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Profecia contra a Babilónia

13 Esta é a mensagem que Deus revelou a Isaías, filho de Amós, referente à condenação da Babilónia. Levantem uma bandeira sobre o monte pelado. Gritem alto para os que combatem e façam-lhes sinais com as mãos para que marchem sobre a Babilónia, entrando pelas portas dos poderosos. Fui eu, quem convocou estes exércitos para uma tal intervenção. Chamei aqueles que se orgulham da minha força para fazer este trabalho, a fim de satisfazer a minha ira. Ouçam todo este tumulto sobre as montanhas, como se fosse de uma imensa multidão! Escutem o tumulto e o clamor de muitas nações. É o Senhor dos exércitos que passa revista ao seu exército para a guerra. Foi o Senhor quem os trouxe aqui, vindos de terras distantes; são as suas armas contra ti, ó Babilónia; são os instrumentos que usará para destruir toda a tua terra.

Grita de terror, porque chegou o dia do Senhor, a altura em que o Todo-Poderoso te vai esmagar. Os teus braços descaem paralisados de terror; o coração dos mais valentes desfalece de medo. O pavor aperta-te com terríveis angústias, como uma mulher antes do parto. Olham uns para os outros, absolutamente desamparados, enquanto as chamas da cidade a arder se refletem nas vossas faces empalidecidas.

Vejam como o dia do Senhor está a chegar, o terrível dia do seu juízo, da sua tremenda ira. A terra será destruída e com ela todos os pecadores. 10 Os céus tornar-se-ão negros por cima da cidade; luz alguma lhes virá, seja do Sol da Lua ou das estrelas. 11 Castigarei o mundo pela sua maldade e o pecador pela sua iniquidade. Esmagarei a arrogância do orgulhoso e humilharei o orgulho dos tiranos. 12 Poucos sobrevirão após eu ter terminado a minha ação. Os homens tornar-se-ão mais raros que o ouro; serão mais raros que o ouro de Ofir. 13 Porque farei abalar os céus com a minha cólera, a minha terrível ira; até a Terra alterará a sua posição no universo. É a manifestação da ira do Senhor dos exércitos.

14 Os exércitos da Babilónia desgastar-se-ão até ficarem exaustos, batendo em retirada para a sua terra, como uma gazela perseguida por cães de caça, ou vagueando perdidos como ovelhas cujo pastor fugiu. 15 Aqueles que não fugirem serão abatidos. 16 Os seus meninos serão despedaçados contra o chão à vista deles; as suas casas serão saqueadas e as mulheres violadas pelos exércitos atacantes. 17 Incitarei contra a Babilónia os medos, que não estimam a prata nem se deleitam com o ouro. 18 Com os seus arcos abaterão os jovens; eles não terão compaixão nem das crianças, nem dos bebés da Babilónia.

19 Então Babilónia, o mais glorioso dos reinos, a fina flor da cultura da Caldeia, será destruída tão completamente como foram Sodoma e Gomorra, as cidades sobre as quais Deus mandou fogo do céu. 20 Nunca mais será reconstruída e habitada. Novas gerações se sucederão umas às outras, mas naquela terra nunca mais viverá ninguém. Nem sequer os nómadas ali acamparão, nem os pastores deixarão os rebanhos ali passar a noite. 21 Os animais selvagens feitos à vida nos desertos, esses sim, habitarão naquele sítio. As suas ruínas ficarão cheias de animais horríveis. Viverão ali corujas do deserto e virão bodes para ali dançar. 22 Hienas e chacais farão dos seus palácios tocas. Os dias da Babilónia estão contados. A hora da sua condenação chegará em breve!

Restauração de Israel

14 Mas o Senhor terá compaixão dos descendentes de Jacob; ele tornará a escolher de novo Israel e há de trazê-los novamente para a sua terra. Muitas nações virão e se juntarão a eles, tornando-se seus fiéis aliados. As nações do mundo os ajudarão a regressar e aqueles que vierem estabelecer-se na sua terra os servirão; aqueles que os escravizaram serão seus escravos; Israel dominará sobre os seus inimigos.

