a alguém que tocar nele próprio.

Aquele sobre quem a sua saliva cair fica cerimonialmente impuro até à noite; deve lavar-se bem como a sua roupa.

Também toda a sela em que cavalgar será imunda. 10 Alguém que tocar ou que carregar uma coisa que tenha estado sob ele será impura até à noite; deverá lavar-se bem como a sua roupa.

11 Se aquele que está impuro tocar em alguém, antes de lavar primeiramente as mãos, essa outra pessoa deve lavar-se e lavar a sua roupa; estará impura até à noite.

12 Qualquer recipiente de barro em que tocar o homem impuro deverá ser quebrado; se se tratar de um utensílio de madeira, deverá ser lavado com água.

13 Quando o corrimento parar deverá fazer a sua purificação durante sete dias, começando por lavar a roupa e banhar-se em água corrente. 14 No oitavo dia tomará duas rolas ou dois pombos novinhos e virá à presença do Senhor à entrada da tenda do encontro, entregando-os ao sacerdote. 15 O sacerdote sacrificá-los-á ali; um para a expiação do pecado e o outro para o holocausto. Assim fará o sacerdote expiação perante o Senhor pelo homem, por causa da sua descarga.

16 Também quando a semente dum homem sair dele, deverá tomar um banho completo e ficará impuro até ao fim da tarde. 17 Qualquer roupa de vestuário ou da cama em que haja dessa semente deverá ser lavada e ficará cerimonialmente impura até ao anoitecer. 18 Depois duma relação sexual, tanto a mulher como o homem devem banhar-se; ficarão impuros até ao anoitecer seguinte.

Impurezas da mulher

19 Quando uma mulher tiver o seu fluxo menstrual, ficará em estado de impureza cerimonial pelo espaço de sete dias; durante esse tempo, alguém que lhe tocar ficará impuro até ao entardecer.

20 Tudo aquilo sobre que se deitar ou sentar durante esse tempo será impuro. 21 Alguém que tocar na sua cama, onde ela este deitada, deverá lavar-se, bem como as suas roupas, e permanecerá impuro até ao cair da noite. 22 Se tocar em algo sobre o qual ela esteve sentada, tiver sentado deverá lavar-se, bem como as suas roupas, e permanecerá impuro até ao cair da noite. 23 Também se alguma coisa se encontrar sobre a cama ou sobre o objeto no qual ela estava sentada, isso ficará impuro até a noite.

24 Um homem que tenha com ela relação sexual durante este tempo será impuro durante sete dias; qualquer cama onde se deite será igualmente impura.

25 Se o fluxo menstrual continuar além do tempo normal, ou acontecer fora da altura prevista, aplicar-se-ão as mesmas regras indicadas acima, de tal forma que qualquer coisa onde se deitar ficará impura, tal como aconteceria se a menstruação tivesse vindo no tempo normal; 26 aquilo onde se sentar ficará em igual estado de impureza cerimonial. 27 Alguém que tocar na sua cama ou naquilo em que se sentar ficará impuro e deverá lavar as suas roupas e banhar-se, ficando impuro até ao cair da noite.

28 Sete dias após ter passado a menstruação, a mulher deixa de ser ritualmente impura. 29 Ao oitavo dia trará duas rolas ou dois pombinhos ao sacerdote à entrada da tenda do encontro; 30 o sacerdote oferecerá um para a expiação do pecado e o outro para o holocausto, fazendo expiação por ela perante o Senhor, por causa da situação de impureza quando do período menstrual.

31 Desta maneira, purificarão o povo de Israel das suas impurezas, para que não morram ao contaminar o tabernáculo que está no meio deles.

32 Esta é a lei aplicada ao homem por causa duma descarga genital ou duma emissão seminal; 33 e à mulher, quando do período menstrual, e ainda a alguém que tenha relação sexual com ela, no espaço de tempo seguinte em que está impura.”

O dia de expiação

(Hb 9.7-15)

16 Depois da morte dos dois filhos de Aarão, por terem entrado na presença do Senhor com fogo estranho, o Senhor disse a Moisés: “Avisa o teu irmão Aarão que não entre sempre que queira, numa altura qualquer, no lugar santíssimo para além do véu, onde estão a arca e o lugar de misericórdia; porque se o fizesse, morreria. Porque eu próprio estou presente na nuvem que está sobre o propiciatório.

