Jeremias 52
Almeida Revista e Corrigida 2009
O cerco, tomada e destruição de Jerusalém
52 Era Zedequias da idade de vinte e um anos quando começou a reinar e reinou onze anos em Jerusalém; e o nome de sua mãe era Hamutal, filha de Jeremias, de Libna. 2 E fez o que era mau aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera Jeoaquim. 3 Por esta razão, sucedeu que, por causa da ira do Senhor contra Jerusalém e Judá, ele os lançou fora da sua presença; e Zedequias se rebelou contra o rei da Babilônia. 4 E aconteceu, no ano nono do seu reinado, no mês décimo, no décimo dia do mês, que veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, contra Jerusalém, ele e todo o seu exército, e se acamparam contra ela e levantaram contra ela tranqueiras ao redor. 5 Assim esteve cercada a cidade, até ao ano undécimo do rei Zedequias. 6 No mês quarto, aos nove do mês, quando a fome prevalecia na cidade, e o povo da terra não tinha pão, 7 foi aberta uma brecha na cidade, e todos os homens de guerra fugiram, e saíram de noite, pelo caminho da porta, entre os dois muros que estavam junto ao jardim do rei (porque os caldeus estavam contra a cidade ao redor), e foram pelo caminho da campina. 8 Mas o exército dos caldeus seguiu o rei, e alcançaram Zedequias nas campinas de Jericó, e todo o seu exército se espalhou, abandonando-o. 9 E prenderam o rei e o fizeram subir ao rei da Babilônia, a Ribla, na terra de Hamate, o qual lhe lavrou ali a sentença. 10 E o rei da Babilônia degolou os filhos de Zedequias à sua vista e também degolou a todos os príncipes de Judá, em Ribla. 11 E arrancou os olhos a Zedequias e o atou com duas cadeias de bronze; e o rei da Babilônia o levou para a Babilônia e o conservou na prisão até o dia da sua morte.
12 E, no quinto mês, no décimo dia do mês (este era o décimo nono ano do rei Nabucodonosor, rei da Babilônia), veio Nebuzaradã, capitão da guarda, que assistia na presença do rei da Babilônia, a Jerusalém. 13 E queimou a Casa do Senhor, e a casa do rei, e também a todas as casas de Jerusalém, e incendiou todas as casas dos grandes. 14 E todo o exército dos caldeus que estavam com o capitão da guarda derribou todos os muros que rodeavam Jerusalém. 15 E os mais pobres do povo, e a parte do povo que tinha ficado na cidade, e os rebeldes que se haviam passado para o rei da Babilônia, e o resto da multidão, Nebuzaradã, capitão da guarda, levou presos. 16 Mas dos mais pobres da terra deixou Nebuzaradã, capitão da guarda, ficar alguns, para serem vinhateiros e lavradores.
17 Quebraram mais os caldeus as colunas de bronze que estavam na Casa do Senhor, e as bases, e o mar de bronze que estavam na Casa do Senhor e levaram todo o bronze para a Babilônia. 18 Também tomaram os caldeirões, e as pás, e os garfos, e as bacias, e os perfumadores, e todos os utensílios de bronze, com que se ministrava. 19 E tomou o capitão da guarda os copos, e os incensários, e as bacias, e os caldeirões, e os castiçais, e os perfumadores, e as galhetas, tanto o que era de puro ouro como o que era de prata maciça. 20 As duas colunas, e o único mar, e os doze bois de bronze que estavam no lugar das bases e que fizera o rei Salomão para a Casa do Senhor, o bronze de todos estes utensílios era sem medida. 21 Quanto às colunas, a altura de uma coluna era de dezoito côvados, e um fio de doze côvados a cercava; e era a sua espessura de quatro dedos, e era oca. 22 E havia sobre ela um capitel de bronze, e altura do capitel era de cinco côvados, e a rede e as romãs em roda do capitel; e tudo era de bronze; e semelhante a esta era a outra coluna, com as romãs. 23 E havia noventa e seis romãs em cada banda; as romãs todas eram um cento, em roda da rede. 24 Levou também o capitão da guarda a Seraías, o sumo sacerdote, e a Sofonias, o segundo sacerdote, e aos três guardas do umbral da porta. 25 E da cidade levou um eunuco que tinha a seu cargo a gente de guerra, e a sete homens dos que viam a face do rei que se acharam na cidade, como também o escrivão-mor do exército, que registrava o povo da terra para a guerra, e mais sessenta homens do povo da terra que se acharam no meio da cidade. 26 Tomando-os, pois, Nebuzaradã, capitão da guarda, os trouxe ao rei da Babilônia, a Ribla. 27 E o rei da Babilônia os feriu e os matou em Ribla, na terra de Hamate; assim Judá foi levado da sua terra para o cativeiro. 28 Este é o povo que Nabucodonosor levou cativo no sétimo ano: três mil e vinte e três judeus. 29 No ano décimo oitavo de Nabucodonosor, ele levou cativas de Jerusalém oitocentas e trinta e duas almas. 30 No ano vigésimo terceiro de Nabucodonosor, Nebuzaradã, capitão da guarda, levou cativos, dentre os judeus, setecentas e quarenta e cinco almas; todas as almas são quatro mil e seiscentas.