Nesse dia, em que o Senhor der ao seu povo descanso das tristezas e dos terrores, das prisões e cadeias por que passaram, dirás assim do rei da Babilónia: “O tirano desaparece, enfim! A sua opressão terminou! O Senhor quebrou o teu bastão de dominador, esmagou o teu poder malvado! Perseguiste os povos com os golpes contínuos da tua raiva odiosa, tiranizaste nações sob as tuas garras. Era insustentável a tua atrocidade! Finalmente, a Terra está sossegada e em descanso! Todo o mundo começa a cantar! Até as árvores dos bosques, as faias e os cedros do Líbano cantam com alegria: ‘Desde que tu caíste, ninguém mais nos incomoda. Até que enfim, estamos em paz!’ ”

Os habitantes do mundo dos mortos juntam-se em magotes para te receberem quando entrares nos seus domínios. Entre eles estão grandes chefes mundiais e poderosos governantes que vieram esperar-te. 10 E todos chorarão juntos em voz alta: “Também te tornaste em nada, tal como nós!” 11 A tua força e o teu poder desapareceram; foi tudo lançado no mundo dos mortos. Cessou de vez a bela música dos teus palácios. Agora, são os bichinhos o teu lençol; os vermes são o cobertor com que te tapas!

12 Como caíste do céu, ó Lúcifer, estrela matinal! Como foste abatido, tu que enfraqueceste as nações do mundo! 13 Dizias no teu íntimo: “Hei de subir aos céus; levantarei o meu trono acima das estrelas de Deus; ascenderei ao mais alto trono e governarei a partir do monte da assembleia, lá no extremo norte! 14 Subirei aos mais altos céus e serei semelhante ao Altíssimo!”

15 Mas em vez disso serás levado para o mundo dos mortos, lá bem para as profundezas do abismo. 16 Todos os que lá te virem perguntarão espantados: “Então é este quem fazia tremer a Terra e as nações do mundo? 17 É este quem tudo arrasou e fez da Terra um açougue? Quem demoliu as grandes cidades, sem ter a mínima compaixão dos prisioneiros?”

18 Os reis, os grandes chefes das nações jazem, cada um, no seu pomposo mausoléu. 19 Quanto a ti, o teu corpo foi lançado fora da tua sepultura como se fosse um pau seco que não presta. E ali está, de cova aberta, coberto com os cadáveres dos que foram mortos nos combates, tão desprezado como um cadáver espezinhado. 20 Não te juntarás a eles no túmulo, pois destruíste a tua nação e assassinaste o teu povo. Nunca o teu filho te sucederá como rei. 21 Matem os filhos desse malvado! Não deixem que venham a levantar-se, a reconquistar a terra e a tornar a encher o mundo de cidades reconstruídas!

22 “Eu próprio me levantarei contra ele”, diz o Senhor dos exércitos, e tirarei aos seus filhos e aos seus netos toda e qualquer possibilidade de virem a ocupar o trono. 23 “Reduzirei a Babilónia a uma terra desolada, cheia de porcos-espinhos, de charcos fétidos e de pântanos insalubres. Varrerei aquela terra com a vassoura da destruição”, diz o Senhor dos exércitos.

Profecia contra a Assíria

24 O Senhor dos exércitos jurou e estes são os seus propósitos e os seus planos: 25 “Decidi destruir os exércitos da Assíria, enquanto se encontram em Judá, na minha terra, e esmagá-los, enquanto ocupam as minhas montanhas. O meu povo não mais será escravo deles. 26 E este é o meu plano a aplicar em toda a Terra. Farei isso pela minha força poderosa que é capaz de atuar no mundo inteiro.”

27 O Senhor dos exércitos foi quem falou, quem poderá alterar os seus planos? Quando o seu braço se estende para atuar, haverá alguém capaz de o impedir?

