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O chamado de Abrão

12 O SENHOR disse a Abrão:

—Deixe o seu país, os seus parentes e a família do seu pai, e vá para a terra que eu vou lhe mostrar.

—Farei de você uma grande nação
    e abençoarei você.
Farei o seu nome famoso
    e será uma bênção para todos.[a]
Abençoarei os que o abençoarem
    e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem.
Através de você serão abençoadas
    todas as famílias da terra.[b]

Abrão vai para Canaã

Então Abrão partiu, como o SENHOR havia lhe ordenado, e levou Ló com ele. Abrão tinha setenta e cinco anos quando partiu de Harã. Abrão levou a sua esposa Sarai, o seu sobrinho Ló, todos os bens que tinham acumulado e os escravos que tinham obtido em Harã. Partiram e chegaram à terra de Canaã. Abrão foi atravessando Canaã até chegar a Siquém, onde fica a árvore sagrada de Moré. Naquele tempo, os cananeus viviam naquela terra. E o SENHOR apareceu a Abrão e lhe disse:

—Vou dar esta terra aos seus descendentes.

Então Abrão construiu ali um altar dedicado ao SENHOR, que tinha lhe aparecido. Dali partiu em direção às montanhas, ao leste de Betel, e acampou entre Betel e Ai. Betel ficava ao oeste e Ai ficava ao leste do seu acampamento. E ali edificou um altar dedicado ao SENHOR e adorou o nome do SENHOR. Depois partiu em direção ao sul de Canaã.

Abrão e Sarai no Egito

10 Houve um tempo de seca e de fome naquela terra e, porque a fome era muita, Abrão foi viver por algum tempo no Egito. 11 Mas antes de entrar no Egito, Abrão disse à sua esposa Sarai:

—Sarai, sei que você é uma mulher muito bonita. 12 E que quando os egípcios a virem, e souberem que você é a minha mulher, eles vão me matar para ficarem com você. 13 Portanto, fale para eles que é a minha irmã. Assim eles vão me tratar bem e não vão me matar.

14 Quando Abrão entrou no Egito, os egípcios notaram que Sarai era uma mulher muito bonita. 15 Ao vê-la, os oficiais do faraó foram dizer ao rei que ela era muito bonita. E Sarai foi levada para o palácio do faraó. 16 E, por causa dela, o rei tratou Abrão muito bem, dando-lhe ovelhas e cabras, gado, jumentos, escravos, escravas, burras e camelos.

17 Mas o SENHOR mandou terríveis doenças sobre o rei e a sua família por ele ter levado Sarai, mulher de Abrão. 18 Então o faraó chamou Abrão e lhe disse:

—Porque você fez comigo uma coisa dessas? Porque não me disse que ela era sua esposa? 19 Eu a tomei para ser minha esposa porque você disse que ela era sua irmã. Agora, aqui está a sua mulher, leve-a e vá embora!

20 Em seguida o rei deu ordens para que expulsassem Abrão e a sua esposa com tudo o que tinham.

Abrão e Ló se separam

13 Abrão e a sua esposa saíram do Egito levando tudo o que tinham e foram para o sul de Canaã. Eles também levaram Ló junto. Abrão tinha se tornado um homem rico em gado, prata e ouro. Depois saiu do sul de Canaã em direção a Betel até chegar ao lugar onde tinha acampado antes, entre Betel e Ai, e onde tinha construído um altar. E ali Abrão adorou ao SENHOR.

Ló acompanhava Abrão em todas essas viagens. E levava com ele muitas ovelhas e vacas e tendas para toda a sua família e os seus servos. Abrão e Ló tinham tantos animais que a terra não produzia comida suficiente para todos. Então os pastores de Abrão começaram a discutir com os pastores de Ló. Além deles, também viviam naquelas terras os cananeus e os ferezeus.

Então Abrão disse a Ló:

—Nós somos da mesma família, por isso não deve haver disputas entre nós, ou entre os nossos pastores. Este país é muito grande. Peço que se separe de mim. Escolha o lugar que quiser. Se for para a esquerda, eu irei para a direita; se for para a direita, eu irei para a esquerda.

10 Ló olhou em volta e viu que para o sul do vale do Jordão, até Zoar, havia muita água. Era como o jardim do SENHOR, como a terra do Egito. Isto foi antes do SENHOR ter destruído Sodoma e Gomorra. 11 Ló escolheu todo o vale do Jordão e partiu em direção ao leste. Assim se separaram um do outro. 12 Abrão ficou na terra de Canaã e Ló foi viver entre as cidades do vale do Jordão. Ló montou o seu acampamento perto de Sodoma. 13 Os habitantes de Sodoma eram muito maus e pecavam contra o SENHOR.

14 Depois de Ló ter se separado de Abrão, o SENHOR disse a Abrão:

—Do lugar onde está, olhe ao seu redor: olhe para o norte, para o sul, para o leste e para o oeste. 15 Toda a terra que vê vou dá-la a você e à sua descendência para sempre. 16 A sua descendência será tão numerosa como o pó da terra. Assim como ninguém pode contar o pó da terra, também ninguém poderá contar a sua descendência. 17 Agora caminhe por toda esta terra, percorra todo o seu comprimento e a sua largura, porque é a você que eu a darei.

18 Então Abrão levantou o seu acampamento e foi viver perto dos grandes carvalhos de Mamré, em Hebrom. Ali construiu um altar e o dedicou ao SENHOR.

A captura e o resgate de Ló

14 Naquele tempo os reis Anrafel da Suméria, Arioque de Elasar, Quedorlaomer de Elam e Tidal de Goim, fizeram guerra contra os reis Bera de Sodoma, Birsa de Gomorra, Sinabe de Admá, Semeber de Zeboim e o rei de Bela (também chamada Zoar).

Estes últimos cinco juntaram as suas forças no vale de Sidim, que agora se chama mar Morto. Durante doze anos eles estiveram sujeitos a Quedorlaomer, mas no décimo terceiro ano, eles se revoltaram. No décimo quarto ano, Quedorlaomer e os reis que estavam com ele, vieram e derrotaram os refains em Asterote-Carnaim, os zuzins em Ham, os emins em Shavé-Quiriataim e os horeus nas montanhas de Edom. Eles os perseguiram até El-Parã[c], que fica perto do deserto. Quando regressavam, Quedorlaomer e os seus aliados chegaram a En-Mispate (também chamada Cades) e destruíram tudo o que encontraram na terra dos amalequitas. Eles também derrotaram os amorreus que viviam em Hazazom-Tamar.

Então estes cinco reis: o rei de Sodoma, o rei de Gomorra, o rei de Admá, o rei de Zeboim e o rei de Bela (também chamada Zoar), foram e prepararam as suas forças para a batalha no vale de Sidim contra estes quatro reis: o rei Quedorlaomer de Elam, o rei Tidal de Goim, o rei Anrafel da Suméria e o rei Arioque de Elasar.

10 Nesse tempo, o vale de Sidim estava cheio de poços de betume. Quando os reis de Sodoma e Gomorra fugiram com os seus exércitos, alguns dos seus homens caíram nesses poços, mas outros escaparam para os montes. 11 Então Quedorlaomer e os seus aliados levaram toda a comida e os bens de Sodoma e Gomorra, e foram embora dali. 12 Ló, o sobrinho de Abrão, também vivia em Sodoma. Por isso, ele foi apanhado e levado preso. Levaram também o que ele possuía. 13 Mas um homem que tinha escapado foi contar tudo a Abrão, o hebreu, que vivia perto dos grandes carvalhos de Mamré, o amorreu. Mamré era irmão de Escol e de Aner, e eles eram aliados de Abrão.

14 Quando Abrão ouviu que o seu sobrinho tinha sido capturado, ele reuniu trezentos e dezoito homens bem treinados, que tinham nascido na sua casa, e saiu em perseguição dos inimigos até Dã. 15 Durante a noite, Abrão e os seus servos atacaram e derrotaram os seus inimigos e os perseguiram até Hobá, que fica ao norte de Damasco. 16 Abrão recuperou tudo o que o inimigo tinha levado, e libertou o seu sobrinho Ló e tudo o que ele tinha, assim como também as mulheres e todos os outros prisioneiros.

17 Quando Abrão regressava, depois de ter derrotado Quedorlaomer e os seus aliados, o rei de Sodoma foi ao seu encontro no vale de Savé, que agora se chama “vale do Rei”.

Melquisedeque

18 Também Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, trouxe vinho e pão e 19 abençoou Abrão dizendo:

—Abrão, que o Deus Altíssimo,
    Criador do céu e da terra, abençoe você.
20 E louvado seja o Deus Altíssimo,
    que lhe deu esta vitória sobre os seus inimigos.

E Abrão deu a Melquisedeque a décima parte de tudo o que tinha obtido na batalha. 21 Depois disso, o rei de Sodoma disse a Abrão:

—Você pode ficar com todos os bens. Só me entregue as pessoas que libertou do inimigo.

22 Mas Abrão disse ao rei de Sodoma:

—Jurei ao SENHOR, o Deus Altíssimo, o Criador do céu e da terra, 23 que não aceitarei nada do que é seu, nem sequer um só fio de um cordão das suas sandálias, para que não diga: “Fui eu que fiz Abrão rico”. 24 Só levarei os homens com quem vim e só aceitarei o que eles já comeram. Quanto a Aner, Escol e Mamre, eles sim devem receber a parte deles.

A aliança de Deus com Abrão

15 Depois disto, o SENHOR falou com Abrão numa visão e lhe disse:

—Abrão, não tenha medo.
    Eu sou o seu protetor,
    a sua recompensa será muito grande.

Mas Abrão lhe disse:

—Ó Senhor DEUS, nada que me possa dar me dará alegria, pois não tenho filhos. Quando eu morrer, o herdeiro de tudo o que tenho será o meu escravo Eliézer, de Damasco. O Senhor não me deu nenhum filho; por isso o meu escravo será quem herdará tudo o que tenho!

Mas o SENHOR lhe disse:

—O seu herdeiro não vai ser ele. Você terá um filho e será ele quem herdará tudo o que você tem.