31 Sucedeu, pois, no ano trigésimo sétimo do cativeiro de Joaquim, rei de Judá, no mês duodécimo, aos vinte e cinco do mês, que Evil-Merodaque, rei da Babilônia, no ano primeiro do seu reinado, levantou a cabeça de Joaquim, rei de Judá, e o tirou da casa da prisão; 32 e falou com ele benignamente e pôs o seu trono acima dos tronos dos reis que estavam com ele em Babilônia; 33 e lhe mudou as vestes da sua prisão, e Joaquim comeu pão sempre na sua presença, todos os dias da sua vida. 34 E, quanto ao seu tratamento, foi-lhe sempre dado o tratamento comum do rei da Babilônia, a sua porção cotidiana, até o dia da sua morte, todos os dias da sua vida.
Jeremias 52
Portuguese New Testament: Easy-to-Read Version
A queda de Jerusalém e exílio
52 Zedequias tinha vinte e um anos quando começou a reinar, e governou onze anos. Sua mãe se chamava Hamutal, filha de Jeremias[a], e era de Libna. 2 Zedequias fez o que não agradava ao SENHOR, como Jeoaquim também tinha feito. 3 Por causa disso, o SENHOR ficou muito irado contra Jerusalém e Judá. Então ele os expulsou da sua presença.
Zedequias se rebelou contra o rei da Babilônia. 4 Então Nabucodonosor, rei da Babilônia, atacou com todo seu exército a Jerusalém. Isso aconteceu no dia dez, do décimo mês do nono ano do reinado de Zedequias. Os babilônios cercaram Jerusalém com seu exército e construíram um muro de terra ao redor da cidade. 5 A cidade esteve cercada até o décimo primeiro ano do reinado de Zedequias.[b] 6 A fome se fez cada vez pior dentro da cidade e no dia nove do quarto mês não tinha mais alimentos para o povo. 7 O exército de Nabucodonosor abriu uma brecha no muro da cidade. Aquela mesma noite o rei Zedequias e todo seu exército fugiram por uma porta secreta que passava pelo muro duplo da cidade, perto do jardim do rei. Os soldados inimigos cercaram a cidade, mas Zedequias e os seus homens escaparam pelo caminho do Arabá. 8 Então o exército babilônio perseguiu ao rei Zedequias e o alcançou na planície de Jericó. Todo o exército de Zedequias o abandonou e se dispersou. 9 Então os babilônios capturaram o rei e o levaram perante o rei da Babilônia, em Ribla, na região de Hamate. Ali Nabucodonosor ditou sentença contra Zedequias. 10 Diante de Zedequias, o rei da Babilônia mandou degolar os filhos de Zedequias, e também fez executar em Ribla a todos os chefes de Judá. 11 Depois ordenou que arrancassem os olhos de Zedequias. Logo, Zedequias foi acorrentado e enviado para a Babilônia onde permaneceu prisioneiro até o dia que morreu.
12 Aos dez dias do quinto mês do ano dezenove[c] do reinado de Nabucodonosor, rei da Babilônia, Nebuzaradã, comandante-geral da guarda e alto funcionário do governo, conseguiu entrar em Jerusalém. 13 Ele incendiou o templo do SENHOR, o palácio do rei, e todas as casas, especialmente as das pessoas mais importantes. 14 Então todo o exército da Babilônia, que estava sob seu mando, derrubou as muralhas de Jerusalém. 15 Nebuzaradã, comandante da guarda, deportou o povo que ainda estava na cidade,[d] os que fugiram e se uniram ao rei da Babilônia, e o resto dos artesãos. 16 Mas ele deixou as pessoas mais pobres do povo para que cuidassem das vinhas e colheitas.
