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Servidão sob Eglom

12 Porém os filhos de Israel tornaram a fazer o que parecia mal aos olhos do Senhor; então, o Senhor esforçou a Eglom, rei dos moabitas, contra Israel, porquanto fizeram o que parecia mal aos olhos do Senhor. 13 E ajuntou consigo os filhos de Amom e os amalequitas, e foi, e feriu a Israel, e tomaram a cidade das Palmeiras. 14 E os filhos de Israel serviram a Eglom, rei dos moabitas, dezoito anos.

Eúde livra-os

15 Então, os filhos de Israel clamaram ao Senhor, e o Senhor lhes levantou um libertador: Eúde, filho de Gera, benjamita, homem canhoto. E os filhos de Israel enviaram pela sua mão um presente a Eglom, rei dos moabitas. 16 E Eúde fez uma espada de dois fios, do comprimento de um côvado, e cingiu-a por debaixo das suas vestes, à sua coxa direita. 17 E levou aquele presente a Eglom, rei dos moabitas; e era Eglom homem mui gordo. 18 E sucedeu que, acabando de entregar o presente, despediu a gente que trouxera o presente. 19 Porém voltou do ponto em que estão as imagens de escultura, ao pé de Gilgal, e disse: Tenho uma palavra secreta para ti, ó rei. Este disse: Cala-te. E todos os que lhe assistiam saíram de diante dele. 20 E Eúde entrou num cenáculo fresco, que o rei tinha para si só, onde estava assentado, e disse Eúde: Tenho para ti uma palavra de Deus. E levantou-se da cadeira. 21 Então, Eúde estendeu a sua mão esquerda, e lançou mão da espada da sua coxa direita, e lha cravou no ventre, 22 de tal maneira que entrou até à empunhadura após a folha, e a gordura encerrou a folha (porque não tirou a espada do ventre); e saiu-lhe o excremento. 23 Então, Eúde saiu à sala, e cerrou sobre ele as portas do cenáculo, e as fechou. 24 E, saindo ele, vieram os seus servos e viram, e eis que as portas do cenáculo estavam fechadas; e disseram: Sem dúvida está cobrindo seus pés na recâmara do cenáculo fresco. 25 E, esperando até se enfastiarem, eis que não abriu as portas do cenáculo; então, tomaram a chave e abriram, e eis seu senhor estendido morto em terra. 26 E Eúde escapou enquanto eles se demoraram; porque ele passou pelas imagens de escultura e escapou para Seirá. 27 E sucedeu que, entrando ele, tocou a buzina nas montanhas de Efraim; e os filhos de Israel desceram com ele das montanhas, e ele adiante deles. 28 E disse-lhes: Segui-me, porque o Senhor vos tem dado a vossos inimigos, os moabitas, na vossa mão; e desceram após ele, e tomaram os vaus do Jordão a Moabe, e a nenhum deixaram passar. 29 E, naquele tempo, feriram dos moabitas uns dez mil homens, todos corpulentos e todos homens valorosos; e não escapou nenhum. 30 Assim foi subjugado Moabe, naquele dia, debaixo da mão de Israel; e a terra sossegou oitenta anos.

31 Depois dele, foi Sangar, filho de Anate, que feriu seiscentos homens dos filisteus com uma aguilhada de bois; e também ele libertou a Israel.

Servidão sob Jabim, rei de Canaã

Porém os filhos de Israel tornaram a fazer o que parecia mal aos olhos do Senhor, depois de falecer Eúde. E vendeu-os o Senhor em mão de Jabim, rei de Canaã, que reinava em Hazor; e Sísera era o capitão do seu exército, o qual, então, habitava em Harosete-Hagoim. Então, os filhos de Israel clamaram ao Senhor, porquanto Jabim tinha novecentos carros de ferro e por vinte anos oprimia os filhos de Israel violentamente.

