Gênesis 11:27-21:33
O Livro
27 Esta é a lista de descendentes de Tera.
Tera foi pai de Abrão, Naor e Harã. Harã tinha, por sua vez, um filho chamado Lot. 28 Harã morreu ainda novo, na terra onde tinha nascido, em Ur da Caldeia, e o seu pai Tera ainda era vivo. 29 Entretanto, Abrão casou com Sarai, enquanto Naor casou-se com Milca, que era filha de Harã e irmã de Isca. 30 Mas Sarai era estéril, não tinha filhos.
31 Então Tera pegou em Abrão, seu filho, e em Lot, seu neto, mais a sua nora Sarai e deixou Ur da Caldeia, para ir para a terra de Canaã. Contudo, ficaram-se pela cidade de Harã e estabeleceram-se ali, 32 até que Tera morreu aos 205 anos.
A chamada de Abrão
12 O Senhor disse a Abrão: “Deixa a tua terra e a tua família, e a casa do teu pai, e vai para a terra que te vou mostrar. 2 Farei que sejas pai de uma grande nação. Abençoar-te-ei e tornarei o teu nome famoso. Tu próprio serás uma bênção para muitos outros. 3 Abençoarei todos os que te fizerem bem; mas amaldiçoarei os que te fizerem mal. Por teu intermédio serão abençoados todos os povos da Terra.”
4 Assim, Abrão partiu como o Senhor lhe tinha ordenado; e Lot foi também com ele. Tinha então Abrão 75 anos. 5 E na companhia da sua mulher Sarai e de Lot, seu sobrinho, com tudo o que tinham, gado e criados que obtiveram em Harã, chegaram a Canaã.
6 Lá, vieram até um lugar perto de Siquem, e acamparam junto dum carvalho em Moré. Eram os cananeus quem habitava aquela área. 7 Então o Senhor apareceu a Abrão e disse-lhe: “Darei esta terra à tua descendência.” E Abrão construiu ali um altar para comemorar a visita que o Senhor lhe fizera.
8 Depois deixou aquele lugar e viajou mais para o sul, para uma terra montanhosa, entre Betel a ocidente e Ai a oriente. Parou aí, levantou outro altar ao Senhor e invocou o nome do Senhor.
9 Continuou depois, lentamente, a deslocar-se em direção ao sul, para o Negueve, parando frequentemente.
Abrão no Egito
10 Por essa altura, havia uma fome terrível naquela zona; então Abrão desceu ao Egito. 11 Ao aproximar-se dessa nova terra, pediu a Sarai, a sua mulher, que dissesse às pessoas que era sua irmã. “Tu és muito bonita”, disse-lhe, 12 “e quando os egípcios te virem, calculando que és a minha mulher, matar-me-ão para ficar contigo. 13 Mas se disseres que és a minha irmã, tratar-me-ão bem, por interesse por ti, e a minha vida será poupada.”
14 Com efeito, quando chegaram ao Egito, toda a gente começou a falar na beleza dela. 15 As pessoas da corte do rei, do Faraó, foram gabá-la diante dele, e o Faraó mandou instalá-la no seu palácio. 16 Ao mesmo tempo, por amor dela, fez muito bem a Abrão, dando-lhe presentes valiosos como gado, jumentos, camelos, e homens e mulheres como criados.
17 No entanto, o Senhor mandou umas pragas terríveis sobre o Faraó e os que viviam com ele, por causa de Sarai estar ali a viver. 18 Foi então que o Faraó mandou chamar Abrão e o acusou severamente: “Que é isto que me fizeste? Porque não me disseste logo que era tua mulher? 19 Porque é que me ias deixar casar com ela dizendo que era a tua irmã? Pega nela e vai-te daqui!” 20 E mandou-o embora do país, sob escolta de soldados que os acompanharam; a ele, a Sarai, e a todos e tudo quanto tinham.
Abrão e Lot separam-se
13 E assim deixaram o Egito e dirigiram-se para o norte, em direção a uma região a sul de Canaã, o Negueve. Ia com Abrão a sua mulher, Lot e tudo o que possuíam. 2 Abrão tinha-se tornado muito rico, não só em gado como em prata e ouro.
3 E continuou sempre para o norte em direção a Betel, até ao lugar onde tinha acampado primeiramente, entre Betel e Ai. 4 Lá, diante do altar que anteriormente tinha construído, invocou o nome do Senhor.
5 Lot também tinha enriquecido muito na companhia de Abrão, possuindo igualmente gado em abundância e muitos criados, 6 de tal forma que aquele sítio se tornava muito acanhado para viverem juntos; porque era muito o que ambos tinham. 7 E havia disputas entre os pastores de um e de outro. Os cananeus e os perizeus viviam por ali perto.
8 Então Abrão decidiu conversar seriamente com Lot sobre o assunto: “Estas contendas entre a nossa gente têm de acabar. Porque a verdade é que somos parentes chegados! 9 Ora é certo que não falta aí terra com espaço bastante para ser ocupada. O melhor portanto é separarmo-nos. Escolhe tu; eu saio daqui, se quiseres ficar. Caso contrário, fico eu e sais tu.”
