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O azeite da viúva

Um dia, a mulher de um membro do grupo dos profetas veio comunicar a Eliseu a morte do marido. “Era um homem que temia ao Senhor”, afirmou ela. Ele tivera de pedir emprestado algum dinheiro. Se não o pagasse, o credor viria tomar-lhe os seus dois filhos como escravos.

“E que queres tu que eu faça?”, perguntou Eliseu. “Diz-me lá, o que tens em casa?” “Nada! Tudo o que tenho é um jarro com azeite”, respondeu-lhe.

“Então vai pedir emprestadas muitas vasilhas aos teus vizinhos. Volta para casa, fecha-te lá, com os teus filhos, e começa a encher todos esses recipientes, pondo-os de lado à medida que estiverem cheios.”

Ela assim fez. Os filhos iam-lhe trazendo vasilhas; ela ia-as enchendo, uma após outra. Em breve todos os recipientes ficaram cheios. “Tragam mais vasilhas”, disse aos filhos. “Já não há mais!”, responderam. E nessa altura o azeite parou.

Quando foi contar ao homem de Deus o que tinha acontecido, ele respondeu-lhe: “Agora vai vender o azeite e paga a dívida e ainda te ficará bastante dinheiro para viveres com os teus filhos.”

A ressurreição do filho da sunamita

Um dia, Eliseu foi para Sunem. Uma mulher rica que ali vivia convidou-o para tomar uma refeição. A partir de então, sempre que por ali passava, parava para comer. A mulher disse ao marido: “Tenho a certeza de que este homem que aqui vem de tempos a tempos é um santo homem de Deus. 10 Vamos preparar-lhe um quarto no sótão. Podemos lá pôr uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro; ficará assim com um lugar certo para repousar sempre que por aqui passar.”

11 Uma vez, o profeta estava a descansar no quarto. 12 E disse para o seu criado Geazi: “Diz à mulher que preciso de lhe falar.” Quando ela apareceu, 13 pediu de novo a Geazi: “Explica-lhe que apreciamos muito a sua hospitalidade e pergunta-lhe o que podemos fazer em seu favor. Quererá ela, por exemplo, que apresente qualquer assunto junto do rei ou do comandante do exército?” Ela respondeu: “Não preciso de nada. Eu vivo bem, no meio da minha gente.”

14 “O que poderíamos fazer por ela?”, perguntou Eliseu de novo a Geazi, mais tarde. Por fim, este sugeriu: “Eles não têm filhos e o marido já é um homem idoso.”

15 “Chama-a lá outra vez.” Quando ela veio, o profeta disse-lhe, enquanto ela esperava à entrada do quarto: 16 “No ano que vem, na altura própria, terás um filho!” Ela exclamou: “Ó homem de Deus, peço-te que não me mintas dessa maneira!” 17 O certo é que isso aconteceu. A mulher em breve concebeu e teve depois um bebé, um rapaz, tal como Eliseu lhe prometera.

18 Um dia, quando o seu filho já era crescido, decidiu sair de casa para ir ter com o pai que se encontrava a trabalhar junto dos ceifeiros. 19 A certa altura, começou a queixar-se de fortes dores de cabeça: “Ai, a minha cabeça! Ai, a minha cabeça!”, gritava ele. O pai disse a um dos servos: “Leva-o à mãe, que está em casa.”

20 A mãe pô-lo sobre os joelhos e consolava-o, mas por volta do meio-dia acabou por falecer. 21 A mulher levou-o para cima, para o quarto do homem de Deus, deitou-o na cama e fechou a porta. 22 Depois, enviou um recado ao marido: “Manda um dos criados e um jumento; tenho de ir chamar o homem de Deus e voltar.”

23 “Porque precisas de ir hoje? Não é a festa da lua nova, nem dia de descanso.” Ela insistiu: “É muito importante que vá.”

24 Albardou o jumento e disse para o criado: “Depressa! Não abrandes a marcha, a menos que eu to diga.”

25 Quando já estavam próximos do monte Carmelo, Eliseu viu-a à distância e disse para Geazi: “Vem aí aquela mulher de Sunem. 26 Corre ao seu encontro e pergunta-lhe o que é que se passa. Pergunta-lhe se o marido e o filho estão bem.” Quando este a encontrou, ela respondeu a Geazi: “Tudo vai bem.”

27 No entanto, quando chegou junto de Eliseu, no monte, prostrou-se com o rosto no chão e agarrou-se aos seus pés. Geazi aproximou-se para tentar afastá-la, mas o homem de Deus disse-lhe: “Deixa-a em paz; a sua alma está carregada de amargura e o Senhor não me disse o que se passa.”

28 Depois ela falou: “Foste tu quem me disse que haveria de ter um filho e eu pedi-te que não me enganasses!”

29 Eliseu ordenou a Geazi: “Corre, vai já buscar o meu bordão e parte! Não saúdes a ninguém pelo caminho, nem respondas a ninguém. Chegando lá, põe o bordão sobre o rosto do menino.”