Aarão deverá entrar no santuário levando consigo um novilho para o sacrifício pelo pecado e um carneiro para o holocausto. Antes de entrar, Aarão deverá lavar-se e vestirá as roupas sacerdotais sagradas, todas confeccionadas em linho, isto é, os calções, a túnica e o cinto; e na cabeça ele colocará o turbante também feito de linho puro. O povo de Israel deverá trazer-lhe dois bodes para a expiação dos pecados e um carneiro para o holocausto.

Primeiramente apresentará o novilho de expiação por si próprio, fazendo expiação por si e pela sua família. Depois trará os dois bodes perante o Senhor à entrada da tenda do encontro; lançará sortes para determinar qual dos dois é para o Senhor e qual o que deverá ser mandado para longe, para Azazel.[a] O bode que calhou para o Senhor será sacrificado por Aarão para a expiação do pecado. 10 O outro será deixado com vida e colocado perante o Senhor. O rito da expiação será realizado sobre ele e depois mandado para o deserto, para Azazel.

11 Depois de Aarão ter sacrificado o novilho de expiação do pecado, por si e pela sua família, 12 tomará também o incensário cheio de brasas do fogo do altar do Senhor, e encherá as mãos com o incenso aromático moído em pó fino e o trará para dentro do véu. 13 Ali, perante o Senhor, porá o incenso sobre o fogo, de forma que uma nuvem cubra o propiciatório sobre a arca do testemunho; assim não morrerá. 14 E trará sangue do novilho, salpicando-o com o seu dedo para o lado do oriente do propiciatório, e depois sete vezes na sua frente.

15 Então deverá sair e sacrificar o bode de expiação pelo pecado do povo, trazendo o seu sangue para o interior do véu, e salpicar com ele o propiciatório e também a sua frente, tal como fez com o sangue do novilho. 16 Fará assim expiação pelo lugar santíssimo, porque ficou contaminado com os pecados do povo de Israel e pela tenda do encontro, que está erguida no meio deles, ficando rodeado da sua impureza. 17 Ninguém mais deverá estar na tenda do encontro, quando Aarão entrar para fazer expiação no santuário, até ao momento em que ele sair, depois de ter feito expiação por si e pela sua família, assim como por todo o povo de Israel.

18 Depois deverá sair e vir até junto do altar perante o Senhor e fazer expiação pelo próprio altar. Terá de untar, com sangue do novilho e do bode, os chifres do altar, 19 e salpicar com aquele sangue sete vezes o altar, com o seu dedo, purificando-o das impurezas de Israel e santificando-o.

20 Quando tiver completado este ritual do resgate do santuário e de toda a tenda do encontro, assim como do altar, trará o bode que ficou vivo; 21 pondo as duas mãos sobre a sua cabeça, confessará, sobre esse animal, todos os pecados do povo de Israel. Porá dessa forma sobre a cabeça do bode todos os pecados e o mandará para o deserto conduzido por um homem designado para esse encargo. 22 O bode carregará todos os pecados do povo para uma terra onde ninguém vive; o homem deixá-lo-á livre lá no deserto.

23 Depois Aarão entrará de novo na tenda do encontro, despirá a roupa de linho que trazia vestida, quando foi para lá do véu, e a deixará ali no tabernáculo. 24 Seguidamente, lavar-se-á num lugar santo, tornará a pôr o vestuário habitual e sairá para sacrificar o seu próprio holocausto e do povo, fazendo resgate por si e por eles. 25 A gordura da oferta do pecado queimará sobre o altar.

26 O homem que levou o bode para o deserto deverá depois lavar os seus vestidos e banhar-se; só depois tornará a entrar no acampamento. 27 O novilho e o bode usados na oferta pelo pecado, cujo sangue foi levado para o santuário por Aarão para fazer a expiação, serão levados para fora do campo e queimados, incluindo a pele e as partes intestinais. 28 Depois disso, a pessoa que os queimar deverá lavar a sua roupa e banhar-se antes de regressar ao acampamento.

29 A seguinte lei terá validade perpétua: Não deverão trabalhar no dia 10 do sétimo mês;[b] passarão esse dia em reflexão íntima e humildade. Isto aplica-se tanto ao que tiver nascido na terra, como ao estrangeiro que esteja no meio do povo de Israel. 30 Porque este é o dia em que se faz a expiação que vos purifica dos vossos pecados aos olhos do Senhor. 31 Será um sábado solene de descanso e deverão passar o dia em humilde recolhimento. Isto é uma lei perpétua. 32 Esta cerimónia, nas gerações futuras, será executada pelo sumo sacerdote, que tiver sido ungido para tal e consagrado no lugar do seu antepassado Aarão. Só ele porá as roupas sagradas de linho; 33 fará expiação pelo lugar santíssimo, pela tenda do encontro, pelo altar, pelos sacerdotes e pelo povo.