Profecia contra os filisteus

28 Esta é a mensagem que veio até mim, no ano em que o rei Acaz morreu: 29 “Não se alegrem, filisteus, pelo facto de ter morrido o rei que vos afligia. A vara quebrou-se, é verdade, mas o seu filho tornar-se-á num açoite ainda mais duro do que o seu pai! Da cobra nascerá uma terrível serpente venenosa que te destruirá! 30 Tratarei dos pobres do meu povo com os cuidados dum pastor; os necessitados estarão em segurança. Quanto a ti, escorraçar-te-ei por meio da fome e da guerra; a ti e aos teus descendentes. 31 Gritem de dor, ó cidades filisteias, vocês estão condenadas, tal como toda a vossa nação! Toda ela está condenada. Eles são como uma nuvem negra de fumaça vinda do norte contra ti. Não há ninguém que vacile naquelas fileiras. 32 Que se dirá, então, aos mensageiros deste povo? Que o Senhor fundou Sião e determinou que os oprimidos do seu povo encontrem um refúgio dentro dos seus muros.”

Profecia contra Moabe

15 Eis a mensagem de Deus sobre Moabe: Numa só noite as tuas cidades de Ar e de Quir de Moabe serão destruídas. O teu povo em Dibom vai-se lamentando; vão para os santuários pagãos lamentando-se pelo destino que Nebo e Medeba vão ter; rapam as cabeças de tristeza e cortam as barbas. Andam vestidos de saco pelas ruas e de cada casa saem clamores de lamentações. Os choros, nas cidades de Hesbom e de Eleale, até de longe se ouvem, até mesmo em Jaaz! Os mais valentes dos combatentes de Moabe gritam de terror.

O meu coração chora por causa de Moabe! O seu povo foge para Zoar e para Eglate-Selichia. Vão subindo a ladeira até Luite, a chorar, e os seus prantos ouvem-se por todo o caminho de Horonaim. Até o ribeiro de Nimrim se tornou num sítio desolado; as suas verdes margens secaram; desapareceu toda a sua vegetação. Os que fogem, desesperados, levam apenas o que podem transportar consigo e atravessam o ribeiro dos Salgueiros. A terra toda de Moabe está em pranto, duma ponta à outra; as suas lamentações chegam até Eglaim, fazem-se ouvir até Beer-Elim. A torrente que passa em Dibom ficará vermelha, por causa do sangue, mas isto não será tudo quanto a Dibom. Por fim, andarão leões atrás dos sobreviventes, daqueles que escaparam e ficaram na terra.

16 Enviem um cordeiro como tributo ao governante da terra de Sela, pelo deserto até ao monte Sião. As mulheres de Moabe são deixadas nos baixios do rio Arnom como pássaros vagueando sem ninho. Os embaixadores que acompanham a oferta a Jerusalém imploram conselho e ajuda: “Deem-nos um santuário! Protejam-nos! Não nos entreguem aos nossos inimigos! Deixem que os nossos refugiados fiquem no vosso meio; escondam-nos dos nossos adversários!”

Deus vos recompensará pela vossa boa vontade para connosco. Sendo assim, em bondade, estabelecer-se-á um trono de David para sempre. Sentar-se-á nele com lealdade e será um juiz preocupado com a retidão, e sempre pronto a fazer o que é justo.

Ouvimos falar da arrogância e soberba de Moabe. Com efeito, é espantoso como toda a sua arrogância, o seu ódio e toda a sua insolência se foram! Agora Moabe inteira chora. Sim, Moabe, lamentar-te-ás, por causa dos bolos de passas de Quir-Haresete! Também por causa das quintas de Hesbom e das vinhas de Sibma que foram abandonados. Os grandes senhores, os generais do inimigo, cortaram os melhores cachos de uvas e as suas armas se espalharam por toda aquela terra, até Jazer, lá no deserto, e até à beira-mar. Por isso, gemo e me lamento por Jazer e pelas vinhas de Sibma. Derramo as minhas lágrimas, por causa de Hesbom e de Eleale, pois desapareceu a alegria dos teus frutos de verão e das tuas segas. 10 Foi-se o júbilo e a alegria dos campos férteis! Nunca mais se ouvirão as canções dos vinhateiros! Acabou-se aquela festa que era o pisar das uvas nos lagares! Fiz cessar toda aquela alegria! 11 Todas as minhas entranhas choram e se lamentam por Moabe. Estou profundamente triste, por causa de Quir-Haresete. 12 O povo de Moabe virá a fazer angustiosas rezas aos seus ídolos, no cimo das colinas, mas isso não lhes servirá para nada. Implorarão aos seus deuses nos templos dos seus ídolos e nenhum deles virá salvá-los.