30 Mas a mãe disse: “Tão certo como vive o Senhor e vive a tua alma, que não saio daqui enquanto não fores comigo.” Então Eliseu acompanhou-a.

31 Geazi partira à frente; chegando lá a casa, pôs o bordão sobre o rosto do menino. Contudo, nada aconteceu; não houve sinal de vida. Por isso, voltou. Encontrando-se com Eliseu, disse-lhe: “A criança ainda está morta.”

32 Quando Eliseu chegou, a criança estava efetivamente morta, deitada na cama do profeta. 33 O profeta entrou, fechou a porta atrás de si e orou ao Senhor. 34 Depois deitou-se sobre o corpo do menino, pondo a boca na dele, encostando os olhos aos dele e colando as mãos às da criança. O corpo do menino começou a aquecer de novo. 35 Então desceu e andou pela casa algum tempo; tornando a subir, estendeu-se novamente sobre a criança. Desta vez ela espirrou sete vezes e abriu os olhos.

36 O profeta chamou Geazi: “Diz à mãe que venha cá!” Quando ela apareceu, disse-lhe: “Aqui está o teu filho.” 37 Ela prostrou-se aos seus pés. Depois pegou no menino e desceu.

O caldo verde venenoso

38 Eliseu voltou para Gilgal, mas havia fome na terra. Estava um dia a ensinar os novos profetas, quando disse para Geazi: “Põe a panela grande ao lume e faz um caldo de verduras para estes comerem.”

39 Um dos rapazes foi ao campo apanhar alguns legumes e regressou com umas quantas plantas selvagens. Preparou-as, cortou-as e pô-las na panela, sem se dar conta de que não eram comestíveis. 40 Começando a comer, logo exclamaram: “Há veneno neste caldo!”

41 “Tragam-me farinha”, disse Eliseu. Lançou-a na panela e acrescentou: “Agora já não há perigo. Podem continuar a comer!” E nada de mal lhes aconteceu.

Alimentando cem homens

42 Um dia, um homem de Baal-Salisa trouxe ao homem de Deus, Eliseu, um saco de cereais frescos e vinte pães de cevada feitos das primeiras espigas da sua ceifa. Eliseu mandou a Geazi que com isso alimentasse os jovens profetas.

43 “O quê!”, exclamou ele. “Alimentar cem homens só com isto?” Mas Eliseu foi firme: “Dá-lhes isso a comer, porque o Senhor diz que haverá bastante para toda a gente e ainda há de sobejar!” 44 E na verdade, tal como o Senhor dissera, houve suficiente para todos e ainda sobejou.

Naamã é curado de lepra

O rei de Aram tinha uma grande admiração por Naamã, chefe do seu exército. Porque através de Naamã, o Senhor tinha dado muitas e gloriosas vitórias aos exércitos arameus. Por isso, era considerado um grande herói e muito respeitado. No entanto, era leproso.

As tropas de Aram tinham invadido, certa vez, a terra de Israel; entre os cativos que levaram, encontrava-se uma menina que ficou ao serviço da mulher de Naamã. Um dia, a menina disse à sua senhora: “Bem gostaria que o meu senhor fosse ver o profeta na Samaria. Haveria de curá-lo da lepra!”

Naamã contou ao rei o que a menina dissera. “Sim, vai lá ver esse profeta”, disse-lhe. “Escreverei uma carta para apresentares ao rei de Israel.” Naamã partiu, levando consigo 340 quilos de prata, 6000 peças de dinheiro em ouro e 10 mudas de roupa. A carta para o rei de Israel dizia assim: “O homem que é portador desta carta é o meu súbdito Naamã; o que eu pretendo é que trates da cura da sua lepra.”

Quando o rei de Israel leu a missiva, rasgou a roupa que trazia vestida e disse: “Este homem manda-me um leproso para que eu o cure! Sou eu Deus para poder dar vida ou matar? Ele está é a arranjar uma desculpa para nos invadir de novo.”

Quando o profeta Eliseu soube do aperto em que o rei se encontrava, mandou-lhe uma mensagem: “Porque é que estás tão preocupado? Manda Naamã vir ter comigo; ele ficará a saber que há um verdadeiro homem de Deus aqui na terra de Israel.”

Naamã chegou com os seus carros e cavalos em frente da casa de Eliseu. 10 Este enviou-lhe um mensageiro dizer-lhe para ir lavar-se sete vezes no rio Jordão, que ficaria sarado de qualquer vestígio de lepra.

11 No entanto, muito irritado, Naamã resolveu ir-se embora. “Vejam bem!”, disse ele. “Sempre pensei que, pelo menos, viria falar comigo, poria a mão sobre as partes leprosas, invocaria o nome do Senhor, seu Deus, e eu ficaria curado! 12 Não são os rios Abana e Farpar, de Damasco, muito melhores do que todos os rios de Israel juntos? Se a questão era lavar-me num rio, poderia muito bem fazê-lo na minha terra e curar-me.” E retirou-se indignado.