E Deus saiu com Abrão para fora da tenda e lhe disse:

—Olhe para o céu e conte as estrelas, se puder. Os seus descendentes serão tão numerosos como as estrelas.

Abrão acreditou no SENHOR e, por causa da sua fé, Deus o aceitou como justo[d]. E Deus lhe disse:

—Eu sou o SENHOR, que tirou você da cidade de Ur, da terra dos caldeus, para lhe dar esta terra como herança.

Então Abrão perguntou:

—Ó Senhor DEUS, como posso ter certeza de que esta terra será minha?

E Deus lhe respondeu:

—Você deverá me trazer uma bezerra, uma cabra, e um carneiro. Todos de três anos de idade. Traga também uma rola e um pombinho.

10 Abrão trouxe os animais, os cortou ao meio e colocou cada metade uma na frente da outra. Mas ele não cortou as aves. 11 Mais tarde vieram alguns abutres para comerem a carne dos animais mortos, mas Abrão os afastou.

12 Ao anoitecer, Abrão ficou com muito sono e veio sobre ele uma escuridão terrível que o encheu de medo. 13 E Deus lhe disse:

—Pode ter certeza de que os seus descendentes serão imigrantes num país que não é deles. Nesse país, eles serão feitos escravos e maltratados durante quatrocentos anos. 14 Mas eu castigarei a nação que os irá escravizar, e os seus descendentes sairão de lá livres e com grandes riquezas. 15 Quanto a você, viverá muitos anos antes de morrer em paz e ser enterrado. 16 Depois de quatro gerações, os seus descendentes retornarão aqui, pois a maldade dos amorreus ainda não chegou ao ponto de serem castigados.

17 Quando se fez noite e estava tudo escuro, apareceu um braseiro fumegante e uma tocha acesa passando entre os animais cortados ao meio.[e]

18 Nesse dia o SENHOR fez a seguinte aliança com Abrão:

—Darei esta terra aos seus descendentes, desde o ribeiro do Egito[f] até o grande rio Eufrates, 19 a terra dos queneus, dos quenezeus, dos cadmoneus, 20 dos heteus, dos ferezeus, dos refains, 21 dos amorreus, dos cananeus, dos girgaseus e dos jebuseus.

Sarai e Agar

16 Sarai, a mulher de Abrão, não tinha dado nenhum filho a Abrão, mas tinha uma escrava egípcia chamada Agar. Então ela disse a Abrão:

—Olhe, o SENHOR não me permitiu ter filhos. Portanto, durma com a minha escrava, talvez eu possa ter filhos por meio dela.

Então Abrão fez o que Sarai lhe disse. Abrão já tinha vivido dez anos na terra de Canaã, quando Sarai, a sua esposa, lhe deu Agar, a sua escrava, para ser sua mulher. Abrão dormiu com Agar e ela ficou grávida. E quando Agar viu que estava grávida, começou a olhar com desprezo para a sua senhora. E Sarai disse a Abrão:

—É por sua causa que eu estou sofrendo. Fui eu que lhe entreguei a minha escrava nos seus braços. Mas agora que ela está grávida, ela olha para mim com desprezo. Que o SENHOR julgue quem de nós dois é o culpado.

E Abrão disse a Sarai:

—Ela é a sua escrava. Faça com ela o que achar melhor.

Então Sarai tratou tão mal a sua escrava, que Agar teve que fugir dela.

Agar e Ismael

O anjo do SENHOR a encontrou no deserto, perto de uma fonte de água, que fica no caminho de Sur, e lhe disse:

—Agar, escrava de Sarai, de onde vem e para onde vai?

E ela lhe respondeu:

—Estou fugindo da minha senhora Sarai.

Depois o anjo do SENHOR disse:

—Volte para a sua senhora e obedeça a ela.

10 O anjo do SENHOR disse também:

—Farei com que tenha muitos filhos. Os seus descendentes serão tantos que ninguém os poderá contar.

11 O anjo do SENHOR lhe disse ainda:

—Você está grávida
    e vai dar à luz um menino.
Você irá chamá-lo de Ismael,[g]
    pois o SENHOR ouviu o seu grito de aflição.
12 Ele viverá livre como um jumento selvagem,
    mas ele não estará longe dos seus irmãos.
Ele lutará contra eles
    e eles contra ele.[h]

13 E Agar deu este nome ao SENHOR, que tinha falado com ela: “O Deus que me vê”[i], pois ela disse: “Aqui eu vi aquele que me vê”. 14 Por isso, esse poço foi chamado “Poço de aquele que vive e que me vê”[j]. O poço encontra-se entre Cades e Berede.

15 Assim Agar deu à luz um filho de Abrão, e Abrão lhe deu o nome de Ismael. 16 Abrão tinha oitenta e seis anos de idade quando Agar deu à luz o seu filho Ismael.

A circuncisão, sinal da aliança

17 Quando Abrão tinha noventa e nove anos, o SENHOR apareceu-lhe e disse:

—Eu sou o Deus Todo-Poderoso.[k] Viva em comunhão comigo, sendo sempre fiel. Se você fizer isso, eu confirmarei a minha aliança com você e lhe darei muitos descendentes.

Abrão inclinou-se diante de Deus, e Deus lhe disse:

—Esta é a aliança que faço com você: você será o pai de muitas nações. A partir de agora, o seu nome já não será mais Abrão,[l] mas sim Abraão,[m] pois eu lhe farei pai de muitas nações.

Eu lhe darei muitos filhos; de você nascerão reis e grandes nações. Estabelecerei a minha aliança com você e com os seus descendentes, por todas as gerações. Será uma aliança que não terá fim. Prometo ser o seu Deus e o Deus dos seus descendentes. Darei a você e aos seus descendentes a terra onde está agora vivendo como estrangeiro. Você e os seus descendentes possuirão toda a terra de Canaã para sempre. E eu serei o seu Deus.

Depois Deus disse a Abraão:

—Mas você deverá cumprir a sua parte da minha aliança, você e os seus descendentes, por todas as gerações. 10 E esta é a aliança que devem cumprir, a aliança que faço com você e com os seus descendentes: todos os seus homens deverão ser circuncidados. 11 A circuncisão será o sinal da aliança que existe entre mim e vocês.

12 —De agora em diante, todo menino que nascer na sua casa deverá ser circuncidado oito dias depois do seu nascimento. E todo escravo comprado de um estrangeiro deverá também ser circuncidado, mesmo que não seja seu descendente. 13 Tanto o escravo nascido na sua casa, como o escravo comprado deverá ser circuncidado. Desta forma, o corpo de vocês será marcado com o sinal da minha aliança eterna. 14 O homem que não for circuncidado deverá ser eliminado[n] do meio do seu povo, já que quebrou a minha aliança.

15 Deus disse também a Abraão:

—Quanto à sua esposa, já não a chame de Sarai. O seu nome de agora em diante será Sara[o]. 16 Eu a abençoarei e você terá um filho por meio dela. Ela será mãe de muitas nações e dela nascerão reis para as nações.

17 Então Abraão inclinou-se diante de Deus e riu dizendo para si mesmo: “Pode um homem de cem anos ter um filho? Pode Sara, com noventa anos, dar à luz um menino?”

18 E Abraão disse a Deus:

—Que Ismael receba a sua bênção.

19 Mas Deus respondeu:

—Não! Será Sara, a sua mulher, que vai lhe dar um filho. E você lhe dará o nome de Isaque[p]. Eu estabelecerei a minha aliança com ele e com a sua descendência depois dele. 20 Também ouvi o seu pedido a favor de Ismael e também o abençoarei. Ele terá muitos filhos e será pai de doze chefes. Eu farei dele uma grande nação. 21 Mas a minha aliança será feita com Isaque, o filho que Sara vai lhe dar daqui a um ano.

22 Quando acabou de falar com Abraão, Deus subiu e se afastou de Abraão. 23 Naquele mesmo dia, Abraão fez o que Deus tinha lhe mandado fazer. Ele circuncidou o seu filho Ismael, todos os escravos que tinham nascido na sua casa ou que tinham sido comprados e todos os outros homens da sua casa. 24 Abraão tinha noventa e nove anos quando foi circuncidado. 25 E o seu filho Ismael tinha treze anos quando foi circuncidado. 26 Abraão e o seu filho Ismael foram circuncidados naquele mesmo dia. 27 E todos os escravos foram também circuncidados com ele, tanto os nascidos na sua casa ou como os comprados de estrangeiros.

Os três visitantes

18 O SENHOR apareceu a Abraão perto dos carvalhos de Mamre. Abraão estava sentado na entrada da sua tenda porque era a hora mais quente do dia. Abraão levantou os olhos e viu três homens em pé, a pouca distância dele. Quando os viu, correu desde a entrada da sua tenda até onde eles estavam. Chegando diante deles, se inclinou e disse:

—Senhor, se mereço o seu favor, peço que fique um pouco com este seu servo. Mandarei buscar um pouco de água para lavarem os pés e, depois, poderão descansar debaixo da sombra desta árvore. Irei também trazer um pouco de pão para poderem recuperar as forças antes de partirem. Deixem que eu, o seu servo, faça isso, já que me visitaram.

Então eles disseram:

—Está bem, faça como disse.

Abraão correu para a tenda onde estava Sara e lhe disse:

—Depressa! Amasse três medidas da melhor farinha e faça pão.

Depois correu para o curral, escolheu um vitelo bom e gordo e o deu ao seu servo, que o cozinhou rapidamente. Então Abraão serviu aos homens o vitelo que tinha preparado e também lhes ofereceu manteiga e leite. Abraão ficou de pé ao lado deles, pronto para servir, enquanto eles comiam debaixo da árvore.

E eles lhe perguntaram:

—Onde está a sua esposa Sara?

E ele respondeu:

—Está ali, na tenda.

10 Um deles lhe disse:

—Pode ter certeza de que quando eu voltar na próxima primavera, a sua esposa, Sara, terá um filho.