13 Esta é a palavra que o Senhor outrora pronunciou contra Moabe. 14 Agora o Senhor confirma que dentro de três anos, infalivelmente, a glória de Moabe acabará. Serão bem poucos e fracos os que ficarão do seu povo.

Profecia contra Damasco

17 Esta é a mensagem de Deus para Damasco, capital de Aram: “Vejam como Damasco acabou! Já não é mais uma cidade! É praticamente um montão de ruínas! As cidades de Aroer estão desertas. Só rebanhos se veem ali a pastar; os animais deitam-se sossegadamente, porque não há ninguém que os espante. A força de Israel e o poder de Damasco terão fim e os que ficarem de Aram serão destruídos, porque como a glória de Israel desapareceu, a deles certamente também desaparecerá, declara o Senhor dos exércitos. É verdade! A glória de Jacob tornar-se-á bem diminuta, quando a pobreza invadir a terra. Tornar-se-á numa terra tão abandonada como os campos de trigo do vale de Refaim. Muito poucos da sua gente serão poupados! Será como quando se sacodem as oliveiras e só fica nos ramos mais altos uma ou outra azeitona. Eis o que acontecerá com Damasco e com Israel, sacudidos e despojados, com exceção de alguns dos mais pobres que serão poupados!” Assim diz o Senhor, o Deus de Israel.

Então, por fim, pensarão em Deus, o seu Criador, e se voltarão para o Santo de Israel. Não mais se dirigirão aos altares, pedindo socorro, nem adorarão mais aquilo que as suas próprias mãos fabricaram! Nunca mais prestarão culto às imagens de Achera e aos altares de incenso.

Naquele tempo as suas cidades fortificadas serão como as cumeadas abandonadas dos amorreus, que eles abandonaram por causa dos israelitas; haverá desolação. 10 E porque é que isto tudo se dará? Porque vocês abandonaram o Deus que vos salva, o rochedo que pode proteger-vos. Por isso, ainda que venham a plantar videiras importadas e de alta qualidade, 11 e mesmo que tenha tanta vitalidade que chegue a crescer na manhã em que a semearem, mesmo assim nunca chegarão a colhê-la; irão colher unicamente fardos de tribulação e dolorosos sofrimentos.

12 Reparem bem! Eis que se ouve o alvoroço de uma multidão de povos, como o rugir dos mares revoltosos. Este rugir das nações mais parece o agitar tempestuoso das grandes vagas do mar. 13 No entanto, ainda que venham bramando como as vagas do mar que se quebram com violência contra a costa, Deus os silenciará. Acabarão por fugir como a palha levada pelo vento, como o pó da terra levantado em turbilhão por um vendaval. 14 Ao anoitecer, Israel estará em pavor, mas pela manhã verá os seus inimigos mortos. Esta será a sorte dos que nos saqueiam e nos destroem.

A ruína da Babilônia e o livramento de Israel

13 Peso da Babilônia que viu Isaías, filho de Amoz.

Alçai uma bandeira sobre o monte escalvado; levantai a voz para eles e acenai-lhes com a mão, para que entrem pelas portas dos príncipes. Eu dei ordens aos meus santificados, sim, já chamei os meus valentes para a minha ira, os que exultam com a minha majestade. Já se ouve a gritaria da multidão sobre os montes, semelhante à de um grande povo, a voz do rebuliço de reinos e de nações congregadas. O Senhor dos Exércitos passa em revista o exército de guerra.

vêm de uma terra de longe, desde a extremidade do céu, o Senhor e os instrumentos da sua indignação, para destruir toda aquela terra. Uivai, porque o dia do Senhor está perto; vem do Todo-Poderoso como assolação. Pelo que todas as mãos se debilitarão, e o coração de todos os homens se desanimará. E assombrar-se-ão, e apoderar-se-ão deles dores e ais, e se angustiarão como a mulher parturiente; cada um se espantará do seu próximo; o seu rosto será rosto flamejante.

