Esdras 1-6
O Livro
Ciro ajuda os exilados a regressarem
(2 Cr 36.22-23)
1 No primeiro ano do rei Ciro, da Pérsia, cumprindo-se a profecia do Senhor, pronunciada pela boca de Jeremias, o Senhor despertou o espírito deste rei, levando-o a fazer a seguinte proclamação, através de todo o reino, a qual enviou também por escrito.
2 Assim fala Ciro, rei da Pérsia,
Todos os reinos da Terra me foram dados pelo Senhor, o Deus dos céus, que me deu instruções para que lhe construísse um templo em Jerusalém, na terra de Judá. 3 Todos os que são seu povo devem subir a Jerusalém de Judá, para reconstruir o templo do Senhor, o Deus de Israel, o Deus que habita em Jerusalém, e que Deus seja com eles! 4 Aqueles, de entre os judeus, que não partirem, deverão contribuir para as despesas dos que forem a Jerusalém, fornecendo-lhes também vestuário, gado e mantimento para a viagem, além de uma oferta voluntária para o templo.
5 Deus suscitou entre os chefes das tribos de Judá e de Benjamim, e entre os sacerdotes e levitas, um grande movimento de consagração, no sentido de regressarem a Jerusalém e de começarem logo a reconstrução do templo.
6 Aqueles que optaram por ficar deram-lhes tudo o que puderam, em prata, ouro, roupa, gado e outras coisas de valor.
7 O próprio rei Ciro devolveu as taças de ouro e outros objetos valiosos que Nabucodonozor levara do templo em Jerusalém e depositara no templo dos seus deuses. 8 Nesse sentido, deu ordens a Mitredate, o tesoureiro do império, para que tais objetos fossem entregues a Sesbazar, o líder de todo o movimento de retorno a Judá.
9 É esta a lista daquilo que Ciro devolveu:
30 salvas de ouro
1000 salvas de prata
29 incensários
10 30 bacias de ouro maciço
410 bacias de prata, para várias funções
1000 outros objetos diversos.
11 Foram ao todo 5400 os objetos de ouro e de prata entregues a Sesbazar para que os levasse a Jerusalém, ao sair da Babilónia, acompanhado de outros exilados.
A lista dos retornados
(Ne 7.6-73)
2 Esta é a lista dos judeus expatriados que regressaram a Jerusalém e a outras cidades de Judá, de onde os seus pais foram deportados pelo rei Nabucodonozor para a Babilónia. 2 Eram estes os líderes: Zorobabel, Josué, Neemias, Seraías, Reelaías, Mardoqueu, Bilsã, Mispar, Bigvai, Reum e Baaná.
A seguir, temos o recenseamento de todos os retornados, segundo os seus subclãs:
3 subclã de Parós: 2172;
4 subclã de Sefatias: 372;
5 subclã de Ará: 775;
6 subclã de Paate-Moabe, descendentes de Jesua e Joabe: 2812;
7 subclã de Elão: 1254;
8 subclã de Zatu: 945;
9 subclã de Zacai: 760;
10 subclã de Bani: 642;
11 subclã de Bebai: 623;
12 subclã de Azgade: 1222;
13 subclã de Adonicão: 666;
14 subclã de Bigvai: 2056;
15 subclã de Adim: 454;
16 subclã de Ater, descendentes de Ezequias: 98;
17 subclã de Bezai: 323;
18 subclã de Jora: 112;
19 subclã de Hasum: 223;
20 subclã de Gibar: 95;
21 subclã de Belém: 123;
22 subclã de Netofá: 56;
23 subclã de Anatote: 128;
24 subclã de Azmavete: 42;
25 subclãs de Quiriate-Jearim, Cafira e Beerote: 743;
26 subclãs de Ramá e Geba: 621;
27 subclã de Micmás: 122;
28 subclãs de Betel e Ai: 223;
29 subclã de Nebo: 52;
30 subclã de Magbis: 156;
31 subclã de Elão: 1254;
32 subclã de Harim: 320;
33 subclãs de Lode, Hadide e Ono: 725;
34 subclã de Jericó: 345;
35 subclã de Senaá: 3630.
36 O recenseamento dos sacerdotes retornados foi o seguinte:
das famílias de Jedaías, subclã de Jesua: 973;
37 subclã de Imer: 1052;
38 subclã de Pasur: 1247;
39 subclã de Harim: 1017.
40 Quanto aos levitas:
das famílias de Jesua e Cadmiel do subclã de Hodavias: 74.