10 Lot observou então com atenção a bela e fértil planície do Jordão, bem regada que era, antes do Senhor ter destruído Sodoma e Gomorra. Toda aquela região era tão fértil que parecia o próprio jardim do Senhor ou a bela zona de Zoar, quando se entra no Egito. 11 Por isso, Lot escolheu para si toda aquela planície do Jordão, que se encontrava a oriente deles. 12 E assim deixou Abrão e foi para lá com tudo o que tinha, passando a viver no meio daquelas cidades da campina, estabelecendo-se perto de Sodoma. Enquanto Abrão continuou a viver onde estava, na terra de Canaã. 13 A gente que morava naquela região de Sodoma era particularmente perversa. Eram grandes pecadores contra o Senhor.
14 O Senhor dirigiu-se a Abrão, depois que Lot se separou dele: “Olha tão longe quanto puderes em todas as direções. 15 Porque toda essa terra te hei de dar a ti e aos teus descendentes para sempre. 16 E virão a ser tão numerosos que, tal como acontece com os grãos de pó da terra, será impossível contá-los. 17 Começa a percorrer a terra, em todas as direções; explora-a porque virá a ser tua.”
18 Abrão mudou-se novamente; foi viver junto dos carvalhais de Mamre, perto de Hebrom. E levantou aí um altar ao Senhor.
Abrão salva Lot
14 Naquela altura, havia guerra nessa terra; Amrafel rei de Sinar, Arioque rei de Elasar, Quedorlaomer rei de Elão e Tidal rei de Goim 2 estavam em guerra contra Bera rei de Sodoma, Birsa rei de Gomorra, Sinabe rei de Admá, Semeber rei de Zeboim, e contra o rei de Bela, que mais tarde passou a chamar-se Zoar.
3 Esta última coligação de reis, os de Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e Bela, mobilizou os seus exércitos no vale de Sidim, isto é, no vale do mar Salgado[a], 4 porque durante 12 anos tinham estado submetidos a Quedorlaomer, e durante o décimo terceiro ano de sujeição começaram a rebelar-se.
5 No ano seguinte aconteceu que Quedorlaomer e os seus aliados decidiram começar a castigar duramente várias tribos; os refaítas em Asterote-Carnaim, os zuzitas em Hã, os emitas em Savé-Quiriataim 6 e os horeus no monte Seir, alcançando até a planície de El-Parã no limite do deserto. 7 Depois continuaram a carnificina em En-Mispate, agora chamada Cades, destruindo os amalequitas e também os amorreus que viviam em Hazazom-Tamar.
8 Foi então que a tal coligação de reis de Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e Bela ou Zoar se prepararam para a batalha, no vale de Sidim, contra os outros, 9 que eram Quedorlaomer rei de Elão e os seus aliados. Eram portanto quatro reis contra cinco. 10 Acontecia, aliás, que aquele vale estava cheio de poços de alcatrão. E assim, tendo sido derrotados os exércitos dos reis de Sodoma e de Gomorra, muita gente caiu nesses poços; o resto teve de fugir para as montanhas. 11 As tropas vitoriosas dos outros reis saquearam e pilharam totalmente Sodoma e Gomorra, levaram tudo o que lá havia e deixaram a região. 12 Lot que vivia lá foi também feito prisioneiro e levado com tudo o que tinha.
13 Um dos fugitivos, que conseguira escapar, veio contar tudo a Abrão, o hebreu, que vivia nos carvalhais que pertenciam a Mamre, o amorreu, irmão de Escol e de Aner, ambos aliados de Abrão. 14 Quando Abrão soube que Lot tinha sido capturado, juntou todos os homens que tinham nascido ao seu serviço, ao todo 318, e perseguiu as tropas vencedoras mesmo até Dan. 15 Durante a noite atacou-as e derrotou-as, obrigando-as a fugirem, e perseguiu-as até Hoba, a norte de Damasco, 16 recuperando tudo o que os outros tinham pilhado; as riquezas, e em particular Lot, seu parente, e os que viviam com ele, incluindo as mulheres e o povo.
17 Quando Abrão regressava desta vitória contra Quedorlaomer e os reis que eram seus associados, no vale de Savé, hoje chamado o vale do Rei, o rei de Sodoma veio encontrar-se com ele.
18 Melquisedeque, rei de Salém,[b] que era sacerdote do Deus altíssimo, ofereceu-lhe pão e vinho; 19 e abençoou Abrão dizendo assim:
“Que a bênção do Deus altíssimo,
Criador do céu e da Terra, te seja dada, Abrão!
20 E que seja honrado o Deus altíssimo
que te livrou dos teus inimigos!”
Então Abrão deu a Melquisedeque o dízimo de tudo o que trouxera.