Débora e Baraque os livram

E Débora, mulher profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo. E habitava debaixo das palmeiras de Débora, entre Ramá e Betel, nas montanhas de Efraim; e os filhos de Israel subiam a ela a juízo. E enviou, e chamou a Baraque, filho de Abinoão, de Quedes de Naftali, e disse-lhe: Porventura o Senhor, Deus de Israel, não deu ordem, dizendo: Vai, e atrai gente ao monte de Tabor, e toma contigo dez mil homens dos filhos de Naftali e dos filhos de Zebulom? E atrairei a ti para o ribeiro de Quisom a Sísera, capitão do exército de Jabim, com os seus carros e com a sua multidão, e o darei na tua mão. Então, lhe disse Baraque: Se fores comigo, irei; porém, se não fores comigo, não irei. E disse ela: Certamente irei contigo, porém não será tua a honra pelo caminho que levas; pois à mão de uma mulher o Senhor venderá a Sísera. E Débora se levantou e partiu com Baraque para Quedes. 10 Então, Baraque convocou a Zebulom e a Naftali em Quedes e subiu com dez mil homens após si; e Débora subiu com ele.

11 E Héber, queneu, se tinha apartado dos queneus dos filhos de Hobabe, sogro de Moisés, e tinha estendido as suas tendas até ao carvalho de Zaananim, que está junto a Quedes.

12 E anunciaram a Sísera que Baraque, filho de Abinoão, tinha subido ao monte Tabor. 13 E Sísera convocou todos os seus carros, novecentos carros de ferro, e todo o povo que estava com ele, desde Harosete-Hagoim até ao ribeiro de Quisom. 14 Então, disse Débora a Baraque: Levanta-te, porque este é o dia em que o Senhor tem dado a Sísera na tua mão; porventura, o Senhor não saiu diante de ti? Baraque, pois, desceu do monte Tabor, e dez mil homens após ele. 15 E o Senhor derrotou a Sísera, e todos os seus carros, e todo o seu exército a fio de espada, diante de Baraque; e Sísera desceu do carro e fugiu a pé. 16 E Baraque os seguiu após os carros e após o exército, até Harosete-Hagoim, e todo o exército de Sísera caiu a fio de espada, até não ficar um só.

17 Porém Sísera fugiu a pé para a tenda de Jael, mulher de Héber, queneu, porquanto havia paz entre Jabim, rei de Hazor, e a casa de Héber, queneu.

Jael mata a Sísera

18 E Jael saiu ao encontro de Sísera e disse-lhe: Retira-te, senhor meu, retira-te para mim, não temas. Retirou-se para a sua tenda, e ela cobriu-o com uma coberta. 19 Então, ele lhe disse: Dá-me, peço-te, de beber um pouco de água; porque tenho sede. Então, ela abriu um odre de leite, e deu-lhe de beber, e o cobriu. 20 E ele lhe disse: Põe-te à porta da tenda; e há de ser que, se alguém vier, e te perguntar, e disser: Há aqui alguém? Responde tu, então: Não. 21 Então, Jael, mulher de Héber, tomou uma estaca da tenda, e lançou mão de um martelo, e foi-se mansamente a ele, e lhe cravou a estaca na fonte, e a pregou na terra, estando ele, porém, carregado de um profundo sono e cansado; e assim morreu. 22 E eis que, seguindo Baraque a Sísera, Jael lhe saiu ao encontro e disse-lhe: Vem, e mostrar-te-ei o homem que buscas. E veio a ela, e eis que Sísera jazia morto, e a estaca, na fonte. 23 Assim, Deus, naquele dia, sujeitou a Jabim, rei de Canaã, diante dos filhos de Israel. 24 E continuou a mão dos filhos de Israel a lutar e a endurecer-se sobre Jabim, rei de Canaã, até que exterminaram a Jabim, rei de Canaã.