41 Dos cantores do clã de Asafe: 128.
42 Dos descendentes dos porteiros, das famílias de Salum, Ater, Talmom, Acube, Hatita e Sobai: 139.
43 Também havia representantes das seguintes famílias de auxiliares do templo:
Zia, Hasufa, Tabaote;
44 Querós, Siá, Padom;
45 Lebana, Hagaba, Acube;
46 Hagabe, Salmai, Hanã;
47 Gidel, Gaar, Reaías;
48 Rezim, Necoda, Gazão;
49 Uzá, Paseia, Besai;
50 Asná, Meunim, Nefusim;
51 Baquebuque, Hacufa, Harur;
52 Bazlute, Meida, Harsa;
53 Barcos, Sísera, Tema;
54 Nezias, Hatifa.
55 Entre os retornados encontravam-se igualmente descendentes de homens que tinham estado ao serviço do rei Salomão; eram descendentes de:
Sotai, Soferete, Peruda;
56 Jaala, Darcom, Gidel;
57 Sefatias, Hatil, Poquerete-Hazebaim, Ami.
58 O total dos auxiliares do templo mais os descendentes dos servidores de Salomão era de 392.
59 Houve igualmente um grupo de pessoas que regressou a Jerusalém, na mesma altura, vindo das cidades persas de Tel-Mela, Tel-Harsa, Querube, Adã e Imer. Contudo, perderam as suas genealogias e não puderam provar que eram israelitas.
60 Estas pessoas incluíam descendentes dos subclãs de Delaías, Tobias e Necoda, num total de 652.
61 Houve três subclãs de sacerdotes:
Hobaías, Coz e Barzilai. Este último casou com uma das filhas de Barzilai, o gileadita, e ficou como o nome da família dela.
62 Estes regressaram igualmente a Jerusalém, mas também perderam as suas genealogias. Por isso, os responsáveis recusaram permitir que continuassem como sacerdotes; 63 nem sequer os deixaram comer do alimento dos sacríficios, até que fossem consultados o urim e tumim[a], para se saber, da parte de Deus, se eram realmente descendentes de sacerdotes.
64 O total de todos os que regressaram a Judá foi de 42 360 pessoas. 65 Deve juntar-se a este número 7337 escravos e 200 cantores e cantoras. 66 Trouxeram consigo 736 cavalos, 245 mulas, 67 435 camelos e 6720 burros.
68 Alguns dos líderes deram generosamente ofertas para a reconstrução do templo, cada um tanto quanto pôde. 69 O valor da totalidade das dádivas ascendeu a 500 quilos de ouro, 2800 quilos de prata e 100 vestes sacerdotais.
70 Os sacerdotes, os levitas e algumas pessoas do povo comum, estabeleceram-se em Jerusalém e nas povoações ao redor. Os cantores, os porteiros, os funcionários auxiliares do templo e o resto do povo, voltaram às outras localidades de Judá de onde eram originários.
A reconstrução do altar
3 Durante o sétimo mês[b], todos os que tinham regressado a Judá vieram até Jerusalém, das terras onde estavam a morar. 2 Jesua, filho de Josadaque, com os seus companheiros sacerdotes, mais Zorobabel, filho de Sealtiel, com o seu clã, 3 reconstruíram o altar do Deus de Israel. Ofereceram holocaustos sobre ele, tal como está escrito nas instruções de Moisés, o homem de Deus. O altar foi reconstruído sobre os seus próprios alicerces e foi usado para os sacrifícios da manhã e da tarde, oferecendo-se nele holocaustos ao Senhor, apesar do medo que sentiam dos povos ao redor.
4 Celebraram também a festa dos tabernáculos, de acordo com as instruções de Moisés, oferecendo holocaustos, especificamente para cada dia da festa. 5 Também apresentaram os holocaustos requeridos e os sacrifícios para as celebrações da lua nova, e para outras festas regulares anuais dedicadas ao Senhor. Ofereceram ainda as ofertas voluntárias ao Senhor. 6 Foi no primeiro dia do sétimo mês que os sacerdotes começaram a sacrificar holocaustos ao Senhor. Isto foi antes de se colocarem os fundamentos para a reconstrução do templo.
Reparação dos alicerces do templo
7 Contrataram depois pedreiros e carpinteiros, e compraram madeira de cedro ao povo de Tiro e de Sídon, pagando-lhes com comida, vinho e azeite. A madeira era trazida das montanhas do Líbano e transportada pelo mar, ao longo da costa do Mediterrâneo, até Jope; isto de acordo com a concessão de Ciro, rei da Pérsia.