17 Os babilônios quebraram todos os objetos de bronze do templo do SENHOR: as colunas de bronze, as plataformas de bronze, e o grande tanque de bronze. Então levaram todo o bronze para a Babilônia. 18 Também levaram as panelas, as pás, os cortadores de pavio, as taças, as colheres e todos os utensílios de bronze que eram utilizados no serviço do templo. 19 O comandante da guarda levou também as fontes, os incensários, os pratos fundos, as panelas e os candelabros, as colheres e os vasos, tudo feito de ouro e de prata. 20 Não foi possível calcular o peso das duas colunas de bronze, do enorme tanque de bronze, dos doze bois que estavam debaixo da fonte e das bases de bronze que o rei Salomão tinha feito para o templo do SENHOR porque pesavam muito. 21 Cada coluna media oito metros de altura, cinco e meio de circunferência, oito centímetros de largura, e era oca por dentro. 22 O capitel de bronze que estava sobre cada coluna media dois metros de altura e estava enfeitado com uma grade e romãs gravadas em volta sua. A segunda coluna era igual à primeira, com as romãs. 23 Tinham noventa e seis romãs, e com as que estavam ao redor da grade eram cem romãs no total.
24 O comandante da guarda também levou como prisioneiros Seraías, o sumo sacerdote; Sofonias, o segundo sacerdote; e os três porteiros do templo. 25 Dos que ficaram na cidade, ele levou presos o comandante que estava encarregado dos soldados, os sete conselheiros do rei, o chefe de recrutamento do exército (que era quem reunia às pessoas e elegia os que tinham que cumprir o serviço militar), e sessenta pessoas de importância que ainda estavam na cidade. 26 Nebuzaradã, comandante da guarda, prendeu todos eles e os levou perante o rei da Babilônia, que estava em Ribla. 27 Este deu a ordem ali mesmo em Ribla, no território de Hamate, para que os executassem. Assim foi como a nação de Judá foi desterrada. 28 Esta é a quantidade de pessoas que Nabucodonosor desterrou:
no sétimo ano[e] do seu reinado, 3.023 judeus;
29 no ano dezoito[f] do seu reinado, 832 pessoas de Jerusalém;
30 no ano vinte e três[g] do seu reinado, Nebuzaradã, o capitão da guarda real, desterrou 645 judeus.
Ao todo foram exilados 4.600 pessoas.
A liberação do rei Joaquim
31 O rei Joaquim, de Judá, ficou preso por trinta e sete anos. No ano trinta e sete[h] de Joaquim estar preso, Evil-Merodaque se tornou rei da Babilônia. Antes desse ano acabar, no dia vinte e sete do mês doze, o rei mandou tirar Joaquim da prisão. 32 O rei o tratou bem e o favoreceu com um cargo mais importante que o dos outros reis que estavam com ele na Babilônia. 33 Joaquim deixou de usar uniforme de prisioneiro e até o dia da sua morte fez parte da mesa do rei. 34 Além disso, o rei Evil-Merodaque deu a Joaquim uma pensão diária pelo resto da sua vida, até o dia da sua morte.
Footnotes
- 52.1 Jeremias Não é o profeta Jeremias mas outra pessoa com o mesmo nome.
- 52.5 décimo primeiro ano (…) Zedequias Isso aconteceu no ano 587 a.C.
- 52.12 ano dezenove Isso aconteceu no ano 587 a.C.
- 52.15 povo (…) cidade De acordo com a LXX. O TM acrescenta: “as pessoas mais pobres do povo”. Estas palavras aparecem no próximo versículo e podem ter sido copiadas por engano.
- 52.28 sétimo ano Isso aconteceu em meados do ano 598 a.C. a meados do 597 a.C.
- 52.29 ano dezoito Isso aconteceu de meados do ano 588 a.C. a meados do 587 a.C.
- 52.30 ano vinte e três Isso aconteceu de meados do ano 582 a.C. a meados do 581 a.C.
- 52.31 ano trinta e sete Isso aconteceu no ano 561 a.C.
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