Sara estava ouvindo a conversa na entrada da tenda, atrás de Abraão. 11 Abraão e Sara eram velhos e Sara já tinha passado da idade de ter filhos. 12 Então ela riu para si mesma e pensou: “Até parece que vou ter essa alegria estando eu e o meu marido velhos”. 13 Então o SENHOR disse a Abraão:

—Sara riu e disse não acreditar que ela venha a ter um filho por já estar muito velha. Por que é que Sara riu e disse isso? 14 Será que há alguma coisa impossível para o SENHOR? Voltarei a você na próxima primavera e Sara terá um filho.

15 Mas Sara teve medo e mentiu, dizendo:

—Eu não ri.

E o Senhor lhe disse:

—Sim, você riu.

16 Então os três homens se levantaram para partir. Olharam para Sodoma e caminharam nessa direção. E Abraão os acompanhou para se despedir.

Abraão intercede por Sodoma

17 O SENHOR disse:

—Não vou esconder de Abraão o que vou fazer. 18 Ele vai dar origem a uma grande e poderosa nação. Além disso, todas as nações do mundo serão abençoadas por meio dele. 19 Eu o escolhi para que ensine aos seus filhos e aos seus descendentes a seguirem o caminho do SENHOR. Eles deverão praticar o que é justo e bom. Assim eu, o SENHOR, darei a ele tudo o que lhe prometi.

20 Então o SENHOR disse:

—São tantas as acusações contra Sodoma e Gomorra, e os seus pecados são tão graves, 21 que decidi descer para ver se realmente foi feito todo o mal que tenho ouvido.

22 Dois dos homens partiram em direção a Sodoma. Mas Abraão ficou junto ao SENHOR. 23 Abraão se aproximou dele e perguntou:

—O Senhor está pensando em destruir tanto as pessoas boas como as pessoas más? 24 E se na cidade viverem cinquenta pessoas boas? O Senhor iria destruir toda a cidade? Tenho certeza de que o Senhor iria perdoar a cidade por causa daquelas cinquenta pessoas que vivem lá. 25 Não posso imaginar o Senhor matando tanto as pessoas boas como as pessoas más. Se isso chegasse a acontecer, tanto as pessoas boas (que não merecem ser castigadas) como as pessoas más (que merecem ser castigadas) seriam tratadas da mesma maneira: todas elas seriam castigadas. Já que o Senhor é o Juiz do mundo inteiro, o Senhor não pode fazer tal injustiça!

26 Então o SENHOR disse:

—Se eu encontrar cinquenta pessoas boas em Sodoma, perdoarei toda a cidade por causa delas.

27 E Abraão disse:

—Já que me atrevi a falar assim com o Senhor, embora eu não seja mais do que pó e cinza, 28 deixe-me perguntar, o que acontecerá se faltarem cinco pessoas para completar as cinquenta? O Senhor destruirá a cidade só porque faltam cinco?

E o Senhor disse:

—Não destruirei a cidade se eu encontrar lá quarenta e cinco pessoas boas.

29 E Abraão voltou a perguntar:

—O que acontecerá se só encontrar quarenta pessoas boas?

E o Senhor disse:

—Não destruirei a cidade se eu encontrar lá quarenta pessoas boas.

30 Abraão voltou a falar:

—Senhor, por favor, não se irrite comigo por falar de novo. Mas se só encontrar lá trinta pessoas boas?

E o Senhor respondeu:

—Não destruirei a cidade se eu encontrar lá trinta pessoas boas.

31 Abraão continuou:

—Sou demasiado atrevido ao falar com o Senhor, mas o que acontecerá se só encontrar lá vinte pessoas boas?

E o Senhor respondeu:

—Se eu encontrar lá vinte pessoas boas, não destruirei a cidade.

32 Finalmente Abraão disse:

—Senhor, por favor, não se irrite comigo, pois vou falar mais uma vez. O que acontecerá se encontrar lá só dez pessoas boas?

E o Senhor lhe disse:

—Não destruirei a cidade se eu encontrar lá dez pessoas boas.

33 Quando acabou de falar com Abraão, o SENHOR partiu. E Abraão voltou para a sua casa.

A visita dos anjos a Ló

19 Os dois anjos chegaram à cidade de Sodoma no fim da tarde e Ló estava sentado perto da entrada da cidade. Quando os viu, Ló se levantou e foi ao seu encontro. Inclinando-se diante deles, disse:

—Senhores, por favor, venham ficar na minha casa, passem lá a noite e lavem os pés. Eu serei como o seu servo. Amanhã poderão se levantar cedo e continuar a viagem.

Os anjos responderam:

—Não é preciso. Passaremos a noite na rua.

Mas Ló insistiu tanto, que os anjos aceitaram e foram com ele para a sua casa. Então Ló mandou preparar um bom jantar e assar pães sem fermento. Logo os anjos comeram.

Mais tarde, antes dos anjos se deitarem, todos os homens de Sodoma, novos e velhos, cercaram a casa. Chamaram Ló e lhe disseram:

—Onde estão os homens que chegaram aqui esta noite? Mande-os sair para podermos dormir com eles.

E Ló saiu para fora da casa, fechou a porta atrás de si e lhes disse:

—Meus amigos, por favor, não façam uma coisa tão má! Tenho duas filhas que nunca dormiram com nenhum homem. Vou trazê-las e poderão fazer com elas o que desejarem, mas não façam nada a estes senhores. Eles são meus hóspedes e estão debaixo da minha proteção.[q]

Mas eles responderam:

—Saia da nossa frente!

E falaram entre eles:

—Este homem chegou aqui como estrangeiro e agora quer nos dizer o que devemos fazer!

Depois, virando-se para Ló, disseram:

—Vamos fazer com você algo pior do que a eles!

Então empurraram Ló e se aproximaram da porta para arrombá-la.

10 Mas os dois anjos agarraram Ló e o puxaram para dentro da casa, e fecharam a porta. 11 Depois fizeram com que todos os homens, tanto os jovens como os velhos, que estavam lá fora, ficassem cegos e não pudessem encontrar a porta.

Destruição de Sodoma e Gomorra

12 Os dois anjos então perguntaram a Ló:

—Há mais alguém da sua família na cidade? Saia deste lugar e leve com você os seus filhos, as suas filhas, os maridos das suas filhas e todos os seus parentes, 13 porque vamos destruir esta cidade. A maldade que há nela é tanta que já chegou até o SENHOR, e ele nos enviou para destruí-la.

14 Então Ló saiu e foi falar com os maridos das suas filhas:

—Depressa, saiam deste lugar, porque o SENHOR vai destruir esta cidade.

Mas os seus genros pensavam que ele estava brincando. 15 Ao amanhecer, os anjos insistiram com Ló, dizendo:

—Depressa, leve a sua esposa e as suas duas filhas que estão aqui! Se você não sair, será destruído quando esta cidade for castigada.

16 Mesmo assim, Ló demorava em partir. Então os anjos o agarraram pela mão, e também a sua mulher e as suas filhas, porque o SENHOR teve compaixão de Ló, e os levaram para fora da cidade. 17 Depois um deles disse:

—Fuja, salve a sua vida! Não olhe para trás, nem pare em nenhum vale. Corra para as montanhas, senão será destruído.

18 Mas Ló disse:

—Por favor, meu senhor, 19 tem sido muito bom comigo, o seu servo, e salvou a minha vida. Mas se eu correr até as montanhas esta destruição irá me alcançar e matar antes de eu chegar lá. 20 Olhe, aquela cidade fica mais perto. Deixe-me escapar para lá e não a destrua. Não é mesmo uma cidade pequena? Assim poderei salvar a minha vida.

21 Então o anjo lhe disse:

—Está bem, vou fazer o que acaba de me pedir, não destruirei aquela cidade. 22 Fuja! Vá depressa, porque não posso fazer nada até você chegar lá.

Por isso, essa cidade foi chamada Zoar[r].

23 Ló chegou a Zoar ao amanhecer. 24 Então o SENHOR fez chover fogo e enxofre sobre Sodoma e Gomorra. 25 Assim ele destruiu essas cidades, o vale, todos os habitantes e tudo o que crescia no solo.

26 Aconteceu também que a esposa de Ló olhou para trás e se transformou numa estátua de sal.

27 Abraão levantou-se de manhã cedo e foi ao lugar onde tinha se encontrado com o SENHOR. 28 Olhou para Sodoma, Gomorra e todo o vale, e só viu nuvens de fumaça que subiam da terra, como a fumaça que sai de uma fornalha.

29 Quando Deus destruiu as cidades do vale, lembrou-se de Abraão e salvou Ló daquela destruição.

As filhas de Ló

30 Ló partiu de Zoar e foi viver nas montanhas com as suas duas filhas, porque tinha medo de viver em Zoar. Ele e as suas duas filhas foram viver numa caverna. 31 E a filha mais velha disse à outra:

—Nosso pai está velho e não há aqui nenhum homem para nos dar filhos, como é costume em todo lugar. 32 Vamos dar vinho ao nosso pai até ele ficar embriagado, depois deitemo-nos com ele. Assim poderemos ter filhos do nosso pai e a nossa família continuará existindo.

33 Nessa noite elas deram vinho ao seu pai e ele ficou embriagado. Então a filha mais velha se deitou com o pai, dormiu com ele, e se levantou da cama sem que ele se desse conta.

34 No dia seguinte, a filha mais velha disse à outra:

—Ontem à noite me deitei com o nosso pai. Vamos também embriagá-lo esta noite e você irá se deitar com ele. Assim nós poderemos ter filhos do nosso pai e a nossa família continuará existindo.

35 Nessa noite elas deram vinho ao seu pai e ele ficou embriagado. Então a filha mais nova se deitou com o pai, dormiu com ele, e se levantou da cama sem que ele se desse conta.

36 As duas filhas de Ló ficaram grávidas do próprio pai. 37 E a filha mais velha deu à luz um filho, a quem deu o nome de Moabe[s]. Ele é o pai de todos os moabitas que existem no dia de hoje. 38 E a filha mais nova também deu à luz um filho, a quem deu o nome de Ben-Ami[t]. Ele é o pai de todos os amonitas que existem no dia de hoje.