8 As obras efetivas de reconstrução do templo iniciaram-se no segundo mês[c] do segundo ano da chegada dos exilados a Jerusalém. Os trabalhos foram realizados por todos os que tinham regressado, sob a direção de Zorobabel, filho de Sealtiel, de Josué, filho de Josadaque, e dos outros sacerdotes, seus companheiros, e dos levitas. Os levitas, a partir da idade de 20 anos, eram designados para supervisionar as obras. 9 Jesua, com os seus filhos e irmãos, juntamente com Cadmiel e seus filhos, que eram descendentes de Judá, e com os companheiros, puseram-se a dirigir os que trabalhavam no templo de Deus. Juntamente com eles dirigiam também os trabalhos os levitas descendentes de Henadade.
10 Quando os trabalhos de reparação dos alicerces do templo acabaram, os sacerdotes vestiram os seus trajes sacerdotais e tocaram as cornetas; os descendentes de Asafe vieram, igualmente, com os seus címbalos para louvarem o Senhor, conforme as indicações de David, rei de Israel.
11 Repetiam com louvor e gratidão este cântico:
“O Senhor é bom;
e o seu amor para com Israel é eterno.”
Todo o povo manifestou exuberantemente a sua grande alegria, louvando também o Senhor, por os alicerces do templo estarem reconstruídos.
12 Muitos dos sacerdotes, levitas e outros chefes, homens idosos que se lembravam ainda do belo templo de Salomão, choravam de comoção, enquanto outros expressavam jubilosamente os seus sentimentos. 13 As manifestações da emoção do povo misturavam-se, de tal forma que se podiam ouvir a uma grande distância.
Oposição à reconstrução
4 Quando os inimigos de Judá e de Benjamim tomaram conhecimento de que os exilados tinham regressado e estavam a reconstruir o templo do Senhor, o Deus de Israel, 2 vieram ter com Zorobabel e com os outros chefes, sugerindo-lhes o seguinte: “Deixem-nos trabalhar convosco, porque também buscaremos o vosso Deus como vocês; temos-lhe oferecido sacríficios desde que Esar-Hadom, rei da Assíria, nos trouxe para aqui.”
3 Zorobabel, Josué e os outros líderes judeus replicaram-lhes: “Vocês não podem participar connosco nesta obra; o templo do Senhor, Deus de Israel, terá de ser construído pelos próprios israelitas, tal como mandou o rei Ciro.”
4 Contudo, o povo que residia na terra tentava desencorajá-los e aterrorizá-los. 5 Enviaram, ao mesmo tempo, agentes ao rei Ciro, para lhe contar mentiras a seu respeito. Esta situação manteve-se durante o resto do reinado de Ciro, até que o rei Dario subiu ao trono.
6 Posteriormente, quando o rei Assuero começou a reinar, escreveram-lhe uma carta de acusação contra o povo de Judá e de Jerusalém. 7 Fizeram o mesmo durante o reinado de Artaxerxes; Bislão, Mitredate, Tabeel e seus companheiros escreveram-lhe uma carta em aramaico, que foi traduzida para que o rei a compreendesse. 8-9 Outros que participaram nesta ação acusatória, junto do rei Artaxerxes, foram o governador Reum, Simsai, secretário de administração, vários juízes, chefes locais, homens persas, indivíduos da Babilónia, de Ereque e os elamitas de Susã. 10 Tinham sido trazidos das suas terras pelo grande e afamado Osnapar e instalados em Jerusalém, Samaria e noutras terras a ocidente do Eufrates.
11 É este o texto da referida carta.
Majestade,
Saudações te enviam os teus leais súbditos a ocidente do rio Eufrates.
12 Permite-nos informar-te que os judeus, enviados da Babilónia para Jerusalém, estão a reconstruir esta cidade rebelde e malvada; já reconstruíram as muralhas e refizeram os alicerces do templo.
13 Por isso, pretendemos que fiques a saber que se esta cidade for reconstruída, não será para teu benefício, pois os judeus não pagarão impostos nem as taxas devidas. 14 Somos súbditos reconhecidos da administração real, por isso não vemos com bons olhos a desonra do rei, e resolvemos avisar-te. 15 Sugerimos que mandes investigar as antigas crónicas, para verificar o quanto esta cidade foi contenciosa no passado; foi mesmo destruída por causa da sua longa história de sedição contra os reis e as nações que procuravam controlá-la. 16 Queremos informar-te que, se esta cidade for reconstruída e as suas muralhas fechadas, o melhor será esqueceres-te do teu império para cá do Eufrates, pois perdê-lo-ás.
