Add parallel Print Page Options

Barnabé e Paulo enviados em missão

13 Entre os profetas e professores da igreja em Antioquia contavam-se Barnabé e Simeão (a quem também chamavam o Negro), Lúcio de Cirene, Manaem, irmão de leite do governador Herodes, e Saulo. Um dia, estando eles a adorar e a jejuar, disse-lhes o Espírito Santo: “Separem Barnabé e Saulo para uma missão especial que tenho para eles.” Assim, depois de jejuarem e orarem de novo, colocaram as mãos sobre eles e enviaram-nos para a sua missão.

Em Chipre

Dirigidos pelo Espírito Santo, foram até Seleucia, onde embarcaram para Chipre. Aí, na cidade de Salamina, foram às sinagogas pregar a palavra de Deus, acompanhados de João Marcos como colaborador.

Depois disto, pregaram de cidade em cidade, por toda a ilha, até finalmente chegarem a Pafos, onde encontraram um feiticeiro judeu, um falso profeta chamado Bar-Jesus. Este andava sempre com o governador Sérgio Paulo, homem de muito bom senso. O governador convidou Barnabé e Saulo a fazer-lhe uma visita, pois queria ouvir a mensagem de Deus. Mas o feiticeiro, Elimas, que era o seu nome em grego, meteu-se no meio e teimou com o governador para que não desse atenção às palavras de Saulo e Barnabé, procurando impedi-lo de confiar no Senhor.

Então Saulo, que também se chama Paulo, cheio do Espírito Santo, olhou para o feiticeiro 10 e disse-lhe: “Filho do Diabo, cheio de toda a espécie de fingimentos e maldade, inimigo de tudo o que é justo, quando deixarás de perverter os caminhos direitos do Senhor? 11 Pois agora a mão de Deus veio sobre ti para te castigar e ficarás cego durante algum tempo.” Imediatamente desceu sobre aquele homem uma névoa de escuridão e começou a caminhar às apalpadelas, pedindo que alguém lhe pegasse na mão e o conduzisse. 12 Ao ver o que tinha acontecido, o governador creu, pasmado com o ensino do Senhor.

Em Antioquia da Pisídia

13 Paulo e os que o acompanhavam embarcaram de Pafos para Panfília, desembarcando na cidade marítima de Perge. Aí, João deixou-os e regressou a Jerusalém, 14 Mas Barnabé e Paulo seguiram para Antioquia, uma cidade na província da Pisídia.

No sábado, foram à sinagoga assistir ao culto e sentaram-se. 15 Depois das leituras dos livros de Moisés e dos profetas, os que dirigiam o culto mandaram-lhes este recado: “Irmãos, se têm algumas palavras de consolo a dirigir-nos, venham e digam-nas!”

16 Paulo, levantando-se e fazendo-lhes um gesto a pedir silêncio, começou a falar. “Homens de Israel, e todos os que aqui são tementes a Deus, ouçam!

17 O Deus do povo de Israel escolheu os nossos antepassados e honrou-os no Egito, retirando-os de lá por meio do seu imenso poder 18 e suportando-os durante os quarenta anos em que erraram pelo deserto. 19 Depois, destruiu sete nações em Canaã e deu a Israel a sua terra como herança. 20 Tudo isso levou 450 anos. Depois disso, o país foi governado por juízes, até ao profeta Samuel. 21 O povo começou então a pedir um rei e Deus deu-lhe Saul, filho de Cis, da tribo de Benjamim, que reinou quarenta anos. 22 Mas Deus retirou-o e substituiu-o pelo rei David, acerca do qual disse: ‘David, filho de Jessé, é um homem como o meu coração deseja, pois obedecer-me-á.’

23 Ora o Salvador que Deus concedeu a Israel é justamente um dos descendentes do rei David conforme tinha prometido. Esse Salvador é Jesus! 24 Antes de ele vir, João Batista pregou acerca da necessidade que todos em Israel tinham de abandonarem o pecado e de se voltarem para Deus. 25 Quando João estava prestes a terminar a sua missão, perguntou: ‘Pensam que sou o Cristo? Não! Mas esse virá em breve e nem sou digno de lhe desatar as sandálias.’

26 Irmãos, vocês que são filhos de Abraão e também os gentios aqui presentes que temem a Deus: Esta salvação é para todos nós! 27 Os habitantes de Jerusalém e os seus líderes cumpriram afinal as profecias, condenando Jesus, pois não o reconheceram nem perceberam que foi acerca dele que os profetas escreveram, embora todos os sábados escutassem a leitura das palavras desses mesmos profetas. 28 Apesar de não encontrarem justa causa para o matar, pediram a Pilatos que o fizesse.