Abraão em Gerar

20 Abraão partiu dali para o sul de Canaã. Ficou por algum tempo vivendo entre Cades e Sur. Enquanto vivia como estrangeiro em Gerar, dizia que Sara, sua esposa, era sua irmã. E Abimeleque, rei de Gerar, mandou buscar Sara e ficou com ela. Certa noite Deus falou com Abimeleque num sonho e lhe disse:

—Você vai morrer porque foi buscar uma mulher que já é casada.

Mas Abimeleque ainda não tinha se deitado com ela e por isso disse:

—Senhor, você vai matar um povo inocente? Não foi o homem que me disse: “Ela é minha irmã”? E até ela mesma me disse: “Ele é meu irmão”. Eu fiz isto de boa consciência e inocentemente.

Então Deus lhe disse no sonho:

—Sei que você agiu de boa consciência. Por isso, não deixei você pecar contra mim e o impedi de tocar nela. Agora devolva a mulher ao seu marido. Ele é um profeta e vai orar por você para que não morra. Mas se não a devolver, pode ter certeza de que você e toda a sua família morrerão.

Abimeleque se levantou cedo no dia seguinte, chamou os seus servos e lhes contou o sonho que teve. Eles ficaram cheios de medo. Então Abimeleque chamou Abraão e lhe disse:

—Por que você nos fez isso? Que mal eu lhe fiz para você fazer cair um pecado tão grande sobre mim e sobre o meu reino? O que você me fez não se faz a ninguém.

10 E Abimeleque perguntou a Abraão:

—O que foi que levou você a fazer uma coisa dessas?

11 Abraão respondeu:

—É que eu pensei: “Neste lugar, ninguém respeita a Deus. E são capazes de me matar para ficarem com a minha mulher”. 12 E também é verdade que Sara é minha irmã. Ela é filha do meu pai, mas não é filha da minha mãe; por isso eu me casei com ela. 13 Quando Deus me fez sair da casa do meu pai, eu disse à minha mulher: “Por favor, em todos os lugares para onde formos, diga que eu sou seu irmão”.

14 Então Abimeleque deu a Abraão ovelhas, bois, escravos e escravas e também lhe devolveu a sua esposa Sara. 15 Abimeleque também lhe disse:

—As minhas terras estão à sua disposição, pode viver onde quiser.

16 E disse a Sara:

—Dei mil peças de prata ao seu irmão. Fiz isso para proteger a sua reputação, para que todos os que conhecem você saibam que não é culpada de nada.

17 Depois Abraão orou a Deus, e Deus curou a Abimeleque, à sua esposa e às suas servas. E elas voltaram a ter filhos. 18 Pois o SENHOR tinha feito com que nenhuma mulher da casa de Abimeleque pudesse ter filhos, por causa do que tinha acontecido com Sara, mulher de Abraão.

Sara tem um filho

21 O SENHOR veio abençoar Sara, como disse antes. O SENHOR cumpriu o que tinha prometido a Sara. E ela ficou grávida e deu um filho a Abraão quando ele já era velho. O seu filho nasceu no tempo exato prometido por Deus. E Abraão deu o nome de Isaque[u] ao seu filho. Oito dias depois de ele ter nascido, Abraão circuncidou o seu filho Isaque, conforme Deus tinha lhe ordenado.

Abraão tinha cem anos de idade quando Isaque, o seu filho, nasceu. E Sara disse:

—Deus me fez rir e todos os que souberem disso vão rir comigo.

E acrescentou:

—Quem iria dizer a Abraão que eu ainda iria amamentar filhos? No entanto, eu lhe dei um filho sendo ele já velho.

O menino foi crescendo até que chegou a idade de deixar de mamar. Então Abraão fez uma grande festa. E Sara viu que Ismael, o filho de Agar, a egípcia, estava rindo[v] de Isaque.[w] 10 Então ela disse a Abraão:

—Você tem que mandar embora essa escrava e o seu filho, porque de maneira nenhuma o filho dessa escrava vai ser herdeiro com o meu filho Isaque.

11 Para Abraão este pedido era uma coisa muito má, porque Ismael também era seu filho. 12 Mas Deus disse a Abraão:

—Não fique preocupado por causa do menino e da escrava. Faça o que Sara lhe pediu, pois os descendentes que eu lhe prometi virão por meio de Isaque. 13 Mas farei de Ismael, o filho da escrava, uma grande nação porque ele é seu filho.

14 No dia seguinte, Abraão se levantou cedo e foi buscar comida e uma vasilha com água para dá-los a Agar. Ele a ajudou a colocar tudo sobre os ombros, entregou o menino a ela e a mandou embora. Então Agar saiu e ficou andando pelo deserto de Berseba, sem saber para onde ir.

15 Quando acabou a água da vasilha, Agar deixou o menino debaixo da sombra de um arbusto. 16 E se afastou um pouco para não vê-lo, porque não queria ver o seu filho morrer. Sentou-se e começou a chorar dando altos gritos.

17 Mas Deus ouviu o menino chorando, e o anjo de Deus perguntou do céu:

—O que aconteceu, Agar? Não tenha medo, Deus ouviu o menino chorando no lugar onde o deixou. 18 Levante-se! Vá buscá-lo e não o deixe, pois eu farei dele uma grande nação.

19 Depois Deus fez com que ela visse uma fonte de água. E ela encheu a sua vasilha e foi dar água ao menino.

20 Deus esteve com o menino. Ele cresceu e viveu no deserto e se tornou num atirador de flechas. 21 Ele ficou morando no deserto de Parã. E a sua mãe o casou com uma mulher do Egito.

Aliança entre Abraão e Abimeleque

22 Nesse tempo, Abimeleque acompanhado de Ficol, chefe do seu exército, disse a Abraão:

—Deus está com você em tudo o que faz. 23 Portanto, prometa diante de Deus que não vai me trair, nem a mim nem aos meus filhos, nem aos meus descendentes. Que assim como eu sempre tenho lhe feito bem, você também fará bem a mim e à minha terra, a terra onde foi bem recebido.

24 Então Abraão lhe disse:

—Prometo.

25 No entanto Abraão se queixou a Abimeleque por causa de um poço de água que os servos de Abimeleque tinham tirado dele. 26 Abimeleque lhe respondeu:

—Não sabia que alguém tinha feito isso. Você não me disse nada e só agora fiquei sabendo.

27 Então Abraão foi buscar ovelhas e bois, deu os animais a Abimeleque, e os dois fizeram uma aliança. 28 Abraão separou sete[x] ovelhas do resto do rebanho. 29 E Abimeleque lhe perguntou:

—Que significam estas sete ovelhas que separou das outras?

30 Abraão respondeu:

—Aceite estas sete ovelhas que lhe dou como prova de que fui eu quem cavei este poço.

31 Foi por isso que o poço foi chamado de Berseba[y], porque foi ali que ambos fizeram um juramento. 32 Depois de concluírem a aliança em Berseba, Abimeleque e Ficol, o chefe do seu exército, voltaram para a terra dos filisteus.

33 Abraão plantou uma árvore, uma tamargueira, em Berseba e ali adorou ao SENHOR, o Deus eterno. 34 Abraão viveu como imigrante na terra dos filisteus durante muito tempo.

Deus prova a fé de Abraão

22 Algum tempo depois Deus pôs à prova a fé de Abraão, chamando-o:

—Abraão!

E ele respondeu:

—Estou aqui!

E Deus lhe disse:

—Leve com você o seu filho, o seu único filho, o seu filho amado, Isaque, e vá para a região de Moriá. Quando chegar lá, ofereça-o como sacrifício queimado num dos montes que eu lhe indicar.

Na manhã seguinte Abraão levantou-se cedo e preparou o seu jumento. Depois de cortar a lenha para o sacrifício, partiu para o lugar que Deus tinha lhe indicado, levando com ele dois dos seus servos e Isaque. No terceiro dia, Abraão viu de longe o lugar para onde iam. E Abraão disse aos seus servos:

—Fiquem aqui com o jumento. Eu e o meu filho vamos um pouco mais adiante para adorar a Deus. Depois disso, voltaremos aqui.

Abraão então pegou na lenha que tinha para o sacrifício e a colocou nos ombros do seu filho Isaque. Ele mesmo levava o fogo e a faca, e os dois foram caminhando juntos. Enquanto caminhavam, Isaque disse ao seu pai Abraão:

—Pai!

Abraão respondeu:

—Sim, meu filho.

Isaque perguntou:

—Temos aqui a lenha e o fogo, mas onde está o cordeiro que vamos sacrificar?

Abraão respondeu:

—É o próprio Deus quem vai nos dar o cordeiro para o sacrifício, meu filho.

Então os dois continuaram no seu caminho. Quando chegaram ao lugar que Deus tinha indicado, Abraão fez um altar e colocou a lenha sobre ele. Depois amarrou o seu filho e o colocou em cima da lenha do altar. 10 Então Abraão estendeu a mão e agarrou a faca para matar o seu filho. 11 Mas o anjo do SENHOR o chamou do céu:

—Abraão! Abraão!

E Abraão respondeu:

—Estou aqui.

12 E o anjo disse:

—Não levante a mão contra o seu filho, não lhe faça mal. Agora eu sei que você honra a Deus,[z] pois não poupou o seu filho, o seu único filho.

13 Abraão levantou os olhos e viu um carneiro preso pelos chifres num arbusto. Então foi apanhá-lo e ofereceu-o em sacrifício, no lugar do seu filho. 14 Abraão chamou a esse lugar: “O SENHOR é quem vai providenciar”. Por isso, ainda hoje se diz: “No monte o SENHOR vai providenciar”.

15 Pela segunda vez o anjo do SENHOR chamou do céu a Abraão 16 e disse:

—Eu, o SENHOR, juro por mim mesmo que por você ter feito isto, não me negando o seu filho, o seu único filho, 17 eu certamente abençoarei você e lhe darei muitos descendentes. Os seus descendentes serão tantos como as estrelas do céu e como a areia da praia do mar. Eles irão possuir as cidades dos seus inimigos. 18 Também juro que todas as nações do mundo serão abençoadas através da sua descendência, porque você me obedeceu.