21 O rei de Sodoma disse-lhe: “Dá-me o meu povo, que foi capturado, e fica tu com tudo o que eles me roubaram da cidade.”
22 Contudo, Abrão replicou-lhe: “Prometi solenemente ao Deus altíssimo, Criador do céu e da Terra, 23 que não ficarei com coisa nenhuma do que é teu, nem um fio sequer ou uma simples correia de sapato, para que não venhas a dizer: ‘Abrão enriqueceu com o que eu lhe deixei’, 24 exceto, evidentemente, o que estes jovens comeram, e ainda a parte que é devida aos soldados de Aner, Escol e Mamre, meus aliados, que combateram comigo.”
A aliança do Senhor com Abrão
15 Depois disso, o Senhor falou a Abrão numa visão e disse-lhe: “Não temas, Abrão, porque eu sou o teu escudo e terás uma enorme recompensa!” 2-3 Mas Abrão replicou-lhe: “Ó Senhor Deus, para que servirão as tuas bênçãos se eu estou sem filhos. Porque, sem um filho, será o gerente da minha casa Eliezer, de Damasco, quem virá a herdar tudo!”
4 O Senhor respondeu-lhe: “Não. Nenhum outro será teu herdeiro; porque eu te darei um filho que virá a herdar tudo o que tens!” 5 O Senhor trouxe-o para fora de casa, sob o céu estrelado, e disse-lhe: “Olha para o firmamento e vê se podes contar as estrelas. Pois assim será a tua descendência; serão tantos que nem se poderão contar!” 6 Abrão creu no Senhor e este declarou-o como justo.
7 E disse-lhe mais: “Eu sou o Senhor que te tirou da cidade de Ur na Caldeia, para te dar para sempre esta terra.”
8 Abrão replicou-lhe: “Senhor Deus, como hei de eu ter a certeza que realmente ma dás?” 9 Deus disse-lhe que fosse buscar uma bezerra, uma cabra e um carneiro, todos eles de três anos, mais uma rola e um pombinho, 10 que os partisse ao meio e pusesse as duas partes uma diante da outra; mas as aves que as deixasse inteiras. E foi o que Abrão fez. 11 Quando as aves de rapina desciam sobre a carne dos animais, Abrão afugentava-as.
12 Naquela tarde, enquanto o Sol se punha, Abrão caiu num sono profundo e eis que vieram sobre ele trevas densas e assustadoras.
13 Então Deus disse a Abrão: “Ficas a saber, com toda a certeza, que os teus descendentes virão a ser oprimidos e explorados como escravos numa terra estrangeira durante 400 anos. 14 Mas eu castigarei a nação que os vai escravizar e eles acabarão por sair livres, trazendo consigo muita riqueza. 15 Quanto a ti, acabarás a tua vida em paz, numa feliz velhice. 16 Depois de 400 anos os teus descendentes voltarão a esta terra, porque a maldade do povo amorreu que agora vive aqui, só nessa altura terá chegado ao ponto de saturação, exigindo o castigo.”
17 E tendo-se posto o Sol, começou a fazer uma grande escuridão, e Abrão viu no meio da obscuridade uma espécie de forno fumegante e uma tocha de fogo que passava entre as metades dos animais que tinham sido partidos ao meio. 18 O Senhor, nesse mesmo dia, fez uma aliança com Abrão nos seguintes termos: “É à tua descendência que dou esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates; 19 e hão de ficar na dependência deles todos estes povos: os queneus, quenezeus, cadmoneus, 20 hititas, perizeus, refaítas, 21 amorreus, cananeus, girgaseus e os jebuseus.”
Agar e Ismael
16 1-2 Contudo, Sarai e Abrão não tinham filhos. Então Sarai, pensando que o Senhor a tinha impedido de gerar, chamou a sua escrava chamada Agar, que era egípcia, e deu-a a Abrão como segunda mulher: “Se ela tiver filhos serão meus.” Abrão concordou com a proposta de Sarai.
3 E assim aconteceu, dez anos depois de Abrão ter chegado à terra de Canaã. Sarai, sua mulher, tomou Agar, a egípcia, e a entregou como mulher, ao seu marido, Abrão. 4 Ele concordou; tomou Agar e ela concebeu. A criada, quando viu que ficou grávida, tornou-se muito arrogante para com a sua senhora.
5 Então Sarai disse a Abrão: “A culpa disto tudo é tua; dei eu própria a esta minha criada o privilégio de ser tua mulher e agora despreza-me! Que seja o Senhor mesmo a julgar esta questão entre mim e ti!”
6 Respondeu-lhe Abrão: “Tens toda a liberdade para castigar a mulher como entenderes.” Sarai maltratou-a e ela teve de fugir. 7 O anjo do Senhor achou-a perto do deserto, junto duma fonte, no caminho para Sur: 8 “Agar, tu és a criada de Sarai e estás aqui? Donde vens? Para onde vais?”
“Venho fugida da casa de Sarai, a minha senhora”, foi a resposta.