13 Os seus ajudantes tentaram que reconsiderasse: “Se o profeta te tivesse pedido para fazer uma coisa muito difícil, não a terias feito? Então porque não o fazes, se te disse para te lavares que ficarias curado?” 14 Naamã aceitou descer até ao rio Jordão; mergulhou sete vezes, como Eliseu lhe dissera, e a sua carne ficou como a de um menino; ficou curado.

15 Voltou então com toda a sua comitiva, para ir falar de novo com o homem de Deus, e Naamã disse: “Agora sei que em todo o mundo não há Deus verdadeiro senão em Israel. Peço-te que aceites estes presentes.”

16 “Tão certo como vive o Senhor, que não os aceitarei.” Naamã insistiu para que os aceitasse e ele recusou firmemente.

17 “Está bem”, disse Naamã. “Mas peço-te que me dês terra correspondente a dois carregamentos de mula para levar comigo, porque daqui em diante nunca mais oferecerei holocaustos a outro deus senão ao Senhor. 18 Contudo, que o Senhor me perdoe, quando o meu senhor, o meu rei, entrar no templo do deus Rimom para o adorar e se apoiar no meu braço, que o Senhor me perdoe se eu também me inclinar.”

19 “Podes ir em paz”, disse-lhe Eliseu. E Naamã partiu.

20 Geazi, o ajudante de Eliseu, disse para consigo: “O meu senhor não devia ter deixado este indivíduo partir sem ter ficado com alguns dos seus presentes. Quem há de ir atrás dele, para ver se ainda apanho alguma coisa, serei eu.”

21 Geazi partiu atrás de Naamã. Quando este o viu aproximar-se, saiu do carro e foi ao encontro de Geazi. “Há alguma novidade?” perguntou-lhe.

22 “Não, vai tudo bem”, respondeu Geazi. “O meu senhor mandou-me vir ter contigo, porque chegaram dois jovens profetas, das colinas de Efraim, e ele gostaria de lhes dar 34 quilos de prata e duas mudas de roupa.”

23 “Tens aqui 68 quilos”, respondeu Naamã. Deu-lhe ainda dois fatos caros e pôs o dinheiro em dois sacos, mandando dois servos seus carregarem os presentes, na companhia de Geazi. 24 No entanto, quando chegaram à colina onde Eliseu vivia, Geazi pegou nos presentes e mandou os servos embora. Depois escondeu o dinheiro na sua casa.

25 Ao apresentar-se novamente ao seu senhor, Eliseu perguntou-lhe: “Onde é que estiveste, Geazi?” Respondeu-lhe: “Em sítio nenhum!”

26 “Não estás a ver que o meu pensamento te acompanhou, quando Naamã desceu do carro para vir ao teu encontro? Seria esta situação própria para arranjares dinheiro, roupa, olivais, vinhas, cordeiros, bois e servos? 27 Visto que fizeste tal coisa, a lepra de Naamã ficará sobre ti e sobre os teus filhos, e sobre os teus descendentes para sempre!” Geazi saiu dali leproso, com a pele branca como neve.

Eliseu faz flutuar um ferro

Um dia, o grupo dos profetas veio ter com Eliseu: “Como estás a ver, as nossas habitações são muito acanhadas. Achas que podemos ir até ao Jordão e construir ali melhores alojamentos?” Ele retorquiu: “Podem ir.”

“Por favor, vem connosco”, pediu-lhe um deles. Eliseu respondeu: “Pois sim.”

Quando chegaram ao Jordão, começaram a cortar madeira. A certa altura, o ferro de um machado caiu ao rio. “Oh! Senhor!”, exclamou ele. “Era emprestado!”

“Onde foi que ele caiu?”, perguntou o homem de Deus. O jovem mostrou-lhe o sítio; Eliseu cortou um pedaço de madeira e lançou-o à água; o ferro do machado veio ao de cima e ficou a flutuar! “Vai apanhá-lo”, disse-lhe o profeta. E assim o recuperou.

Deus cega o exército arameu

Numa altura em que o rei de Aram estava em guerra contra Israel, aquele rei disse aos seus chefes militares: “Vamos mobilizar as nossas tropas.” E deu-lhes indicações quanto ao processo e ao local de concentração.

Imediatamente Eliseu avisou o rei de Israel: “Não te aproximes de tal sítio, porque os arameus estão a planear mobilizar ali o seu exército!” 10 O rei mandou um estafeta espiar se era assim como Eliseu dizia; e era verdade. Isto aconteceu não só uma vez, mas em várias ocasiões. O homem de Deus salvou dessa forma o rei, repetidas vezes, dum desastre militar.