29 Depois de se terem cumprido assim todas as profecias acerca da sua morte, Jesus foi tirado da cruz e posto num túmulo.

30 Mas Deus ressuscitou-o da morte! 31 E foi visto muitas vezes, nos dias que se seguiram, pelos homens que o tinham acompanhado a Jerusalém desde a Galileia; homens que disso têm dado constante e público testemunho.

32 Nós, portanto, estamos aqui para vos anunciar a boa nova prometida por Deus aos nossos antepassados. 33 Deus cumpriu-a plenamente connosco, seus filhos, ao ressuscitar Jesus, tal como se referia no Salmo 2:

‘Tu és meu Filho; hoje tornei-me teu Pai.’[a]

34 Porque Deus prometeu ressuscitá-lo para nunca mais morrer. Isto é afirmado nas Escrituras que dizem: ‘Realizarei a vosso favor todas as promessas sagradas e maravilhosas que garanti a David.’[b] 35 E noutro Salmo explica mais pormenorizadamente, dizendo: ‘Não permitirás que o teu Santo conheça a corrupção.’[c]

36 Ora, isto não era uma referência a David, porque este, depois de ter servido a sua geração de acordo com a vontade de Deus, morreu e foi sepultado junto dos seus antepassados e o seu corpo conheceu a corrupção. 37 Tratava-se sim de alguém que Deus ressuscitou e cujo corpo não conheceu a corrupção.

38 Escutem, irmãos! Fiquem a saber que é graças a este Homem, Jesus, que vos anunciamos o perdão para os vossos pecados e a vossa justificação de tudo aquilo que a Lei de Moisés vos não podia justificar. 39 Todo aquele que nele crer será declarado como justo. 40 Tenham cuidado, não deixem que vos sejam aplicadas as palavras dos profetas, que disseram:

41 ‘Vocês que desprezam estas coisas,
pasmem e desapareçam.
Porque estou a realizar nos vossos dias uma obra tal
que nem acreditariam, ainda que vo-la contassem.’ ”[d]

42 Ao saírem da sinagoga naquele dia, as pessoas pediram-lhes que voltassem para lhes tornar a falar na semana seguinte. 43 Finda a reunião na sinagoga, muitos judeus e gentios piedosos, que adoravam na sinagoga, acompanharam Paulo e Barnabé pela cidade, enquanto estes os incitavam a perseverar na graça de Deus.

44 Na semana seguinte, quase toda a cidade foi ouvi-los pregar a palavra de Deus. 45 Mas quando os judeus viram tanta gente, encheram-se de inveja e puseram-se a dizer injúrias e a contradizer tudo o que Paulo afirmava.

46 Então, Paulo e Barnabé afirmaram corajosamente: “Era preciso que estas boas novas fossem primeiro anunciadas a vocês, judeus. Contudo, uma vez que as não querem receber e se mostram indignos da vida eterna, vamos anunciá-las aos gentios. 47 Foi isso que o Senhor nos ordenou, ao dizer:

‘Fiz de ti uma luz para as nações do mundo,
para levares a minha salvação
até aos recantos mais longínquos da Terra.’ ”[e]

48 Quando os gentios ouviram isto, ficaram felizes e deram glória à palavra do Senhor, e creram todos os que Deus destinou para a vida eterna. 49 Assim, a mensagem de Deus se espalhou por toda aquela região.

50 Então os judeus agitaram algumas mulheres religiosas, muito consideradas e autoridades da cidade, incitando o povo contra Paulo e Barnabé, acabando por expulsá-los da cidade. 51 Eles, porém, sacudiram a poeira dos seus pés, em protesto contra eles, e prosseguiram para Icónio. 52 Os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.

Barnabé e Saulo são enviados pela igreja

13 Entre os profetas e mestres da igreja de Antioquia da Síria estavam Barnabé e Simeão, chamado Negro,[a] Lúcio de Cirene, Manaém, que tinha sido criado com o rei Herodes Antipas,[b] e Saulo. Certo dia, enquanto adoravam o Senhor e jejuavam, o Espírito Santo disse: “Separem Barnabé e Saulo para realizarem o trabalho para o qual os chamei”. Então, depois de mais jejuns e orações, impuseram as mãos sobre eles e os enviaram em sua missão.