17 O rei mandou esta resposta.
Ao governador Reum e ao secretário Simsai, assim como aos seus companheiros que vivem na Samaria e em toda a área a ocidente do Eufrates.
Paz!
18 A carta que me enviaram foi traduzida e lida perante mim. 19 Ordenei uma pesquisa às crónicas antigas e verifiquei, na verdade, que Jerusalém foi nos tempos passados um foco de insurreição contra muitos reis; com efeito, a sedição e a rebelião eram coisa habitual ali. 20 Houve, no entanto, reis notáveis em Jerusalém que chegaram a ter domínio sobre toda a terra para além do Eufrates, recebendo avultados tributos, cobrando direitos e rendas. 21 Dados os factos, ordeno que essa gente pare o trabalho, a fim de que essa cidade não venha a ser reconstruída até que eu autorize. 22 Que a minha ordem seja cumprida estritamente, pois não posso permitir que haja prejuízo contra os interesses do rei.
23 Quando esta carta chegou às mãos de Reum e de Simsai, foram a correr a Jerusalém e forçaram os judeus a parar as obras.
24 Dessa maneira, os trabalhos foram suspensos até ao segundo ano do reinado de Dario, rei da Pérsia.
A carta de Tatenai a Dario
5 Houve profetas em Jerusalém e em Judá, nesse tempo, Ageu e Zacarias, filho de Ido, que trouxeram mensagens da parte do Deus de Israel, 2 dirigidas a Zorobabel, filho de Sealtiel, e a Josué, filho de Josadaque, encorajando-os a retomar a obra de reconstrução, o que eles fizeram com o apoio dos profetas.
3 Contudo, Tatenai, o governador das terras a ocidente do Eufrates, e Setar-Bozenai, com os seus associados, vieram até Jerusalém e perguntaram: “Quem vos deu licença para reconstruir este templo e para acabar estas muralhas?” 4 Pediram ainda uma lista de todos os homens que trabalhavam nas obras do templo. 5 Mas como os olhos de Deus estavam sobre os líderes dos judeus, não foram impedidos de trabalhar até que um relatório fosse enviado a Dario e dele se recebesse uma decisão oficial a respeito do assunto.
6 Eis a carta que o governador Tatenai, Setar-Bozenai e os outros funcionários enviaram ao rei Dario:
7 Para o rei Dario:
Muita paz para ti!
8 Queremos informar-te que fomos até às obras de reconstrução do templo do grande Deus de Judá; está a ser feita com grandes pedras e muita madeira; também as muralhas estão a ser levantadas; toda a obra avança com precisão e eficácia.
9 Perguntámos aos seus responsáveis quem lhes tinha dado licença para aquilo. 10 Tomámos igualmente nota dos seus nomes, para os dar a conhecer a Dario.
11 Responderam-nos:
“Somos servos do Deus dos céus e da Terra; estamos a reconstruir o templo que aqui existia há séculos atrás e que foi levantado por um grande rei de Israel. 12 Mais tarde, os nossos antepassados irritaram o Deus dos céus, que os abandonou e deixou que o rei Nabucodonozor destruísse este templo e exilasse a população para a Babilónia.
13 Insistiram também que o rei Ciro da Babilónia, no primeiro ano do seu reinado, publicara um decreto em como o templo deveria ser reconstruído. 14 Garantem ainda que o rei Ciro devolveu os recipientes de ouro e prata que Nabucodonozor levara do templo de Jerusalém, para os colocar no templo da Babilónia. Esses vasos foram entregues à guarda de um homem chamado Sesbazar, a quem o rei Ciro nomeou governador de Judá. 15 Ele tinha o encargo de trazer de volta esses objetos preciosos até Jerusalém e de promover a reconstrução do templo de Deus que antes ali existia.
16 Foi assim que Sesbazar deu início aos trabalhos dos alicerces do templo em Jerusalém; o povo tem-se dedicado a essa obra, desde então, ainda que não esteja acabada.”
17 Rogamos-te, pois, que mandes inquirir nos arquivos da Babilónia se é verdade que o rei Ciro emitiu tal decreto, e que depois possamos saber qual a tua decisão quanto a este assunto.
O decreto de Dario
6 O rei Dario, com efeito, mandou pesquisar nos diversos arquivos na Babilónia, onde os documentos eram guardados. 2 Na verdade, foi encontrado no palácio de Acmeta, na província de Média, um relato que dizia o que a seguir se lê.