11 O soberano arameu estava atónito. Chamou os seus chefes militares e perguntou-lhes: “Quem é que nos anda a trair? Quem é que faz saber ao rei de Israel os nossos planos?”

12 “Não somos nós, senhor”, respondeu um deles. “É o profeta Eliseu que comunica ao rei de Israel até aquilo que dizes na intimidade do teu quarto!”

13 “Vão já ver onde é que ele se encontra para que envie soldados que o tragam cá!”, exclamou o rei. E vieram dizer-lhe: “Eliseu está em Dotã.” 14 Então, uma noite, o rei de Aram enviou um grande exército, com muitos carros e cavalos, cercar a povoação.

15 Quando, no dia seguinte, o criado do homem de Deus se levantou de manhã cedo e saiu de casa, havia tropas, cavalos e carros por toda a parte. “Ai, meu senhor, que vamos fazer agora?”, gritou ele para Eliseu.

16 “Não tenhas medo, porque os que estão connosco são muito mais numerosos do que todos eles juntos!” 17 Eliseu fez então a seguinte oração: “Senhor, abre-lhe os olhos para que veja!” E o Senhor abriu os olhos do moço, que pôde ver cavalos e carros de fogo por todo o lado na montanha.

18 Quando o exército arameu avançou sobre eles, Eliseu orou: “Senhor, peço-te que os cegues.” E assim aconteceu. 19 Eliseu foi ao encontro deles: “Vieram pelo caminho errado; não é esta a povoação que vos interessa. Venham comigo e levar-vos-ei ao homem que procuram.” E conduziu-os a Samaria.

20 Assim que chegaram, Eliseu orou de novo: “Senhor, abre-lhes os olhos para que vejam.” O Senhor assim fez e os soldados constataram que estavam em Samaria, a capital de Israel!

21 O rei de Israel, ao vê-los, gritou para Eliseu: “Senhor, mato-os? Mato-os?”

22 Eliseu respondeu: “De maneira nenhuma! Iríamos matar prisioneiros de guerra? Dá-lhes de comer e beber e manda-os embora.” 23 O rei preparou-lhes uma grande festa e depois deixou-os ir ter com o seu rei. Depois disso, os comandos arameus suspenderam as investidas na terra de Israel.

Samaria é sitiada

24 Mais tarde, contudo, o rei Ben-Hadade de Aram mobilizou todo o seu exército e atacou Samaria. 25 Como resultado, houve uma grande fome na cidade. Passado algum tempo, a cabeça dum jumento chegou a custar um quilo de prata e um quarto de litro de esterco de pomba era vendido por uma peça de 60 gramas de prata!

26 Um dia em que o rei de Israel ia andando sobre a muralha da cidade, uma mulher chamou-o: “Ajuda-me, ó rei, meu senhor!”

27 O rei retorquiu: “Se não for o Senhor que te ajude, que poderei fazer por ti? Não tenho nada que te possa dar; nem da eira trigo, nem do lagar vinho. 28 Afinal, de que é que te queixas?” Ela respondeu: “Aqui esta mulher propôs-me que comêssemos num dia o meu filho e no outro o dela. 29 Então cozinhámos o meu filho e comemo-lo. Mas, no dia seguinte, quando lhe disse: ‘Dá cá o teu filho para que o cozinhemos’, ela escondeu-o.”

30 Quando o rei ouviu isto, rasgou a roupa que tinha vestida. O povo que ali estava, perto da muralha, reparou que o soberano trazia junto ao corpo roupa interior feita de saco. 31 “Que Deus me tire a mim a vida, se eu não cortar a cabeça a Eliseu hoje mesmo!”, exclamou o rei.

32 Eliseu estava reunido em casa com os anciãos de Israel, quando chegou o recado do rei que o convocava. No entanto, antes mesmo que o mensageiro chegasse, Eliseu disse aos anciãos: “Este assassino enviou-me alguém com a intenção de me matar. Quando ele aparecer, fechem-lhe a porta e não o deixem entrar, porque o seu senhor vem, com certeza, atrás dele.”

33 Estava Eliseu ainda a dizer estas palavras, quando o mensageiro chegou; e o rei vinha logo atrás dele: “Foi o Senhor quem provocou toda esta miséria em que estamos!” rouquejou o rei. “Por que razão haveria eu de ficar à espera de alguma ajuda da sua parte?”

Eliseu aumenta o azeite da viúva

E uma mulher das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao Senhor; e veio o credor a levar-me os meus dois filhos para serem servos. E Eliseu lhe disse: Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite. Então, disse ele: Vai, pede para ti vasos emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não poucos. Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte o que estiver cheio. Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam os vasos, e ela os enchia. E sucedeu que, cheios que foram os vasos, disse a seu filho: Traze-me ainda um vaso. Porém ele lhe disse: Não mais vaso nenhum. Então, o azeite parou. Então, veio ela e o fez saber ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto.