A primeira viagem missionária de Paulo

Enviados pelo Espírito Santo, eles desceram ao porto de Selêucia, de onde navegaram para a ilha de Chipre. Ali, na cidade de Salamina, foram às sinagogas judaicas e pregaram a palavra de Deus. João Marcos os acompanhava como assistente.

Viajaram por toda a ilha até que, por fim, chegaram a Pafos, onde encontraram um feiticeiro judeu, um falso profeta chamado Barjesus. Ele acompanhava o governador Sérgio Paulo, um homem inteligente que convidou Barnabé e Saulo para visitá-lo, pois desejava ouvir a palavra de Deus. Mas Elimas, o feiticeiro (esse é o significado de seu nome), opôs-se a eles, na tentativa de impedir que o governador viesse a crer.

Cheio do Espírito Santo, Saulo, também conhecido como Paulo, encarou Elimas nos olhos 10 e disse: “Filho do diabo, cheio de toda espécie de engano e maldade e inimigo de tudo que é certo! Quando deixará de distorcer os caminhos retos do Senhor? 11 Preste atenção, pois o Senhor colocou a mão sobre você para castigá-lo, e você ficará cego, sem conseguir ver a luz do sol por algum tempo”. No mesmo instante, neblina e escuridão cobriram-lhe os olhos e ele começou a tatear, suplicando que alguém o tomasse pela mão e o guiasse.

12 Quando o governador viu o que havia acontecido, creu, muito admirado com o ensino a respeito do Senhor.

Paulo e Barnabé em Antioquia da Pisídia

13 Paulo e seus companheiros saíram de Pafos num navio e foram à Panfília, onde aportaram em Perge. Ali, João Marcos os deixou e voltou para Jerusalém. 14 Paulo e Barnabé prosseguiram para o interior, até Antioquia da Pisídia.[c]

No sábado, foram à sinagoga. 15 Depois da leitura dos livros da lei e dos profetas, os chefes da sinagoga lhes mandaram um recado: “Irmãos, se vocês têm uma palavra de encorajamento para o povo, podem falar”.

16 Então Paulo ficou em pé, levantou a mão para pedir silêncio e começou a falar: “Homens de Israel e gentios tementes a Deus, ouçam-me!

17 “O Deus desta nação de Israel escolheu nossos antepassados e fez que se multiplicassem e se fortalecessem durante o tempo em que ficaram no Egito. Então, com braço poderoso, ele os tirou da escravidão. 18 Ele suportou seu comportamento[d] durante os quarenta anos em que andaram sem rumo pelo deserto. 19 Destruiu sete nações em Canaã e deu seu território a Israel como herança. 20 Tudo isso levou cerca de quatrocentos e cinquenta anos.

“Depois, Deus lhes deu juízes para governá-los até o tempo do profeta Samuel. 21 Então o povo pediu um rei, e ele lhes deu Saul, filho de Quis, homem da tribo de Benjamim, e ele reinou por quarenta anos. 22 Mas Deus removeu Saul e colocou em seu lugar Davi, a respeito de quem Deus disse: ‘Davi, filho de Jessé, é um homem segundo o meu coração; fará tudo que for da minha vontade’.[e]

23 “E Jesus, um dos descendentes de Davi, é o salvador que Deus concedeu a Israel, conforme sua promessa! 24 Antes da vinda de Jesus, João Batista anunciou que todo o povo de Israel precisava se arrepender e ser batizado. 25 Quando João estava concluindo seu trabalho, perguntou: ‘Vocês pensam que eu sou o Cristo? Não sou! Mas ele vem em breve, e não sou digno sequer de desamarrar as correias de suas sandálias’.

26 “Irmãos, vocês que são filhos de Abraão e também vocês gentios tementes a Deus, esta mensagem de salvação foi enviada a nós. 27 O povo de Jerusalém e seus líderes não reconheceram que Jesus era aquele a respeito de quem os profetas haviam falado. Em vez disso, eles o condenaram e, ao fazê-lo, cumpriram as palavras dos profetas, que são lidas todos os sábados. 28 Não encontraram motivo legal para executá-lo, mas, ainda assim, pediram a Pilatos que o matasse.

29 “Depois de cumprirem tudo que as profecias diziam a respeito dele, eles o tiraram da cruz[f] e o colocaram num túmulo, 30 mas Deus o ressuscitou dos mortos. 31 E, por muitos dias, ele apareceu àqueles que o tinham acompanhado da Galileia para Jerusalém. Agora eles são suas testemunhas diante do povo.