9 “Volta para a tua senhora e obedece-lhe; 10 porque hei de fazer de ti uma grande nação, um povo que se multiplicará de forma incontável. 11 O filho que vais ter chamar-se-á Ismael, pois o Senhor te ouviu na tua aflição. 12 Este teu filho há de vir a ter um carácter rebelde, tão livre e indomável como um jumento selvagem! Será contra todos, e toda a gente será contra ele. Mas viverá perto dos que são da sua raça.”
13 A partir de então, Agar passou a referir-se ao Senhor, que era quem falava com ela, como o Deus que olha por mim. E pensou para si: “Na verdade, eu vi a Deus, mas depois de ele me ter visto primeiro a mim.” 14 Mais tarde, esse poço ficou a ser chamado Poço de Laai-Roi.[c] Fica entre Cades e Berede.
15 Assim, Agar deu um filho a Abrão e este chamou-lhe Ismael. 16 Tinha então Abrão a idade de 86 anos.
A aliança da circuncisão
17 Quando Abrão era de 99 anos, o Senhor apareceu-lhe: “Eu sou o Deus Todo-Poderoso. Anda diante da minha presença e sê íntegro. 2 Vou fazer uma aliança contigo, garantindo-te que te hás de tornar num grande povo.”
3 Abrão inclinou-se profundamente diante de Deus, o qual continuou: 4 “É esta a minha aliança: serás o pai não só de uma nação, mas de uma grande quantidade de nações. 5 E mais ainda; vou mudar-te o nome, que não será mais Abrão, mas Abraão, pois por pai de muitas nações te constituí. 6 Dar-te-ei milhões de descendentes que constituirão muitas nações. Haverá mesmo reis na tua descendência. 7 E esta aliança que fica estabelecida entre mim e ti continuará através de todas as gerações futuras, para sempre; porque se aplica não só a ti mas a todos os que hão de ser teus filhos. É como um contrato em como eu serei teu Deus e Deus de toda a tua posteridade. 8 Dar-te-ei esta terra de Canaã, a ti e a todos eles, para sempre. Serei com efeito o seu Deus.”
9 Deus acrescentou ainda: “A parte que te diz respeito neste acordo é esta: obedeceres à minha aliança. Tu pessoalmente, assim como toda a tua descendência, 10 terão continuamente este dever: todo o que nascer, do sexo masculino, terá de ser circuncidado. 11 Isto será uma prova em como tu e eles aceitam esta aliança. 12 Todo o que for do sexo masculino será circuncidado oito dias depois de ter nascido. E isto aplica-se tanto aos que forem da vossa família e da vossa raça, como aos estrangeiros que viverem convosco, e também aos criados e escravos, que tenham sido adquiridos por dinheiro. 13 É assim um sinal permanente como prova deste acordo, e aplica-se tanto a ti como aos teus descendentes. Todos deverão ser circuncidados. Todos terão desta forma, em si mesmos, uma marca física da sua participação nesta aliança perpétua. 14 Aqueles que recusarem aceitar os termos deste acordo terão de deixar de fazer parte do seu povo, visto que violam a minha aliança.”
15 “E no que diz respeito a Sarai, a tua mulher”, acrescentou Deus, “também o seu nome não será mais Sarai, mas Sara, 16 porque hei de abençoá-la e terás um filho dela. Sim, abençoá-la-ei ricamente e será mãe de muita gente. Muitos povos, e até reis, constituirão a sua posteridade.”
17 Abraão inclinou-se em adoração a Deus. Contudo, no seu íntimo, não se impediu de achar graça e de se rir, numa atitude de descrença! “O quê, eu, pai, agora com 100 anos?”, pensou. “E a Sara nascer-lhe um filho agora aos 90?”
18 Então Abraão exclamou: “Pois sim, abençoa então Ismael!”
19 “Não!”, insistiu Deus. “Não é isso que te estou a dizer. Sara, a tua mulher, dará à luz um filho. E o nome que lhe vais dar será Isaque. E estabelecerei a minha aliança com ele, para sempre, assim como com os seus descendentes. 20 Quanto a Ismael, com certeza que também o abençoarei, tal como me pediste agora. Terá uma abundante descendência e tornar-se-á uma grande nação. Haverá doze príncipes no meio da sua posteridade. 21 Contudo, a minha aliança é feita com Isaque, o filho que vocês hão de ter, tu e Sara, no próximo ano, mais ou menos por este tempo.” 22 Após este diálogo, Deus ausentou-se dele, elevando-se.
23 E naquele mesmo dia Abraão pegou em Ismael, o seu filho, e convocou toda a gente do sexo masculino da sua família, nascidos ou não na sua casa, e circuncidou-os, tal como o Senhor lhe dissera. 24 Abraão tinha nessa altura 99 anos 25-26 e Ismael 13 anos, quando foram ambos circuncidados, no mesmo dia, 27 assim como todos os outros homens da sua família e da sua casa, nascidos ou adquiridos como servos.