A sunamita e o seu filho

Sucedeu também um dia que, indo Eliseu a Suném, havia ali uma mulher rica, a qual o reteve a comer pão; e sucedeu que todas as vezes que passava, ali se dirigia a comer pão. E ela disse a seu marido: Eis que tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus. 10 Façamos-lhe, pois, um pequeno quarto junto ao muro e ali lhe ponhamos uma cama, e uma mesa, e uma cadeira, e um candeeiro; e há de ser que, vindo ele a nós, para ali se retirará.

11 E sucedeu um dia que veio ali, e retirou-se àquele quarto, e se deitou ali. 12 Então, disse ao seu moço Geazi: Chama esta sunamita. E chamando-a ele, ela se pôs diante dele. 13 Porque lhe dissera: Dize-lhe: Eis que tu nos tens tratado com todo o desvelo; que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se fale por ti ao rei ou ao chefe do exército? E dissera ela: Eu habito no meio do meu povo. 14 Então, disse ele: Que se há de fazer, pois, por ela? E Geazi disse: Ora, ela não tem filho, e seu marido é velho. 15 Pelo que disse ele: Chama-a. E, chamando-a ele, ela se pôs à porta. 16 E ele disse: A este tempo determinado, segundo o tempo da vida, abraçarás um filho. E disse ela: Não, meu senhor, homem de Deus, não mintas à tua serva. 17 E concebeu a mulher e deu à luz um filho, no tal tempo determinado, segundo o tempo da vida que Eliseu lhe dissera.

18 E, crescendo o filho, sucedeu que, um dia, saiu para seu pai, que estava com os segadores. 19 E disse a seu pai: Ai! A minha cabeça! Ai! A minha cabeça! Então, disse a um moço: Leva-o a sua mãe. 20 E ele o tomou e o levou a sua mãe; e esteve sobre os seus joelhos até ao meio-dia e morreu. 21 E subiu ela e o deitou sobre a cama do homem de Deus; e fechou sobre ele a porta e saiu. 22 E chamou a seu marido e disse: Manda-me já um dos moços e uma das jumentas, para que eu corra ao homem de Deus e volte. 23 E disse ele: Por que vais a ele hoje? Não é lua nova nem sábado. E ela disse: Tudo vai bem. 24 Então, albardou a jumenta e disse ao seu moço: Guia, e anda, e não te detenhas no caminhar, senão quando eu to disser. 25 Partiu ela, pois, e veio ao homem de Deus, ao monte Carmelo; e sucedeu que, vendo-a o homem de Deus de longe, disse a Geazi, seu moço: Eis aí a sunamita. 26 Agora, pois, corre-lhe ao encontro e dize-lhe: Vai bem contigo? Vai bem com teu marido? Vai bem com teu filho? E ela disse: Vai bem. 27 Chegando ela, pois, ao homem de Deus, ao monte, pegou nos seus pés; mas chegou Geazi para a retirar; disse porém o homem de Deus: Deixa-a, porque a sua alma nela está triste de amargura, e o Senhor mo encobriu e não mo manifestou. 28 E disse ela: Pedi eu a meu senhor algum filho? Não disse eu: Não me enganes? 29 E ele disse a Geazi: Cinge os teus lombos, e toma o meu bordão na tua mão, e vai; se encontrares alguém, não o saúdes; e, se alguém te saudar, não lhe respondas; e põe o meu bordão sobre o rosto do menino. 30 Porém disse a mãe do menino: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te hei de deixar. Então, ele se levantou e a seguiu. 31 E Geazi passou adiante deles e pôs o bordão sobre o rosto do menino; porém não havia nele voz nem sentido; e voltou a encontrar-se com ele e lhe trouxe aviso, dizendo: Não despertou o menino.

32 E, chegando Eliseu àquela casa, eis que o menino jazia morto sobre a sua cama. 33 Então, entrou ele, e fechou a porta sobre eles ambos, e orou ao Senhor. 34 E subiu, e deitou-se sobre o menino, e, pondo a sua boca sobre a boca dele, e os seus olhos sobre os olhos dele, e as suas mãos sobre as mãos dele, se estendeu sobre ele; e a carne do menino aqueceu. 35 Depois, voltou, e passeou naquela casa de uma parte para a outra, e tornou a subir, e se estendeu sobre ele; então, o menino espirrou sete vezes e o menino abriu os olhos. 36 Então, chamou a Geazi e disse: Chama essa sunamita. E chamou-a, e veio a ele. E disse ele: Toma o teu filho. 37 E veio ela, e se prostrou a seus pés, e se inclinou à terra; e tomou o seu filho e saiu.