34 Isto será uma lei para sempre que vos diz respeito, para que se faça expiação pelo povo de Israel uma vez por ano, por causa dos seus pecados.”

Aarão seguiu todas estas instruções que o Senhor deu a Moisés.

Proibição de comer sangue

17 O Senhor deu a Moisés mais as seguintes instruções para que as transmitisse a Aarão, aos sacerdotes e a todo o povo de Israel: “Qualquer israelita que sacrificar um boi, um cordeiro ou uma cabra noutro sítio que não seja no acampamento, à entrada da tenda do encontro, para o oferecer ao Senhor, tal homem será culpado, porque fez derramar sangue; terá de ser expulso da sua nação. O fim desta lei é impedir que os israelitas façam sacrifícios nos campos e levá-los a trazerem-nos antes ao sacerdote, à entrada da tenda do encontro, e a oferecerem-nos como ofertas de paz ao Senhor. Porque desta maneira o sacerdote poderá aspergir o sangue sobre o altar do Senhor, à entrada da tenda do encontro, e queimar a gordura como um cheiro que o Senhor muito apreciará. E dessa forma não sacrificarão mais aos bodes,[c] prestando-lhes um culto de zombaria. Isto será uma lei perpétua para vocês, por todas as gerações.

Repito: Alguém, seja israelita ou estrangeiro que viva no vosso meio, que ofereça um holocausto ou um sacrifício, noutro sítio que não seja à entrada da tenda do encontro, onde deve ser sacrificado ao Senhor, será excomungado.

10 Também me levantarei contra alguém, seja israelita, seja um estrangeiro que viva entre vocês, que coma sangue, seja de que forma for. Expulsá-lo-ei do meu povo. 11 Porque a vida da carne está no sangue. Dei-vos o sangue para que seja aspergido sobre o altar como expiação pelas vossas almas. É pelo sangue que se faz a expiação, porque o sangue é a vida. 12 Portanto, este é o meu decreto para o povo de Israel: que nem eles nem nenhum estrangeiro que viva entre eles coma sangue.

13 Seja quem for, israelita ou estrangeiro entre eles, que vá à caça e mate um animal ou uma ave dos que é permitido comerem, deverá derramar o seu sangue e cobri-lo com terra; 14 porque o sangue é a vida. É por isso que digo ao povo de Israel para nunca o comer, porque a vida de toda a ave, de todo o animal, está no seu sangue. Portanto, alguém que come sangue deverá ser expulso da comunidade de Israel.

15 E também alguém, nascido na terra ou estrangeiro, que coma o corpo morto dum animal que tenha morrido por si mesmo, ou que tenha sido despedaçado por outro animal, deverá lavar a sua roupa e banhar-se, permanecendo impuro até ao cair da noite. Depois disso, será declarado limpo. 16 Se tal não fizer, terá de sofrer as consequências.”

Regras sobre relações sexuais

18 O Senhor disse então a Moisés para comunicar isto ao povo de Israel: “Eu sou Senhor, o vosso Deus, portanto não façam as mesmas coisas que os povos do Egito, onde viveram tanto tempo, ou os de Canaã, para onde vos levarei. Devem obedecer às minhas leis e cumpri-las em todos os detalhes, porque eu sou o Senhor, vosso Deus. Obedeçam-lhes, porque quem cumprir estas prescrições viverá por elas. Eu sou o Senhor.

Nenhum de vocês terá relações sexuais com um parente próximo. Eu sou o Senhor.

Não deves ter relações sexuais com a tua mãe! Seria desonrar o teu pai.

Não deves ter relações sexuais com a mulher casada com o teu pai, pois seria desonrar o teu pai.

Não deves ter relações sexuais com a tua irmã, ou meia-irmã, seja esta filha do teu pai ou da tua mãe, nascida na sua própria casa ou não.

10 Não terás relações sexuais com a tua neta, filha do teu filho ou da tua filha, porque é como se fosse a tua própria carne.

11 Não poderás ter relações sexuais com a tua meia-irmã, a filha da mulher do teu pai.

12 Não poderás ter relações sexuais com a tua tia, irmã do teu pai, porque é alguém ligado intimamente ao teu pai.

13 Não poderás ter relações sexuais com a irmã da tua mãe, pela mesma razão, de estar ligada à tua mãe.

14 Não poderás ter relações sexuais com a mulher do irmão do teu pai.

15 Não poderás ter relações sexuais com a tua nora, a mulher do teu filho.

16 Não poderás ter relações sexuais com a mulher do teu irmão; porque é como se fosse o teu próprio irmão.

17 Não terás relações sexuais ao mesmo tempo com uma mulher e com a sua filha ou neta, porque são parentes muito próximas; tal ato é condenável.