Os três visitantes
18 O Senhor apareceu a Abraão junto dos carvalhos de Mamre, quando ele estava sentado à entrada da sua tenda, numa tarde quente. 2 Abraão ergueu os olhos e viu três homens que vinham na sua direção. Apressou-se a ir-lhes ao encontro, acolhendo-os com cordialidade: 3 “Senhor meu, se achei graça aos seus olhos, peço-lhe que não continue o caminho 4 sem descansarem aqui um pouco à sombra desta árvore. Vou trazer-vos água para refrescarem os pés, 5 e alguma coisa que comam e vos ajude a refazer as forças. Depois poderão prosseguir viagem.”
“Está bem. Faz assim como disseste”, responderam-lhe.
6 Abraão foi a correr à tenda e disse a Sara: “Depressa! Faz num instante uns bolos de farinha, o bastante para as três pessoas que vamos ter de visita.” 7 Depois correu em direção ao seu gado, escolheu a melhor vitela, a mais tenrinha, e mandou o criado que a preparasse rapidamente. 8 De seguida, foi buscar manteiga, queijo e leite, e a carne da vitela que tinha mandado preparar, e trouxe tudo aos visitantes. E ficou ali de pé, junto da árvore, a vê-los comer.
9 Eles perguntaram-lhe: “Onde é que está Sara, a tua mulher?”
“Na tenda”, respondeu. E ele disse-lhe:
10 “Fica sabendo que para o ano que vem, voltarei a ti e, na devida altura, a tua mulher Sara terá um filho.”
Sara estava a ouvir à entrada da tenda, por detrás dele. 11 Abraão e Sara eram ambos já bastante idosos. E a Sara havia já muito tempo que lhe tinha cessado o costume das mulheres; que tinha passado o tempo em que podia ter filhos. 12 Por isso, começou a rir-se para consigo e a pensar: “O quê? Uma mulher da minha idade poderá ainda ter a alegria de lhe nascer um menino, ainda mais com um marido tão velho como o meu?”
13 Mas o Senhor disse a Abraão: “Porque é que Sara se riu? Porque é que ela está a pensar que uma mulher como ela já não pode ter filhos? 14 Para o Senhor haverá alguma coisa que seja muito difícil de fazer? Não te esqueças portanto de que no próximo ano voltarei à tua presença, tal como te disse, e Sara há de ter um filho.”
15 Mas Sara quis desculpar-se: “Eu não me ri”, porque estava com medo.
Contudo, ele insistiu e corrigiu-a: “Sim, é claro que te riste.”
Abraão intercede por Sodoma
16 Depois levantaram-se e continuaram na direção de Sodoma. E Abraão acompanhou-os uma parte do caminho. 17 O Senhor perguntou: “Deixarei que Abraão ignore aquilo que vou fazer? 18 Porque a verdade é que ele se vai tornar numa poderosa nação e por seu intermédio serão abençoados todos os povos da Terra. 19 Eu escolhi-o; por isso, sei que há de mandar os filhos e todos os da sua casa obedecerem ao Senhor, de forma a serem pessoas que pratiquem o que é justo e reto, a fim de que eu possa realizar tudo o que lhe prometi.”
20 Então o Senhor disse a Abraão: “Vieram a mim as numerosas queixas de Sodoma e Gomorra, pois tudo o que fazem é perverso. 21 Vou descer até lá para confirmar isso. Depois vou agir.”
22 Os homens dirigiram-se então a Sodoma, mas Abraão continuou ainda na presença do Senhor. 23 E aproximou-se para perguntar: “Vais destruir justos e maus, juntamente? 24 Supondo que encontras na cidade 50 pessoas justas, irás destruí-la? 25 Não as pouparás, atendendo a que há um punhado de gente que segue a justiça? Não seria justo que fizesses morrer os retos junto com os pecadores. Tu nunca tratas da mesma maneira uns e outros. O Juiz de toda a Terra não haveria de agir com toda a justiça?”
26 E o Senhor respondeu-lhe: “Se eu encontrar em Sodoma 50 pessoas retas, pouparei a cidade inteira por causa delas.”
27 Mas Abraão insistiu: “Já que comecei a falar-te neste assunto, permite-me que vá mais longe, ainda que eu não valha mais do que cinza ou pó da terra. 28 Então e se houver lá apenas 45 desses que seguem a justiça? Destruirás mesmo assim a cidade só por faltarem 5 ao número que te apresentei primeiro?”
Deus tornou a responder-lhe: “Se houver lá 45 desses, não destruirei a cidade.”
29 Mas Abraão quis ir mais longe ainda no seu pedido: “E se forem só 40?”
Deus disse-lhe de novo: “Também não destruirei a cidade se forem só 40.”
30 “Não te impacientes, Senhor, se eu continuar a insistir. Supondo então que são apenas 30?”
“Não a destruirei ainda que sejam só 30.”
31 Abraão não desistiu ainda de orar a favor dos retos: “Já que tenho ido tão longe na minha ousadia, vou continuar: Se lá estiverem só 20 deles?”