A morte que havia na panela é tirada

38 E voltando Eliseu a Gilgal, havia fome naquela terra; e os filhos dos profetas estavam assentados na sua presença; e disse ao seu moço: Põe a panela grande ao lume e faze um caldo de ervas para os filhos dos profetas. 39 Então, um saiu ao campo a apanhar ervas, e achou uma parra brava, e colheu dela a sua capa cheia de coloquíntidas; e veio e as cortou na panela do caldo; porque as não conheciam. 40 Assim, tiraram de comer para os homens. E sucedeu que, comendo eles daquele caldo, clamaram e disseram: Homem de Deus, morte na panela. Não puderam comer. 41 Porém ele disse: Trazei, pois, farinha. E deitou-a na panela e disse: Tirai de comer para o povo. Então, não havia mal nenhum na panela.

Vinte pães satisfazem cem homens

42 E um homem veio de Baal-Salisa, e trouxe ao homem de Deus pães das primícias, vinte pães de cevada e espigas verdes na sua palha, e disse: Dá ao povo, para que coma. 43 Porém seu servo disse: Como hei de eu pôr isso diante de cem homens? E disse ele: Dá-o ao povo, para que coma; porque assim diz o Senhor: Comer-se-á, e sobejará. 44 Então, lhos pôs diante, e comeram, e deixaram sobejos, conforme a palavra do Senhor.

Naamã é curado da lepra

E Naamã, chefe do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu senhor e de muito respeito; porque por ele o Senhor dera livramento aos siros; e era este varão homem valoroso, porém leproso. E saíram tropas da Síria e da terra de Israel levaram presa uma menina, que ficou ao serviço da mulher de Naamã. E disse esta à sua senhora: Tomara que o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra. Então, entrou Naamã e o notificou a seu senhor, dizendo: Assim e assim falou a menina que é da terra de Israel. Então, disse o rei da Síria: Vai, anda, e enviarei uma carta ao rei de Israel. E foi e tomou na sua mão dez talentos de prata, e seis mil siclos de ouro, e dez mudas de vestes. E levou a carta ao rei de Israel, dizendo: Logo, em chegando a ti esta carta, saibas que eu te enviei Naamã, meu servo, para que o restaures da sua lepra. E sucedeu que, lendo o rei de Israel a carta, rasgou as suas vestes e disse: Sou eu Deus, para matar e para vivificar, para que este envie a mim, para eu restaurar a um homem da sua lepra? Pelo que deveras notai, peço-vos, e vede que busca ocasião contra mim. Sucedeu, porém, que, ouvindo Eliseu, homem de Deus, que o rei de Israel rasgara as suas vestes, mandou dizer ao rei: Por que rasgaste as tuas vestes? Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel. Veio, pois, Naamã com os seus cavalos e com o seu carro e parou à porta da casa de Eliseu. 10 Então, Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne te tornará, e ficarás purificado. 11 Porém Naamã muito se indignou e se foi, dizendo: Eis que eu dizia comigo: Certamente ele sairá, pôr-se-á em pé, e invocará o nome do Senhor, seu Deus, e passará a sua mão sobre o lugar, e restaurará o leproso. 12 Não são, porventura, Abana e Farpar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar neles e ficar purificado? E voltou-se e se foi com indignação. 13 Então, chegaram-se a ele os seus servos, e lhe falaram, e disseram: Meu pai, se o profeta te dissera alguma grande coisa, porventura, não a farias? Quanto mais, dizendo-te ele: Lava-te e ficarás purificado. 14 Então, desceu e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a palavra do homem de Deus; e a sua carne tornou, como a carne de um menino, e ficou purificado.

15 Então, voltou ao homem de Deus, ele e toda a sua comitiva, e veio, e pôs-se diante dele, e disse: Eis que tenho conhecido que em toda a terra não Deus, senão em Israel; agora, pois, te peço que tomes uma bênção do teu servo. 16 Porém ele disse: Vive o Senhor, em cuja presença estou, que a não tomarei. E instou com ele para que a tomasse, mas ele recusou. 17 E disse Naamã: Seja assim; contudo, dê-se a este teu servo uma carga de terra de um jugo de mulas; porque nunca mais oferecerá este teu servo holocausto nem sacrifício a outros deuses, senão ao Senhor. 18 Nisso, perdoe o Senhor a teu servo. Quando meu senhor entra na casa de Rimom, para ali adorar, e ele se encosta na minha mão, e eu também me tenha de encurvar na casa de Rimom; quando assim me encurvar na casa de Rimom, nisso, perdoe o Senhor a teu servo. 19 E ele lhe disse: Vai em paz.

E foi-se dele a uma pequena distância.