18 Não terás relações sexuais com duas irmãs, pois poderiam criar-se rivalidades.

19 Não deverás ter relações sexuais com a mulher durante a sua menstruação.

20 Nem tão-pouco com a mulher do teu semelhante, para que não se contaminem ambos.

21 Não darás nenhum dos teus filhos a Moloque, queimando-os para prestar culto a este, profanando o nome do teu Deus. Eu sou Senhor.

22 Um homem não deve ter relações sexuais com outro homem, pois trata-se de uma coisa abominável.

23 Um homem não poderá ter relações sexuais com um animal fêmea, contaminando-se dessa forma; da mesma forma uma mulher não se dará a si mesmo a um animal macho, para se juntar com ele. Trata-se de uma perversão.

24 Não se contaminem de nenhuma destas maneiras; porque isto são as coisas que fazem os habitantes da terra para onde vão, que expulso perante vocês. 25 Toda aquela terra está contaminada com essa espécie de atos. Por isso, castigarei os povos que lá vivem, e os lançarei para fora dali como um vómito! 26 Deverão obedecer estritamente às minhas leis e nunca farão estas coisas abomináveis. Isto aplica-se tanto a vocês que nasceram no seio da nação de Israel como aos estrangeiros que vivem convosco. 27 Com efeito, todas essas abominações têm sido continuamente cometidas pelos povos da terra para onde vos levo, e a terra está contaminada. 28 Não façam pois estas coisas, porque se não, terei de vos lançar fora dali, tal como irei lançar fora as gentes que lá vivem atualmente.

29 Quem quer que praticar estas coisas abomináveis será excomungado da nação. 30 Portanto, nunca hesitem no cumprimento destas leis e, de forma alguma, pratiquem esses costumes vis. Não se contaminem com os atos abomináveis desses que vivem na terra para onde vão. Porque eu sou o Senhor, o vosso Deus.”

Repetição de diversas leis

19 O Senhor disse também a Moisés que comunicasse o seguinte ao povo de Israel: “Sejam santos, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo.

Devem respeitar as vossas mães e os vossos pais. Deverão também guardar a lei do meu sábado. Porque eu sou o Senhor, vosso Deus.

Não façam nem adorem ídolos, deuses de metal fundido. Eu sou o Senhor, o vosso Deus.

Quando vierem oferecer uma oferta de paz ao Senhor, façam-no de modo voluntário e corretamente, para que seja aceite. Comam-no no mesmo dia em que o oferecerem, ou o mais tardar no dia seguinte. O que ficar para o terceiro dia deve ser queimado, porque aquilo que viesse a ser comido no terceiro dia seria repulsivo para mim, e eu não o aceitaria. Portanto, se comerem disso no terceiro dia serão culpados, porque assim será profanada a santidade de Senhor, e serão excomungados do povo do Senhor.

Quando fizerem as colheitas nas vossas terras, não ceifem os cantos dos campos completamente, nem apanhem as espigas que forem caindo no chão. 10 E o mesmo também durante as vindimas; não apanhem tudo até ao último bago, nas vinhas, nem tão-pouco apanhem os que caírem no chão. Deixem-nos para os pobres e para os que viajem através da terra. Porque eu sou o Senhor, o vosso Deus.

11 Não roubem, não mintam, não usem de falsidade para com o vosso semelhante; 12 não pronunciem juramentos falsos a coberto do meu nome, trazendo assim desonra sobre ele, pois eu sou o Senhor.

13 Não explores nem oprimas ninguém; deverás pagar prontamente aos que trabalham por tua conta.

Se lhes deves alguma coisa, não a guardes sequer para o dia seguinte.

Footnotes

  1. 16.8 Para alguns, Azazel é uma figura demoníaca, normalmente localizada no deserto. Para outros, é uma personificação do próprio deserto.
  2. 16.29 O sétimo mês seria o mês de Tisri ou Etanim. Entre a lua nova do mês de setembro e o mês de outubro.
  3. 17.7 O povo sacrificava a bodes (no hebraico, seirim) que vagueavam pelo deserto e faziam parte do panteão egípcio. A razão para a censura divina é que o povo, na sua caminhada pelo deserto, oferecia sacrifícios a bodes associados a demónios.