O cântico de Débora

E cantou Débora e Baraque, filho de Abinoão, naquele mesmo dia, dizendo: Porquanto os chefes se puseram à frente em Israel, porquanto o povo se ofereceu voluntariamente, louvai ao Senhor. Ouvi, reis; dai ouvidos, príncipes; eu, eu cantarei ao Senhor; salmodiarei ao Senhor, Deus de Israel. Ó Senhor, saindo tu de Seir, caminhando tu desde o campo de Edom, a terra estremeceu; até os céus gotejaram, até as nuvens gotejaram águas. Os montes se derreteram diante do Senhor, e até o Sinai diante do Senhor, Deus de Israel. Nos dias de Sangar, filho de Anate, nos dias de Jael, cessaram os caminhos de se percorrerem; e os que andavam por veredas iam por caminhos torcidos. Cessaram as aldeias em Israel, cessaram, até que eu, Débora, me levantei, por mãe em Israel me levantei. E, se escolhia deuses novos, logo a guerra estava às portas; via-se, por isso, escudo ou lança entre quarenta mil em Israel? Meu coração é para os legisladores de Israel, que voluntariamente se ofereceram entre o povo; louvai ao Senhor. 10 Vós, os que cavalgais sobre jumentas brancas, que vos assentais em juízo e que andais pelo caminho, falai disto. 11 Onde se ouve o estrondo dos flecheiros, entre os lugares onde se tiram águas, ali falai das justiças do Senhor, das justiças que fez às suas aldeias em Israel; então, o povo do Senhor descia às portas. 12 Desperta, desperta, Débora, desperta, desperta, entoa um cântico; levanta-te, Baraque, e leva presos teus prisioneiros, tu, filho de Abinoão. 13 Então, o Senhor fez dominar sobre os magníficos, entre o povo ao que ficou de resto; fez-me o Senhor dominar sobre os valentes. 14 De Efraim saiu a sua raiz contra Amaleque; e após ti vinha Benjamim dentre os teus povos; de Maquir e Zebulom desceram os legisladores, passando com o cajado do escriba. 15 Também os principais de Issacar foram com Débora; e, como Issacar, assim também Baraque foi enviado a pé para o vale; nas correntes de Rúben foram grandes as resoluções do coração. 16 Por que ficaste tu entre os currais para ouvires os balidos dos rebanhos? Nas divisões de Rúben tiveram grandes esquadrinhações do coração. 17 Gileade se ficou dalém do Jordão, e Dã por que se deteve em navios? Aser se assentou nos portos do mar e ficou nas suas ruínas. 18 Zebulom é um povo que expôs a sua vida à morte, como também Naftali, nas alturas do campo. 19 Vieram reis e pelejaram; então, pelejaram os reis de Canaã em Taanaque, junto às águas de Megido; não tomaram ganho de prata. 20 Desde os céus pelejaram; até as estrelas desde os lugares dos seus cursos pelejaram contra Sísera. 21 O ribeiro de Quisom os arrastou, aquele antigo ribeiro, o ribeiro de Quisom. Pisaste, ó minha alma, a força. 22 Então, as unhas dos cavalos se despedaçaram pelo galopar, o galopar dos seus valentes. 23 Amaldiçoai a Meroz, diz o Anjo do Senhor; acremente amaldiçoai os seus moradores, porquanto não vieram em socorro do Senhor, em socorro do Senhor, com os valorosos. 24 Bendita seja sobre as mulheres Jael, mulher de Héber, o queneu; bendita seja sobre as mulheres nas tendas. 25 Água pediu ele, leite lhe deu ela; em taça de príncipes lhe ofereceu manteiga. 26 À estaca estendeu a sua mão esquerda, e ao maço dos trabalhadores, a sua direita; e matou a Sísera e rachou-lhe a cabeça, quando lhe pregou e atravessou as fontes. 27 Entre os seus pés, se encurvou, caiu, ficou estirado; entre os seus pés, se encurvou, caiu; onde se encurvou, ali ficou abatido. 28 A mãe de Sísera olhava pela janela e exclamava pela grade: Por que tarda em vir o seu carro? Por que se demoram os passos dos seus carros? 29 As mais sábias das suas damas responderam; e até ela respondia a si mesma: 30 Porventura não achariam e repartiriam despojos? Uma ou duas moças a cada homem? Para Sísera despojos de várias cores, despojos de várias cores de bordados; de várias cores bordados de ambas as bandas, para os pescoços do despojo? 31 Assim, ó Senhor, pereçam todos os teus inimigos! Porém os que o amam sejam como o sol quando sai na sua força.