19 Abraão voltou ao lugar onde estavam os seus servos e juntos partiram para Berseba, onde Abraão ficou vivendo.

20 Algum tempo depois, alguém disse a Abraão:

—Milca também deu filhos ao seu irmão Naor: 21 Uz é o mais velho, Buz é o seu irmão. Depois ainda há: Quemuel (o pai de Aram), 22 Quésede, Hazo, Pildas, Jidlaf e Betuel. 23 Betuel foi pai de Rebeca. Milca teve esses oito filhos de Naor, o irmão de Abraão. 24 Naor também teve outros filhos pela sua outra esposa[aa] Reumá: Tebá, Gaã, Taás e Maaca.

A morte de Sara

23 Sara viveu cento e vinte e sete anos. Ela morreu em Quiriate-Arbá, que é Hebrom, na terra de Canaã. Abraão lamentou e chorou a sua morte. Depois Abraão saiu do lugar onde estava o corpo da sua esposa e foi falar com os heteus. Ele lhes disse:

—Eu sou um imigrante que vive entre vocês, peço que me vendam um terreno onde possa enterrar a minha esposa.

Os heteus disseram a Abraão:

—Ouça-nos, senhor, você é um príncipe de Deus que vive entre nós. Enterre a sua esposa no melhor dos nossos sepulcros. Nenhum de nós recusará dar-lhe um lugar para enterrar a sua esposa.

Então Abraão se levantou e inclinou-se diante dos heteus, e lhes disse:

—Já que permitem que eu enterre aqui a minha esposa, falem por mim a Efrom, filho de Zoar, para que me venda a caverna de Macpela, que fica no fim do seu campo. Eu comprarei a caverna por um preço justo e ficarei sendo dono do sepulcro.

10 Efrom estava sentado entre os heteus, perto da porta da cidade. Então ele disse a Abraão diante dos outros heteus e de todos os que passavam:

11 —Não, meu senhor, eu lhe ofereço a caverna e todo o campo. Digo isto na frente de todo o meu povo. Pode enterrar a sua esposa.

12 Abraão se inclinou diante dos heteus 13 e disse a Efrom diante de todos:

—Ouça o que eu vou dizer, por favor. Aceite que eu pague o preço do campo. Aceite o dinheiro para que eu possa enterrar a minha esposa.

14 Efrom respondeu a Abraão:

15 —Senhor, ouça o que eu digo. Essa terra vale quatrocentas moedas[ab] de prata. Mas não é isso que é importante. Portanto, vá enterrar a sua esposa.

16 Assim Abraão chegou a um acordo com Efrom e lhe entregou o montante de prata que os dois tinham concordado diante dos heteus; comprou o campo por quatrocentas moedas de prata.

17 Então o campo de Efrom em Macpela, perto de Mamre, o próprio campo e a caverna, todas as árvores do campo e toda a área em volta da caverna, passaram a pertencer legalmente a Abraão. 18 Isso foi feito na presença dos heteus e de todos os que estavam presentes perto da entrada da cidade. 19 E Abraão enterrou a sua esposa Sara na caverna do campo de Macpela, perto de Mamre, que é Hebrom, na terra de Canaã. 20 Assim, o campo e a caverna dos heteus passaram a pertencer legalmente a Abraão, para ali poder sepultar os seus mortos.

Uma esposa para Isaque

24 Abraão tinha muitos anos e o SENHOR tinha o abençoado em tudo. Então chamou o seu servo mais antigo, o servo responsável por tudo o que ele possuía, e lhe disse:

—Coloque a sua mão debaixo da minha coxa.[ac] Quero que me prometa, diante do SENHOR, Deus do céu e da terra, que você não vai escolher para ser esposa do meu filho nenhuma das mulheres dos cananeus, no meio dos quais estou vivendo. Mas irá à minha terra e lá escolherá uma esposa para o meu filho Isaque. Uma esposa que seja da minha família.

Então o servo lhe disse:

—E se a mulher não quiser deixar a sua terra e vir comigo para aqui? Devo então fazer com que o seu filho volte para a terra de onde veio?

Abraão respondeu:

—Nunca faça isso! Não leve o meu filho para esse lugar! O SENHOR, Deus do céu, me tirou da casa do meu pai e da minha terra e me trouxe para aqui. E jurou que ele iria dar esta nova terra à minha família. Deus vai enviar o seu anjo para estar com você, para que possa trazer daquela terra uma esposa para o meu filho. Se a mulher falar que não quer vir, você ficará livre desta promessa. Mas não leve o meu filho para lá.

O servo colocou a sua mão debaixo da coxa do seu senhor Abraão e prometeu fazer assim.

10 O servo levou consigo dez dos camelos do seu senhor e do melhor que Abraão tinha e partiu para a Mesopotâmia, em direção à cidade onde Naor tinha vivido.

11 Chegou lá de tarde, na hora em que as mulheres costumam ir buscar água. E fez com que os camelos se ajoelhassem perto do poço que ficava fora da cidade. 12 Então o servo fez esta oração:

—Ó SENHOR, Deus do meu senhor Abraão, peço-lhe que tudo dê certo hoje. Que seja bondoso com o meu senhor Abraão. 13 Vou ficar aqui, perto deste poço, esperando que as jovens desta cidade venham buscar água. 14 E vou pedir a uma delas: “Por favor, incline um pouco o seu cântaro para eu beber água”. Faça com que aquela que me responder: “Beba, e também vou dar água aos seus camelos”, seja a mulher que escolheu para o seu servo Isaque. Assim saberei que foi bondoso com o meu senhor.

15 E antes que ele terminasse a oração, chegou ali uma jovem chamada Rebeca. Ela era filha de Betuel, filho de Milca, esposa de Naor, o irmão de Abraão. Ela trazia o seu cântaro no ombro. 16 A jovem era muito linda e ainda era virgem. Ela desceu ao poço e encheu o seu cântaro. Quando ela subia para ir embora, 17 o servo correu ao seu encontro e lhe disse:

—Por favor, dê-me um pouco da água do seu cântaro.

18 Rebeca disse:

—Beba, meu senhor.

E rapidamente baixou o seu cântaro e agarrando-o com as mãos lhe deu água para ele beber. 19 Depois de ter lhe dado água, ela lhe disse:

—Também vou dar de beber aos seus camelos até eles ficarem satisfeitos.

20 Então, rapidamente, ela esvaziou o seu cântaro no bebedouro e correu até o poço para buscar mais água para todos os camelos.

21 Entretanto, o servo de Abraão observava o que ela fazia em silêncio. Queria ter certeza de que o SENHOR tinha respondido ao seu pedido e feito com que a sua viagem tivesse bom resultado. 22 Quando os camelos acabaram de beber, o servo ofereceu a Rebeca para pôr no nariz um brinco de ouro que pesava seis gramas e duas pulseiras de ouro que pesavam cem gramas.[ad] 23 E lhe perguntou:

—Quem é o seu pai? Será que há lugar na casa do seu pai para mim e para os homens que estão comigo? Precisamos de um lugar para ficar esta noite e alojarmos os animais.

24 Rebeca respondeu:

—Meu pai é Betuel, ele é filho de Milca e Naor.

25 E disse também:

—Sim, temos muita palha e forragem para os camelos e também temos lugar onde vocês podem dormir.

26 O servo se inclinou em adoração ao SENHOR, 27 e disse:

—Bendito seja o SENHOR, Deus do meu senhor Abraão, que lhe mostrou o seu amor e a sua bondade e me trouxe até à casa da família do meu amo.

28 Rebeca correu para a sua casa e contou à sua família tudo o que tinha acontecido. 29 Então o seu irmão, Labão, saiu correndo para se encontrar com o homem que estava junto ao poço. 30 Pois ele ouviu Rebeca contando tudo o que o homem lhe disse. Também ele viu o brinco e as pulseiras que a sua irmã tinha nos braços. Labão encontrou o homem de pé, junto ao poço, ao lado dos seus camelos, 31 e lhe disse:

—Venha comigo, abençoado do SENHOR, não fique aqui fora. Já tenho tudo preparado em casa e um lugar para os seus camelos.

32 Então o servo de Abraão entrou na casa. Labão descarregou os camelos e lhes deu palha e forragem. E deu água ao servo de Abraão e aos homens que estavam com ele para lavarem os pés. 33 Depois disso Labão quis servir a comida ao servo de Abraão, mas ele disse:

—Não vou comer até falar o que devo dizer.

Então Labão lhe disse:

—Então pode falar.

34 O servo disse:

—Eu sou servo de Abraão. 35 O SENHOR abençoou o meu senhor em tudo e ele se tornou um homem muito rico. Deus lhe deu ovelhas, bois, ouro, prata, escravos, escravas, camelos e burros. 36 Sara, a mulher do meu senhor, deu à luz um filho quando já era muito velha. E Abraão fez com que o seu filho fosse herdeiro de tudo o que ele tem. 37 E o meu senhor me obrigou a fazer uma promessa. Ele me disse: “Não procure uma esposa para o meu filho entre as mulheres do Canaã. Nós vivemos entre esse povo, mas não deixe que ele se case com uma das filhas dos cananeus. 38 Deve ir à minha terra, onde vive a minha família, e é lá que deve procurar uma esposa para o meu filho”. 39 Então eu perguntei ao meu senhor: “Que vou fazer se a mulher não quiser vir comigo?” 40 E ele respondeu: “O SENHOR, a quem eu sigo, vai enviar o seu anjo para acompanhar você e para que a sua viagem tenha êxito e possa trazer uma esposa da minha família para o meu filho. 41 Mas se for à terra da minha família e eles recusarem lhe dar uma esposa para o meu filho, então você ficará livre da sua promessa”.