Eis que o dia do Senhor vem, horrendo, com furor e ira ardente, para pôr a terra em assolação e destruir os pecadores dela. 10 Porque as estrelas dos céus e os astros não deixarão brilhar a sua luz; o sol se escurecerá ao nascer, e a lua não fará resplandecer a sua luz. 11 E visitarei sobre o mundo a maldade e, sobre os ímpios, a sua iniquidade; e farei cessar a arrogância dos atrevidos e abaterei a soberba dos tiranos. 12 Farei que um homem seja mais precioso do que o ouro puro e mais raro do que o ouro fino de Ofir. 13 Pelo que farei estremecer os céus; e a terra se moverá do seu lugar, por causa do furor do Senhor dos Exércitos e por causa do dia da sua ardente ira. 14 E cada um será como a corça que foge e como a ovelha que ninguém recolhe; cada um voltará para o seu povo e cada um fugirá para a sua terra. 15 Todo o que for achado será traspassado e, todo o que for apanhado, cairá à espada. 16 E suas crianças serão despedaçadas perante os seus olhos; as suas casas serão saqueadas, e a mulher de cada um, violada.

17 Eis que eu despertarei contra eles os medos, que não farão caso da prata, nem tampouco desejarão ouro. 18 E os seus arcos despedaçarão os jovens, e não se compadecerão do fruto do ventre; o seu olho não poupará os filhos. 19 E Babilônia, o ornamento dos reinos, a glória e a soberba dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou. 20 Nunca mais será habitada, nem reedificada de geração em geração; nem o árabe armará ali a sua tenda, nem tampouco os pastores ali farão deitar os seus rebanhos. 21 Mas as feras do deserto repousarão ali, e a sua casa se encherá de horríveis animais; e ali habitarão os avestruzes, e os sátiros pularão ali. 22 E as feras que uivam gritarão umas às outras nos seus palácios vazios, como também os chacais, nos seus palácios de prazer; pois bem perto vem chegando o seu tempo, e os seus dias não se prolongarão.

14 Porque o Senhor se compadecerá de Jacó, e ainda elegerá a Israel, e o porá na sua própria terra; e ajuntar-se-ão com ele os estranhos e se achegarão à casa de Jacó. E os povos os receberão e os levarão aos seus lugares, e a casa de Israel possuirá esses povos por servos e servas, na terra do Senhor; e cativarão aqueles que os cativaram e dominarão os seus opressores. E acontecerá que, no dia em que o Senhor vier a dar-te descanso do teu trabalho, e do teu tremor, e da dura servidão com que te fizeram servir, então, proferirás este dito contra o rei da Babilônia e dirás: Como cessou o opressor! A cidade dourada acabou! quebrantou o Senhor o bastão dos ímpios e o cetro dos dominadores. Aquele que feria os povos com furor, com praga incessante, o que com ira dominava as nações, agora, é perseguido, sem que alguém o possa impedir. descansa, está sossegada toda a terra! — exclamam com júbilo. Até as faias se alegram sobre ti, e os cedros do Líbano, dizendo: Desde que tu caíste, ninguém sobe contra nós para nos cortar. O inferno, desde o profundo, se turbou por ti, para te sair ao encontro na tua vinda; despertou por ti os mortos e todos os príncipes da terra e fez levantar do seu trono a todos o reis das nações. 10 Estes todos responderão e te dirão: Tu também adoeceste como nós e foste semelhante a nós. 11  foi derribada no inferno a tua soberba, com o som dos teus alaúdes; os bichinhos, debaixo de ti, se estenderão, e os bichos te cobrirão.