“Mesmo que sejam 20”, disse Deus, “não destruirei a cidade por causa desses 20.”
32 “Senhor, se não te importas, deixa-me falar só uma última vez. E se não forem mais de 10?”
Deus respondeu-lhe novamente: “Mesmo só com 10, não a destruirei, se eles lá estiverem.”
33 Tendo Abraão acabado de conversar com o Senhor, este foi-se embora. Abraão regressou a casa.
Sodoma e Gomorra destruídas
19 Os dois anjos chegaram nessa tarde a Sodoma. Lot estava sentado à entrada quando se aproximaram. Ao vê-los, levantou-se e foi ao seu encontro para dar-lhes as boas vindas, prostrado com o rosto no chão: 2 “Meus senhores, venham para a minha casa. Serão meus hóspedes esta noite, poderão lavar os vossos pés e levantar-vos cedo, e partir e continuar o caminho.”
“Não, ficamos mesmo aqui na rua.”
3 Mas Lot tanto insistiu que aceitaram e foram para casa dele. E deu-lhes uma bela refeição; mandou até fazer pães sem fermento para comerem. 4 Quando se preparavam para se deitarem, vieram os sodomitas, os habitantes da cidade, do mais novo ao mais velho, e cercaram a casa, 5 gritando para Lot: “Onde estão os homens que aí tens? Queremos possuí-los!”
6 Lot saiu, fechou a porta atrás de si 7 e falou-lhes: “Meus amigos, imploro-vos que não façam uma coisa tão repulsiva! 8 Olhem, tenho duas filhas, virgens. Trago-as cá fora e vocês fazem delas o que quiserem! Mas deixem estes homens em paz, porque estão sob a minha proteção!”
9 “Sai daí!”, gritaram-lhe. “Quem pensas tu que és? Deixamos este indivíduo fixar-se como estrangeiro aqui no meio da gente e agora vem armar-se em juiz! Vamos fazer-te a ti pior do que a esses dois que estão lá dentro, e é já!” E investiram na direção de Lot, procurando arrombar a porta.
10 Os dois homens contudo entreabriram a porta da casa, puxaram Lot para dentro e trancaram-se com segurança. 11 E fizeram com que aqueles sodomitas que rodeavam a casa ficassem cegos, do mais novo ao mais velho, de tal forma que se cansaram de andar à procura da porta e desistiram.
12 “Que parentes tens tu aqui na cidade?”, perguntaram os visitantes a Lot. “Tira-os todos deste local: filhos, filhas, genros e mais alguém ainda que tenhas, 13 porque vamos destruir completamente a cidade. O mau cheiro, pestilento, deste sítio chegou ao céu, e o Senhor enviou-nos para destruir isto tudo.”
14 Então Lot foi a correr ter com os seus futuros genros e disse-lhes: “Depressa, saiam já da cidade, porque o Senhor vai destruí-la!”
Mas os rapazes puseram-se a olhar para ele como se estivesse a brincar.
15 Começava a amanhecer e os anjos iam apressando Lot: “Vamos, quanto antes! Pega na tua mulher e nas tuas duas filhas que aqui vivem contigo e foge o mais rápido que puderes, se não queres ser apanhado na destruição da cidade!”
16 Mesmo assim Lot hesitava e se demorava. Tiveram de pegar nele e na família pela mão e correram todos para fora da cidade; porque o Senhor teve misericórdia e deu-lhes ainda tempo para escaparem.
17 “Fujam se querem escapar com vida!”, gritaram-lhes os anjos. “E não olhem para trás. Escapem-se para as montanhas. Em todo o caso não se demorem a atravessar a campina, porque arriscam-se a ser destruídos!”
18 E Lot replicou: “Assim não, meus senhores! 19 Já que foram tão bondosos comigo, salvando-me a vida e tendo tanta piedade de nós, deixem-me fugir antes para aquela pequena localidade, ali ao fundo, porque estou com muito medo de ir para as montanhas e de ser apanhado lá em cima por esse mal que vai vir. 20 Além disso, é tão pertinho, essa povoação, e não passa dum simples lugarejo, não é verdade? Deixem-me ir para lá e assim estarei seguro.”
21 “Está bem”, disse-lhe o anjo. “Estou de acordo com mais este teu pedido, e será uma maneira de poupar a pequena povoação de que falas. 22 Mas despacha-te! Porque nada poderei fazer enquanto não tiveres lá chegado.” Por isso, aquela aldeia ficou a ser chamada Zoar, que quer dizer Pequena Cidade.
23 O Sol já ia subindo quando Lot chegou enfim à tal localidade. 24 Então o Senhor fez cair do céu enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra, 25 e destruiu-as completamente, assim como às outras cidades daquela planície, fazendo desaparecer tudo; tanto os seres humanos como a vida animal e vegetal.