42 —Hoje, quando cheguei ao poço, fiz esta oração: “Ó SENHOR, Deus do meu senhor Abraão, faça com que a minha viagem tenha êxito. 43 Estou aqui, junto deste poço. Quando uma jovem vier buscar água, eu pedirei a ela que me dê de beber um pouco do seu cântaro. 44 Se ela me responder que sim e também se oferecer para dar água aos meus camelos, que seja ela a mulher que o SENHOR escolheu para ser esposa do filho do meu senhor”.

45 —Antes de eu terminar esta oração, apareceu Rebeca com o cântaro ao ombro, e tirou água do poço. Então eu lhe disse: “Por favor, dê-me água”. 46 Ela tirou imediatamente o cântaro do ombro e me disse: “Beba, e eu também darei água aos seus camelos”. Eu bebi e ela deu água aos camelos. 47 E eu lhe perguntei: “Quem é o seu pai?”, e ela respondeu: “O meu pai é Betuel, o filho de Milca e Naor”. Então coloquei o brinco no seu nariz e as pulseiras nos seus braços. 48 Depois me inclinei em adoração ao SENHOR, e louvei o SENHOR, o Deus do meu senhor Abraão. Deus me guiou pelo caminho certo para buscar para o filho do meu senhor uma filha do seu próprio irmão. 49 Agora digam-me, se vão ou não mostrar amor e bondade para com o meu senhor. Digam-me para que eu saiba o que devo fazer.

50 Labão e Betuel responderam:

—Vemos que isto vem do SENHOR, por isso não temos nada a dizer. 51 Aqui está Rebeca, que ela vá com você e que se case com o filho do seu senhor, assim como o SENHOR disse.

52 Quando o servo de Abraão ouviu eles dizerem isto, ajoelhou-se no chão diante do SENHOR. 53 Depois foi buscar joias de ouro e de prata e vestidos e deu tudo a Rebeca. Também deu presentes valiosos ao irmão e à mãe dela. 54 Depois ele e os homens que estavam com ele comeram e passaram ali a noite. Na manhã seguinte se levantaram e disseram:

—Agora temos que voltar para o nosso senhor.

55 Mas o irmão e a mãe de Rebeca disseram:

—Deixem que a jovem fique aqui mais dez dias e depois poderá partir.

56 O servo disse de novo:

—Não me façam esperar pois o SENHOR fez com que a minha viagem tivesse êxito. Permitam que eu volte para a casa do meu senhor.

57 Então eles disseram:

—Vamos chamar a jovem e perguntar a ela o que quer fazer.

58 Então chamaram a Rebeca e lhe perguntaram:

—Quer ir com este homem?

Ela respondeu:

—Sim, quero ir.

59 Então deixaram que Rebeca e a mulher que sempre tinha tomado conta dela partissem com o servo de Abraão e os seus homens. 60 A família de Rebeca a abençoou assim:

“Nossa irmã, que você possa ter muitos filhos,
    ao ponto que ninguém consiga contá-los.
Que os descendentes da sua família conquistem
    as cidades dos seus inimigos!”

61 Então Rebeca e as suas servas se levantaram, montaram nos camelos e seguiram o homem. E assim o servo partiu com Rebeca.

62 Isaque tinha voltado de Beer-Laai-Roi pois estava vivendo no sul de Canaã. 63 Um dia Isaque estava caminhando[ae] no campo e viu que se aproximavam camelos. 64 Rebeca também olhou e viu Isaque. Então desceu do camelo 65 e perguntou ao servo:

—Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso encontro?

O servo respondeu:

—É o meu senhor.

Então Rebeca pegou o seu véu e cobriu o rosto.

66 O servo contou a Isaque tudo o que tinha feito. 67 Então Isaque levou a Rebeca para a tenda da sua mãe Sara e casou-se com ela. Isaque amou a Rebeca e assim se conformou com a morte da sua mãe.

A família de Abraão

25 Abraão voltou a se casar com outra mulher, chamada Quetura. Ela lhe deu os seguintes filhos: Zinrã, Jocsã, Medã, Midiã, Isbaque e Suá. Jocsã foi o pai de Sabá e Dedã. Os descendentes de Dedã foram os povos de Assur[af], de Letus e de Leum. Os filhos de Midiã foram Efá, Éfer, Enoque, Abida e Elda. Todos estes foram descendentes de Quetura. Abraão deu tudo o que tinha a Isaque. Mas antes da sua morte, Abraão deu alguns presentes aos filhos das suas outras esposas e, para que ficassem longe do seu filho Isaque, enviou todos eles para lugares mais ao leste.

Abraão viveu cento e setenta e cinco anos e morreu com uma idade bastante avançada. Depois de uma vida longa e feliz, ele se juntou aos seus antepassados. Os seus filhos Isaque e Ismael o enterraram na caverna de Macpela, no campo de Efrom, filho do heteu Zoar, em frente de Mamre. 10 Este era o campo que Abraão tinha comprado dos heteus. Foi ali que Abraão e a sua esposa Sara foram enterrados. 11 Depois da morte de Abraão, Deus abençoou o seu filho Isaque, o qual vivia em Beer-Laai-Roi.

Descendentes de Ismael

12 Estes são os descendentes de Ismael, filho de Abraão e da egípcia Agar, escrava de Sara. 13 E estes são os nomes dos filhos de Ismael na ordem em que nasceram: Nebaiote, foi o primeiro filho de Ismael; depois nasceram Quedar, Adbeel, Mibsão, 14 Misma, Dumá, Massá, 15 Hadade, Temã, Jetur, Nafis e Quedemá. 16 Estes foram os filhos de Ismael, todos os seus acampamentos e povoados tinham os seus nomes. Cada um dos seus doze filhos se tornou chefe da sua própria tribo. 17 Ismael viveu cento e trinta e sete anos, morreu e se juntou aos seus antepassados. 18 Os seus descendentes viveram na região que vai de Havilá até Sur, perto do Egito, ao longo do caminho que vai para a Assíria. Os descendentes de Ismael se estabeleceram defronte de todos os seus irmãos.[ag]

A família de Isaque

19 Estes são os descendentes de Isaque, filho de Abraão. 20 Isaque tinha quarenta anos de idade quando se casou com Rebeca, filha de Betuel e irmã de Labão. Betuel e Labão eram arameus de Padã-Arã. 21 A esposa de Isaque não podia ter filhos, então ele orou ao SENHOR por ela. O SENHOR ouviu as suas orações e Rebeca ficou grávida. 22 Dois gêmeos lutavam dentro do seu ventre e Rebeca pensou: “Por que isto está acontecendo comigo?” Então foi consultar o SENHOR. 23 O SENHOR lhe disse:

“Tem duas nações dentro do seu ventre.
    Do seu ventre nascerão dois povos que não se darão bem.
Um dos seus filhos será mais forte do que o outro,
    e o mais velho servirá o mais novo”.

24 Quando chegou o tempo, Rebeca teve dois gêmeos. 25 O que nasceu primeiro era ruivo e coberto de pelo. Por isso lhe deram o nome de Esaú[ah]. 26 Depois nasceu o seu irmão, com uma das mãos agarrada ao calcanhar de Esaú. Por isso lhe deram o nome de Jacó[ai]. Isaque tinha sessenta anos de idade quando eles nasceram.

27 Os meninos cresceram. Esaú se tornou um bom caçador e gostava de passar o tempo fora no campo. Mas Jacó era um homem muito calado, que gostava de ficar no acampamento. 28 Isaque gostava mais de Esaú porque gostava de comer os animais que ele trazia da caça, mas Rebeca gostava mais de Jacó.

29 Certo dia, quando Jacó estava fazendo um cozido, Esaú chegou do campo com fome 30 e disse a Jacó:

—Estou com fome, deixe que eu coma um pouco desse cozido vermelho que tem aí.

Por isso também foi chamado de Edom[aj].

31 Mas Jacó lhe disse:

—Venda para mim, primeiro, os direitos que tem por ser o filho mais velho[ak] do nosso pai.

32 Esaú lhe disse:

—Estou morrendo de fome, e se morrer, de nada me servirá toda a herança do meu pai.

33 Jacó disse:

—Jure primeiro que me dará os seus direitos de filho mais velho.

Esaú jurou e vendeu a Jacó os direitos que tinha como filho mais velho. 34 Então Jacó lhe deu pão e cozido de lentilhas. Esaú, comeu e bebeu, e depois se levantou e foi embora. Assim Esaú mostrou desprezo pelos seus direitos de ser o filho mais velho.

Isaque mente para Abimeleque

26 Houve muita fome naquela região, como tinha acontecido no tempo de Abraão. Por isso Isaque foi para Gerar, onde vivia Abimeleque, rei dos filisteus. Ali o SENHOR apareceu a Isaque e lhe disse:

—Não vá para o Egito, mas fique na terra que eu vou dizer para você ir. Por enquanto permaneça nesta terra como imigrante. Eu irei ajudar e abençoar você. Vou dar todas estas terras a você e aos seus descendentes. Assim vou cumprir a aliança que fiz com Abraão, o seu pai. Os seus filhos serão tão numerosos, como as estrelas do céu. A eles darei estas terras, e todas as nações do mundo serão abençoadas através da sua descendência. Faço isto porque o seu pai Abraão me obedeceu e fez tudo o que eu lhe ordenei. Abraão obedeceu às minhas ordens, mandamentos, regras e leis.

Isaque ficou vivendo em Gerar e, quando os homens desse lugar faziam perguntas a Isaque sobre a sua esposa, ele respondia:

—Ela é minha irmã.

(Ele tinha medo de dizer que ela era sua esposa porque pensava: “Se disser que é minha esposa, os homens deste lugar podem me matar para ficarem com Rebeca, porque ela é muito linda”.)

Isaque viveu nesse lugar durante muito tempo. Um dia Abimeleque, rei dos filisteus, estava na janela e viu Isaque acariciando a sua esposa Rebeca. Então Abimeleque chamou Isaque e disse:

—Essa mulher é sua esposa! Porque é que disse que era sua irmã?

Isaque respondeu:

—Porque pensei que vocês me matariam para ficarem com ela.