O líder Eúde

12 Novamente os israelitas fizeram o que não agradava ao SENHOR. Portanto, o SENHOR deu poder a Eglom, rei de Moabe, para que derrotasse os israelitas já que haviam feito o que não agradava ao SENHOR. 13 Eglom recebeu ajuda dos amonitas e dos amalequitas. Todos se uniram para atacar aos israelitas. Eglom e o seu exército derrotaram o povo de Israel e os obrigaram a sair da cidade das Palmeiras[a]. 14 Eglom, rei de Moabe, oprimiu o povo de Israel durante dezoito anos.

15 Os israelitas pediram ajuda do SENHOR e ele enviou um homem chamado Eúde para libertá-los. Eúde era filho de Gera, que pertencia à tribo de Benjamim. Eúde tinha sido enviado para combater com a sua mão esquerda. Os israelitas enviaram Eúde com um presente para Eglom, rei de Moabe. 16 Eúde havia feito uma espada que continha dois gumes e media meio metro[b] de comprimento. Ele a amarrou na sua perna direita e a escondeu debaixo de sua roupa.

17 Então Eúde levou o presente para Eglom, rei de Moabe, que era muito gordo. 18 Depois de dar o presente, Eúde mandou embora os homens que haviam ajudado no transporte da oferta, 19 mas quando chegou no local onde estavam as estátuas,[c] perto de Gilgal, voltou ao palácio do rei. Então Eúde disse ao rei Eglom:

—Sua Majestade, tenho uma mensagem secreta para o senhor.

O rei ordenou silêncio e pediu aos servos que se retirassem da sala. 20 O rei estava sentado sozinho em um lugar elevado para poder se refrescar. Então Eúde lhe disse:

—Tenho uma mensagem de Deus para o senhor.

Quando o rei se levantou do trono, ficou muito perto de Eúde. 21 Então Eúde, sem que o rei percebesse, moveu a sua mão esquerda para seu lado direito, onde tinha uma espada amarrada na sua coxa. Ele tirou a espada e a enfiou na barriga do rei, 22 enfiando-a tão fundo que foi até o cabo da espada. Eúde deixou a espada dentro da sua barriga e saíram todas as fezes do rei.

23 Eúde saiu da sala deixando ali o rei, depois de ter trancado as portas. 24 Depois de Eúde sair da sala principal, os servos voltaram, encontrando fechadas as portas da sala principal. Então disseram:

—Certamente o rei se fechou na sala privada para fazer suas necessidades.

25 Os servos esperaram por um tempo longo mas o rei não abria a porta. Finalmente os servos ficaram preocupados e foram pegar a chave para abrir a porta. Quando entraram, viram o seu rei caído no chão e morto.

26 Enquanto os servos esperavam que o rei saísse da sala, Eúde conseguiu escapar. Passou perto das estátuas e foi a um lugar chamado Seirá. 27 Quando Eúde chegou a Seirá, tocou a trombeta na região montanhosa de Efraim. Os israelitas ouviram a trombeta e desceram do monte juntamente com Eúde, que os guiava. 28 Eúde lhes disse:

—Sigam-me! O SENHOR nos ajudou a vencer os nossos inimigos, os moabitas.

Então os israelitas seguiram Eúde e foram com ele para tomar posse da passagem onde o povo podia atravessar com facilidade o rio Jordão para chegar à terra de Moabe. Eles não permitiram que ninguém atravessasse o rio Jordão. 29 Os israelitas mataram mais de 10.000 moabitas fortes e corajosos; nenhum escapou. 30 Desde esse dia o povo de Israel governou o povo de Moabe, e houve paz nessa terra durante oitenta anos.