32 “Estamos aqui para trazer a vocês esta boa-nova. A promessa foi feita a nossos antepassados, 33 e agora Deus a cumpriu para nós, os descendentes deles, ao ressuscitar Jesus. É isto que o segundo salmo diz a respeito dele:

‘Você é meu Filho;

hoje eu o gerei’.[g]

34 Pois Deus havia prometido ressuscitá-lo dos mortos, para que jamais apodrecesse no túmulo. Ele disse: ‘Eu lhes darei as bênçãos sagradas que prometi a Davi’.[h] 35 Em outro salmo, ele explicou de modo mais direto: ‘Não permitirás que o teu Santo apodreça no túmulo’.[i] 36 Não se trata de uma referência a Davi, porque, depois que Davi fez a vontade de Deus em sua geração, morreu e foi sepultado com seus antepassados, e seu corpo apodreceu. 37 É uma referência a outra pessoa, a alguém a quem Deus ressuscitou e cujo corpo não apodreceu.

38 “Ouçam, irmãos! Estamos aqui para proclamar que, por meio de Jesus, há perdão para os pecados. 39 Todo o que nele crê é declarado justo diante de Deus, algo que a lei de Moisés jamais pôde fazer. 40 Por isso, tomem cuidado para que não se apliquem a vocês as palavras dos profetas:

41 ‘Olhem, zombadores;

fiquem admirados e morram!

Pois faço algo em seus dias,

algo em que vocês não acreditariam

mesmo que lhes contassem’”.[j]

42 Quando Paulo e Barnabé estavam saindo da sinagoga, o povo pediu que voltassem a falar dessas coisas na semana seguinte. 43 Muitos judeus e gentios devotos convertidos ao judaísmo seguiram Paulo e Barnabé, que insistiam com eles para que continuassem a confiar na graça de Deus.

Paulo e Barnabé se dirigem aos gentios

44 No sábado seguinte, quase toda a cidade compareceu para ouvir a palavra do Senhor. 45 Quando alguns dos judeus viram as multidões, ficaram com inveja, de modo que difamaram Paulo e contestavam tudo que ele dizia.

46 Então Paulo e Barnabé se pronunciaram corajosamente, dizendo: “Era necessário que pregássemos a palavra de Deus primeiro a vocês, judeus. Mas, uma vez que vocês a rejeitaram e não se consideraram dignos da vida eterna, agora vamos oferecê-la aos gentios. 47 Pois foi isso que o Senhor nos ordenou quando disse:

‘Fiz de você uma luz para os gentios,

para levar a salvação até os lugares mais distantes da terra’”.[k]

48 Quando ouviram isso, os gentios se alegraram e agradeceram ao Senhor por essa mensagem, e todos que haviam sido escolhidos para a vida eterna creram. 49 Assim, a palavra do Senhor se espalhou por toda aquela região.

50 Então os judeus, instigando as mulheres religiosas influentes e as autoridades da cidade, provocaram uma multidão contra Paulo e Barnabé e os expulsaram dali. 51 Eles, porém, sacudiram o pó dos pés em sinal de reprovação e foram à cidade de Icônio. 52 E os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.

Footnotes

  1. 13.1a Em grego, chamado Níger.
  2. 13.1b Em grego, Herodes, o tetrarca.
  3. 13.13-14 Panfília e Pisídia eram distritos na região que hoje corresponde à Turquia.
  4. 13.18 Alguns manuscritos trazem Ele cuidou deles; comparar com Dt 1.31.
  5. 13.22 1Sm 13.14.
  6. 13.29 Em grego, do madeiro.
  7. 13.33 Ou hoje eu o revelo como meu Filho. Sl 2.7.
  8. 13.34 Is 55.3.
  9. 13.35 Sl 16.10.
  10. 13.41 Hc 1.5, conforme a Septuaginta.
  11. 13.47 Is 49.6.

Chapter 13

[a]Now there were in the church at Antioch prophets and teachers: Barnabas, Symeon who was called Niger, Lucius of Cyrene, Manaen who was a close friend of Herod the tetrarch, and Saul. While they were worshiping the Lord and fasting, the holy Spirit said, “Set apart for me Barnabas and Saul for the work to which I have called them.” Then, completing their fasting and prayer, they laid hands on them and sent them off.