10 Abimeleque disse:

—Por que você fez isso? Qualquer homem poderia ter dormido com a sua mulher, e seria culpado de nos fazer pecar.

11 Depois Abimeleque deu a seguinte ordem ao seu povo:

—Quem tocar neste homem ou na sua esposa, será morto.

Isaque fica rico

12 Isaque semeou um campo e, nesse mesmo ano, a colheita lhe rendeu cem vezes mais do que plantou. O SENHOR o abençoou 13 e ele se tornou um homem rico. A sua riqueza continuou aumentando, até ficar riquíssimo. 14 Possuía tantas ovelhas, bois e escravos que os filisteus começaram a ter inveja dele. 15 Eles taparam todos os poços que os servos de Abraão, pai de Isaque, tinham cavado naquele tempo. Os filisteus taparam esses poços enchendo-os de terra. 16 Então Abimeleque disse a Isaque:

—Saia desta terra, é poderoso demais para ficar conosco.

17 Então Isaque saiu dali e foi acampar no vale de Gerar e ficou vivendo ali. 18 Isaque reabriu todos os poços que o seu pai tinha construído quando ainda estava vivo, pois os filisteus tinham enchido os poços de terra depois de Abraão ter morrido. Aos seus poços, ele deu os mesmos nomes que o seu pai, Abraão, tinha lhes dado. 19 Os escravos de Isaque abriram outro buraco no vale e encontraram uma nascente de água fresca. 20 Mas os pastores de Gerar entraram em conflito com os pastores de Isaque. Eles diziam:

—Esta água nos pertence.

Por isso Isaque chamou aquela fonte de “Conflito”[al]. Deu-lhe esse nome porque foi nesse lugar que entraram em conflito com ele. 21 Depois os servos de Isaque abriram outro poço, mas eles também discutiram por causa dele. Por isso, Isaque lhe deu o nome de “Discussão”[am]. 22 Isaque saiu dali e voltou a abrir outro poço e desta vez ninguém discutiu com ele. Por isso, a esse poço, ele deu o nome de “Lugar Espaçoso”[an]. E disse também:

—Agora o SENHOR nos deu espaço para crescer. Aqui iremos prosperar.

23 Dali Isaque foi para Berseba. 24 Naquela noite, o SENHOR apareceu a ele e disse:

—Eu sou o Deus do seu pai Abraão. Não tenha medo porque estou com você. Por causa do meu servo Abraão, irei abençoá-lo e dar a você muitos descendentes.

25 Isaque construiu ali um altar e adorou o SENHOR. Também estabeleceu ali o seu acampamento e os seus servos abriram um poço.

26 Um dia Abimeleque chegou de Gerar para ver Isaque. Trazia com ele Auzate, o seu conselheiro, e Ficol, o chefe do seu exército.

27 Isaque lhes perguntou:

—Por que é que vieram me ver? Vocês não gostam de mim e me expulsaram das suas terras.

28 Eles responderam:

—Agora estamos convencidos de que o SENHOR está com você. Por isso queremos fazer uma aliança com você. 29 Prometa que não nos fará mal, assim como nós sempre o tratamos bem. Fizemos que você saísse das nossas terras, mas deixamos que fosse em paz. Agora sabemos que é abençoado pelo SENHOR.

30 Então Isaque fez um banquete para eles e todos comeram e beberam. 31 Na manhã seguinte se levantaram cedo e fizeram promessas entre eles. Depois Isaque se despediu deles e eles partiram em paz.

32 Nesse dia, os escravos de Isaque vieram e lhe contaram que tinham construído um poço. Disseram-lhe:

—Encontramos água!

33 Isaque chamou esse poço de Seba[ao] e, por isso, essa cidade ainda se chama Berseba[ap].

34 Quando Esaú tinha quarenta anos de idade, casou-se com duas mulheres. Uma era Judite, filha do heteu Beeri, e a outra era Basemate, filha do heteu Elom. 35 Essas mulheres amarguraram a vida de Isaque e Rebeca.

Isaque abençoa Jacó e Esaú

27 Quando Isaque já era velho e praticamente cego, chamou o seu filho mais velho Esaú, e disse:

—Meu filho!

Esaú respondeu:

—Estou aqui.

Então Isaque lhe disse:

—Olhe, já estou velho e não sei quando vou morrer. Portanto, vá buscar as suas armas, o seu arco e as suas flechas e vá ao campo caçar um animal para mim. Depois prepare a comida que eu mais gosto, traga a comida aqui para que eu a coma e o abençoe antes de morrer.

Então Esaú foi caçar um animal para o seu pai. Mas Rebeca ouviu o que Isaque disse ao seu filho Esaú, e foi contar ao seu filho Jacó:

—Ouvi o seu pai falando com o seu irmão Esaú. O seu pai estava dizendo: “Vá caçar um animal e prepare-me uma comida saborosa, e eu o abençoarei na presença do SENHOR antes de morrer”. Meu filho, ouça e faça o que lhe digo. Vá ao rebanho e traga dois cabritinhos dos melhores, e eu vou prepará-los bem, do jeito que o seu pai mais gosta. 10 Depois, leve a comida ao seu pai, e ele lhe dará a sua bênção antes de morrer.

11 Então Jacó disse a Rebeca, sua mãe:

—Veja, o meu irmão Esaú é um homem muito peludo e eu não. 12 E se o meu pai me tocar, ele vai saber que eu quero enganá-lo e vai me amaldiçoar em vez de me abençoar.

13 Então a sua mãe lhe disse:

—Que essa maldição caia sobre mim em vez de cair sobre você. Faça o que lhe pedi, e traga para mim os cabritos.

14 Então Jacó foi, apanhou os cabritos e os levou à sua mãe. Ela preparou uma comida deliciosa, exatamente como Isaque gostava. 15 Depois Rebeca foi buscar as melhores roupas de Esaú, o seu filho mais velho, e vestiu com elas Jacó, o seu filho mais novo. 16 Também foi buscar as peles dos cabritos e as colocou nos braços e no pescoço de Jacó. 17 Também entregou ao seu filho Jacó a comida deliciosa e o pão que tinha preparado. 18 Jacó foi até o seu pai e lhe disse:

—Pai.

Isaque respondeu:

—Estou aqui. Qual dos meus filhos é você?

19 Jacó respondeu:

—Sou Esaú, o seu filho mais velho. Fiz o que me pediu, sente-se e coma a carne que preparei para você, e dê-me a sua bênção.

20 Mas Isaque perguntou ao seu filho:

—Como foi capaz de apanhar a caça tão depressa?

Jacó respondeu:

—Porque o SENHOR, seu Deus, me ajudou.

21 Então Isaque disse a Jacó:

—Meu filho, chegue aqui perto de mim para que eu possa tocá-lo. Assim ficarei sabendo se é realmente o meu filho Esaú.

22 Jacó se aproximou do seu pai, e o seu pai tocou nele e disse:

—A sua voz parece com a voz de Jacó, mas os seus braços parecem com os braços do Esaú.

23 Isaque não o reconheceu porque os braços eram peludos como os do seu irmão Esaú, por isso o abençoou.

24 Mas ainda perguntou:

—Você é mesmo o meu filho Esaú?

Jacó respondeu:

—Sim, sou.

Jacó recebe a bênção

25 Então Isaque disse:

—Traga para mim um pouco da caça para eu comer e o abençoar.

Jacó lhe deu a comida e ele comeu. Também lhe deu vinho e ele bebeu. 26 Depois o seu pai, Isaque, lhe disse:

—Venha aqui, meu filho, e dê-me um beijo.

27 Jacó aproximou-se e lhe deu um beijo. Isaque sentiu o cheiro das suas roupas e o abençoou. Isaque disse:

“Ó meu filho, cheira como o cheiro de um campo
    abençoado pelo SENHOR.
28 Que Deus lhe dê a chuva do céu em abundância, campos férteis,
    ricas colheitas e muito vinho.
29 Que muitos povos o sirvam,
    e nações se inclinem diante de você.
Que seja senhor dos seus irmãos,
    e que os filhos da sua mãe se ajoelhem diante de você.
Que quem amaldiçoar você, seja maldito,
    e quem abençoar você, seja bendito”.

30 Assim que Isaque acabou de abençoar Jacó e este tinha ido embora, chegou Esaú da caçada. 31 Também ele preparou uma comida deliciosa e a levou ao seu pai. Esaú disse ao seu pai:

—Pai, venha e coma um pouco da caça que apanhei para você, para que me dê a sua bênção.

32 Mas Isaque perguntou:

—Quem é você?

Esaú respondeu:

—Sou Esaú, o seu filho mais velho.

33 Então Isaque ficou muito abalado e disse:

—Mas quem foi então que caçou um animal e me trouxe a comida? Eu já comi e já lhe dei a minha bênção antes de você chegar. Agora ele será quem terá a bênção.

34 Quando Esaú ouviu isto, ficou muito aflito e, chorando alto, disse ao seu pai:

—Pai, dê também para mim a sua bênção.

35 Isaque lhe disse:

—O seu irmão veio, me enganou e recebeu a sua bênção.

36 Então Esaú disse:

—Tinham razão quando lhe deram o nome de Jacó[aq]. Esta é a segunda vez que ele me engana. Primeiro me tirou os direitos de ser o filho mais velho[ar] e agora me tirou a bênção.

Depois lhe disse:

—Não tem nenhuma bênção para me dar?

37 Isaque respondeu a Esaú:

—Dei-lhe autoridade sobre você e sobre os seus irmãos: vocês serão servos dele. Também o abençoei com grandes colheitas e muito vinho. Que lhe posso dar agora, meu filho?

38 Então Esaú disse ao seu pai:

—Não tem nem uma única bênção para mim, pai? Abençoe-me também.

Depois Esaú começou a chorar alto.

39 Então Isaque lhe disse:

“Não viverá em terra fértil,
    e não receberá muita chuva.
40 Viverá lutando com a sua espada,
    e será escravo do seu irmão.
Mas quando estiver pronto,
    ficará livre do seu domínio”.