26 E a mulher de Lot olhou para trás, enquanto ia a fugir. Por isso, ficou convertida numa estátua de sal.
27 Nessa manhã Abraão levantou-se cedo e foi àquele local onde tinha estado a rogar ao Senhor. 28 Olhando então para a campina de Sodoma e Gomorra só viu fumo que subia da terra, como se tudo fosse um gigantesco forno.
29 Foi assim que Deus ouviu a súplica de Abraão e salvou a vida de Lot, tirando-o daquela destruição mortífera que caiu sobre a região.
Lot e as suas filhas
30 Depois disso, Lot deixou Zoar, com medo de ali permanecer, e foi viver para uma caverna na montanha com as duas filhas.
31 Um dia, a mais velha disse à irmã: “Em toda esta região não há um único homem com quem o nosso pai nos deixe casar. Ele próprio em breve estará velho demais para ter filhos. 32 Vamos enchê-lo de vinho, deitamo-nos com ele, e assim faremos com que haja descendentes e que a nossa família não acabe aqui.” 33 Assim, embriagaram o pai naquela noite e a mais velha foi deitar-se com ele, que não deu por nada, nem quando ela veio nem quando se foi embora.
34 Na manhã seguinte disse à irmã: “Ontem à noite já me deitei com o pai. Vamos enchê-lo outra vez de vinho para que a nossa família não acabe.”
35 Chegando a noite embriagaram-no de novo e foi a vez da mais nova se deitar com ele que, como na véspera, não deu por nada. 36 As duas raparigas ficaram grávidas. 37 A mais velha teve um filho a quem deu o nome de Moabe;[d] o antecessor dos moabitas. 38 O nome do filho da segunda foi Ben-Ami;[e] o pai de todos os amonitas.
Abraão e Abimeleque
20 Abraão partira um dia daquela terra, em direção ao sul, ao Negueve, e tinha-se fixado entre Cades e Sur.
A certa altura, estando de passagem pela cidade de Gerar, 2 Abraão terá dito a alguém que Sara era sua irmã. E Abimeleque, rei de Gerar, mandou que a fossem buscar e a trouxessem para o palácio.
3 Nessa mesma noite, Deus apareceu-lhe num sonho e disse-lhe: “Tens de morrer porque essa mulher que mandaste trazer é casada.”
4 Contudo, Abimeleque ainda não lhe tinha tocado; por isso respondeu: “Irás tu matar uma nação inteira, que está inocente, Senhor? 5 Foi ele próprio que me disse que era irmã dele. E ela confirmou que sim, que ele era o seu irmão! Foi com toda a sinceridade e sem a mínima intenção de forçar ninguém que eu fiz isto.”
6 “Sim, eu sei”, respondeu-lhe. “E foi precisamente por isso que quis impedir-te que fosses mais longe e pecasses, o que teria acontecido se lhe tivesses tocado. 7 Portanto, restitui-a ao marido e ele mesmo, que é profeta, orará por ti para que vivas. Se não o fizeres, fica então a saber que terás de morrer, tu e todos os que são teus.”
8 Abimeleque levantou-se muito cedo, mandou reunir rapidamente toda a gente que vivia e trabalhava no palácio e contou-lhes o que tinha acontecido. As pessoas encheram-se de receio. 9 Depois o rei mandou também chamar Abraão: “Para que é que nos fizeste isto? Que foi que eu fiz que merecesse tal atitude da tua parte, levando-nos, a mim a ao meu reino, a tornarmo-nos culpados de um tão grande pecado? Fizeste uma coisa que nunca devias ter feito! 10 E que tinhas tu em vista agindo desta maneira?”
11 “Bem”, respondeu Abraão, “É que eu pensei que esta seria uma terra onde o temor de Deus era inexistente. Tive medo que para me tirarem a minha mulher me matassem. 12 De facto, ela é na verdade minha irmã. Quer dizer, é filha do meu pai, mas não da minha mãe. E casei-me com ela. 13 Quando Deus me mandou sair da minha pátria e andar por terras afastadas e que me eram estranhas, pedi à minha mulher que por amor a mim dissesse em toda a parte que era minha irmã.”
14 Então o rei Abimeleque pegou em ovelhas, vacas e criados, tanto homens como mulheres, e deu-os a Abraão. E restitui-lhe Sara sua mulher.
15 “Tens toda a extensão do meu reino à tua disposição. Escolhe o sítio onde queres viver.” 16 E dirigindo-se a Sara: “Dei ao teu irmão mil peças de dinheiro para reparação do dano moral que lhe causei, de forma também a que tu própria fiques ilibada de qualquer suspeita ou acusação neste assunto, porque é assim que manda a justiça.”
17-18 Abraão orou pedindo a Deus que curasse tanto o rei como a sua mulher, a sua família e toda a gente que trabalhava para ele, porque Deus tinha impedido as mulheres de terem filhos, para castigar Abimeleque por ter ficado com a mulher de Abraão.