Geazi é atacado da lepra

20 Então, Geazi, moço de Eliseu, homem de Deus, disse: Eis que meu senhor impediu a este siro Naamã que da sua mão se desse alguma coisa do que trazia; porém, tão certo como vive o Senhor, que hei de correr atrás dele e tomar dele alguma coisa. 21 E foi Geazi em alcance de Naamã; e Naamã, vendo que corria atrás dele, saltou do carro a encontrá-lo e disse-lhe: Vai tudo bem? 22 E ele disse: Tudo vai bem; meu senhor me mandou dizer: Eis que agora mesmo vieram a mim dois jovens dos filhos dos profetas da montanha de Efraim; dá-lhes, pois, um talento de prata e duas mudas de vestes. 23 E disse Naamã: Sê servido tomar dois talentos. E instou com ele e amarrou dois talentos de prata em dois sacos, com duas mudas de vestes; e pô-las sobre dois dos seus moços, os quais os levaram diante dele. 24 E, chegando ele à altura, tomou-os das suas mãos e os depositou na casa; e despediu aqueles homens, e foram-se. 25 Então, ele entrou e pôs-se diante de seu senhor. E disse-lhe Eliseu: De onde vens, Geazi? E disse: Teu servo não foi nem a uma nem a outra parte. 26 Porém ele lhe disse: Porventura, não foi contigo o meu coração, quando aquele homem voltou de sobre o seu carro, a encontrar-te? Era isso ocasião para tomares prata e para tomares vestes, e olivais, e vinhas, e ovelhas, e bois, e servos, e servas? 27 Portanto, a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua semente para sempre. Então, saiu de diante dele leproso, branco como a neve.

Eliseu faz flutuar o ferro de um machado

E disseram os filhos dos profetas a Eliseu: Eis que o lugar em que habitamos diante da tua face nos é estreito. Vamos, pois, até ao Jordão, e tomemos de lá, cada um de nós, uma viga, e façamo-nos ali um lugar, para habitar ali. E disse ele: Ide. E disse um: Serve-te de ires com os teus servos. E disse: Eu irei. E foi com eles; e, chegando eles ao Jordão, cortaram madeira. E sucedeu que, derribando um deles uma viga, o ferro caiu na água; e clamou e disse: Ai! Meu senhor! Porque era emprestado. E disse o homem de Deus: Onde caiu? E, mostrando-lhe ele o lugar, cortou um pau, e o lançou ali, e fez nadar o ferro. E disse: Levanta-o. Então, ele estendeu a sua mão e o tomou.

Eliseu adivinha os conselhos do rei da Síria

E o rei da Síria fazia guerra a Israel; e consultou com os seus servos dizendo: Em tal e em tal lugar estará o meu acampamento. Mas o homem de Deus enviou ao rei de Israel, dizendo: Guarda-te de passares por tal lugar; porque os siros desceram ali. 10 Pelo que o rei de Israel enviou àquele lugar, de que o homem de Deus lhe falara e de que o tinha avisado, e se guardou ali, não uma nem duas vezes.

11 Então, se turbou com este incidente o coração do rei da Síria, e chamou os seus servos, e lhes disse: Não me fareis saber quem dos nossos é pelo rei de Israel? 12 E disse um dos seus servos: Não, ó rei, meu senhor; mas o profeta Eliseu, que está em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que tu falas na tua câmara de dormir. 13 E ele disse: Vai e vê onde ele está, para que eu envie e mande trazê-lo. E fizeram-lhe saber, dizendo: Eis que está em Dotã. 14 Então, enviou para lá cavalos, e carros, e um grande exército, os quais vieram de noite e cercaram a cidade.

15 E o moço do homem de Deus se levantou mui cedo e saiu, e eis que um exército tinha cercado a cidade com cavalos e carros; então, o seu moço lhe disse: Ai! Meu senhor! Que faremos? 16 E ele disse: Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. 17 E orou Eliseu e disse: Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu. 18 E, como desceram a ele, Eliseu orou ao Senhor e disse: Fere, peço-te, esta gente de cegueira. E feriu-a de cegueira, conforme a palavra de Eliseu. 19 Então, Eliseu lhes disse: Não é este o caminho, nem é esta a cidade; segui-me, e guiar-vos-ei ao homem que buscais. E os guiou a Samaria.

20 E sucedeu que, chegando eles a Samaria, disse Eliseu: Ó Senhor, abre a estes os olhos para que vejam. O Senhor lhes abriu os olhos, para que vissem, e eis que estavam no meio de Samaria. 21 E, quando o rei de Israel os viu, disse a Eliseu: Feri-los-ei, feri-los-ei, meu pai? 22 Mas ele disse: Não os ferirás; feririas tu os que tomasses prisioneiros com a tua espada e com o teu arco? Põe-lhes diante pão e água, para que comam e bebam e se vão para seu senhor. 23 E apresentou-lhes um grande banquete, e comeram e beberam; e os despediu, e foram para seu senhor; e não entraram mais tropas de siros na terra de Israel.