O chefe Sangar

31 Depois de Eúde libertar os israelitas, outro homem veio para salvar Israel. Esse homem se chamava Sangar, filho de Anate[d]. Sangar matou seiscentos filisteus com uma vara para arrear bois.[e]

A juíza Débora

Depois da morte de Eúde, os israelitas voltaram a fazer o que não agradava ao SENHOR. Portanto, o SENHOR deixou que Jabim, um rei de Canaã, derrotasse Israel. Jabim governou numa cidade chamada Hazor. Sísera, comandante do exército do rei, morava numa região chamada Harosete-Hagoim. Sísera tinha novecentos carros de ferro, eles tinham sido muito cruéis com os israelitas durante vinte anos. Então os israelitas pediram ajuda ao SENHOR.

Débora era líder de Israel. Era profetisa e esposa de Lapidote. Débora sempre sentava-se debaixo de uma palmeira, conhecida como “Palmeira de Débora”, e os israelitas vinham a ela para que ela julgasse seus problemas. A palmeira de Débora ficava entre Ramá e Betel, na região montanhosa de Efraim. Débora mandou chamar um homem chamado Baraque, filho de Abinoão, que morava na cidade de Quedes, no território de Naftali. Débora disse a Baraque:

—O SENHOR, Deus de Israel, lhe ordena o seguinte: “Reúna 10.000 homens das tribos de Naftali e Zebulom, e leve-os ao monte Tabor. Eu farei com que Sísera, o comandante do exército de Jabim, vá até vocês. Farei com que Sísera vá com seu exército e seus carros até o rio Quisom[f] e aí ajudarei vocês a derrotá-los”.

Baraque disse a Débora:

—Se você for comigo, eu irei; mas se você não for comigo, eu não irei.

Débora respondeu:

—Claro que irei com você, mas por causa da sua atitude, não receberá a honra quando Sísera for derrotado. O SENHOR fará com que uma mulher derrote Sísera.

E Débora saiu com Baraque para a cidade de Quedes. 10 Estando em Quedes, Baraque reuniu as tribos de Zebulom e Naftali. Ao todo vieram 10.000 homens. Eles o acompanharam e Débora também ia com eles.

11 Héber, o queneu, tinha se afastado dos outros queneus, que eram como ele descendentes de Hobabe, o sogro[g] de Moisés, e tinha montado seu acampamento em Zaanim, perto de Quedes.

12 Pessoas informaram a Sísera que Baraque, filho de Abinoão, tinha subido ao monte Tabor. 13 Portanto, Sísera mandou juntar seus novecentos carros de ferro e todo seu exército. Todos marcharam desde Harosete-Hagoim até o rio Quisom.

14 Depois Débora disse a Baraque:

—Hoje é o dia que o SENHOR ajudará você a vencer Sísera. O SENHOR irá diante de você.

Então Baraque desceu o monte Tabor com seus 10.000 homens 15 e atacaram a Sísera. Durante a batalha, o SENHOR fez com que Sísera e o seu exército se assustassem e não soubessem o que fazer. Baraque e seus homens ganharam a batalha e Sísera saiu do carro e fugiu a pé. 16 Mas os homens de Baraque continuaram lutando contra o exército de Sísera. Eles perseguiram Sísera, o seu exército e os seus carros até Harosete-Hagoim. Os homens de Baraque mataram com o fio de espada todo o exército de Sísera. Não deixaram nenhum homem com vida.

17 Mas Sísera escapou a pé e foi a um lugar onde morava uma mulher chamada Jael, esposa de Héber, que pertencia ao grupo dos queneus. A família de Héber estava em paz com Jabim, rei de Hazor. 18 Jael viu que Sísera se aproximava e foi recebê-lo. Jael disse a Sísera:

—Senhor, entre na minha tenda e não tenha medo.

Então Sísera entrou, e Jael o cobriu com um tapete.

19 Sísera disse a Jael:

—Tenho sede, por favor dê-me água para beber.

Jael lhe deu um pouco de leite que tinha numa jarra de couro e depois o cobriu. 20 Sísera disse a Jael:

—Agora vá até a entrada e espere ali. Se vier alguém e lhe perguntar: “Há alguém aí dentro?”, diga que não.