O nascimento de Isaque
21 O Senhor fez conforme tinha prometido. 2 Sara, ainda que fosse já uma mulher idosa, ficou grávida e deu um filho a Abraão, na altura que Deus lhes tinha indicado. 3 Abraão pôs-lhe o nome de Isaque. 4 Oito dias após o nascimento circuncidou-o, segundo o que Deus tinha ordenado. 5 Tinha então Abraão 100 anos de idade.
6 E Sara declarou: “Deus fez com que eu me risse. E todos os que souberem o que me aconteceu hão de alegrar-se comigo. 7 Porque quem haveria de dizer a Abraão que eu poderia vir a ter um menino? E a verdade é que acabo de dar um filho a Abraão, já em plena velhice!”
Agar e Ismael mandados embora
8 O tempo foi passando, e o bebé foi crescendo e foi desmamado. Abraão deu nessa altura uma grande festa para comemorar o acontecimento. 9 No entanto, Sara reparou que Ismael, o filho de Abraão e da sua criada egípcia, Agar, se divertia com aquilo tudo e fazia troça. 10 Então disse a Abraão: “Manda embora essa escrava e o seu filho, pois este não será herdeiro juntamente com o meu filho, Isaque!”
11 Abraão ficou bastante contrariado porque, apesar de tudo, Ismael também era seu filho. 12 Mas Deus disse-lhe: “Não fiques contrariado quanto ao filho da criada da tua mulher. Faz como Sara te disse. Porque realmente só através de Isaque é que a minha promessa terá cumprimento. 13 Contudo, sem dúvida que os descendentes do filho da criada formarão também uma grande nação, pois é igualmente teu filho.”
14 Abraão levantou-se muito cedo, na manhã seguinte, para os despedir e preparar-lhes alimento para a viagem. Deu-o a Agar, mais uma vasilha de água e ela pôs tudo aos ombros. E mandou-a embora com o filho. Ela foi andando e vagueando através do deserto de Berseba. 15 Quando a água se acabou, colocou o menino à sombra duns arbustos, 16 e afastou-se dali, à distância mais ou menos de um tiro de arco. Então, rompendo em choro, clamava: “Não posso ver morrer o meu menino!”
17 Deus respondeu aos apelos da criança e o anjo de Deus chamou Agar, desde o céu: “Que tens tu, Agar? Nada receies! Porque Deus ouviu o menino, ali onde ele está. 18 Vai, pega no teu filho e consola-o, porque os seus descendentes hão de constituir uma grande nação.”
19 Naquela altura, Deus abriu-lhe os olhos e viu um poço, mesmo ali. Pôde então encher de água a vasilha e dar de beber ao filho.
20 Deus acompanhou o rapaz enquanto crescia e vivia no deserto de Parã, onde se tornou atirador de arco. 21 A mãe arranjou-lhe casamento com uma rapariga do Egito.
O acordo em Berseba
22 Por essa altura, o rei Abimeleque, e Ficol, comandante das suas tropas, veio ter com Abraão e disse-lhe: “É evidente que Deus está contigo e te ajuda em tudo. 23 Jura-me que não me defraudarás; que não me enganarás nem a mim nem aos meus descendentes, e que as tuas relações comigo e com a minha terra serão sempre de boa amizade, como eu fui para contigo.”
24 Abraão respondeu-lhe: “Pois sim, juro.” 25 No entanto, Abraão aproveitou para apresentar-lhe uma queixa a respeito de um poço que os criados do rei tinham tomado pela força aos de Abraão.
26 “É a primeira vez que ouço falar nisso!”, exclamou Abimeleque. “E nem faço ideia de quem possa ser a responsabilidade. Porque não mo disseste há mais tempo?”
27 Então Abraão deu ao rei ovelhas e vacas como sacrifícios que selassem aquela aliança que faziam entre si. 28 Entretanto, Abraão pôs de parte sete ovelhas do rebanho, 29 e o rei perguntou-lhe porque fazia aquilo.
30 Abraão respondeu: “São um presente especial que te dou, como testemunho público de que este poço, que eu próprio abri, me pertence.” 31 Por isso, a partir de então aquele sítio passou a chamar-se Berseba[f], porque ali ambos fizeram um juramento. Foi pois assim que se realizou aquela aliança entre eles. 32 E o rei Abimeleque, com Ficol, o comandante das suas tropas, foram-se de volta para a terra dos filisteus. 33 Abraão plantou um carvalho naquele sítio, junto ao poço, orando e adorando ao Senhor, o Deus eterno.
Footnotes
- 14.3 Também conhecido por mar Morto.
- 14.18 Isto é, Jerusalém.
- 16.14 Em hebraico, Poço de Laai-Roi significa Poço daquele que vive e que me vê.
- 19.37 Em hebraico, Moabe significa do pai.
- 19.38 Em hebraico, Ben-Ami significa filho do parente.
- 21.31 Este nome pode significar em hebraico poço do juramento e poço das sete (ovelhas).
O Livro Copyright © 2000 by Biblica, Inc.® Used by permission. All rights reserved worldwide.