41 Esaú ficou odiando o seu irmão Jacó por causa do seu pai ter lhe dado a bênção, e pensou: “O meu pai está prestes a morrer e haverá um tempo de luto por ele. Mas depois desse tempo, matarei o meu irmão Jacó”.

42 Rebeca soube dos planos de Esaú, o seu filho mais velho. Então mandou chamar Jacó e lhe disse:

—Olhe, o seu irmão Esaú está fazendo planos para matá-lo, pois ele quer se vingar de você. 43 Meu filho, faça o que lhe digo. Fuja agora mesmo para Harã, onde vive o meu irmão Labão. 44 Fique com ele por algum tempo até que acabe a fúria do seu irmão. 45 Depois desse tempo, o seu irmão vai se esquecer do que você fez. Quando isso acontecer, eu vou enviar um servo para trazê-lo de volta. Não quero perder vocês dois no mesmo dia.

46 Então Rebeca disse a Isaque:

—A minha vida é um desgosto por causa das mulheres dos heteus com quem Esaú se casou. E eu morreria se Jacó também se casasse com uma dessas mulheres.

28 Então Isaque chamou Jacó e, depois de o abençoar, deu a ele esta ordem:

—Não se case com uma mulher dos cananeus. Vá imediatamente para Padã-Arã, onde vive Betuel, o seu avô materno. Também lá vive o irmão da sua mãe, Labão. Case-se com uma das suas filhas. E que o Deus Todo-Poderoso[as] o abençoe e lhe dê muitos filhos e que seja o pai de muitas nações. Que Deus o abençoe e abençoe também os seus filhos com a bênção de Abraão. E que seja o senhor da terra onde agora vive como estrangeiro, a terra que Deus deu a Abraão.

Então Isaque enviou Jacó para Padã-Arã, onde vivia Labão, filho de Betuel, o arameu. Labão era irmão de Rebeca, a mãe de Jacó e Esaú.

Esaú soube que Isaque tinha abençoado Jacó e que o tinha enviado para Padã-Arã para se casar com uma mulher daquele lugar. Soube também que Isaque tinha lhe dito para não se casar com uma mulher de Canaã. Também ficou sabendo que Jacó tinha obedecido aos seus pais e que tinha partido para Padã-Arã. Então Esaú percebeu que o seu pai, Isaque, não gostava das mulheres de Canaã. Embora Esaú já tivesse duas mulheres, ele foi ao lugar onde vivia Ismael, filho de Abraão e casou-se com a filha dele, Maalate, irmã de Nebaiote.

Betel, a casa de Deus

10 Jacó partiu de Berseba e foi para Harã. 11 Chegou a um certo lugar e passou ali a noite porque já tinha escurecido. Pegou numa das pedras que havia ali e, utilizando-a como travesseiro, deitou-se para dormir. 12 E sonhou que viu uma escada apoiada na terra e que ia até o céu, e que havia anjos de Deus subindo e descendo pela escada. 13 Viu também que o SENHOR estava ao seu lado.[at] O SENHOR lhe disse:

—Eu sou o SENHOR, o Deus do seu pai Abraão e o Deus de Isaque. A você e aos seus filhos, darei esta terra onde agora está deitado. 14 Os seus descendentes serão mais numerosos do que o pó que há sobre a terra. Eles vão ir para o norte, para o sul, para o leste e para o oeste, e todas as famílias do mundo serão abençoadas através de você e da sua descendência. 15 Lembre-se que estou com você onde quer que esteja. Eu o protegerei e o trarei de volta para esta terra. Nunca vou abandonar você e cumprirei tudo o que lhe prometi.

16 Quando Jacó acordou, disse:

—Este é o lugar onde o SENHOR está e eu não sabia.

17 E, cheio de medo, disse:

—Este é um lugar assustador! Esta é a casa de Deus e a porta do céu.

18 Na manhã seguinte, Jacó levantou-se cedo e, pegando a pedra que tinha usado como travesseiro, ergueu um monumento a Deus e derramou óleo sobre ele. 19 Aquela cidade se chamava Luz, mas Jacó mudou o nome dela para Betel[au].

20 E Jacó fez a seguinte promessa: “Se Deus estiver comigo e me proteger nesta viagem; se me der comida, roupa 21 e me trouxer são e salvo de regresso à casa do meu pai, então o SENHOR será o meu Deus. 22 Esta pedra que ergui como monumento será a casa de Deus e darei a Deus uma décima parte de tudo o que ele me der”.

Jacó e Raquel

29 Depois Jacó continuou a sua viagem em direção ao país do povo do Oriente. Ao chegar lá, olhou em sua volta e viu um poço no campo. Junto ao poço havia três rebanhos de ovelhas que descansavam, pois era daquele poço que davam de beber às ovelhas. Uma pedra grande cobria a boca do poço. Por isso, quando todos os rebanhos se juntavam ali, os pastores retiravam a pedra e davam de beber às ovelhas. Depois voltavam a colocar a pedra no seu lugar, sobre o poço.

Footnotes

  1. 12.2 será (…) todos Ou “o seu nome será uma bênção” ou “o seu nome será usado como exemplo de alguém que Deus abençoa”.
  2. 12.3 Através de você (…) famílias da terra Ou “Todas as famílias da terra vão querer que eu as abençoe como abençoei você”.
  3. 14.6 El-Parã Possível referência à população de Elate, ao extremo sul de Israel, perto do mar Vermelho.
  4. 15.6 Deus (…) justo Ou “Deus atribuiu-lhe justiça” ou “Deus considerou a sua fé como prova de que ele era fiel”.
  5. 15.17 uma tocha (…) ao meio Isso confirmava e selava a aliança que Deus tinha feito com Abrão já que essa era a maneira como as pessoas faziam um pacto naquela época. Eles caminhavam pelo meio dos pedaços dos animais que tinham sido cortados em duas metades. Depois eles faziam um juramento. Eles falavam algo parecido como isto: “Que aconteça comigo o mesmo se eu não cumprir o nosso acordo”. Ver Jr 34.17-20.
  6. 15.18 ribeiro do Egito Não é o rio Nilo, mas se refere ao “ribeiro de El-Arish”.
  7. 16.11 Ismael Ismael significa “Deus ouve”.
  8. 16.12 Ele lutará (…) ele Ou “Ele os ajudará e eles o ajudarão”.
  9. 16.13 O Deus que me vê Literalmente, “El-Roi”.
  10. 16.14 Poço de aquele (…) me vê Literalmente, “Beer-Laai-Roi”.
  11. 17.1 Deus Todo-Poderoso Literalmente, “El-Shadai”.
  12. 17.5 Abrão Significa “Pai grande”.
  13. 17.5 Abraão Significa “Pai de multidões”.
  14. 17.14 eliminado Isto significava que esse homem seria expulso da sua família e perderia a sua herança.
  15. 17.15 Sara Palavra hebraica que significa “princesa”.
  16. 17.19 Isaque Este nome significa “aquele que ri”.
  17. 19.8 debaixo da minha proteção A tradição da época exigia que o hóspede fosse protegido a todo custo.
  18. 19.22 Zoar Este nome significa “pequena”.
  19. 19.37 Moabe Em hebraico este nome é parecido com a expressão “pelo meu pai”.
  20. 19.38 Ben-Ami Em hebraico este nome é parecido com a expressão “filho do meu parente”.
  21. 21.3 Isaque Este nome significa “aquele que ri” ou “ele é feliz”.
  22. 21.9 estava rindo A palavra “rir” em hebraico forma um trocadilho com o nome Isaque. Também significa, “zombar de alguém”.
  23. 21.9 de Isaque Segundo a LXX. O texto hebraico não tem o nome.
  24. 21.28 sete Este número em hebraico é semelhante à palavra hebraica “juramento” ou “promessa” e, à segunda parte da palavra Berseba (seba). Os sete animais eram uma prova da promessa.
  25. 21.31 Berseba Este nome significa “Poço do Juramento”.
  26. 22.12 honra a Deus Ou “teme a Deus”.
  27. 22.24 outra esposa Esposa com menos direitos. Na maioria das vezes, os filhos da segunda esposa no podiam herdar do pai. Nesses casos, só os filhos da primeira esposa recebiam a herança.
  28. 23.15 moedas Literalmente, “siclos”. Ver a tabela de pesos e medidas.
  29. 24.2 Coloque (…) coxa Era o costume fazer isso quando alguém fazia uma promessa muito importante. Também mostrava que Abraão confiava nesse servo.
  30. 24.22 Literalmente, as medidas são dadas em “becas” e “siclos”. Ver a tabela de pesos e medidas.
  31. 24.63 caminhando Ou “meditando”.
  32. 25.3 Assur Ou “Assíria”.
  33. 25.18 defronte (…) os seus irmãos Ou “em conflito contra todos os seus irmãos”.
  34. 25.25 Esaú Esta palavra quer dizer “peludo”.
  35. 25.26 Jacó Este nome é semelhante à palavra hebraica que significa “calcanhar”. Também significa “ultrapassar” ou “enganar”.
  36. 25.30 Edom O nome significa “vermelho”.
  37. 25.31 o filho mais velho O filho mais velho geralmente recebia metade da herança do seu pai, e era o futuro chefe da família.
  38. 26.20 Conflito Literalmente, “Eseque”.
  39. 26.21 Discussão Literalmente, “Sitna”.
  40. 26.22 Lugar Espaçoso Literalmente, “Reobote”.
  41. 26.33 Seba Palavra hebraica que significa “juramento” ou “sete”.
  42. 26.33 Berseba Esse nome significa “Poço do Juramento”.
  43. 27.36 Jacó Este nome é semelhante à palavra hebraica “calcanhar”. Significa também “ultrapassar” ou “enganar”.
  44. 27.36 direitos (…) filho mais velho Geralmente o filho mais velho recebia metade da herança e era o futuro chefe da família.
  45. 28.3 Deus Todo-Poderoso Literalmente, “El-Shadai”.
  46. 28.13 ao seu lado Ou “sobre ela”.
  47. 28.19 Betel Em hebraico esta palavra significa “Casa de Deus”.