Samaria é cercada

24 E sucedeu, depois disso, que Ben-Hadade, rei da Síria, ajuntou todo o seu exército; e subiu e cercou a Samaria. 25 E houve grande fome em Samaria, porque eis que a cercaram, até que se vendeu uma cabeça de um jumento por oitenta peças de prata, e a quarta parte de um cabo de esterco de pombas, por cinco peças de prata. 26 E sucedeu que, passando o rei pelo muro, uma mulher lhe bradou, dizendo: Acode-me, ó rei, meu senhor. 27 E ele lhe disse: Se o Senhor te não acode, de onde te acudirei eu, da eira ou do lagar? 28 Disse-lhe mais o rei: Que tens? E disse ela: Esta mulher me disse: Dá o teu filho, para que hoje o comamos e amanhã comeremos o meu filho. 29 Cozemos, pois, o meu filho e o comemos; mas, dizendo-lhe eu ao outro dia: Dá o teu filho, para que o comamos, escondeu o seu filho. 30 E sucedeu que, ouvindo o rei as palavras desta mulher, rasgou as suas vestes e ia passando pelo muro; e o povo viu que trazia cilício por dentro, sobre a sua carne.

31 E disse: Assim me faça Deus e outro tanto, se a cabeça de Eliseu, filho de Safate, hoje ficar sobre ele. 32 Estava, então, Eliseu assentado em sua casa, e também os anciãos estavam assentados com ele. E enviou o rei um homem de diante de si; mas, antes que o mensageiro viesse a ele, disse ele aos anciãos: Vistes como o filho do homicida mandou tirar-me a cabeça? Olhai, quando vier o mensageiro, fechai-lhe a porta e empurrai-o para fora com a porta; porventura, não vem o ruído dos pés de seu senhor após ele? 33 E, estando ele ainda falando com eles, eis que o mensageiro descia a ele; e disse o rei: Eis que este mal vem do Senhor; que mais, pois, esperaria do Senhor?

Jesus aparece aos discípulos

(Jo 20.19-23)

36 Enquanto assim falavam, o próprio Jesus surgiu no meio deles, saudando-os: “A paz seja convosco!” 37 Mas todo o grupo ficou muito assustado, pensando que via um fantasma. 38 “Porque se assustam?”, perguntou ele. “Porque é que duvidam que seja realmente eu? 39 Olhem as minhas mãos; olhem para os meus pés! Estão a ver que sou eu mesmo. Toquem-me e verifiquem que não sou nenhum fantasma. Porque os fantasmas não têm carne nem ossos, como veem que eu tenho!” 40 Depois de lhe dizer isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.

41 Ainda indecisos, eles contemplavam-no, cheios de espanto e alegria. Então Jesus perguntou-lhes: “Têm aqui alguma coisa que se possa comer?” 42 Deram-lhe um pedaço de peixe assado. 43 E pôs-se a comê-lo enquanto o observavam.

44 Então disse-lhes: “Quando andava convosco, não se lembram de vos ter dito que tudo o que se escreveu acerca de mim, nos livros de Moisés, nos escritos dos profetas e nos Salmos, teria de realizar-se?” 45 Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras. 46 E disse-lhes: “Estava escrito que o Cristo deveria sofrer, morrer e ressuscitar ao terceiro dia. 47 E que em seu nome se pregaria o arrependimento e o perdão dos pecados em todas as nações, começando por Jerusalém. 48 Vocês viram como esses escritos sagrados se cumpriram.

49 Agora vou mandar-vos a promessa que o meu Pai vos fez. Permaneçam aqui na cidade até que vocês sejam revestidos de poder do céu!”

A ascensão

(Mc 16.19-20; At 1.9-11)

50 Jesus levou-os pelo caminho de Betânia. E levantando as mãos para o céu, abençoou-os. 51 Então afastou-se deles e elevou-se até ao céu. 52 Eles adoraram-no e regressaram a Jerusalém, cheios de alegria. 53 E estavam continuamente no templo, louvando a Deus.

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A aparição de Jesus aos doze(A)

36 E, falando ele dessas coisas, o mesmo Jesus se apresentou no meio deles e disse-lhes: Paz seja convosco. 37 E eles, espantados e atemorizados, pensavam que viam algum espírito. 38 E ele lhes disse: Por que estais perturbados, e por que sobem tais pensamentos ao vosso coração? 39 Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; tocai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. 40 E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e os pés. 41 E, não o crendo eles ainda por causa da alegria e estando maravilhados, disse-lhes: Tendes aqui alguma coisa que comer? 42 Então, eles apresentaram-lhe parte de um peixe assado e um favo de mel, 43 o que ele tomou e comeu diante deles.

44 E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos. 45 Então, abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras. 46 E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos; 47 e, em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. 48 E dessas coisas sois vós testemunhas. 49 E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.

A ascensão(B)

50 E levou-os fora, até Betânia; e, levantando as mãos, os abençoou. 51 E aconteceu que, abençoando-os ele, se apartou deles e foi elevado ao céu. 52 E, adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém. 53 E estavam sempre no templo, louvando e bendizendo a Deus. Amém!

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