First Mission Begins in Cyprus. [b]So they, sent forth by the holy Spirit, went down to Seleucia and from there sailed to Cyprus. When they arrived in Salamis, they proclaimed the word of God in the Jewish synagogues. They had John[c] also as their assistant. When they had traveled through the whole island as far as Paphos, they met a magician named Bar-Jesus who was a Jewish false prophet.[d] He was with the proconsul Sergius Paulus, a man of intelligence, who had summoned Barnabas and Saul and wanted to hear the word of God. But Elymas the magician (for that is what his name means) opposed them in an attempt to turn the proconsul away from the faith. But Saul, also known as Paul,[e] filled with the holy Spirit, looked intently at him 10 and said, “You son of the devil, you enemy of all that is right, full of every sort of deceit and fraud. Will you not stop twisting the straight paths of [the] Lord? 11 Even now the hand of the Lord is upon you. You will be blind, and unable to see the sun for a time.” Immediately a dark mist fell upon him, and he went about seeking people to lead him by the hand. 12 When the proconsul saw what had happened, he came to believe, for he was astonished by the teaching about the Lord.

Paul’s Arrival at Antioch in Pisidia. 13 From Paphos, Paul and his companions set sail and arrived at Perga in Pamphylia. But John left them and returned to Jerusalem.(A) 14 They continued on from Perga and reached Antioch in Pisidia. On the sabbath they entered [into] the synagogue and took their seats. 15 After the reading of the law and the prophets, the synagogue officials sent word to them, “My brothers, if one of you has a word of exhortation for the people, please speak.”

Paul’s Address in the Synagogue. 16 [f]So Paul got up, motioned with his hand, and said, “Fellow Israelites and you others who are God-fearing,[g] listen. 17 The God of this people Israel chose our ancestors and exalted the people during their sojourn in the land of Egypt.(B) With uplifted arm he led them out of it 18 and for about forty years he put up with[h] them in the desert.(C) 19 When he had destroyed seven nations in the land of Canaan, he gave them their land as an inheritance(D) 20 at the end of about four hundred and fifty years.[i] After these things he provided judges up to Samuel [the] prophet.(E) 21 Then they asked for a king. God gave them Saul, son of Kish, a man from the tribe of Benjamin, for forty years.(F) 22 Then he removed him and raised up David as their king; of him he testified, ‘I have found David, son of Jesse, a man after my own heart; he will carry out my every wish.’(G) 23 From this man’s descendants God, according to his promise, has brought to Israel a savior, Jesus.(H) 24 John heralded his coming by proclaiming a baptism of repentance to all the people of Israel;(I) 25 and as John was completing his course, he would say, ‘What do you suppose that I am? I am not he. Behold, one is coming after me; I am not worthy to unfasten the sandals of his feet.’(J)

26 “My brothers, children of the family of Abraham, and those others among you who are God-fearing, to us this word of salvation has been sent. 27 The inhabitants of Jerusalem and their leaders failed to recognize him, and by condemning him they fulfilled the oracles of the prophets that are read sabbath after sabbath. 28 For even though they found no grounds for a death sentence, they asked Pilate to have him put to death,(K) 29 and when they had accomplished all that was written about him, they took him down from the tree and placed him in a tomb.(L) 30 But God raised him from the dead,(M) 31 and for many days he appeared to those who had come up with him from Galilee to Jerusalem.(N) These are [now] his witnesses before the people.[j] 32 We ourselves are proclaiming this good news to you that what God promised our ancestors 33 he has brought to fulfillment for us, [their] children, by raising up Jesus, as it is written in the second psalm, ‘You are my son; this day I have begotten you.’(O) 34 And that he raised him from the dead never to return to corruption he declared in this way, ‘I shall give you the benefits assured to David.’(P) 35 That is why he also says in another psalm, ‘You will not suffer your holy one to see corruption.’(Q) 36 Now David, after he had served the will of God in his lifetime, fell asleep, was gathered to his ancestors, and did see corruption.(R) 37 But the one whom God raised up did not see corruption. 38 You must know, my brothers, that through him forgiveness of sins is being proclaimed to you, [and] in regard to everything from which you could not be justified[k] under the law of Moses, 39 in him every believer is justified.(S) 40 Be careful, then, that what was said in the prophets not come about:

41 ‘Look on, you scoffers,
    be amazed and disappear.
For I am doing a work in your days,
    a work that you will never believe
    even if someone tells you.’”(T)

42 As they were leaving, they invited them to speak on these subjects the following sabbath. 43 After the congregation had dispersed, many Jews and worshipers who were converts to Judaism followed Paul and Barnabas, who spoke to them and urged them to remain faithful to the grace of God.