21 Sísera estava tão cansado que acabou dormindo. Enquanto isso, Jael foi ver se conseguia uma estaca e um martelo, entrou sem fazer barulho e fincou a estaca na cabeça de Sísera. A estaca atravessou a cabeça dele e enterrou-se na terra. Assim foi como morreu Sísera.

22 Pouco tempo depois chegou Baraque procurando por Sísera. Jael saiu para recebê-lo e lhe disse:

—Entre e lhe mostrarei o homem que está buscando.

Então Baraque entrou e viu Sísera morto no chão, com a estaca atravessada em sua cabeça.

23 Nesse dia Deus derrotou a Jabim, rei de Canaã, e deu a vitória ao povo de Israel. 24 E depois disso, o povo de Israel atacou a Jabim com mais e mais força até que o destruiu.

A canção de Débora e Baraque

[h] Esta é a canção que Débora e Baraque, filho de Abinoão, cantaram nesse dia:

“Louvado seja o SENHOR
    porque os líderes de Israel declararam a guerra[i]
    e o povo esteve pronto para combater.

“Que escutem todos os reis,
    que prestem atenção todos os governantes.
Eu mesmo cantarei ao SENHOR,
    vou compor uma música para o SENHOR, o Deus de Israel.

“SENHOR, no passado o Senhor veio desde os montes de Seir[j],
    marchando desde a terra de Edom.
Quando o Senhor marchou a terra estremeceu,
    o céu se abalou e as nuvens derramaram toda sua chuva.
Os montes tremeram perante o SENHOR,
    o Deus do monte Sinai;
    perante o SENHOR, o Deus de Israel.

“Nos tempos de Sangar, filho de Anate[k],
    e nos tempos de Jael,
ninguém utilizava as estradas principais.
    Caravanas e viajantes tinham que usar as estradas laterais.
Não havia soldados até você chegar, Débora;
    até que viesse como mãe de Israel.[l]
Deus designou novos líderes
    para combater nas entradas das aldeias.[m]
Dos 40.000 soldados de Israel,
    nenhum pôde encontrar nem um escudo nem uma espada.
Meu coração está com os líderes de Israel
    e com aqueles que quiseram ir à batalha.
Louvado seja o SENHOR!

10 “Prestem atenção todos os que andam em jumentos brancos,
    os que andam sobre tapetes[n],
    os que andam a pé nas estradas.
11 Há barulho nas cisternas;
    ouve-se música de instrumentos.
O povo canta as vitórias do SENHOR;
    as vitórias ganhas em favor dos vilarejos de Israel.
O povo do SENHOR se fez presente
    nas entradas das cidades.

12 “Desperte, Débora, desperte!
    Desperte, desperte e cante a canção!
Levante-se, Baraque, filho de Abinoão!
    Vá e conquiste os seus inimigos, filho de Abinoão.

13 “Então os israelitas desceram
    para combater contra os poderosos.
O povo do SENHOR desceu por mim
    e combateram os guerreiros.
14 Os homens de Efraim vieram
    desde as montanhas de Amaleque[o].
    Eles vinham seguindo a Benjamim e sua tribo.
Vieram também comandantes da família de Maquir[p].
    Os líderes da tribo de Zebulom vieram com suas varas de bronze.
15 Os líderes de Issacar apoiaram Débora;
    a tribo de Issacar era fiel a Baraque.
    Todos marcharam a pé pelo vale.
Sim! Na tribo de Rúben
    havia muitos homens valentes.
16 Mas, por que permaneceram sentados nas trincheiras,
    olhando os pastores chamarem suas ovelhas?
Os homens valentes de Rúben pensaram muito sobre a batalha,
    mas permaneceram em suas casas ouvindo música.
17 O povo de Gileade se acomodou em seus campos,
    do outro lado do rio Jordão.
E vocês, os da tribo de Dã,
    por que permaneceram nos seus barcos?
O povo de Aser parou no litoral,
    junto aos portos.
18 Mas os homens da tribo de Zebulom e Naftali
    arriscaram suas vidas combatendo nas regiões montanhosas.