12 Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! 13 E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação, me assentarei, da banda dos lados do Norte. 14 Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. 15 E, contudo, levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo. 16 Os que te virem te contemplarão, considerar-te-ão e dirão: É este o varão que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos? 17 Que punha o mundo como um deserto e assolava as suas cidades? Que a seus cativos não deixava ir soltos para a casa deles? 18 Todos os reis das nações, todos eles, jazem com honra, cada um na sua casa. 19 Mas tu és lançado da tua sepultura, como um renovo abominável, como uma veste de mortos atravessados à espada, como os que descem ao covil de pedras, como corpo morto e pisado. 20 Com eles não te reunirás na sepultura, porque destruíste a tua terra e mataste o teu povo; a descendência dos malignos não será nomeada para sempre. 21 Preparai a matança para os filhos, por causa da maldade de seus pais, para que não se levantem, e possuam a terra, e encham o mundo de cidades. 22 Porque me levantarei contra eles, diz o Senhor dos Exércitos, e desarraigarei da Babilônia o nome, e os resíduos, e o filho, e o neto, diz o Senhor. 23 E reduzi-la-ei a possessão de corujas e a lagoas de águas; e varrê-la-ei com vassoura de perdição, diz o Senhor dos Exércitos.

Profecia contra os assírios

24 O Senhor dos Exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá; e, como determinei, assim se efetuará. 25 Quebrantarei a Assíria na minha terra e, nas minhas montanhas, a pisarei, para que o seu jugo se aparte deles, e a sua carga se desvie dos seus ombros. 26 Este é o conselho que foi determinado sobre toda esta terra; e esta é a mão que está estendida sobre todas as nações. 27 Porque o Senhor dos Exércitos o determinou; quem pois o invalidará? E a sua mão estendida está; quem, pois, a fará voltar atrás?

Profecia contra os filisteus

28 No ano em que morreu o rei Acaz, houve este peso. 29 Não te alegres, toda a Filístia, por ser quebrada a vara que te feria; porque da raiz da cobra sairá um basilisco, e o seu fruto será uma serpente ardente, voadora. 30 E os primogênitos dos pobres serão apascentados, e os necessitados se deitarão seguros; mas farei morrer de fome a tua raiz, e serão destruídos os teus resíduos. 31 Uiva, ó porta; grita, ó cidade; tu, ó Filístia, estás toda derretida; porque do Norte vem uma fumaça, e ninguém ficará solitário no tempo determinado. 32 Que se responderá, pois, aos mensageiros do povo? Que o Senhor fundou a Sião, para que os opressos do seu povo nela encontrem abrigo.

Predição da ruína de Moabe

15 Peso de Moabe. Certamente, em uma noite, foi destruída Ar de Moabe e foi desfeita; certamente, em uma noite, foi destruída Quir de Moabe e foi desfeita. Vai subindo a Bajite, e a Dibom, e aos lugares altos, a chorar; por Nebo e por Medeba, Moabe uivará; todas as cabeças ficarão calvas, e toda barba será rapada. Cingiram-se de panos de saco nas suas ruas; nos seus terraços e nas suas praças, todos andam uivando e choram abundantemente. Assim Hesbom, como Eleale, anda gritando; até Jaza se ouve a sua voz; por isso, os armados de Moabe clamam; a sua alma treme dentro deles.

O meu coração clama por causa de Moabe; fugiram os seus nobres para Zoar, como a novilha de três anos, porque vão chorando pela subida de Luíte, porque, no caminho de Horonaim, levantam um lastimoso pranto. Porque as águas de Ninrim serão pura assolação; porque se secou o feno, definhou a erva, e não há verdura alguma. Pelo que a abundância que ajuntaram e o que guardaram, ao ribeiro dos salgueiros, o levarão. Porque o pranto rodeará os limites de Moabe; até Eglaim chegará o seu clamor, e ainda até Beer-Elim chegará o seu rugido. Porquanto as águas de Dimom estão cheias de sangue, porque ainda acrescentarei mais a Dimom: leões contra aqueles que escaparem de Moabe e contra as relíquias da terra.

16 Enviai o cordeiro ao dominador da terra, desde Sela, no deserto, até ao monte da filha de Sião. Doutro modo, sucederá que serão as filhas de Moabe junto aos vaus de Arnom como o pássaro vagueante, lançado fora do ninho. Toma conselho, executa o juízo, e põe a tua sombra no pino do meio-dia como a noite; esconde os desterrados e não descubras os vagueantes. Habitem entre ti os meus desterrados, ó Moabe; serve-lhes de refúgio perante a face do destruidor; porque o homem violento terá fim; a destruição é desfeita, e os opressores são consumidos sobre a terra. Porque um trono se firmará em benignidade, e sobre ele no tabernáculo de Davi se assentará em verdade um que julgue, e busque o juízo, e se apresse a fazer justiça.