Address to the Gentiles. 44 On the following sabbath almost the whole city gathered to hear the word of the Lord. 45 When the Jews saw the crowds, they were filled with jealousy and with violent abuse contradicted what Paul said. 46 (U)Both Paul and Barnabas spoke out boldly and said, “It was necessary that the word of God be spoken to you first, but since you reject it and condemn yourselves as unworthy of eternal life, we now turn to the Gentiles.[l] 47 For so the Lord has commanded us, ‘I have made you a light to the Gentiles, that you may be an instrument of salvation to the ends of the earth.’”(V)

48 The Gentiles were delighted when they heard this and glorified the word of the Lord. All who were destined for eternal life came to believe, 49 and the word of the Lord continued to spread through the whole region. 50 The Jews, however, incited the women of prominence who were worshipers and the leading men of the city, stirred up a persecution against Paul and Barnabas, and expelled them from their territory. 51 (W)So they shook the dust from their feet in protest against them and went to Iconium.[m] 52 The disciples were filled with joy and the holy Spirit.

Footnotes

  1. 13:1–3 The impulse for the first missionary effort in Asia Minor is ascribed to the prophets of the Antiochene community, under the inspiration of the holy Spirit. Just as the Jerusalem community had earlier been the center of missionary activity, so too Antioch becomes the center from which the missionaries Barnabas and Saul are sent out.
  2. 13:4–14:27 The key event in Luke’s account of the first missionary journey is the experience of Paul and Barnabas at Pisidian Antioch (Acts 13:14–52). The Christian kerygma proclaimed by Paul in the synagogue was favorably received. Some Jews and “God-fearers” (see note on Acts 8:26–40) became interested and invited the missionaries to speak again on the following sabbath (Acts 13:42). By that time, however, the appearance of a large number of Gentiles from the city had so disconcerted the Jews that they became hostile toward the apostles (Acts 13:44–50). This hostility of theirs appears in all three accounts of Paul’s missionary journeys in Acts, the Jews of Iconium (Acts 14:1–2) and Beroea (Acts 17:11) being notable exceptions.
  3. 13:5 John: that is, John Mark (see Acts 12:12, 25).
  4. 13:6 A magician named Bar-Jesus who was a Jewish false prophet: that is, he posed as a prophet. Again Luke takes the opportunity to dissociate Christianity from the magical acts of the time (Acts 13:7–11); see also Acts 8:18–24.
  5. 13:9 Saul, also known as Paul: there is no reason to believe that his name was changed from Saul to Paul upon his conversion. The use of a double name, one Semitic (Saul), the other Greco-Roman (Paul), is well attested (cf. Acts 1:23, Joseph Justus; Acts 12:12, 25, John Mark).
  6. 13:16–41 This is the first of several speeches of Paul to Jews proclaiming that the Christian church is the logical development of Pharisaic Judaism (see also Acts 24:10–21; 26:2–23).
  7. 13:16 Who are God-fearing: see note on Acts 8:26–40.
  8. 13:18 Put up with: some manuscripts read “sustained.”
  9. 13:20 At the end of about four hundred and fifty years: the manuscript tradition makes it uncertain whether the mention of four hundred and fifty years refers to the sojourn in Egypt before the Exodus, the wilderness period and the time of the conquest (see Ex 12:40–41), as the translation here suggests, or to the time between the conquest and the time of Samuel, the period of the judges, if the text is read, “After these things, for about four hundred and fifty years, he provided judges.”
  10. 13:31 The theme of the Galilean witnesses is a major one in the Gospel of Luke and in Acts and is used to signify the continuity between the teachings of Jesus and the teachings of the church and to guarantee the fidelity of the church’s teachings to the words of Jesus.
  11. 13:38–39 Justified: the verb is the same as that used in Paul’s letters to speak of the experience of justification and, as in Paul, is here connected with the term “to have faith” (“every believer”). But this seems the only passage about Paul in Acts where justification is mentioned. In Lucan fashion it is paralleled with “forgiveness of sins” (a theme at Acts 2:38; 3:19; 5:31; 10:43) based on Jesus’ resurrection (Acts 13:37) rather than his cross, and is put negatively (Acts 13:38). Therefore, some would translate, “in regard to everything from which you could not be acquitted…every believer is acquitted.”
  12. 13:46 The refusal to believe frustrates God’s plan for his chosen people; however, no adverse judgment is made here concerning their ultimate destiny. Again, Luke, in the words of Paul, speaks of the priority of Israel in the plan for salvation (see Acts 10:36).
  13. 13:51 See note on Lk 9:5.