3 No primeiro ano do reinado de Ciro, foi publicado um decreto respeitante ao templo de Deus em Jerusalém, onde os judeus fazem os seus sacrifícios de culto. Esse templo deverá ser reconstruído e os seus alicerces refeitos; terá 30 metros de altura e igual medida de largura. 4 Os alicerces serão compostos de três carreiras de grandes pedras, terminando com uma carreira de madeira nova; todas as despesas serão pagas pelo rei. 5 Os vasos de ouro e de prata que tinham sido levados do templo de Deus pelo rei Nabucodonozor, deverão voltar para Jerusalém e ser postos no templo, como antes.
6 O rei Dario enviou, então, a seguinte mensagem ao governador Tatenai, ao Setar-Bozenai e aos outros altos funcionários, a ocidente do Eufrates: Não ponham qualquer entrave à construção do templo. 7 Deixem que seja reconstruído, no local primitivo, e não molestem o governador de Judá nem os outros líderes nessa obra.
8 Ordeno ainda que todas as despesas com essa construção do templo sejam pagas, sem demora, com o dinheiro proveniente dos impostos cobrados nesse território. 9 Deem aos sacerdotes de Jerusalém bois, carneiros e cordeiros para os holocaustos a oferecer ao Deus do ceú; deem-lhes também trigo, vinho, sal e azeite, diariamente, sem falhar, 10 para que possam oferecer sacrifícios aceitáveis ao Deus dos céus e para que orem por mim e pelos meus filhos.
11 Para quem quer que seja que tente alterar estas minhas ordens será construída uma forca, com madeira da sua própria casa, e será pendurado nela; a sua casa tornar-se-á num monturo. 12 O Deus que escolheu a cidade de Jerusalém destruirá qualquer rei e qualquer nação que alterar esta ordem e destruir este templo.
Eu, Dario, mandei fazer este decreto. Seja posto em execução com toda a diligência.
A consagração do templo
13 O governador Tatenai, Setar-Bozenai e os outros funcionários deram imediatamente cumprimento às ordens do rei Dario. 14 Os chefes judeus continuaram a obra e eram grandemente encorajados pelas pregações dos profetas Ageu e Zacarias, filho de Ido. Por fim, o templo ficou terminado, conforme Deus mandara, e conforme as ordens de Ciro, Dario e Artaxerxes, reis da Pérsia. 15 Era o terceiro dia do mês de Adar[d] do sexto ano do reinado de Dario.[e]
16 O templo foi consagrado no meio de grandes manifestações de júbilo dos sacerdotes, levitas e de todo o povo que tinha regressado do exílio. 17 Durante essas celebrações, foram sacrificados 100 bois, 200 carneiros e 400 cordeiros; foram também apresentados 12 cabritos, como sacrifício pelo pecado, em nome das doze tribos de Israel. 18 Os sacerdotes e levitas dividiram-se nos vários grupos, de acordo com as suas funções, para executarem o serviço de Deus, conforme as instruções dadas por Moisés.
Celebração da Páscoa
19 Os que regressaram do cativeiro celebraram a Páscoa no dia 14 do primeiro mês[f]. 20 Todos os sacerdotes e levitas se purificaram e, em seguida, ofereceram os sacrifícios da Páscoa por todos os retornados da Babilónia, pelos seus companheiros sacerdotes e por eles mesmos. 21-22 Alguns dos povos que já estavam na terra antes dos exilados regressarem, e que tinham sido colocados em Judá para a terra não ficar abandonada, deixaram os seus costumes pagãos e juntaram-se aos israelitas para buscar o Senhor, Deus de Israel. Também eles, conjuntamente com toda a nação, comeram a Páscoa e celebraram a festa dos pães sem fermento, durante sete dias. Havia grande alegria em toda a terra, porque o Senhor fizera com que o rei da Assíria[g] fosse generoso para com Israel, ajudando até na reconstrução do templo.
Footnotes
- 2.63 Urim e tumim eram objectos utilizados para se conhecer a vontade de Deus, por tiragem à sorte. Cf. Êx 28.30; Lv 8.8; Nm 27.21; Dt 33.8; 1 Sm 14.41; 28.6; Ne 7.65.
- 3.1 Mês de Tisri ou Etanim. Entre a lua nova do mês de setembro e o mês de outubro.
- 3.8 Mês de Zive. Entre a lua nova do mês de abril e o mês de maio.
- 6.15 Adar é o décimo segundo mês. Entre a lua nova do mês de fevereiro e o mês de março.
- 6.15 Estamos no ano 515 a.C.
- 6.19 Mês de Abibe ou Nisan. Entre a lua nova do mês de março e o mês de abril.
- 6.21-22 Título usado pelo rei persa, por ter tomado os territórios assírios e babilónicos. Por vezes, era também chamado de rei da Babilónia.
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