Ouvimos da soberba de Moabe, a soberbíssima, e da sua altivez, e da sua soberba, e do seu furor; a sua jactância é vã.

Portanto, Moabe uivará por Moabe; todos uivarão; gemereis pelos fundamentos de Quir-Haresete, pois já estão abalados. Porque os campos de Hesbom e a vinha de Sibma enfraqueceram; os senhores das nações talaram as suas melhores plantas; vão chegando a Jazer; andam vagueando pelo deserto; os seus ramos se estenderam e já passaram além do mar. Pelo que prantearei, com o pranto de Jazer, a vinha de Sibma; regar-te-ei com as minhas lágrimas, ó Hesbom e Eleale, porque o júbilo dos teus frutos de verão e da tua sega desapareceu. 10 E fugiu o folguedo e a alegria do campo fértil, e nas vinhas se não canta, nem há júbilo algum; o pisador não pisará as uvas nos lagares. Eu fiz cessar o júbilo. 11 Pelo que minhas entranhas soam por Moabe como harpa, e o meu interior, por Quir-Heres. 12 E será que, quando Moabe se apresentar, quando se cansar nos altos, e entrar no seu santuário a orar, nada alcançará.

13 Esta é a palavra que o Senhor falou, no passado, contra Moabe. 14 Mas, agora, falou o Senhor, dizendo: Dentro em três anos, tais quais os anos de assalariados, será envilecida a glória de Moabe, com toda a sua grande multidão; e o resíduo será pouco, pequeno e impotente.

Profecia contra Damasco e Efraim

17 Peso de Damasco. Eis que Damasco será tirada e já não será cidade, mas um montão de ruínas. As cidades de Aroer serão abandonadas; hão de ser para os rebanhos, que se deitarão sem haver quem os espante. E a fortaleza de Efraim cessará, como também o reino de Damasco e o resíduo da Síria; serão como a glória dos filhos de Israel, diz o Senhor dos Exércitos.

E será diminuída, naquele dia, a glória de Jacó, e a gordura da sua carne desaparecerá. Porque será como o segador que colhe o trigo e, com o seu braço, sega as espigas; e será também como o que colhe espigas no vale dos Refains. Mas ainda ficarão nele alguns rabiscos, como no sacudir da oliveira: duas ou três azeitonas na mais alta ponta dos ramos e quatro ou cinco nos ramos mais exteriores de uma árvore frutífera, diz o Senhor Deus de Israel.

Naquele dia, atentará o homem para o seu Criador, e os seus olhos olharão para o Santo de Israel. E não atentará para os altares, obra das suas mãos, nem olhará para o que fizeram seus dedos, nem para os bosques, nem para as imagens do sol. Naquele dia, serão as suas cidades fortes como os lugares abandonados no bosque ou sobre o cume das montanhas, os quais foram abandonados ante os filhos de Israel; e haverá assolação. 10 Porquanto te esqueceste do Deus da tua salvação e não te lembraste da rocha da tua fortaleza; pelo que bem plantarás plantas formosas e as cercarás de sarmentos estranhos: 11 No dia em que as plantares, as cercarás e, pela manhã, farás que a tua semente brote; mas a colheita voará no dia da tribulação e das dores insofríveis.

Prediz-se a ruína do exército dos assírios

12 Ai da multidão dos grandes povos que bramam como bramam os mares e do rugido das nações que rugem como rugem as impetuosas águas! 13 Bem rugirão as nações, como rugem as muitas águas, mas ele repreendê-las-á, e fugirão para longe; e serão afugentadas como a pragana dos montes diante do vento e como a bola diante do tufão. 14 Ao anoitecer, eis que pavor; e, antes que amanheça, eles não serão. Esta é a parte daqueles que nos despojam e a sorte daqueles que nos saqueiam.