19 “Os reis de Canaã vieram para combater
    mas não levaram nenhum tesouro para casa.
Eles combateram na cidade de Taanaque,
    perto do rio Megido.
20 As estrelas combateram do céu,
    por seu caminho através de todo o céu,
    lutaram contra Sísera.
21 O rio Quisom, esse rio antigo,
    derrotou o exército de Sísera.
    Minha alma, marche com firmeza![q]
22 Seus cavalos afundaram-se
    e os cavalos valentes de Sísera não puderam sair da lama.
23 O anjo do SENHOR disse: ‘Que caia uma forte maldição
    sobre a cidade de Meroz e sobre seus habitantes
por não terem ajudado o SENHOR,
    ajudado os soldados do SENHOR!’

24 “Que Jael, a esposa de Héber, o queneu,
    seja bendita mais do que todas as mulheres.
25 Sísera pediu água; Jael lhe trouxe leite.
    Deu-lhe leite numa bacia digna de reis.
26 Com a sua mão esquerda Jael trouxe a estaca
    e com a sua mão direita, o martelo.
Bateu na cabeça de Sísera
    e com a estaca atravessou as têmporas dele.
27 Sísera caiu aos pés de Jael,
    e ali ficou.
Ali onde caiu, aos pés de Jael,
    ficou morto.

28 “A mãe de Sísera olha pela janela,
    olha chorando através da cortina.
‘Por que demora tanto o carro de Sísera?
    Por que não ouço seus carros?’

29 “Sua serva mais sábia respondeu
    tentando convencê-la:
30 ‘Com certeza ganharam a batalha
    e estão pegando o despojo.
Devem estar repartindo o que ganharam!
    Cada soldado deve estar tomando para si uma ou duas mulheres.
Talvez Sísera tenha encontrado uma roupa colorida, ou talvez duas.
    Tecidos bordados para o pescoço do vencedor’.

31 “Que todos seus inimigos morram, ó SENHOR!
    E que todo povo que o ama seja tão forte como o sol do amanhecer!”

E houve paz nessa terra durante quarenta anos.

Footnotes

  1. 3.13 cidade das Palmeiras Refere-se a Jericó.
  2. 3.16 meio metro Literalmente, “um côvado”. Ver tabela de pesos e medidas.
  3. 3.19 estátuas Talvez eram estátuas de deuses ou animais que protegiam a entrada da cidade.
  4. 3.31 filho de Anate ou “o grande soldado” (Anate era o nome da deusa cananeia da batalha), ou “o da cidade de Anate”.
  5. 3.31 vara para arrear bois Literalmente, “aguilhada”.
  6. 4.7 rio Quisom Um rio que ficava a dezesseis quilômetros de Tabor.
  7. 4.11 sogro ou possivelmente, “genro”.
  8. 5.1 Este é um cântico muito antigo e algumas frases não rimam bem em seu idioma original.
  9. 5.2 líderes (…) guerra Literalmente, “os homens de Israel deixaram crescer o seu cabelo”. Geralmente os soldados dedicavam seu cabelo como oferta especial a Deus.
  10. 5.4 Seir Outro nome para a terra de Edom.
  11. 5.6 Sangar, filho de Anate Sangar foi um mercenário estrangeiro que ajudou os israelitas. Ver Jz 3.31.
  12. 5.7 até que viesse (…) de Israel ou “Até você chegar, mãe de Israel” ou “até que você, Débora, fosse nomeada como mãe da nação de Israel”.
  13. 5.8 Deus designou (…) das aldeias ou “Decidiram seguir outros deuses”. O hebraico não é claro.
  14. 5.10 tapetes ou “tribunal”. O hebraico não é claro.
  15. 5.14 Amaleque Região onde habitou a família de Efraim. Ver Jz 12.15.
  16. 5.14 Maquir Esta família fazia parte da tribo de Manassés que habitou no território localizado ao leste do rio Jordão.
  17. 5.21 Minha alma, marche com firmeza! Podendo ter algumas alterações: “Com seus cavalos, marcham poderosos”.